Diversos

Noites de julho terão eclipse lunar e chuva de meteoros

Lua durante o eclipse lunar de 20/1/2019. Foto tirada em Southern Oklahoma, EUA (Foto: Public Domain Pictures/Sheila Brown)

Julho é mês de férias escolares, e na maior parte do país o tempo costuma ser favorável às observações astronômicas, com noites limpas e estreladas. Não faltam motivos para olhar para o céu. O nosso inverno é a melhor época para apreciar o esplendor da Via Láctea, a galáxia onde vivemos. Em localidades afastadas das luzes urbanas, pode-se ver seu brilho tênue atravessando o firmamento de horizonte a horizonte, dominado pelas constelações brilhantes de Escorpião e Sagitário. E para tornar o mês ainda mais especial, teremos eclipse lunar, chuva de meteoros, e as melhores oportunidades para observar Júpiter e Saturno. Um prato cheio para os entusiastas da Astronomia.

CALENDÁRIO CELESTE

Dia 5: Lua na Penumbra

Pelo segundo mês consecutivo, temos um eclipse lunar penumbral, com a Lua atravessando a região menos escura da sombra que a Terra projeta no espaço. Desta vez, os brasileiros poderão acompanhar o fenômeno na íntegra, mas não espere nada espetacular. Será perceptível apenas uma pequena diminuição no brilho do nosso satélite. É das 00h07 às 02h52, com máximo às 01h29 da madrugada.

Dia 14: A Noite de Júpiter

O maior planeta do Sistema Solar atinge sua oposição, termo astronômico que significa que o planeta fica oposto ao Sol na esfera celeste. É a melhor posição para observação, com o planeta mais alto no céu e também visível durante mais tempo. Júpiter pode ser visto na direção da constelação de Sagitário, brilhando mais que qualquer estrela.

Dia 20: O Senhor dos Anéis

Ao lado de Júpiter está Saturno, que também atinge a oposição este mês. Um pequeno telescópio irá mostrar seus delicados anéis e algumas de suas maiores luas, como Titã. Uma visão inesquecível.

Dia 28: Meteoros em Aquário

Fechando o mês está a chuva de meteoros Delta Aquarídeos do Sul, causada por detritos deixados pelo cometa 96P/Machholz. Os meteoros parecem se originar na constelação de Aquário, mas podem ser vistos por todo o céu. É um fenômeno que é melhor apreciado em locais de céu bem escuro. Olhe para o leste a partir das 21h. O melhor horário é a partir da 1h.

Galileu

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Diversos

Eclipse lunar poderá ser visto no Brasil de hoje para amanhã

Para os amantes da astronomia, a madrugada de amanhã (15) é esperada com ansiedade, pois acontece um eclipse total da Lua. O fenômeno poderá ser visto em todo Brasil, mas será melhor percebido na fase final, nas localidades mais a Oeste do país. A Lua, a Terra e o Sol estarão em perfeito alinhamento, cobrindo a Lua na sombra da Terra.

O astrônomo Jair Barroso, pesquisador do Observatório Nacional, explica que o evento vai começar às 3h, horário de Brasília, quando a Lua já está no lado poente. “O pico do eclipse total acontece por volta das 4h45 e o final [do fenômenos] não vai ser visto em algumas regiões a Leste, porque o dia vai clarear, como no Rio de Janeiro”, diz Barroso.

A duração do eclipse total, enquanto a Lua ficar totalmente imersa na sombra da Terra, será de 78 minutos.

O nosso satélite natural estará entre a estrela Espiga, a mais brilhante da Constelação de Virgem, e o planeta Marte e apresentará uma tonalidade avermelhada. “Os raios do Sol que atingem a atmosfera da Terra serão refratados e atingirão a Lua. A atmosfera, então, retém o azul violeta no nosso espectro e passa a iluminar a Lua com uma coloração alaranjada escura”, explica o astrônomo do Observatório Nacional. O fenômeno é chamado de Lua Vermelha ou Lua Sangrenta.

As pessoas nas localidades mais a Oeste do continente, como os estados de Mato Grosso e Amazonas e o Chile poderão acompanhar o eclipse até o final, antes de clarear o dia. As ilhas do Pacífico e a Austrália também terão uma visão privilegiada do fenômeno.

Para Barroso, o desconhecimento sobre o universo é o que desperta essa fascinação pelos eventos astronômicos. “Apesar de toda tecnologia, de termos conseguido mandar naves para o espaço, conhecemos apenas um pedacinho do que nos cerca. Somos muito pequenos e a astronomia nos permite, a cada dia, uma descoberta nova”, conclui o astrônomo.

Agência Brasil

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