Não houve acordo. Tampouco conciliação. A prefeita Micarla de Sousa (PV) e o ex-prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT) estiveram frente a frente ontem na 7ª Vara Criminal do Fórum Miguel Seabra Fagundes, para uma audiência que deveria ser de conciliação, mas sequer ofereceram alguma proposta de acordo. Esta é apenas uma das quatro ações judiciais que a prefeita move contra o antecessor, depois de algumas entrevistas à imprensa local em que o ex a classii cou como “incompetente”, “irresponsável” e a acusou de estar fazendo uma administração “desastrosa” em Natal. Na ação que tramita na 7ª Vara Criminal, Micarla de Sousa acusa Carlos Eduardo de injúria e difamação. Como os dois não chegaram a um consenso, o ex-prefeito tem 10 dias para apresentar sua defesa.
Os advogados de Carlos Eduardo, Waldenir Xavier de Oliveira e Carlos Gilberto Warde, chegaram antes das 10h ao fórum. O ex-prefeito chegou por volta das 10h30. Ao NOVO JORNAL falou sobre as razões pelas quais acredita que a prefeita o tenha processado. “Eu tenho feito críticas à administração da prefeita desde o início, mas essas críticas aumentaram de tom porque a administração hoje não se caracteriza apenas pelo descaso, mas também pela incompetência e irresponsabilidade”, disparou. Alves não só admitiu o que já tinha falado sobre Micarla, como também reafirmou.
A prefeita, por sua vez, chegou ao fórum acompanhada do advogado Rubem Mariz e mais três assessoras. Os dois não se cumprimentaram e Micarla evitou ficar no mesmo ambiente que Carlos Eduardo. Em rápida conversa com o NOVO JORNAL, nos corredores do fórum, disse que aquela audiência tratava de um tema que precisava ser colocado à luz da verdade. “Foram várias injúrias, acusações e difamações contra minha pessoa e eu tenho todo direito de vir aqui na Justiça, que é o fórum indicado, e não i car batendo boca pelos jornais nem pela imprensa. Vim até aqui buscar os meus direitos”, argumentou.
Antes de entrar na sala do juiz, a prefeita não acreditava que fosse chegar a um acordo com a outra parte. “É uma audiência de conciliação, mas não acredito nisso. Palavras ao vento não voltam mais. O que foi dito, foi dito, e as pessoas têm que se responsabilizar pelo que dizem”, afirmou. Questionada a respeito do posicionamento de Carlos Eduardo, de que teria criticado apenas sua administração e não sua pessoa, Micarla limitou-se a responder que “é isso que a Justiça vai ver”.
Carlos Eduardo não poupou a administradora de críticas mais uma vez. Na visão dele, Micarla de Sousa destruiu as finanças da prefeitura, atrasou os projetos sociais – entre eles o repasse de 25% da merenda escolar, que representa hoje um déficit de R$ 58 milhões – e atrasou o pagamento dos funcionários terceirizados. “A cidade está suja, esburacada, não há um projeto novo sequer, nem os da Copa do Mundo. Todas as capitais que vão sediar a Copa estão recebendo as condições e os projetos, mas em Natal não se começou nada. Até agora alegaram problemas financeiros, mas essa história a gente já ouviu outras vezes”, emendou. O ex-prefeito disse que a intenção de Micarla de Sousa é silenciá-lo. “Ela também quer uma indenização de R$ 50 mil.
Não sei pra que ela quer tanto dinheiro se ela já tem tanto”, disse, se referindo à outra ação movida por Micarla contra ele, dessa vez por danos morais, depois de uma entrevista concedida por Alves à rádio 96FM em agosto passado em que fez duras críticas à atual gestão. A ação tramita na 1ª Vara Cível e já foi contestada pela defesa do político. Micarla resolveu entrar com a ação porque sentiu a honra ofendida com as declarações dadas por Carlos Eduardo.
Uma segunda ação judicial também pede indenização, só que no valor de R$ 25 mil, em razão da mesma entrevista concedida à rádio. O teor, porém, é diferente. Esta é uma ação de obrigação e tramita na 9ª Vara Cível. Assim como a de danos morais, esta também será contestada pelos advogados de Carlos Eduardo.
No âmbito da esfera penal, tramitam duas ações: a por injúria e difamação, que teve audiência de conciliação ontem, e uma por calúnia, que está em curso na 9ª Vara Criminal. Em ambos os processos, Micarla de Sousa pede a condenação de Carlos Eduardo pelas acusações. Nesses casos, se for condenado, a pena de detenção é de três meses a um ano. A defesa do ex-prefeito também pretende contestar esta ação.
Fonte: Novo Jornal
Só no Brasil para o Cidadão ser processado por dizer a verdade… triste realidade!
E Carlos Eduardo mentiu?…se precisarem de testemunha, chamem os funcionários do município p serem testemunha, pois até hj, 02/12…18:25hs, não recebemos nossos salários…e aí isso é competência? CE tá mentindo?…Natal é q deveria processá-la por se encontrar nesse caos…
ô meu Deus, pobrezinha…..
Coitadinha, é uma inocente, se sua tese for admitida vai ficar ainda mais rica, pois toda a população de Natal, excluindo seus asseclas, irá lhe pagar indenização.