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Empreiteira Mendes Júnior entra com pedido de recuperação judicial

A empreiteira Mendes Júnior, uma das investigadas na Operação Lava Jato, apresentou pedido de recuperação judicial à Justiça de Minas Gerais nesta segunda-feira (7).

A companhia tem uma dívida de aproximadamente R$ 230 milhões com fornecedores, além de outros R$ 24 milhões em dívida trabalhista, de acordo com o advogado que entrou com o pedido na primeira vara empresarial de Belo Horizonte, José Murilo Procópio de Carvalho, do escritório Procópio de Carvalho Advocacia.

Por meio de nota, a empresa afirma que vem sendo impactada desde 2014 pela escassez de crédito e pelo baixo investimento provocados pela atual situação da economia brasileira.

“Embora tenha buscado incessantemente reverter a situação, a Mendes Júnior Trading e Engenharia S.A. viu na recuperação judicial a opção adequada para reequilibrar sua situação econômica e financeira de modo a preservar os interesses dos credores, clientes, fornecedores, colaboradores e demais parceiros pela preservação da operação da companhia e continuidade de seus contratos”, diz o comunicado.

O pedido de recuperação judicial foi distribuído nesta terça-feira (8). Após o deferimento, a empresa terá 60 dias para apresentar seu plano de recuperação.

LAVA JATO

A Mendes Júnior segue um caminho semelhante ao de outras empresas envolvidas na Lava Jato que já fizeram pedidos recuperação judicial, como a construtora OAS e a Alumini Engenharia, que também tinha fornecedores e instituições financeiras entre seus credores.

No final do ano passado, o juiz federal Sergio Moro, que atua nos processos da Lava Jato, condenou um dos herdeiros da Mendes Júnior, Sergio Cunha Mendes, a mais de 19 anos de prisão porque considerou que o empresário participou de atos de corrupção ao assinar contratos em que teria havido propina com a Petrobras.

Ele foi condenado por corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

A empresa também foi condenada a pagar uma multa de R$ 31,5 milhões, o mesmo valor da propina que a companhia pagou à diretoria de Abastecimento da Petrobras, de acordo com o juiz Moro.

A empreiteira é acusada de pagar suborno em algumas das obras da Petrobras, como o Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro) e Replan, refinaria de Paulínia (SP).

Folha Press

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