Esporte

Uma das maiores figuras do futebol brasileiro, ex-presidente do Vasco, Eurico Miranda, morre aos 74 anos

Eurico Miranda, ex-presidente do Vasco — Foto: Leonardo Magliano

O mais icônico dirigente do Vasco saiu de cena nesta terça-feira. Aos 74 anos, Eurico Miranda morreu em um hospital na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, vítima de câncer no cérebro. Atualmente, ele estava no cargo de presidente do Conselho de Beneméritos do clube. Ele deixa quatro filhos.

Nos últimos meses, Eurico não fez aparições públicas. Seu estado de saúde se agravou, inclusive com dificuldade para se alimentar. A família montou uma UTI em casa, com home care, com enfermeiras se revezando para cuidar da saúde do dirigente. Visitas, inclusive das pessoas mais próximas, eram controladas pela família.

De ambulância, ele foi levado ao hospital na manhã desta terça. Lá não resistiu e morreu no início da tarde.

Em novembro, numa reunião do Conselho Deliberativo, já bastante debilitado, precisou de ajuda para se levantar e puxar o grito de Casaca, uma tradição do Vasco à qual se habituou a liderar.

No mesmo evento, Eurico anunciou que diminuiria a frequência de suas visitas ao Vasco e se limitaria a reuniões do Conselho de Beneméritos e do Conselho Deliberativo. Ele havia dispensado seguranças e motoristas.

Eurico se encontrava em estado debilitado desde o início de 2018. Mesmo assim, foi figura presente em jogos do Vasco em São Januário – chegou até mesmo a ir aos treinos do elenco no CT do Almirante, em Vargem Pequena.

Antes da atual doença, o dirigente conseguiu superar um câncer na bexiga e outro no pulmão. Nos últimos meses, andava de cadeira de rodas. Recentemente, passou a se tratar em casa, com idas frequentes ao médico.

Eurico foi presidente do Vasco em dois períodos: de 2003 a 2008, e de 2015 a 2017. Também foi vice-presidente de futebol do clube entre 1990 e 2002, tendo participado do período de maiores conquistas do clube, como o Campeonato Brasileiro de 1997, a Copa Libertadores de 1998, a Copa João Havelange de 2000 e a Copa Mercosul de 2000.

Globo Esporte

 

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Esporte

MP pede saída de Eurico Miranda da presidência do Vasco

Foto: Antônio Scorza

O Ministério Público do Rio de Janeiro pediu o afastamento definitivo de Eurico Miranda da presidência do Vasco. O órgão acusa o mandatário de contratar integrantes de torcidas organizadas como seguranças em São Januário e de acobertar crimes praticados pelos integrantes dessas facções.

A informação foi divulgada pelo “Bom Dia Brasil”, da “TV Globo”, que teve acesso à denúncia apresentada pelo Juizado do Torcedor. Na ação, promotores afirmam que o Vasco descumpre itens do Estatuto do Torcedor contra a violência no futebol ao proteger as organizadas. O MP pede também o afastamento de outros membros da diretoria, além do pagamento de uma multa de R$ 500 mil.

No dia 8 de julho, São Januário foi palco de cenas de muita violência após o clássico entre Flamengo e Vasco. Por conta do episódio, o estádio chegou a ser interditado. À época, Eurico Miranda alegou que o tumulto havia sido arquitetado por seus opositores. No sábado passado, o clube já enfrentou o Grêmio, pelo Campeonato Brasileiro, em seu campo, porém sem a presença da torcida.

Foram os relatórios do Grupo Especial de Policiamento em Estádios (Gepe) sobre o jogo contra o Flamengo que embasaram a decisão do Ministério Público. Para o órgão, os episódios de violência no estádio são estimulados pelo apoio a organizadas como a Força Jovem, atualmente proibida de comparecer a qualquer arena esportiva, que seria dona de um camarote em São Januário.

Eurico Miranda afirmou, via assessoria de imprensa, que a denúncia é absurda e motivada por interesses pessoais. Garantiu ainda que irá prestar esclarecimentos. Já a organizada Força Jovem, maior organizada cruz-maltina, disse que não tem vínculo com o clube e negou que seja dona de camarote no estádio.

O Globo

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Diversos

Em rádio, presidente do Vasco Eurico Miranda xinga ouvintes e polemiza sobre gays

CHOd3s8WMAAL0BTCom a língua afiadíssima. Assim o presidente do Vasco, Eurico Miranda, encarou o programa “De Cara”, da rádio popular do Rio de Janeiro FM O Dia, comandado pelo colunista social Léo Dias e a atriz Antônia Fontenelle. Sem se furtar dos assuntos, ele chegou a se exaltar com dois ouvintes, xingando um de “babaca” e outro de “flamenguista de m…”, e debateu sobre homossexualismo com declarações polêmicas.

“Eu não tenho e nem nunca tive nada contra gay. Eu tenho contra ‘veado’. Gay é uma opção, ‘veado’ é o que faz ‘veadagem’. Eu sou contra ‘veado’. E o ‘veado’ não precisa ser gay para ser veado”, disse.

Miranda foi além e disse ser contra gays e mulheres apitando jogos de futebol masculino.

“Futebol não pode ser apitado por veado. Veado que apita futebol, ele pode se comprometer. Mulher tem que apitar jogo das mulheres. Não tem que apitar jogo de homens”, ressaltou.

Outro momento polêmico do presidente vascaíno foi quando ouvintes entraram ao vivo para fazer perguntas ao cartola. Um deles questionou se Eurico tinha medo de também ser investigado assim como os dirigentes do caso Fifa.

“Estou preocupado para c… Você deve ser um flamenguista de merda. Se você não sabe, vou te explicar. O problema é o seguinte: fui investigado, chacoalhado de cima para baixo e nada foi encontrado (CPI). Para sua informação, este episódio da Fifa eu denunciei tudo isso em 1998 ou 1999. É só procurar na internet. Boa sorte!”, recomendou.

Outro participante relembrou um boato onde Miranda teria sumido com a renda de um jogo do Vasco na década de 90, e teve que ouvir.

“Meu camarada, deixa eu dizer para você: isso é uma grande babaquice. Como eu vou sair correndo com uma renda? Primeiro, eu nunca saí correndo de lugar nenhum, e ando com seguranças para que alguns babacas como você não me façam esse tipo de pergunta. Quem lida com milhões vai se preocupar com tostões?”, questionou.

O presidente do Vasco também se mostrou contra o chamado “fair play” no futebol:

“A maior m… que existe no futebol é uma coisa chamada fair play. Futebol é uma guerra. Até na pelada é uma guerra. Você entra para ganhar. Não pode chegar e ter essas babaquices para lá, para cá, colocar a bola para fora… Por qual motivo tem que devolver, p…? Sabe o que isso ocasiona? O jogador fingir que está contundido, colocar a bola para fora sem motivo… Que história é essa?

Acusado pelo ídolo do clube Juninho Pernambucano de ter se negado a conceder um minuto de silêncio em homenagem ao falecimento de seu pai, Antônio Augusto Ribeiro Reis, na semifinal do Campeonato Carioca, contra o Flamengo, Eurico alegou que a diretoria não foi procurada para tal e chamou o ex-jogador de “mentiroso”.

“Ele é um mentiroso contumaz. Não é verdade. Por qual motivo ele foi pedir ao Flamengo e não ao Vasco? Não teria problema (se ele pedisse), apesar de que tiveram grandes figuras do Vasco que não tiveram um minuto de silencio”, disse.

Questionado sobre como está sua relação com a TV Globo, emissora em que já travou uma polêmica em 2001 quando estampou propositalmente um logotipo do SBT, ele foi taxativo:

“Falo normalmente, mas não coloco tapete vermelho para eles passarem”.

Eurico ouve declaração de amor

Não só de polêmicas foi marcada a participação de Eurico Miranda no programa. Em certo momento, uma ouvinte vascaína entrou ao vivo declarando todo seu amor ao dirigente, e o mesmo lhe respondeu de forma “romântica”.

“Não há problema em você me amar, porque é o tipo de amor que não vai te prejudicar em coisa alguma”, declarou.

Em outro bloco, Antônia Fontenelle chegou a elogiar um de seus seguranças particulares, e ele brincou:

“Eu não tenho nada a ver com isso,. É um problema teu. Mas olha, eu não agencio”.

UOL

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