Polícia

Facção GDE monta tabela de preço para execuções de autoridades políticas cearenses

Camilo Santana, Vitor Valim, André Costa e Mauro Albuquerque (da esq, para dir.)

Membros da facção cearense GDE estavam dispostos a matar autoridades políticas. Os criminosos tinham até uma tabela de preços, que variavam de R$ 3 mil a R$ 1 milhão. A informação é do jornal O Povo desta quarta-feira (11).

As autoridades mais visadas:

*Governador do Ceará, Camilo Santana: R$ 1 milhão;

*Secretário de Administração Penal, Mauro Albuquerque: R$ 500 mil;

*Deputado estadual Vitor Valim: R$ 300 mil;

*Secretário de Segurança, André Costa: R$ 100 mil.

Em tempo

Segundo o jornal, durante os ataques de setembro de 2019, a facção criminosa Guardiões do Estado (GDE) cogitou assassinar autoridades e agentes públicos como forma de retaliação ao endurecimento de procedimentos ocorridos nos presídios cearenses.

Em tempo II

Ainda de acordo com a matéria de O Povo, as ameaças iam de “cabuetas” que trabalham com o “Governo e vereadores” ao governador Camilo Santana, passando por policiais, promotores e juízes.

Com CN7 e O Povo

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Polícia

Delegado especula existência de grupo de matadores de aluguel na zona Norte

Fonte: O Poti

Um padrão macabro nas 25 execuções por armas de fogo registradas nos seis primeiros meses de 2012 na 9ª Delegacia de Polícia, localizada no bairro Potengi, levou o delegado titular Fernando Alves a uma análise: a Zona Norte assiste a criação de células do crime organizado. Disputas por pontos de venda de drogas, atuação de matadores de aluguel, facilidade de acesso às armas, além de um modus operandi repetitivo registrado nas execuções cometidas nos últimos meses: dois homens de moto abordam a vítima e atiram na cabeça e no tórax. Sem erro, com bastante precisão e portando quase sempre pistolas.

Tudo isto, segundo ele, são indícios da organização da atuação de traficantes em “redes criminosas”. “O meu trabalho enquanto delegado é analisar e especular. E o padrão que vi nestas execuções aponta que temos matadores de aluguel, assassinos profissionais, atuando nesta área da Zona Norte. Ninguém mata de graça hoje em dia, estas pessoas estão ganhando para isso. E creio quenão passem muito de duas duplas que fazem este trabalho”, afirma Fernando Alves, que é pós-graduado em Ciências Sociais e Direito pela PUC-SP e a Unisinos no Rio Grande do Sul.

De acordo com ele, pelo modo que ocorrem estes homicídios, os assassinos não moram na Zona Norte e são contratados de outras áreas da cidade ou até mesmo de fora de Natal. “São crimes que mostram uma organização. Tem alguém que fica observando, sabe a rotina da vítima. Os assassinos vem apenas para executar o serviço, já com todas as informações necessárias. Eles são precisos, sempre com tiros na cabeça e no tronco. Os laudos comprovam isto”, pontua Alves.

A reportagem teve acesso aos inquéritos das 25 execuções, assim os laudos de exame necroscópico concluídos por peritos do Instituto Técnico e Científico de Polícia (Itep). Todos apontavam o padrão descrito pelo delegado, com tiros de pistola efetuados por homens em uma moto preta, que acertam sempre o crânio e o tórax. E com mais um detalhe: nenhuma das 25 vítimas assassinadas a tiros teve seus pertences roubados.

Drogas

Os inquéritos revelam também a característica das vítimas. Todos eram envolvidos, de alguma forma, com o tráfico de drogas, sejam na condição de usuários ou de traficantes de médio e pequeno porte. A organização do crime, de acordo com o relato do delegado da 9ª DP, já toma moldes de sudeste. “Hoje, aqui na região de Nossa Senhora da Apresentação, por exemplo, não temos os ditos traficantes de grande porte, porque o mercado é baseado no varejo, na venda de crack, por exemplo. O que temos é traficantes de médio porte. Abaixo deles um gerente ou sub-gerente, quase sempre um jovem entre 19 e 22 anos, que tem influência sob os ‘soldados’, que são os menores de idade. E não pense que são poucos.

“São muitas pessoas dentro dessas organizações”, pontua. Como exemplo do crescimento e do domínio destas organizações dentro da Zona Norte de Natal, Fernando Alves aponta o caso de um traficante morto há cerca de dois meses. “Ele foi executado e nos dirigimos ao local do crime. Quando chegamos lá, por informações da própria população, soubemos que era um traficante importante da área. Investigando descobrimos que ele era dono de vários imóveis na região. Ele já estava prosperando com o tráfico. Esse pessoal geralmente não é viciado, não é pego com droga nenhuma, por isso só chega nas nossas mãos quando está morto”, relata o delegado, que há dois anos comanda a 9ª DP. Para ele, a execução deste homem é mais um indício da briga na venda de drogas na Zona Norte.

Para os parâmetros da Organização Mundial de Saúde, o registro de mais de 10 mortes por grupo de 100 mil habitantes caracteriza o problema de segurança como endêmico. A região coberta pela 9ª DP é uma das maiores da cidade em termos de área, com abrangência de três bairros e dezenas de conjuntos e loteamentos, e de população, com mais de 200 mil habitantes, sendo maior do que grande parte dos municípios potiguares.

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