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Resfriado é principal motivo para falta no trabalho ou estudos, aponta IBGE

O mal estar provocado por gripes e resfriados é o principal motivo que os brasileiros alegam para se ausentar do trabalho, apontou a PNS (Pesquisa Nacional de Saúde), divulgada na manhã desta terça-feira (2) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O levantamento mostrou que 17,8% dos brasileiros faltaram ao trabalho ou deixaram de estudar pelo menos um dia por conta de gripe ou resfriado. A pesquisa foi feita em 2013, em 62,9 mil domicílios em todos os Estados da federação. O estudo é inédito e não tem, portanto, base de comparação.

Ainda que virais, a gripe e o resfriado têm diferenças. Segundo o médico Drauzio Varela, o resfriado é menos intenso e caracteriza-se por coriza, cabeça pesada e irritação na garganta. Mais brando, pode provocar febre isoladas, que não ultrapassam 38,5 graus. A gripe pode derrubar a pessoa por alguns dias. Recomenda-se, de acordo com artigo publicado na página do médico, repouso e boa hidratação e, com a orientação profissional, uso de analgésicos e antitérmicos.

O Ministério da Saúde promove desde maio uma campanha de vacinação contra a gripe no país que vai até a próxima sexta-feira (5). Até o final do mês passado, 23 milhões de pessoas já tinham sido vacinadas.

A pesquisa do IBGE indicou que o segundo motivo mais apresentado para a falta no trabalho ou nos estudos são as dores nas costas, problemas no pescoço ou na nuca, apontados por 10,5% da população.

Em terceiro lugar estão as dores nos braços ou nas mãos, artrites, reumatismos e a DORT (Doenças Ortopédicas Relacionadas ao Trabalho), conhecida também como LER (Lesão por Esforço Repetida), com 5,5% das respostas. Empatadas estão as lesões provocadas por acidentes ou por agressões ou violência de qualquer gênero empatam no terceiro lugar, com o mesmo percentual.

Pressão alta e outras doenças do coração seguem em quarto lugar, sendo motivo apontado por 5% dos brasileiros para ausência de suas atividades habituais. A lista segue com dor de cabeça e enxaqueca (4,7%); diabetes, AVC, derrame ou câncer (4,1%); problema de saúde mental (4,1%); e diarreia, vômito, náusea ou gastrite (4,1%).

A gripe e o resfriado foram os motivos específicos mais relatados, mas o levantamento do IBGE lista “outros tipos de problema de saúde”, apontado por 23,2% da população. O perfil das pessoas que mais deixam de comparecer às atividades por motivo de doenças é de mulheres (8%), com 60 anos ou mais (11,5%) e com ensino fundamental incompleto.

DENGUE

A pesquisa mostrou também que, em 2013, 10,4% da população declararam ter tido dengue diagnosticada por um médico alguma vez na sua vida. O Norte (16,1%) é o que tem a maior incidência da doença, seguido do Centro-Oeste (14,9%) e do Nordeste (13,5%). Sudeste (9,5%) e Sul (1%) têm menos casos.

O país vive um surto de dengue desde o início do ano. Segundo dados do Ministério da Saúde, divulgados em 26 de maio, o Brasil registrou 846 mil casos de dengue nos cinco primeiros meses do ano, um avanço de 155% em comparação com igual período no ano passado.

São Paulo lidera o número de notificações da doença, seguido de Minas Gerais e Goiás. Só nesse ano, 290 pessoas morreram por causa do vírus, transmitido pelo mosquito Aedes Aegypti.

O perfil das pessoas que declararam ter tido dengue diagnosticada por médico é de mulheres (14,3%), de 40 a 59 anos (17,4%) e com nível superior completo (16,4%). Menos pessoas brancas (10,6%) declararam ter tido a doença do que negras (14,8%) e pardas (14,8).

Folha Press

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