Diversos

FOTO: Japão vai começar a construir um muro gigante de gelo em Fukushima

18wzs8fgk2hydpng-1260x710Lembra daquela vez que o Japão teve uma ideia maluca de construir uma parede gigante de gelo para conter os vazamentos de água radioativa da usina de Fukushima? Bem, eles conseguiram apoio, e vão colocar a ideia em prática. De verdade.

Após examinar os planos da Tokyo Eletric Power Co (TEPCO) para construir uma parede de gelo gigante, o órgão regulador de energia nuclear japonês aprovou a construção da barreira. Técnicas parecidas já foram usadas no passado, mas nunca com a mesma escala como neste projeto proposto para Fukushima. Falando ao PhysOrg, um representante anônimo explicou que:

Tínhamos algumas preocupações, incluindo a possibilidade de parte do chão afundar. Mas não houve grandes objeções ao projeto na reunião, e concluímos que a TEPCO pode seguir em frente ao menos com parte do projeto proposto após passar por alguns procedimentos necessários.

Em junho, engenheiros construirão o muro de 1,5km que deve estancar o fluxo da água radioativa. Já explicamos como isso funcionará:

A ideia é posicionar canos verticais com cerca de um metro de distância entre 20 e 40 metros no chão e bombear água refrigerada por eles. Isso efetivamente criaria uma barreira de gelo ao redor das instalações afetadas, mantendo a água contaminada dentro e a subterrânea fora.

Apesar do fato do projeto ter sido aprovado, a TEPCO deve ter que rever outras partes do projeto conforme ele progride. Há ainda alguma preocupação que a parede de gelo possa afetar a infraestrutura existente, o que significa que ela deve ser cuidadosamente monitorada conforme o projeto avança.

GIZMODO – UOL

Opinião dos leitores

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Jornalismo

[FOTOS] Após desastre nuclear, cientistas encontram borboletas mutantes em Fukushima

Foto: larepubblica.it / R7

O desastre nuclear de Fukushima após o terremoto de 11 de março de 2011 já deixa marcas na fauna local do nordeste japonês. Cientistas encontraram borboletas que sofreram mutações devido à radiação liberada pelos reatores danificados da usina, segundo o site Scientific Reports, ligado à revista Nature.

Os exemplares encontrados apresentavam mutações nas patas, antenas, abdômen e olhos. As asas, porém, parecem ter sido a parte mais afetada das borboletas – foram encontradas alterações de tamanho, pigmentação, cor e outras anormalidades.

Das cem borboletas coletadas, 12% tinham mutações. Quando esses animais procriavam, as anormalidades subiram para 18% do total das crias. Mas quando os insetos afetados acasalavam com os saudáveis, a taxa de espécimes mutantes subia para 34%, o que indica que os genes alterados podem ser passados mesmo quando um dos genitores não sofreu mutações.

Isso tudo apenas dois meses após o desastre nuclear, o segundo pior da história, atrás apenas do caso de 1986 em Chernobyl, na Ucrânia. Uma nova coleta em setembro de 2011 mostrou que 28% das borboletas haviam sofrido mutações. Entre as crias destas, as mutantes eram 52%.

As borboletas logo levantaram questionamentos sobre os efeitos sobre humanos, mas Joji Otaki, um dos pesquisadores, tratou de tranquilizar os receosos. “A sensibilidade à radiação varia de espécie para espécie, então temos que pesquisar os efeitos em outros animais. Humanos são totalmente diferentes de borboletas e são muito mais resistentes”, disse ele ao jornal Japan Times.

Foto: larepubblica.it / R7

 

Fonte: CNN / Estadão

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *