Judiciário

Alvo de ação, general da reserva Paulo Chagas diz que não é ‘cagão’ e mantém críticas a Toffoli

Foto: O general da reserva Paulo Chagas quando foi candidato ao governo do DF pelo PRP / Foto: Reprodução

O general da reserva Paulo Chagas , um dos alvos centrais de uma operação da Polícia Federal nesta terça-feira , disse que mantém as críticas que vinha fazendo nas redes sociais ao Supremo Tribunal Federal ( STF ). Numa entrevista ao GLOBO, o general diz que nada tem a temer porque não espalhou mentiras contra ninguém. Ele argumenta que apenas emitiu opiniões e, por isso, não tem por que recuar.

– Como vou retirar as críticas ? Se eu retirar as críticas vão dizer que sou um cagão. O Olavo de Carvalho (ideólogo de direita) disse que todos os generais são cagões. Eu não sou. É um engano dele. Os generais não são (cagões) – afirmou Chagas.

Chagas argumenta que apenas usou um blog e contas nas redes sociais para expressar opiniões pessoais sobre assuntos de interesse público. O general e outros internautas são investigados em inquérito aberto para apurar ataques e distribuição de notícias falsas contra o STF.

– Fake news eu não faço. Minha opinião é minha opinião, não é fake news – disse.

O general afirmou ainda que o presidente do STF extrapolou de suas atribuições legais ao determinar a abertura de inquérito para investigar supostas ameaças a ministros do Tribunal. Para ele, como entre os investigados não há ninguém com prerrogativa de foro, qualquer investigação dessa natureza teria que ser conduzida pela justiça comum e não pela Corte.

– O ministro Dias Toffoli mandou instituir um inquérito para calar a boca de pessoas que se colocavam como críticos de ministros ou do Tribunal. Mandou abrir esse inquérito fora dos limites da autoridade dele – afirmou.

O general considerou um absurdo a ordem de apreensão do celular e do laptop usado por ele para fazer comentários nas redes sociais. Para ele, a investigação deveria se limitar aos pensamentos expostos por ele no blog e no Twitter. O conteúdo do que ele escreveu, e não publicou, não seria de relevância para o inquérito.

Na conversa que teve com o delegado, chefe da equipe de busca, o general se manifestou surpreso com o interesse da polícia no celular. Os dois conversaram no início das buscas na casa do general.

– No meu celular vocês vão encontrar tudo o que eu coloco na rede. E se você tivesse levado meu celular eu não poderia estar aqui falando com você agora – disse o general.

Extra – O Globo

 

Opinião dos leitores

  1. Todo os dias o STF interfere negativamente, seja pra soltar bandidos de colarinhos brancos ou crápulas, seja pra manter privilégios, seja pra legalizar aumento de quem tem mega salários ou de concessão de auxílio com valores 6 vezes maiores que um salário mínimo, o que por si só jamais poderia ser denominado auxílio. Uns protetores de uma casta superior na sociedade brasileira. Canalhismo.

  2. Capitão bozo falando asneiras chegou à presidência da república, imagine esse general. Com certeza vai longe.

    1. Na verdade, campeão de dizer asneiras mesmo é vc. Bem característico de sua tribo. A única dúvida que tenho é se vc está sendo remunerado pelo que escreve. Se não estiver sendo, é apenas mais uma prova do nível da esquerda em geral.

    2. Lamentável "potiguar", você sequer tem nome, se esconde atrás desse pseudônimo e se acha qualificado para difamar um presidente e um general? Só nesse país da impunidade isso acontece.
      Suas críticas nunca apareceram quando foram denunciados os 95 escândalos durante os governos anteriores, onde tínhamos ex presidentes cultos e especialistas em economia, saúde, educação, segurança entre tantas outras áreas em colapso nesse país, fruto de uma herança maldita que levará 10 anos para ser revertida.

    3. Cidadão deve ter língua de couro de mamute para polir botina de militar lambendo todo dia. Pelo visto a profissão de "umedecedor de coturnos" foi regulamentada. Fiquem em paz queridos profissionais…

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Diversos

‘Intervenção militar’ é assunto do ‘século passado’, diz ministro Etchegoyen, general da reserva

Por interino

O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Sérgio Etchegoyen, durante entrevista coletiva – Jorge William / Agência O Globo

O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Sérgio Etchegoyen, disse nesta terça-feira que “intervenção militar” é um assunto do século passado e nenhum militar das Forças Armadas está “pensando nisso”. Etchegoyen é general da reserva e um dos principais auxiliares do presidente Michel Temer.

— Vivo no século 21 e o século 21 está divertidíssimo. Meu farol é muito mais potente que o retrovisor. Não vejo nenhum militar, Forças Armadas pensando nisso (“intervenção militar”), não conheço, absolutamente — disse o ministro, quando perguntado sobre o que pensa de faixas e cartazes pedindo a “intervenção militar” na paralisação dos caminhoneiros.

Etchegoyen faz parte do gabinete de crise montado pelo governo para acompanhar o movimento dos caminhoneiros e participou da entrevista à imprensa sobre paraliação, no Palácio do Planalto.

— Absolutamente, é um assunto do século passado, uma pergunta que não vejo mais nenhum sentido — disse o ministro.

Para ele, é preciso saber por que algumas pessoas pedem a volta de governo militares.

— O que eu sugiro é saber o porquê chegamos a nisso. Quando nós estudamos álgebras, íamos atrás do X e do Y. Tem uma incógnita nessa questão que é o porquê chegamos a isso. Por que chegamos a uma situação em que parte da sociedade acha que isso é uma solução razoável, sobre a mesa (…) Não busquem encontrar problema onde ele está eliminado. Não vamos procurar problema onde está iluminado.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Esse general não tem moral para falar em nome da instituição militar, afinal ele se declarou estar contra o povo defendendo apenas seus interesses.

  2. Esse General não quer a intervenção militar porque ele perde a boquinha, afinal, ele está do lado negro da força.

  3. General, o sr não nos representa, a única coisa que irá mudar com o sr ao lado desses bandidos é o sr mesmo. Se é que já não mudou. Pátria! Brasil!

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