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Temer diz que governo discute distribuir senhas para controlar entrada de venezuelanos

Reprodução Globo News

O presidente Michel Temer afirmou nesta quarta-feira (29) que o governo discute a possibilidade de distribuir senhas para controlar a entrada de venezuelanos em Roraima. Michel Temer concedeu entrevista nesta manhã à Rádio Jornal, de Pernambuco.

“Outra providência que talvez venha a ser tomada e que ontem foi objeto de conversações é que entram 700 ou 800 venezuelanos por dia e isso está criando problemas para vacinação, para organização. Eles pensam em colocar senhas de maneira que entrem 100, 150 ou 200 por dia para organizar um pouco mais estas entradas”, afirmou o presidente.

Nesta terça-feira (28), o presidente assinou decreto que autorizou o uso das Forças Armadas para reforçar a segurança no estado de Roraima até o dia 12 de setembro.

O anúncio foi feito dez dias após a cidade de Pacaraima (RR) registrar um ataque de um grupo de brasileiros a acampamentos de venezuelanos.

“Editamos a GLO colocando as Forças Armadas nas faixas de fronteira, que alcança Boa Vista e Pacaraima, precisamente em face dos acontecimentos. As coisas estavam lá caminhando por um ritmo desagradavel na relação do povo venezuelanos e povo brasileiro”, afirmou à rádio.

A fixação de cotas para entrada de venezuelanos em Roraima foi uma das sugestões feitas pelo senador Romero Jucá (MDB-RR) ao governo federal, além do fechamento temporário da fronteira. Ao não ser atendido, Jucá deixou a liderança do governo no Senado na última segunda-feira (27).

Ajuda humanitária

Para o presidente, a situação da Venezuela é “inadmissível” e está causando desarmonia no continente sul-americano.

“Eu tenho falado com o presidente do Peru, com o presidente da Colômbia e eles têm milhares de refugiados também lá. É preciso modificar o clima da Venezuela”, disse.

O presidente lembrou, durante a entrevista, que o Brasil ofereceu ajuda humanitária, com alimentos e remédios, há mais de um ano à Venezuela, mas que o governo recusou.

“O governo recusa e os venezuelanos vem pra cá. Claro que a nossa política é de acolher aqueles que entrem no país. Não só a nossa política, como os tratados internacionais. Mas o ideal para nós é que eles recebessem nossa ajuda humanitária e que lá pudessem permanecer. Por isso que acabei decretando esta medida (GLO)”, afirmou Temer.

G1

 

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