Economia

Maio registra alta nas vendas do comércio potiguar, mas ritmo ainda é bem menor que no ano passado

O mês de maio trouxe um leve alento para as vendas do varejo potiguar. Segundo os dados divulgados nesta quarta-feira, 16, pelo IBGE, as vendas do Comércio Varejista Ampliado no Rio Grande do Norte cresceram 4,9%, levando o acumulado do ano a registrar alta de 4%. Embora seja um incremento, o resultado mostra uma clara desacelaração no aumento das vendas potiguares. Para se ter uma ideia, em maio de 2013, as vendas cresceram 10,3% e no acumulado do mesmo período (janeiro a maio), o varejo norte-riograndense emplacou alta de 10,8% no ano passado.

“Vimos fazendo este alerta há alguns meses. De fato, o momento é de desaceleração no consumo. Estamos crescendo, mas em ritmo menor. E isto se deve a fatores como juros mais altos (que tem, como consequência o crédito mais caro), aumento do endividamento e preços em alta. Este resultado de maio e sobretudo o acumulado do ano, na comparação com 2013, refletem muito claramente este cenário. O crescimento específico de maio se deu basicamente na esteira da força que tem o Dia das Mães para o comércio. Tanto que os setores de lojas de departamentos (que o IBGE classifica como ‘Outros Artigos de Uso Pessoal e Doméstico’) e de Perfumaria estão entre os que mais cresceram suas vendas”, avalia o presidente da Fecomércio RN, Marcelo Queiroz.

Nos resultados de maio, sobre o mesmo mês do ano anterior, os setores que registraram as maiores altas foram: Outros Artigos de Uso Pessoal e Doméstico – Lojas de Departamentos (12,4%), Móveis e eletrodomésticos (10%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (1,9%).

“Temos uma expectativa muito grande para o número de junho. A Copa do Mundo Fifa 2014 deve ter influenciado positivamente alguns setores, mas a greve dos Rodoviários teve efeito negativo em muitos outros. O que o número vai nos mostrar é até que ponto uma variável anulou a outra. Mas é fato que o Brasil vive um momento de desaceleração econômica e que os governos precisam agir urgentemente. Um bom caminho pode ser atacar o emaranhando tributário, fiscal e burocrático que tolhe a competitividade de nossas empresas e criar mecanismos eficazes de estímulo aos diversos setores da economia. Desta forma, o mercado reagirá naturalmente”, diz Marcelo Queiroz.

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