Diversos

Vendas do comércio potiguar caem pelo 18º mês seguido e 2016 fecha com retração de 9,7%

O IBGE divulgou na manhã desta terça-feira, 14, os dados relativos às vendas do comércio varejista em todo o país em 2016. No Rio Grande do Norte, o chamado Varejo Ampliado (que inclui os segmentos de veículos e materiais de construção), amargou o 18º mês seguido de quedas, com uma retração de 4,8% em relação a dezembro de 2015. Com isso, o acumulado do ano bateu em 9,7% de queda, um número 64% maior que os 5,9% de redução que haviam sido registrados em 2015.

Os segmentos que registraram as maiores perdas nas vendas no ano foram os de Livros, jornais, revistas e papelaria, com -16,1%; Veículos e motos (-14%); Eletrodomésticos (-12,8%) e Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-12,3%). As menores perdas foram registradas nos segmentos de Artigos farmacêuticos, médicos, orotopédicos e de perfumaria (-2,1%) e de Supermercados e hipermercados (-3,1%).

“O balanço da queda nas vendas do ano ficou dentro do que imaginávamos. Desde setembro que projetávamos queda entre 9% e 10% nas vendas este ano. Os motivos já são bem conhecidos de todos. As causas podem ser vistas no estudo da CNC, que mostra o fechamento de 1.115 lojas do comércio varejista no RN em 2016 e nos números do Caged que apontam que apenas no setor de Comércio nós tivemos um saldo negativo de 3.778 empregos formais no ano passado”, afirma o presidente do Sistema Fecomércio RN, Marcelo Queiroz.

Quadros complementares

Comércio Varejista Ampliado – Fonte IBGE

Índice e variação do volume de vendas no comércio varejista ampliado (1), por Unidade da Federação – dezembro 2016

Opinião dos leitores

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Economia

Maio registra alta nas vendas do comércio potiguar, mas ritmo ainda é bem menor que no ano passado

O mês de maio trouxe um leve alento para as vendas do varejo potiguar. Segundo os dados divulgados nesta quarta-feira, 16, pelo IBGE, as vendas do Comércio Varejista Ampliado no Rio Grande do Norte cresceram 4,9%, levando o acumulado do ano a registrar alta de 4%. Embora seja um incremento, o resultado mostra uma clara desacelaração no aumento das vendas potiguares. Para se ter uma ideia, em maio de 2013, as vendas cresceram 10,3% e no acumulado do mesmo período (janeiro a maio), o varejo norte-riograndense emplacou alta de 10,8% no ano passado.

“Vimos fazendo este alerta há alguns meses. De fato, o momento é de desaceleração no consumo. Estamos crescendo, mas em ritmo menor. E isto se deve a fatores como juros mais altos (que tem, como consequência o crédito mais caro), aumento do endividamento e preços em alta. Este resultado de maio e sobretudo o acumulado do ano, na comparação com 2013, refletem muito claramente este cenário. O crescimento específico de maio se deu basicamente na esteira da força que tem o Dia das Mães para o comércio. Tanto que os setores de lojas de departamentos (que o IBGE classifica como ‘Outros Artigos de Uso Pessoal e Doméstico’) e de Perfumaria estão entre os que mais cresceram suas vendas”, avalia o presidente da Fecomércio RN, Marcelo Queiroz.

Nos resultados de maio, sobre o mesmo mês do ano anterior, os setores que registraram as maiores altas foram: Outros Artigos de Uso Pessoal e Doméstico – Lojas de Departamentos (12,4%), Móveis e eletrodomésticos (10%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (1,9%).

“Temos uma expectativa muito grande para o número de junho. A Copa do Mundo Fifa 2014 deve ter influenciado positivamente alguns setores, mas a greve dos Rodoviários teve efeito negativo em muitos outros. O que o número vai nos mostrar é até que ponto uma variável anulou a outra. Mas é fato que o Brasil vive um momento de desaceleração econômica e que os governos precisam agir urgentemente. Um bom caminho pode ser atacar o emaranhando tributário, fiscal e burocrático que tolhe a competitividade de nossas empresas e criar mecanismos eficazes de estímulo aos diversos setores da economia. Desta forma, o mercado reagirá naturalmente”, diz Marcelo Queiroz.

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