Economia

Com inflação baixa, mensalidades escolares têm menor reajuste em oito anos

Foto: Arquivo

Com a inflação nos patamares mínimos históricos, os reajustes das mensalidades escolares foram, em 2019, os menores dos últimos oito anos. Na média, a alta ficou em 6,61% no ensino fundamental e em 5,45% no ensino médio em fevereiro, segundo dados divulgados pelo IBGE. Na educação infantil, o aumento foi de 6,22%. Considerando todos os grupos (como alimentação e habitação), a inflação no mês foi de 0,43%.

Em todos os segmentos da educação, os reajustes em 2019 foram os menores já aplicados desde 2012. A única exceção foi o ensino superior. Nas faculdades, a alta média foi de 3,68% em fevereiro deste ano, contra 3,62% no mesmo mês de 2018. Considerando todos segmentos juntos, os chamados cursos regulares, a alta foi de 4,58% no mês.

Fevereiro é o mês no qual a coleta de preços de inflação, pela metodologia do IBGE, mostra a variação nas mensalidades escolares. Por isso, tradicionalmente, em fevereiro, o grupo educação pressiona o IPCA, índice de inflação usado nas metas do governo.

E, apesar de os reajustes terem ficado menores este ano, a educação pesa cada vez mais no bolso do consumidor. Nos últimos 12 meses, enquanto a inflação geral ficou em apenas 3,89%, o grupo educação teve alta de preços de 4,85%.

Atividade econômica fraca
O reajuste menos acentuado no grupo de educação em fevereiro de 2019 pode ser explicado pelo fato de a economia ainda estar em um processo lento de recuperação e por causa do contingente significativo de desempregados, conforme avalia a economista Maria Andreia Parente Lameiras, técnica de planejamento e pesquisa do Ipea.

— A economia saiu de uma recessão mas ainda não decolou. Além disso, o país ainda tem um desemprego elevado — ponderou Andreia. — As famílias foram aguentando os reajustes durante determinado tempo, mas chegou um momento em que ficou insustentável arcar com os custos da educação.

A economista ressalta que as instituições de ensino, além do receio da perda de alunos por conta de reajustas mais elevados e de possível inadimplência, tiveram custos menores que em anos anteriores. Sendo assim, foi possível reduzir o percentual de reajuste, embora a taxa ainda se mantenha elevada.

— A inflação cadente contribui para que reajustes em custos operacionais e salários de professores, por exemplo, sejam menores. Este fato também contribui para que as escolas consigam repassar um reajuste menor para o público. De toda forma, embora o menor em muitos anos, ainda é um percentual elevado.

O Globo

 

Opinião dos leitores

  1. Um dos maiores problemas do povo brasileiro é esse, lê e NÃO SABE INTERPRETAR O TEXTO.
    O texto fala em MÉDIA, se teve uma e outra escola de reajustou em 500% não foi foco da matéria.
    Aqui em Natal teve colégio com reajuste de 5% e outras até 25%.
    Por isso a esquerda tem ocupado tanto espaço, fica mais fácil ouvir as mentiras plantadas que raciocinar sobre a realidade,

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Diversos

PROCON NATAL constata reajuste médio de 7,82% nas mensalidades escolares

O PROCON NATAL, realizou pesquisa de preços de mensalidades escolares para 2019 em 24 escolas particulares de Natal, abrangendo os níveis IV e V da Educação Infantil, o Ensino Fundamental e o Ensino Médio. Os estabelecimentos pesquisados foram selecionados dentre os maiores e mais tradicionais da Capital, excluindo as escolas que oferecem apenas Educação Infantil como maternal. A pesquisa inclui colégios da Zona Norte, Zona Leste, Zona Sul e Zona Oeste. E as principais faculdades da cidade que ofereciam os cursos de Administração, Ciências contábeis, Direito, Pedagogia e informática.

A pesquisa foi realizada entre os dias 01 a 20 de novembro de 2018, e tem como objetivos: informar e orientar pais e responsáveis nesta época de matrículas para o ano letivo de 2019. Em uma média geral o percentual de aumento foi de 7,82%. O reajuste do ensino médio ficou em 7,32%, nos níveis fundamentais I e II foi de 6,54% e a educação infantil com os níveis IV e V teve aumento médio de 8,48%.

O PROCON NATAL orienta que pais e responsáveis fiquem atentos na hora da matrícula ou na renovação da mesma ao que diz a Lei 9.870/99. Não se pode cobrar Matrícula se ela não compuser o valor da anuidade escolar. O novo preço da mensalidade 2019 deve ser comprovado por análise financeira, e poderá ser solicitado pelos pais. As mensalidades 2019 devem ser anunciadas até 45 dias do fim da matrícula. As escolas não podem alterar seus preços de mensalidade durante o ano, o que torna muito importante a planilha de custos. E procurar como consumidor, já que se tratar de uma prestação de serviço, os órgãos de defesa do consumidor (PROCON NATAL, Promotoria de Defesa do Consumidor e outros) para registrar a reclamação.

Muitos colégios estão propondo reajustes diversos, em todos os níveis e séries, identificado pela pesquisa, no entanto a preferência do ensino é de responsabilidades dos pais e de seus responsáveis, sendo importante ressaltar que boa parte dos colégios oferecem descontos para aqueles que efetuarem o pagamento até a data do vencimento, ou para famílias que tenham mais de um filho naquela escola. Vale salientar, ainda, que algumas escolas estabelecem preços diferenciados para os períodos matutino e vespertino. A pesquisa ora divulgada considera os preços normais, sem eventuais descontos, para o período matutino e na graduação o período noturno.

No próximo mês já incluso na programação do Núcleo de pesquisa o PROCON NATAL realizará a pesquisa de material escolar para orientação aos consumidores. Entretanto, desde já alerta aos senhores pais pesquisar antes de comprar.

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