Diversos

BRINCANDO COM O DESCONHECIDO? Micróbios de 100 milhões de anos são “ressuscitados” em laboratório

(Foto: JAMSTEC/Nature)

Em um novo estudo publicado na terça-feira (28) na Nature Communications, pesquisadores da Agência Japonesa de Ciência e Tecnologia Terra-Marinha (JAMSTEC) conseguiram “ressuscitar” microrganismos com mais de 100 milhões de anos. Eles foram coletados há 10 anos no sistema de correntes marítimas Giro do Pacífico Sul, a região desse oceano com menor produtividade e nutrientes disponíveis.

“Nossa principal pergunta era se a vida poderia existir em um ambiente com poucos nutrientes ou se essa era uma zona sem vida”, disse Yuki Morono, líder do estudo, em declaração. “E queríamos saber quanto tempo os micróbios poderiam sustentar sua vida quase sem comida.”

No fundo do mar, existem camadas de sedimentos orgânicos provenientes de poeira e partículas que são transportadas pelas correntes de vento e do oceano. Nesses detritos, ficam presos diversos tipos de microrganismos — e foram exatamente esses micróbios que os japoneses decidiram investigar.

Usando uma sonda, os cientistas perfuraram núcleos de sedimento por cerca de 100 metros, a quase 6000 metros abaixo da superfície do mar. Os cientistas descobriram que o oxigênio estava presente em todas as regiões exploradas, sugerindo que, se o sedimento se acumular lentamente no fundo do mar a uma taxa de não mais de um ou dois metros a cada 1 milhão de anos, o oxigênio estará presente nestas camadas.

As amostras de microrganismos coletadas foram incubadas e alimentadas durante um longo período — e aí veio a surpresa: a grande maioria dos micróbios ainda estavam vivos. “No começo eu estava cético, mas descobrimos que até 99,1% dos micróbios em sedimentos depositados 101,5 milhões de anos atrás ainda estavam vivos e prontos para comer”, contou Morono.

A equipe de pesquisa espera aplicar uma abordagem semelhante a esta em outros estudos geológicos. De acordo com Morono, a vida desses microrganismos é muito mais lenta que a nossa e, portanto, a velocidade evolutiva deles também é menor. “Queremos entender como ou se esses micróbios antigos evoluíram”, disse o pesquisador. “Este estudo mostra que [os sedimentos no fundo do oceano] são um excelente local para explorar os limites da vida na Terra.”

Galileu

Opinião dos leitores

  1. Não se deve manipular a natureza dessa forma… mexer no q tá quieto é perigoso… pode vir mais pandemias por aí… ninguém pode garantir a segurança desse tipo de pesquisa…

  2. Agora a terra veia quebra de vz.
    Daqui a pouco vai aparecer alien saindo dos bucho do povo e vão dizer q não sabiam de nada.
    Mexer no que tá quieto só dá prejuízo.
    Vamos aguardar os próximos capítulos

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *