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Microsoft investe no mercado de maconha nos Estados Unidos

254252360_1-7Muda de cannabis em estufa em fazenda no Colorado, nos EUA – Matthew Staver / Bloomberg

Com a legalização da maconha em estados americanos — seja para uso recreativo ou medicinal —, algumas empresas começam a se sentir mais dispostas a investir neste tipo de negócio. E a primeira grande multinacional a entrar para o ramo, segundo a imprensa dos Estados Unidos, é a Microsoft, gigante de tecnologia fundada por Bill Gates.

A companhia americana anunciou na quinta-feira, diz o jornal “The New York Times”, uma parceria para oferecer um software para mapear o comércio de maconha, desde a origem até a venda. O objetivo é garantir que tudo seja feito dentro da legalidade.

A parceria foi firmada com a a start-up Kind Financial, que já trabalha com tecnologia e outras ferramentas para negócios ligados à erva, segundo o site do canal americano CNBC.

Com o acordo entre as duas, a Kind vai colaborar para a área da gigante da computação dedicada a prestadores de serviços ligados à saúde, e seu software Agrisoft Seed to Sale (algo como “da semente à venda”) será oferecido para todos os usuários dos Azure Government, serviço de computação na nuvem da Microsoft voltado para governos.

De acordo com o site do CNBC, 20 estados americanos já permitem algum tipo de uso de maconha e, segundo o “New York Times”, outros cinco votarão se vão liberar o uso recreativo da erva.

O jornal lembra que, apesar da legalidade do uso da maconha, são poucos — e pequenos — os bancos que aceitam lidar com as contas de empresas ligadas a este tipo de negócio. E, embora a Microsoft não vá lidar diretamente com este capital, a entrada dela nessa cadeia pelo lado das regras do governo já serve como uma sinalização do início de uma “estrutura legítima” para esta indústria, que vem crescendo nos últimos anos. E este movimento deve continuar, pelo menos na avaliação de Kimberly Nelson, diretora executiva de soluções para governos locais e estaduais da Microsoft.

“Conforme a indústria é regulada, vai haver mais transações, e nós acreditamos que vão haver pedidos e ferramentas mais sofisticados ao longo do caminho”, disse ela ao “New York Times”.

Em comunicado divulgado ontem, o fundador e diretor executivo da Kind Financial, David Dinenberg, comemorou a parceria:

“Ninguém pode prever o futuro da legalização da cannabis, contudo, está claro que a cannabis legalizada vai estar sempre sujeita a vigilância e regulações estritas similares às de álcool e tabaco; e a Kind está orgulhosa de oferecer a governos e agências regulatórias as ferramentas e tecnologias necessárias para monitorar a adequação às regras”.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Investidores inteligentes, cientistas e médicos, sabem dos beneficios da Cannabis, sem falar de todos os produtos derivados da folha, preconceito não ajuda.
    Se no Brasil fosse legalizado, renderia muito para o Governo.
    Mas a bancada dos santos do pau ôco não permitiriam não é mesmo?!

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