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Usar bem (e muito) o programa de milhagem é melhor forma de não perder pontos; veja dicas

Foto: Pedro Teixeira / Agência O Globo

Perder pontos acumulados no cartão de crédito ou de programas de milhagem é como rasgar dinheiro. O consumidor simplesmente deixa escapar a oportunidade de trocá-los por passagens áereas e outros serviços ou produtos. A quantidade de pontos/milhas expirados caiu 2,3 pontos percentuais no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período de 2018, mas continuou expressiva em 17,3%, segundo dados da Associação Brasileira das Empresas do Mercado de Fidelização (ABEMF).

Uma forma de combater o desperdício é acumular o máximo de milhas possível em um período curto sem ficar no vermelho e, assim, trocar pelo que deseja. E uma estratégia simples e fácil de multiplicar pontos é tentar concentrar as compras em empresas parceiras do programa de milhagem.

O usuário deve ficar atento ao preço e aos pontos oferecidos. Dependendo da loja e da promoção, a relação pode variar desde R$ 1 para 1 ponto até R$ 1 para 10 ou mais pontos. A compra nas empresas parceiras pode render mais se a transação for finalizada no cartão de crédito que converte valores em pontos. O cliente ganha duas vezes.

— Tenho dois cartões de crédito, e ambos me possibilitam acumular pontos. Depois, eu transfiro esses pontos para a empresa aérea que está oferecendo as melhores condições — conta o analista de sistemas Gilberto Carneiro, de 51 anos, um dos “caçadores de ofertas” do ” Qual oferta “, plataforma dos jornais O GLOBO, EXTRA e Expresso que reúne no impresso e no digital as melhores promoções de supermercados, drogarias e lojas de departamento de Rio e Grande Rio: — Já tive cartão de crédito vinculado a empresa aérea, mas troquei porque havia cobrança de anuidade. É mais vantajoso ter cartão do banco, que normalmente não cobra anuidade, e trocar os pontos.

Cartões e programas de fidelidade costumam oferecer promoções para transferências de pontos . O consumidor deve ficar atento. Nesses períodos, o cliente pode acumular 30%, 50%, 100% ou até 120% de bônus. Assim, 10 mil pontos, nesse exemplo, se transformam em até 22 mil pontos. Não é raro também sites de redes de varejo oferecerem promoções do tipo: ganhe 5, 15 ou até 20 pontos por cada real gasto. Se coincidir com uma compra planejada, será uma oportunidade de ampliar a poupança de pontos.

Pesquisa para evitar prejuízo

Nem sempre vale simplesmente trocar as milhas por uma passagem área, sem antes verificar se a quantidade de pontos compensa o preço do tíquete. Se não compensar, é melhor comprar a passagem e ganhar milhas com a transação. Vale fazer a pesquisa de preço na companhia do programa de fidelidade ou em outra da mesma aliança. Os programas de fidelidade de Latam, Gol e Azul permitem transferência de pontos entre as companhias associadas.

— Como a quantidade de pontos para trocar por uma passagem aérea internacional é muito alta e ainda temos que pagar o despacho da bagagem, geralmente eu pego uma passagem nacional. Ou algum produto, quando as milhas já estão perto de expirar, só para não perder os pontos — diz o caçador de oferta Gilberto Carneiro.

Os programas de empresas de aviação também possuem clubes que aceleram a pontuação . Os sócios pagam mensalidade e recebem milhas para juntar às conquistadas na compra de passagens aéreas, no cartão de crédito e nas demais parcerias. Outra vantagem é ter acesso a promoções exclusivas, que podem envolver upgrade de categoria no programa de fidelidade, bônus maiores para transferência de pontos do cartão de crédito e até resgate de passagens com desconto. Especialistas afirmam que clubes, como o Livelo, o Multiplus, o Smiles e o TudoAzul, são um bom negócio quando o usuário acumula e resgata uma boa quantidade de milhas por ano.

A validade dos pontos, na maioria dos programas, costuma ser de 12 a 24 meses. Portanto, avalie se conseguirá atingir o saldo mínimo para realizar trocas dentro do tempo delimitado. Uma opção é escolher serviço ou produtos com valores menores que viagens , como diárias de hotéis, ingressos para shows, espetáculos e cinema, roupas, celulares e móveis e outros.

O Globo

 

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