Diversos

"É como ser assaltado na rua e chamar o assaltante para tomar uma cerveja em casa", desabafa campeão olímpico sobre eleição

Untitled-1Reprodução: Twitter

O campeão olímpico de vôlei, Nalbert, reagiu com indignação ao resultado da eleição presidencial, na noite deste domingo, 26, e postou diversas mensagens de cunho preconceituoso e ofensivo, principalmente ao governo da presidente reeleita Dilma Rousseff. Acontece que o jogador é contratado pelo próprio governo para atuar como “embaixador do esporte”, em um projeto do Banco do Brasil.

Cerca de dez minutos após a confirmação da vitória da candidata do PT, Nalbert tuitou: “É como ser assaltado na rua e chamar o assaltante para tomar uma cerveja em casa…”. A postagem deu início a diversos tipos de reação por parte dos seus 209 mil seguidores no Twitter, tanto de apoio como de reprovação. Em seguida, o ex-jogador, campeão olímpico em Atenas-2004 com a seleção brasileira masculina de vôlei, passou a retuitar os posts que criticavam o Bolsa Família. Quando foi chamado de “burguês” por um seguidor, Nalbert respondeu: “Dinheiro suado e conquistado de forma HONESTA”.

O posicionamento político do ex-atleta, hoje comentarista do Sportv, acontece 20 dias após a confirmação por parte do Banco do Brasil de renovação por mais 12 meses do contrato com Nalbert no programa “Embaixadores do Esporte”, uma espécie de bolsa mensal para divulgar o esporte no país.

Ele é um dos 12 beneficiários do projeto, que distribui R$ 1.5 milhão a atletas e ex-atletas do vôlei, modalidade bancada pelo banco público. Marcelo Negrão, André Heller, Mari, Fofão, Maurício, Fabiana entre outros campeões olímpicos fazem parte do projeto. Se o dinheiro for repartido de forma igual, cada um embolsará cerca de R$ 10 mil por mês até outubro de 2015. Nalbert, recém-nomeado para o Hall da Fama do vôlei, é um dos contemplados desde 2011.

Para tentar apaziguar os ânimos em sua timeline, o ex-ponteiro postou: “Nenhum dos dois [Aécio e Dilma] era o MEU candidato. Estou convicto de que o Brasil merece mais…já que está decidido,que seja o melhor pra nós…”.
UOL

Opinião dos leitores

  1. Ser chamado de burguês ta bom. Pior e ser bandido condenado e querer passar de herói. Quem e assim? Uma parte da turma do pt.

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Esporte

Ídolo do vôlei brasileiro, Nalbert fica em ‘saia justa’ como comentarista, mas defende Globo

nalbert-21Comentarista do Sportv desde 2010, o ex-jogador de vôlei Nalbert se viu em uma verdadeira saia justa nos últimos meses. Ex-companheiros de quadra e amigos dispararam críticas às Organizações Globo, dona do canal fechado, por conta da mudança de 25 para 21 pontos nos sets da Superliga.

Nalbert ouviu comentários, críticas, e sempre se posicionou a favor da mudança, opinião que vai assim na mesma linha dos interesses de sua empregadora. Mas, em entrevista ao UOL Esporte, ele garantiu que não ouviu qualquer tipo de recomendação dos patrões para não emitir posições contrárias à mudança que gerou polêmica.

Em encontro com ex-companheiros do vôlei que ainda jogam, já foi questionado sobre o tema. Mas diz que sua análise é baseada pela opinião, e não por interesse dos patrões.

“(O jogo) estava ficando chato, muito longo. Os pontos demoram, os jogos têm seis paradas técnicas, três minutos entre os sets…Tinha partida que demorava três horas. É inviável, e o feedback que eu tinha do público geral é que estava chato mesmo.  Se eu ainda jogasse, provavelmente acharia ruim essa mudança também. Mas hoje minha posição é de quem já esteve ali dentro, e que agora é estudante de marketing e comentarista”, disse.

“Estou desse lado agora, e não é por ser comentarista que eu tenho que concordar com tudo. Pelo contrário. A quem eu respondo diretamente, falaram que não tinha restrição, me deixaram falar o que eu quisesse, ter a opinião que quisesse. Nunca tive que concordar. A gente nem sabe o que aconteceu nos bastidores, isso não compete a mim. Mas nunca me limitaram a dar opinião”, afirmou o ex-capitão da seleção brasileira.

Nalbert, aliás, diz que antes mesmo de a regra ser oficializada, já defendia a diminuição das partidas, especialmente pela longa duração que alguns jogos tinham. Na última temporada, alguns jogos chegaram a passar da meia-noite, além de por diversas vezes terem ‘quebrado’ a grade de programação da emissora.

Para a temporada 2013/2014 do vôlei brasileiro, a CBV resolveu acatar uma sugestão da FIVB (Federação Internacional de Vôlei) e usar o sistema de 21 pontos nos sets da Superliga. O novo ‘formato’ desagradou a grande maioria de atletas e jogadores e causou críticas de pessoas influentes, como os técnicos Bernardinho e José Roberto Guimarães.

O principal ponto de reclamação é em relação à duração dos sets, que ficaram curtos demais na visão dos envolvidos, dificultando, por exemplo, uma reação da equipe que entra na reta final atrás do placar. Além disso, as parciais seguem com até seis paradas técnicas, apesar de o jogo ter sido encurtado.

Nalbert ouve brincadeiras e comentários dos antigos companheiros, mas sem intervenções.

“A gente brinca muito, e hoje em dia tem as redes sociais. Uns com mais intimidade brincam, e  de uma forma geral conquistamos um respeito legal das pessoas. Mas é claro que existem opiniões diferentes em algumas situações. Existe respeito e uma relação saudável sempre”.

Apesar de se mostrar favorável aos jogos mais curtos, Nalbert tem se preocupado com o excesso de mudanças na modalidade. A cada temporada ao menos uma alteração é feita no formato de disputa, ou em alguma regra, ou no sistema de pontuação. Para o campeão olímpico, o excesso de alterações pode fazer o esporte perder a ‘característica própria’.

“Mudar demais não é legal, estão exagerando. Algumas mudanças são injustificáveis. Por exemplo, o toque na rede. Pode tocar embaixo, mas não na parte de cima. Isso não existe, a rede é elemento intocável, e agora fica balançando toda hora. Teve Mundial há alguns anos que fizeram um teste de só atacar atrás da linha dos três metros. É absurdo, a mudança técnica é gigante. Mas não vejo tanta mudança em diminuir de 25 para 21. O jogo não muda nada. Talvez mude a intensidade dos times no início apenas”, concluiu.

UOL

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