Na última terça-feira, a jornalista Lília de Souza, 34, saiu de casa para renovar o passaporte, mas acabou passando por um episódio que lhe causou “um dos maiores constrangimentos” que já vivenciou, segundo ela. No momento de fazer a foto para o documento, o sistema não permitiu o registro. A policial que a atendeu explicou que o problema era o cabelo da jornalista, estilo black power, que não seria aceito pelo sistema. “Terá que prendê-lo”, disse a agente.
Lilia ainda insistiu para fazer a foto com o cabelo solto. A policial tentou algumas vezes, mas o sistema não permitiu.
— Fiquei muito constrangida. Tive que prender meu cabelo com uma borracha daquelas de escritório, que eles arrumaram e me deram. Saí de lá arrasada.
O episódio ocorreu na Polícia Federal do Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC) do Salvador Shopping. Inconformada com a situação, a jornalista voltou ao local, depois de alguns minutos, para protestar.
— Procurei pelo coordenador, mas ele não estava. Conversei com duas policiais que disseram que isso sempre acontecia com pessoas com o cabelo como o meu — afirma Lília, que, até então, não havia passado pelo problema.
— Há cinco anos, quando tirei meu passaporte, meu cabelo era bem menor do que hoje. Acredito que tenha sido por isso — expplica.
Lília enviou e-mail para a Ouvidoria da Polícia Federal, registrando o caso, e faz questão de deixar claro que foi bem tratada pelas policiais que a atenderam.
— O problema não foi o atendimento. Elas foram atenciosas e, na verdade, obedecem a regras. O sistema da PF é que é questionável, já que ignora completamente a etnia das pessoas — afirma.
A reportagem do GLOBO entrou em contato com a Polícia Federal, em Brasília, mas não obteve retorno. No site do órgão, não há informações sobre os critérios e exigências para as fotos do passaporte.
O Globo
Regras são regras. Se fosse muçulmana e estivesse de burca teria que tirá-la, se fosse gueixa teria que tirar a maquiagem, e sendo negra com cabelo black power tem que prender. Esse povo adora procurar assunto.
É necessário ter bom senso.
Todo mundo que possui cabelo comprido e vai tirar passaporte, precisa prender o cabelo e deixar a orelha a mostra, isso sempre foi assim. Se é black power ou não, a regra é a mesma.
Sei que preconceito existe, mas é necessário saber diferenciar e em alguns casos não se fazer de vítima porque não gostou de algo.
Na internet todo mundo tem razão porque só coloca seu ponto de vista sobre o que aconteceu, é preciso ter cuidado.
Quando fui fazer o meu tive que tirar brincos e colocar os cabelos atrás das orelhas. Assim como não pode estar com maquiagem carregada. Acredito que o problema não tenha sido o tipo de cabelo, mas o fato do mesmo cobrir as orelhas e uma parte do rosto.
Na verdade é uma regra internacional , as policias querem que A IDENTIFICAÇÃO SEJA CLARA , se chegasse uma loira com os cabelos na cara seria solicitado que colocasse por trás das orelhas ou prendesse , a diferença seria que no final a loira iria agradecer pela borracha emprestada !!
Qual a polêmica? No BRASIL TUDO tem que ser aceito? Não se pode ter regras ou padrão? Virou vale tudo? Por que nossa democracia tem que ser misturada com a libertinagem? Qual o sentido de vivermos sem limites?