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Obama responsabiliza Putin por interefrências de separatistas nos destroços do avião

O presidente dos EUA, Barack Obama, disse nesta segunda-feira (21) que o colega russo Vladimir Putin tem “responsabilidade direta” de exigir que os separatistas parem de interferir nas evidências e garantam aos investigadores internacionais “acesso completo, imediato e sem impedimentos” ao local da queda do avião da Malaysia Airlines, ocorrida na última quinta-feira (17).

“Considerando sua influência direta sobre os separatistas, Rússia e, particularmente, o presidente Putin têm responsabilidade direta de forçá-los a cooperar com as investigações. Isso é o mínimo que eles podem fazer”, disse Obama, num discurso breve, mas incisivo, na Casa Branca.

“O presidente Putin disse que apoia uma investigação completa e justa. Eu agradeço essas palavras, mas elas precisam vir acompanhadas por ações”, completou. Segundo Obama, os separatistas estão retirando evidências do local da queda e removendo corpos, “algumas vezes sem o cuidado que normalmente esperamos numa tragédia como essa”.

“O que eles estão exatamente tentando esconder?”, questionou o presidente americano, destacando que os separatistas têm evitado o acesso dos investigadores ao local da queda inclusive atirando para o alto.

“Os separatistas e a Rússia são responsáveis pela segurança dos investigadores que estão fazendo seu trabalho”, afirmou, repetindo que Moscou treinou e equipou os separatistas com armamentos militares, incluindo sistemas antiaéreos.

MAIOR CUSTO

Obama disse ainda “preferir” encontrar uma solução diplomática para a crise na Ucrânia. “Mas se a Rússia continuar violando a soberania ucraniana e apoiando esses separatistas, e esses separatistas se tornarem cada vez mais perigosos (…),os custos para a Rússia só vão aumentar”, disse.

A queda do avião acirrou ainda mais a tensão entre Washington e Moscou. Um dia antes da tragédia, os EUA haviam anunciado novas sanções contra a Rússia por “violar a soberania da Ucrânia e continuar a apoiar separatistas”.

No domingo, líderes da Alemanha, Reino Unido e França concordaram que seus ministros estarão “prontos para anunciar” novas sanções contra a Rússia em reunião em Bruxelas na terça-feira (22) se Moscou não retroceder.

“É hora para o presidente Putin e a Rússia abandonarem a estratégia que estão adotando e tentarem, de foram séria, resolver hostilidades”, declarou Obama.

Folha Press

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