Líderes de partidos de oposição protocolaram, há pouco, na Mesa do Congresso Nacional, requerimento para criação de comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) para investigar denúncias de irregularidades na Petrobras. A oposição conseguiu 232 assinaturas de deputados e 30 de senadores. Eram necessárias 171 de deputados e 27 de senadores.
De acordo com o requerimento, a criação da a CPMI é para investigar “irregularidades “ na empresa estatal, ocorridas entre os anos de 2005 e 2014 e relacionadas à compra da Refinaria de Pasadena, no estado norte-americano do Texas, ao lançamento de plataformas inacabadas, ao pagamento de propina a funcionários da estatal e ao superfaturamento na construção de refinarias.
Após protocolar o requerimento, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) disse que o objetivo da CPMI é investigar denúncias que se sucedem, a cada dia, relacionadas à Petrobras. “O que nós queremos é o que os brasileiros querem: a apuração e investigação das denúncias. Nós não pré-condenamos ninguém. [A CPMI} é a oportunidade de o governo explicar [as denúncias]”, disse o senador.
Aécio disse que apresentará questão de ordem, ainda hoje, no plenário do Senado para que seja convocada, o quanto antes, sessão do Congresso Nacional para fazer a leitura do requerimento de criação da CPMI. Por se tratar de comissão mista, composta de deputados e senadores, o requerimento só pode ser lido em sessão do Congresso Nacional.
Assinaram o requerimento praticamente todos os deputados da oposição, além de muitos da base governista. Ou seja, o requerimento tem assinaturas de deputados do PSDB, DEM, PPS, PSB, PSOL, SDD, PMDB, PSD, PV, PDT, PCdoB, PR, PSC e PP.
Dos 21 partidos representados na Câmara, assinaram o requerimento de criação da CPMI deputados de 17 legendas. Foram 43 do PSDB; 37 do PMDB; 24 do DEM; 23 do PSB; 23 do PSD; 21 do PR; 12 do SDD; nove do PSC; nove do PP; nove do PDT; oito do PPS; cinco do PV; três do PSOL; dois do PTdoB; dois do PMN, um do PCdoB e um do PROS.
Não constam do requerimento assinaturas de deputados do PT, PRB, PRP e PTB.
Agência Brasil

Como diz Arnaldo Jabor: "esse governo está destruindo a si mesmo, o Brasil e a Petrobrás".