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RECURSOS – SAÚDE: Operação no RJ e no Palácio das Laranjeiras foi autorizada pelo STJ; preso, subsecretário diz que autoridades tinham ciência de atos

Foto: Pilar Olivares/Reuters

A Polícia Federal faz nesta terça-feira (26) buscas no Palácio das Laranjeiras, residência oficial em que mora o governador Wilson Witzel (PSC), do Rio de Janeiro.

A operação, autorizada pelo ministro Benedito Gonçalves, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), mira um suposto esquema de desvios de recursos públicos destinados ao combate ao coronavírus no estado.

O inquérito no STJ foi aberto no último dia 13, com base em informações de autoridades de investigação do estado do Rio. Os mandados em cumprimento nesta quarta-feira foram solicitados pela PGR (Procuradoria-Geral da República) na semana passada.

Segundo investigadores, a PF também busca provas no Palácio da Guanabara, onde o chefe do Executivo fluminense despacha, em sua antiga casa, usada antes de se eleger, e em um escritório da mulher dele.

Ao todo, estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão em 11 endereços. ​

A operação, batizada de Placebo, busca provas de um possível esquema de corrupção envolvendo uma organização social contratada para a instalação de hospitais de campanha e “servidores da cúpula da gestão do sistema de saúde do Estado do Rio de Janeiro”, diz a Polícia Federal.

Um dos indícios contra o governador é o depoimento do ex-subsecretário da Secretaria de Saúde do Rio, Gabriell Neves, preso no início do mês pela Polícia Civil do Rio.

Ele indicou que autoridades acima dele tinham ciência dos atos que assinou na secretaria, relativos ao combate à Covid-19. Ele é suspeito de fraudar a compra de respiradores.

Segundo a PGR, os envolvidos são investigados por peculato, corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. “A previsão orçamentária do estado era gastar R$ 835 milhões com os hospitais de campanha em um período de até seis meses. A suspeita é que parte desse valor teria como destino os próprios envolvidos”, informou a procuradoria-geral.

O desvio de verbas seria feito por superfaturamento e subcontratação de empresas de fachada. O governador terá de prestar depoimento no inquérito.

Com Folha de São Paulo

 

Opinião dos leitores

  1. Operação solicitada pela PGR e autorizada pelo STJ. A PF apenas executou. Mais um anti-Bolsonaro (agora, porque se elegeu às custas do PR) que demonstra sua real índole: corrupto e anti Brasil.

  2. Essas investigações ainda vão da muita dor de cabeça aos governantes desonestos que aproveita da famosa dispensa de licitação para meter a mão com força no dinheiro público, isso é uma vergonha, esses seres desumanos podem até escapar da justiça dos homens mais com toda certeza, da justiça de Deus eles não escapa, a pessoa ter coragem de desviar um recurso que vem pra tentar salvar vidas e ser usado para em favor próprio é não ter coração.

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