Política

Para Alckmin, Bolsonaro justifica derrota antecipada ao suspeitar de fraude em eleição

Geraldo Alckmin (PSDB) e Jair Bolsonaro, candidatos à Presidência da República – Nelson Almeida – 17.ago.2018/AFP

Na estratégia de desconstruir a imagem de seu principal adversário, o candidato à Presidência Geraldo Alckmin (PSDB) disse nesta segunda-feira (17) que Jair Bolsonaro (PSL) tenta justificar uma derrota antecipada ao aventar a possibilidade de fraude nas eleições deste ano.

No domingo (16), em seu leito no hospital em que se recupera de uma facada, Bolsonaro fez uma transmissão ao vivo pelo Facebook em que sugeriu a possibilidade de fraude nos resultados das urnas como parte de um plano para que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) possa deixar a prisão, onde está desde abril.

“Ele está querendo justificar a derrota antecipada? Por que fraude? Eu disputei dez eleições, ganhei, perdi. Não teve fraude nenhuma. O Brasil é exemplo para o mundo de avanço na área tecnológica, na área eleitoral”, provocou Alckmin após entrevista para jornalistas de agências internacionais.

Estagnado em todas as pesquisas de intenção de voto –tem 9%, segundo levantamento do Datafolha da semana passada–, Alckmin deu início a uma estratégia de, além de desconstruir a imagem de Bolsonaro, pregar o voto útil, afirmando que a presença do capitão reformado do Exército no segundo turno pode levar o PT de volta ao Palácio do Planalto com Fernando Haddad (PT).

“Vamos trabalhar muito para que o Brasil tenha uma opção melhor, que o país saia dessas aventuras e possa realmente trilhar o que interessa para a população”, disse o tucano.

À imprensa estrangeira, Alckmin falou da importância de acordos internacionais e defendeu a eleição como maneira de dar uma sinalização positiva ao mercado internacional.

“A situação não é simples, o mundo inteiro está preocupado com o Brasil, o mundo inteiro quer investir no Brasil, o Brasil tem tudo para voltar a crescer. Agora, precisa ter não aventura, precisa ter governo que realmente ponha nos trilhos a nossa economia, faça as reformas. Se não a fizermos, vai continuar este marasmo”, disse o candidato do PSDB.

Folha de São Paulo

 

Opinião dos leitores

  1. Como eleitor tenho de votar!!!! Agora, acreditar em urna eletrônica??? Faz anos que descobri que o Papai Noel, era meu saudoso pai!!! Que trabalhava e nos dava presentes, na ilusão de uma criança que era o papai Noel…

  2. Garaldo Alckmin, esse sim tá derrotado, inclusive em São Paulo. O povo viu com quem ele se juntou agora pra ter tempo de televisão e mentir. Aliou se aos lobos maus do centrão de Eduardo Cunha. Outra coisa, os tucanos sabendo que estão derrotados de novo, já quer um acordão com o PT. Isso vai ser bom! O povo de uma tacada só vai eliminar esses políticos profissionais corruptos de uma lapada só.

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Polícia

Para Alckmin, governo de São Paulo descobriu fraude na máfia da merenda

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou nesta quarta-feira (30) que foi o próprio Estado, por meio da Polícia Civil, que descobriu as fraudes cometidas em contratos de merenda do governo de São Paulo e ao menos 22 prefeituras.

“Quem fez a investigação foi o governo do Estado, foi a Polícia Civil. Existe uma lei federal que diz que, do dinheiro que o governo federal passa para a merenda, 30% tem de comprar de agricultura familiar”, afirmou o tucano em Araraquara (a 273 km de São Paulo), onde participou da inauguração de uma fábrica de trens e composições ferroviárias da Hyundai-Rotem Brasil.

“O governo, em cinco anos, fez três chamadas [concorrências] para a agricultura familiar. Ganhou o menor preço e o produto foi entregue. O que se verificou é que dentro da tal da cooperativa Coaf eles faziam estelionato, porque o produto que eles entregavam não era da agricultura familiar”, disse ele.

O governador falou ainda sobre o cartel de trens na capital e disse que o governo é vítima das empresas.

Nesta terça-feira (29), na segunda etapa da operação Alba Branca, sete suspeitos de envolvimento com o caso foram presos -entre eles, está Leonel Julio (hoje sem partido), ex-presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo.

A Coaf (Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar), com sede em Bebedouro, é apontada como a responsável pelo esquema conhecido como máfia da merenda. A operação Alba Branca apura o pagamento de propina em contratos superfaturados de merenda escolar com o governo Alckmin e prefeituras de São Paulo.

Contratos de prefeituras com a Coaf somam pelo menos R$ 7 milhões entre 2013 e 2015. O valor deve subir, segundo o Ministério Público, pois há mais prefeituras sendo investigadas.

Alckmin afirmou ainda que a cooperativa era usada de fachada. “Isso foi descoberto pelo governo, pela polícia, e [deve ter] rigor absoluto. Investigação e justiça. Já estão presos e vão responder por isso”, disse o tucano.

CARTEL DE TRENS

Para o governador, o Estado é vítima do cartel de trens em São Paulo. “Se empresas se uniram para diminuir disputa, o Estado é vítima. Se alguém do governo participou disso, [deve ter] punição exemplar. Até agora não tem ninguém, é tudo de empresa privada.”

Para ele, o governo deve ser indenizado e, para evitar a formação de cartel, é necessário que mais empresas participem das licitações.

Nesta segunda (28), a Justiça de São Paulo aceitou nova denúncia criminal sobre o cartel de trens no Estado e transformou em réus cinco executivos que trabalharam para a empresa francesa Alstom e dois da espanhola CAF.

O tucano disse ainda que esta quarta é um dia histórico, pela entrada de uma empresa asiática no mercado de trens. “Não existia asiático disputando mercado aqui nas Américas. Geralmente era europeu. Agora não, estão vindo novas empresas”, afirmou, em relação à inauguração da Hyundai-Rotem.

Sobre a saída do PMDB do governo Dilma, Alckmin afirmou que a posição tomada pelo partido tem grande significado pelo fato de ser a maior legenda, “maior até que o PT”.

“O importante é cumprir a Constituição brasileira. Vejo muitos petistas dizendo que impeachment é golpe. Não, não é golpe. Tanto não é golpe que o PT propôs impeachment contra Collor, Itamar Franco e Fernando Henrique, no primeiro e segundo mandatos.”

Ele afirmou ainda que, se o país vivesse um sistema parlamentarista, Dilma já teria sido substituída, porque perdeu maioria na Casa. “Como nós vivemos o sistema presidencialista, tem mandato. Então você pode substituir, a Constituição prevê, por impeachment. Quando você rompe os princípios constitucionais, seja por questões fiscais, por probidade, enfim, várias questões previstas.”

Questionado sobre o não pagamento de bônus aos professores da rede, ele afirmou que, com a crise econômica, houve dificuldades em manter o pagamento e que a Secretaria de Estado da Educação está discutindo o assunto com professores.

Folha Press

Opinião dos leitores

  1. Tô lendo certo mesmo??!
    Esse Alckmin é uma figura.
    Acho que já ouvi algo parecido. Só falta dizer que no governo dele se deixa investigar.

  2. Palmas para o governador!
    Melhor do que Moro.
    Se for presidente vai descobrir muuuuuuuuuuita coisa…

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