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PETROBRAS: Graça Foster diz que valor de corrupção na empresa pode ser maior que o apurado

A presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, disse no início da tarde de hoje em teleconferência com analistas do setor financeiros que pode haver novos aumentos nos valores relativos à corrupção e aumento no período de análise dos contratos de empresas com a estatal, de 2004 a 2012. Mas isso vai depender de novas informações que venham a ocorrer, destacou Graça. Ontem, a companhia destacou em seu balanço empreendimentos superavaliados em R$ 88,6 bilhões e informou que, com base no depoimento de Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da companhia, os contratos foram superfaturados em 3%, o que poderia indicar uma baixa de R$ 4 bilhões.

— Novos ajustes podem ser feitos dependendo das novas informações – disse ela. – Não recomendamos ao Conselho a utilização do valor justo. Essa metodologia de valor justo que inclui várias variáveis, como mudanças de projeções de preços e demanda dos produtos, mudanças nos preços do equipamentos, deficiências no planejamento do projeto, etc. Na análise das consultorias independentes, há vários “disclouseres” que indicam que mudanças nos números podem ocorrer. Por isso, a Petrobras recomendou não usar esse cálculo de valor justo — disse ela.

Graça disse que está aprofundando a análise das informações para atender às exigências dos órgãos reguladores.

— Vamos fazer uma limpeza muito firme e dedicada para ter uma avaliação correta para nosso patrimônio liquido. A posição de caixa da Petrobras não é afetada por ajustes da corrupção ou por reavaliação dos seus ativos — destacou Graça.

Almir Barbassa, diretor financeiros da Petrobras, afirmou que a companhia tem quatro meses para apresentar seu balanço auditado sem ter nenhum tipo de perda financeira. Isso porque depois desse período os donos de títulos (bonds) da companhia emitidos nos EUA podem pedir a antecipação do vencimento, o que pode aumentar o vencimento da companhia.

– Temos 120 dias para apresentar e mais 30 dias de cura. Temos quatro meses para apresentar o balanço auditado sem incorrer em nenhuma perda – disse ele, destacando que o endividamento chegou a R$331,7 bilhões no fim de setembro, maior que os R$ 249 bilhões de setembro de 2013.

O Globo

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