Esporte

Presidente do Alecrim, Anthony Armstrong-Emery, divulga carta aberta

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Confira na íntegra:

Apaixonados torcedores alecrinenses,

de tanto ver o descaso cotidiano e as maldades divulgadas sobre os assuntos relacionados ao Alecrim pela maior parte da imprensa, não tive outra alternativa senão cobrar dos profissionais de comunicação que estavam no Estádio Ninho do Periquito para a cobertura de Alecrim x ABC. Ou seria do ABC?

Não vou generalizar e sei do esforço de alguns (poucos) veículos e profissionais para manter a nossa torcida bem informada sobre os acontecimentos do clube, mas basta ir a um treino do Alecrim para ver a realidade. Enquanto o trabalho do ABC na véspera do clássico tinha presença em peso da imprensa, o treino de véspera do Alecrim no Ninho do Periquito foi noticiado apenas pelos veículos oficiais do clube.

Na última quarta, recebendo em nossas dependências esses profissionais, a maior parte interessada apenas no “lado de lá”, fiz questão de mostrar que tem gente em casa e o Alecrim não é mais o “coitadinho” que a imprensa cansou de pintar nos últimos anos.

Cansei de atender ligações, receber e-mails ou mensagens de conselheiros e torcedores indignados com o tratamento do Alecrim, um dos clubes mais importantes para o desenvolvimento do futebol potiguar, que completa 99 anos em 2014.

Que fique claro que ninguém foi impedido de trabalhar, mas, que também fique claro, que o Alecrim merece maior respeito e atenção da imprensa potiguar. O que peço é profissionalismo, seriedade e valorização dos nossos.

Como podemos explicar um clube de Natal ser seguidamente ignorado pela imprensa da capital? Como podemos explicar a falta de pessoal na imprensa esportiva, que obriga profissionais a trabalhar em dois ou mais veículos? Como podemos explicar pessoas que sequer são jornalistas e que têm voz de imprensa em veículos ou em blogs pessoais? Cadê a responsabilidade? Cadê o profissionalismo? Cadê a seriedade?

Desde já, me solidarizo com todos os clubes que passam pela mesma situação e que convivem com um círculo vicioso de não conseguir investimentos por ter pouco espaço na mídia e de não conseguir espaço na mídia por ter pouco investimento. Sabemos que a realidade do futebol do nosso Estado gira ao redor de apenas dois clubes e está na hora de mudar isso. Não se faz futebol com apenas dois times!

Desde que assumi o Alecrim, fiz investimentos pesados em diversas frentes. Contratações de atletas de peso foram notícia no Brasil, recuperei um estádio e dei uma casa que o clube nunca teve, criei uma competição que, além do próprio Alecrim, colocou diversos clubes do nordeste em atividade num segundo semestre em que, praticamente todo, só houve espaço para ABC e América. Onde estava essa imprensa tão cheia de questões morais e éticas na cobertura da final da Copa Ecohouse entre Alecrim e América, por exemplo?

Ajo direta e indiretamente pela melhoria do futebol potiguar e, por consequência, da imprensa esportiva do Estado. Ainda assim sou vítima de agressões pessoais gratuitas e descabidas. Quando tomo uma atitude de cobrar profissionalismo, da mesma forma que sou cobrado, viro o vilão.

Sei que os piores e justamente os com rabo preso serão os que mais gritarão palavras de ordem, respeito e moralidade. O consumidor da informação, que está longe da realidade do futebol, e, principalmente, os torcedores de outros clubes que não sentem o problema na pele, serão convencidos pelo discurso dos falsos moralistas que defendem apenas quem lhes bota dinheiro no bolso. Mas eu aguento essas porradas. O que realmente me importa é o bem estar do Alecrim, de seus torcedores, diretores e amigos do clube. O resto, eu disciplino.

Anthony Armstrong-Emery

Do site do Alecrim

Opinião dos leitores

  1. Concordo parcialmente com o presidente do Alecrim. De fato, existe um amadorismo ridículo na imprensa norte-rio-grandense e que isso tem a ver com a ênfase dada ao América e ao abc. Contudo, como já foi insinuado em comentário de outro internauta, o problema é simples e ao mesmo tempo crônico, por mais contraditório que possa parecer. Ou seja: a discriminação da imprensa é uma discriminação abcdista, é fruto de benefícios imorais dados ao mais sofrido. Lembrem do problema do jornalista Glauber Nascimento com Alex Padang. Confesso que era irritante assistir aos comentários desse jornalista, porque ele ultrapassava os limites do respeito através do uso da sua ironia, típica de Pium.
    Quando não se tem zelo pela justiça, o que dá é isso.

    Em Memória do 14 de julho. Vermelho é revolução.

  2. Conheço umas pessoas da imprensa, uns 3 ou 4 que são AMERICANOS e 1 ALECRINENSE , o resto da cambada são todos abecedista , quem duvida faça uma pesquisa

  3. Este senhor deveria pagar os jogadores, fornecedores, funcionários das obras que passaram muito tempo parados sem receberem e estão sendo demitidos por causa da loucuras desse povo! Acorda galera… Quem e Anthony Armstrong?

  4. Independentemente dos desentendimentos verbais que possam ter ocorrido no dia do jogo, as argumentações do Sr. Anthony, procedem, pela discriminação de tratamento dado ao ABC e AMÉRICA.

  5. Infelizmente, ele tem razão… a imprensa não tá nem ai pra os outros clubes do Estado…
    o nível de cobertura que se dá pra Abc e América é infinitamente superior aos demais…

    1. Um clube como o alecrim que num consegue colocar 300 pessoas num estadio de futebol, que a mais de 20 anos nao ganha absolutamente nada, ainda reclama que a imprensa nao faz a cobertura. um clube vale pelo que conquista.

    2. E haja babão pra babar. Uma piada esse bilhete. Um maluco apaixonado escreveu pouco e ruim.

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