Economia

Produção agrícola em 2020 no país bate novo recorde e atinge R$ 470,5 bilhões

Foto: © Claudio Neves/Portos do Paraná

O valor da produção agrícola do país em 2020 bateu novo recorde e atingiu R$ 470,5 bilhões, 30,4% a mais do que em 2019. A produção agrícola nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas chegou, no ano passado, a 255,4 milhões de toneladas, 5% maior que a de 2019, e a área plantada totalizou 83,4 milhões de hectares, 2,7% superior à de 2019.

Os dados constam da publicação Produção Agrícola Municipal (PAM) 2020, divulgada hoje (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“Com a valorização do dólar frente ao real, houve também um crescimento na demanda externa desses produtos, o que causou impacto direto nos preços das principais commodities, que apresentaram significativo aumento ao longo do ano. Como resultado, os dez principais produtos agrícolas, em 2020, apresentaram expressivo crescimento no valor de produção, na comparação com o ano anterior”, explicou o IBGE.

A cultura agrícola que mais contribuiu para a safra 2020 foi a soja, principal produto da pauta de exportação nacional, com produção de 121,8 milhões de toneladas, gerando R$ 169,1 bilhões, 35% acima do valor de produção desta cultura em 2019.

Em segundo lugar no ranking de valor, veio o milho, cujo valor de produção chegou a R$ 73,949 bilhões, com alta de 55,4% ante 2019. Pela primeira vez desde 2008, o valor de produção do milho superou o da cana-de-açúcar (R$ 60,8 bilhões), que caiu para a terceira posição. A produção de milho cresceu 2,8%, atingindo novo recorde: 104 milhões de toneladas.

O café foi o quarto produto em valor de produção, atingindo R$ 27,3 bilhões, uma alta de 54,4% frente ao valor de 2019. Já a produção de café chegou a 3,7 milhões de toneladas, com alta de 22,9% em relação ao ano anterior, mantendo o Brasil como maior produtor mundial.

No ano passado, Mato Grosso foi o maior produtor de cereais, leguminosas e oleaginosas do país, seguido pelo Paraná, por Goiás e o Rio Grande do Sul.

Em relação ao valor da produção, Mato Grosso, destaque nacional na produção de soja, milho e algodão, continua na primeira posição no ranking, aumentando sua participação nacional para 16,8%, novamente à frente de São Paulo, destaque no cultivo da cana-de-açúcar. O Paraná, maior produtor nacional de trigo e segundo de soja e milho, ocupou, em 2020, a terceira posição em valor de produção, à frente de Minas Gerais, destaque na produção de café.

“O Rio Grande do Sul, que teve a produtividade de boa parte das culturas de verão afetadas pela estiagem prolongada no início de 2020, apresentou retração de 6,9% no valor de produção agrícola, caindo para a quinta posição no ranking, com participação nacional de 8,1%”, informou o IBGE,

Os 50 municípios com os maiores valores de produção agrícola do país concentram 22,7% (ou R$ 106,9 bilhões) do valor total da produção agrícola nacional. Desses 50 municípios, 20 eram de Mato Grosso, seis da Bahia e seis de Mato Grosso do Sul.

Sorriso (MT) manteve a liderança entre os municípios com maior valor de produção: R$ 5,3 bilhões, ou 1,1% do valor de produção agrícola do país. Em seguida, vieram São Desidério (BA), com R$ 4,6 bilhões, e Sapezal (MT) com R$ 4,3 bilhões.

Agência Brasil

Opinião dos leitores

  1. Esse é o Brasil que dá certo, o país de quem acredita no progresso obtido pelo trabalho, de forma honesta e por méritos. Preguiçosos, desonestos e vagabundos em geral nunca entenderão essas coisas.

  2. Um país com o enorme potencial agropecuário que tem o país, teremos sempre recordes de produção quebrados. O problema é para quem é esse crescimento. Porque contrastrando com esse aumento na produção, a fome voltou, temos 20 milhões de brasileiros passando fome, os alimentos subindo, diminuição na aquisição de alimentos (consumo de carne caiu para 60% dos brasileiros). O mais importante não é o crescimento e sim, para quem cresce e esse crescimento como é, beneficia apenas meia dúzia de grandes produtores.

    1. O que você sugere?
      Mandar prender Joesley Batista, dono do maior frigorífico do mundo, a JBS, que emprestou o jatinho que Dilma fez campanha em 2014???
      Ele está faturando alto.
      Ainda bem que nos países governadospelo Foro de São Paulo, criado por Lula e Fidel Castro, há comida em abundância.
      Vide Cuba, Nicarágua, Venezuela e Argentina.
      Na Argentina a inflação está 50% ao ano.
      Lá o presidente visitava Lula na cadeia…

  3. Essa notícia seria para comemorar? Pq o aumento na produção em DOIS anos foi de APENAS 5%! O aumento no VALOR das exportações em cerca de 30% se deveu no caso a ENORME desvalorização de nossa moeda face ao dólar (aliás, o Real foi uma das moedas que mais perdeu valor durante a pandemia – pq será?). É por essa mesma desvalorização que pagamos gasolina, óleo de cozinha, gás de cozinha BEM mais caros atualmente. Entenderam bovinos adestrados ou tudo é culpa do ICMS? KKKKKKK

    1. Fátima está faturando alto em ICMS com o aumento da gasolina.
      Ou seja, reclama pela frente, enche o bolso por trás.
      Governo com dinheiro para pagar os atrasados…

    2. Paulo eu não acho o ICMS baixo, muito menos acredito em Fátima ou no PT. Sei sim que a arrecadação dos estados e consequentemente federal aumentou em termos absolutos já que nossa moeda desvalorizou e houve um aumento das commodities no mercado internacional que ensejou o aumento da inflação aqui. Não tem político besta muito menos inocente neste Brasil…

  4. Hô Véio arretado da Bixiga é Bolsonaro.
    O país sob o comando do Capitão Bolsonaro, só vem batendo recordes em, Produção de grãos, geração de empregos, lucros das estatais que davam prejuízos, construção de novas hidroelétricas, Pontes, rodovias e sendo elogiado pela ONU, Sendo reconhecido pela OMS como exemplo no combate à pandemia e agilidade na vacinação da população.
    Esse é um Presidente.

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