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Site que classifica usuários como 'idiotas' é acusado de roubar informações do Facebook

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O site Jerk.com, criado pelo fundador do Napster, John Fanning, está sendo acusado pela Comissão Federal de Comércio dos EUA (FTC, na sigla em inglês) de utilizar inadvertidamente informações de milhões de usuários do Facebook, classificando-os como “Jerk” (idiota) ou “Not a Jerk”.

Segundo a acusação, o Jerk.com possui 73 milhões de perfis de usuários, inclusive crianças, que aparecem nas ferramentas de buscas sendo chamados de idiotas ou não. De acordo com o FTC, o site dava a impressão que o perfil havia sido criado por algum conhecido, o que não acontecia na maioria dos casos. Além disso, a empresa cobrava taxa de US$ 30 para que os ofendidos pudessem remover os perfis do site.

A FTC acusa Fanning de “registrar um grande número de sites no Facebook para usar aplicações para fazer o download de nomes e fotos de milhões de usuários do Facebook, que foram usados para criar praticamente todos os perfis no Jerk.com”.

“No mundo atual, interconectado, as pessoas estão especialmente preocupadas com suas reputações on-line e esse esquema enganoso foi uma tentativa descarada de explorar essas preocupações”, afirmou Jessica Rich, diretora do FTC, em comunicado.

O Jerk.com se defende, alegando que as pessoas no site criaram os seus próprios perfis. Procurada pela “Wall Street Journal”, a advogada de Fanning, Maria Crimi Speth, não respondeu aos pedidos de entrevista. O esquema funcionou entre 2009 e 2013.

Os nomes e fotos de usuários do Facebook são públicos, mas a rede social impõe regras para os desenvolvedores. No caso, o Jerk.com teria violado os termos de uso na forma de minerar os dados. Em março de 2012, o Facebook notificou o Jerk.com para encerrar com a prática.

“Nós encaramos as quebras dos nossos termos de forma séria”, disse a porta-voz do Facebook Genevieve Grdina. “Nós congratulamos a FTC e vamos continuar trabalhando com eles na acusação contra o Jerk.com e na busca por outros que abusem das pessoas que usam nossos serviços”.

O Globo

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