Política

Ciro Gomes: ‘Só quem for idiota acredita’ em reaproximação entre Dilma e Temer

CZRa2oSWAAEwNqDO ex-ministro Ciro Gomes (PDT-CE) afirmou que somente um “idiota” deve acreditar numa reaproximação entre a presidente Dilma Rousseff e seu vice, Michel Temer, que tiveram uma reunião nesta quarta-feira. O PDT, partido ao qual Ciro se filiou na expectativa de ser candidato a presidente da República em 2018, referendará nesta sexta-feira decisão de fechar questão contra o impeachment de Dilma. A presidente fará uma visita à sede do partido.

— Só quem for idiota acredita (numa reaproximação). Isso não quer dizer que a presidente tem de repudiar isso, até porque a política vive desses bailados. O que é importante é não acreditar, porque ele (Temer) está no golpe e é o capitão dele — afirmou o ex-ministro.

Ciro voltou a fazer ataques ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmando que o poder dele foi construído “roubando e distribuindo 80%”. O ex-ministro disse que há uma “fração bandida no PT” e fez ataques ainda a setores do PMDB. Reiterou, porém, haver bons quadros nos dois partidos.

CRÍTICAS NA FRENTE DE DILMA SERIAM “DESELEGANTES”

O ex-ministro e o presidente do PDT, Carlos Lupi, concederam entrevista para falar do evento em que receberão Dilma. Os dois fizeram diversas críticas à política econômica do governo, mas afirmaram que essas críticas não serão feitas na frente da presidente nesta sexta-feira porque seria “deselegante”. Segundo Lupi, Dilma fará uma visita e participará de uma homenagem ao ex-governador Leonel Brizola. A presidente foi filiada ao PDT antes de ir para o PT.

Lupi afirmou ser favorável à recriação da CPMF, mas disse ter dúvidas se este é o momento correto para esta proposta. Sobre o aumento da idade mínima para aposentadoria afirmou que é preciso antes rediscutir o déficit da Previdência retirando da conta gastos que teriam caráter mais vinculado à assistência social, como os benefícios pagos a trabalhadores rurais. Lupi disse que o partido apoiará apenas algumas medidas do ajuste fiscal do governo e não votará nada que considere contra os direitos dos trabalhadores.

O Globo

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