Política

Governo vai recriar ministérios das Cidades e da Integração

Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O senador Fernando Bezerra (MDB-PE), relator da medida provisória enviada pelo governo Jair Bolsonaro que altera a estrutura administrativa do Executivo, afirmou que após reunião com o presidente da República foi decidido o desmembramento do Ministério do Desenvolvimento Regional. Segundo ele, no lugar da pasta serão recriados os ministérios das Cidades e da Integração Nacional.

“[Existiam] muitas demandas para o desmembramento do Desenvolvimento Regional. Então hoje de manhã, em reunião com presidente da República e o ministro Onyx [Lorenzoni, da Casa Civil], ficou decidido que Ministério do Desenvolvimento Regional vai ser desmembrado e vai ser recriado o ministério das Cidades e o da Integração Nacional”, disse em rápida entrevista a jornalistas hoje após sair de reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes.

A novidade já estará no relatório a ser apresentado por ele na Câmara. Segundo Bezerra, há ainda diversas demandas de parlamentares para criação de outros ministérios, como os da Segurança Pública, da Cultura e do Trabalho. Mas o deputado não mencionou a criação dessas pastas.

Apesar do desmembramento, Bezerra adiantou que não deve ser expandido o número de ministérios. Isso porque, segundo ele, o Banco Central perderia o status de ministério. “Estaremos também aprovando como prioridade na pauta da Câmara dos Deputados a autonomia do Banco Central, que perde o status de ministério”, disse. Perguntado sobre se a perda do status entraria já no relatório, antes mesmo da autonomia do BC, ele respondeu: “Assim que a matéria [a MP] for aprovada”, disse.

Segundo ele, a transferência do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) do Ministério da Justiça para o da Economia ainda tem uma disputa acirrada entre parlamentares. Mas ele diz que está trabalhando para que haja a vitória pela manutenção da atual estrutura. “Eu diria que hoje o placar está bem apertado na comissão. [Mas] estamos trabalhando para ganhar na comissão por um ou dois votos [pela manutenção na Justiça]”, disse.

Segundo ele, o debate existente hoje entre os parlamentares a respeito do Coaf versa sobre a concentração de instrumentos de combate ao crime na pasta de Sergio Moro. “Esse é o debate que está existindo na Câmara e no Senado, de não concentrar no mesmo ministério responsável pela investigação os instrumentos de controle dos recursos financeiros, depósitos e movimentação bancária”, disse.

“E o ministro Moro argumenta que é justamente por causa disso, já que um dos principais crimes é o de lavagem de dinheiro, que é importante manter o Coaf na Justiça. Esse é o debate que veremos na comissão amanhã e no plenário da Câmara e do Senado”, afirma.

Valor

 

Opinião dos leitores

  1. O centrão e a esquerda vão aprovar as reformas do jeito que eles querem.
    A país Véi sem jeito.
    A miséria desse país são esses políticos mercenários.

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