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Gasolina, energia elétrica e dólar vão pesar no IPCA em novembro

Gasolina mais cara em todo país e tarifa de luz maior para cariocas pesarão na inflação oficial do país no mês que vem, avalia a coordenadora de Índice de Preços do IBGE, Eulina Nunes dos Santos. Segundo Eulina, para cada 1% de reajuste da gasolina na bomba, existe um impacto de 0,04 ponto percentual no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O efeito do reajuste da gasolina será sentido, sobretudo, em novembro e uma parte residual fica para dezembro. O diesel não tem impacto direto no bolso do consumidor, mas afeta preços de fretes, por exemplo.

Já a tarifa de energia para os cariocas sobe 17,75% a partir desta sexta-feira e também deverá dar combustível à inflação. Para os consumidores industriais, a alta será ainda maior, de 19,83% a 20,25%.

— São dois itens muito importantes no bolso das famílias e que têm reflexo grande. No caso da energia, no momento do calor, quando além do preço, a quantidade (do uso) sobe — afirma Eulina.

De acordo com estimativas das distribuidoras e dos revendedores ouvidos pelo GLOBO, o impacto na bomba para o consumidor no Rio será em torno de 2% na gasolina e de 3,5% no diesel. O repasse deverá ser imediato.

Outro impacto na inflação de novembro, lembra Eulina, deve ficar com o dólar, que se valorizou frente ao real. Ela explica que o impacto pode começar a ser sentido em novembro em diversos itens, como milho e adubo, que impactam diversos produtos, e eletrodomésticos. Em setembro, a moeda americana não interferiu no IPCA.

— O dólar vem aumentando e se dissemina em vários produtos, em eletrodomésticos, automóveis e alimentos — afirma Eulina.

Especialistas não descartam estourar o teto da meta da inflação. Ontem, o economista Luis Otávio Leal, economista-chefe do Banco ABC Brasil, afirmou que o reajuste de 3% na gasolina pode ter impacto de até 0,1 ponto percentual no IPCA. A variação parece pequena, mas é suficiente para o índice fechar em 6,55%.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. FALA SÉRIO
    Inflação desacelera, mas continua acima do teto da meta E DENTRO DA MARGEM DE ERRO. E reajuste de 3% no combustível?
    Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) avançou 0,42% em outubro, frente à alta de 0,57% no mês anterior, informou o IBGE; com isso, em 12 meses até setembro, o índice acumulou alta de 6,59%, ainda acima do teto da meta do governo de 4,5%, com margem de 2 percentuais para mais ou menos.

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