Saúde

Veja por que pessoas vacinadas ainda precisam usar máscara

Foto: Joel Saget/AFP

As novas vacinas para a covid-19 da Pfizer e da Moderna parecem ser extremamente boas na prevenção de quadros graves da doença. Mas não está claro o quão bem elas irão conter a propagação do novo coronavírus.

Isso porque os testes da Pfizer e da Moderna rastrearam apenas quantas pessoas vacinadas adoeceram com covid-19. O que deixa em aberto a possibilidade de que algumas pessoas vacinadas sejam infectadas sem desenvolver sintomas e possam transmitir o vírus silenciosamente – sobretudo se entrarem em contato próximo com outras pessoas ou pararem de usar máscaras.

Se as pessoas vacinadas espalham silenciosamente o vírus, elas podem mantê-lo circulando em suas comunidades, colocando em risco aquelas que não foram vacinadas.

“Muitas pessoas estão pensando que, depois de vacinadas, não precisarão mais usar máscaras”, disse Michal Tal, imunologista da Universidade Stanford. “Será muito importante para elas saber se terão que continuar usando máscaras, porque ainda podem ser contagiosas”.

Na maioria das infecções respiratórias, incluindo a do novo coronavírus, o nariz é a principal porta de entrada. O vírus se multiplica rapidamente ali, pressionando abruptamente o sistema imunológico a produzir anticorpos que são específicos da mucosa, o tecido úmido que reveste o nariz, a boca, os pulmões e o estômago. Se a mesma pessoa for exposta ao vírus uma segunda vez, esses anticorpos, bem como as células imunológicas que se lembram dele, desativam rapidamente o vírus no nariz antes que ele tenha a chance de se alojar em outras partes do corpo.

As vacinas contra o novo coronavírus, por outro lado, são injetadas nos músculos e rapidamente absorvidas no sangue, onde estimulam o sistema imunológico a produzir anticorpos. Isso parece ser proteção suficiente para evitar que a pessoa vacinada adoeça.

Alguns desses anticorpos irão circular para a mucosa nasal e ficar de guarda lá, mas não está claro quanto dos anticorpos podem ser mobilizados ou com que rapidez. Se a resposta não for “muitos”, o vírus pode se desenvolver no nariz – e ser espirrado ou expirado, infectando outras pessoas.

“É uma corrida: vai depender se o vírus pode se replicar mais rápido ou se o sistema imunológico pode controlá-lo mais rápido”, disse Marion Pepper, imunologista da Universidade de Washington em Seattle. “É uma questão muito importante.”

É por isso que as vacinas via mucosas, como o spray nasal FluMist para a influenza ou a vacina oral contra a poliomielite, são melhores do que as injeções intramusculares no combate aos vírus respiratórios, disseram os especialistas.

A próxima geração de vacinas contra o novo coronavírus talvez induza à imunidade no nariz e no resto do trato respiratório, onde é mais necessária. Ou as pessoas podem receber uma injeção intramuscular seguida por um reforço na mucosa que produz anticorpos protetores no nariz e na garganta.

As vacinas contra o novo coronavírus provaram ser poderosos escudos contra quadros graves da doença, mas isso não é garantia de sua eficácia no nariz. Os pulmões – o local dos sintomas graves – são muito mais acessíveis aos anticorpos circulantes do que o nariz ou a garganta, tornando-os mais fáceis de proteger.

“Prevenir quadros graves da doença é mais fácil, prevenir o quadro moderado e todas as infecções é o mais difícil”, disse Deepta Bhattacharya, imunologista da Universidade do Arizona. “Se é 95% eficaz na prevenção de doenças sintomáticas, será algo menos do que isso na prevenção de todas as infecções, com certeza.”

Ainda assim, ele e outros especialistas disseram estar otimistas de que as vacinas suprimiriam o vírus o suficiente até mesmo no nariz e na garganta para evitar que aqueles imunizados o transmitissem a outras pessoas.

A AstraZeneca, que anunciou alguns dos resultados de seus testes em novembro, disse que os voluntários tinham sido testados regularmente para o vírus e que esses resultados sugeriam que a vacina poderia prevenir algumas infecções.

A Pfizer testará um subconjunto dos participantes do ensaio clínico para anticorpos contra uma proteína viral chamada N. Como as vacinas não têm nada a ver com esta proteína, os anticorpos contra a proteína N revelariam se os voluntários foram infectados com o vírus após a imunização, disse Jerica Pitts, porta-voz da empresa.

A Moderna também planeja analisar o sangue de todos os seus participantes e testá-los para os anticorpos contra a proteína N.

“Levará várias semanas até que possamos ver esses resultados”, disse Colleen Hussey, porta-voz da Moderna.

Os testes até agora analisaram apenas sangue, mas testes de anticorpos na mucosa confirmariam se os anticorpos podem chegar até o nariz e a boca. A equipe de Michal Tal está planejando analisar amostras de sangue e saliva correspondentes de voluntários nos testes da Johnson & Johnson para ver como os dois níveis de anticorpos se comparam.

Enquanto isso, disse Bhattacharya, ele se sentia animado pelo trabalho recente que mostrou que as pessoas que receberam uma vacina contra a gripe de modo intramuscular tinham anticorpos abundantes no nariz. E um estudo de pacientes com covid-19 descobriu que os níveis de anticorpos na saliva e no sangue eram muito semelhantes – sugerindo que uma forte resposta imunológica no sangue também protegeria os tecidos da mucosa.

Espera-se que apenas pessoas com vírus em abundância no nariz e na garganta transmitam o vírus, e a falta de sintomas nas pessoas imunizadas que foram infectadas sugere que a vacina pode ter mantido os níveis do vírus sob controle.

Mas alguns estudos sugeriram que mesmo pessoas sem sintomas podem ter grandes quantidades do novo coronavírus em seu nariz, observou Yvonne Maldonado, que representa a Academia Americana de Pediatria em reuniões federais do Comitê Consultivo de Práticas de Imunização. A primeira pessoa confirmada como reinfectada com o novo coronavírus, um homem de 33 anos de Hong Kong, também não apresentou sintomas, mas tinha vírus suficiente para infectar outros indivíduos.

Pessoas vacinadas que têm uma carga viral alta, mas não apresentam sintomas “seriam, de certa forma, propagadoras ainda piores porque podem estar sob uma falsa sensação de segurança”, disse Maldonado. / TRADUÇÃO DE ROMINA CÁCIA

Estadão

Opinião dos leitores

  1. Realmente vocês se superaram na mediocridade. VERDADEIRO ABSURDO. Oiiii??? E as outras pessoas não estarão vacinadas também? Kkkkkkk ESTÁ FEIO!

  2. A verdade é que vão gastar uma enorme quantidade de dinheiro pagando por uma coisa que não resolve nada. Muito pouco tempo pra se criar uma vacina. Mesmo assim vão empurrar na população, pra que fabricantes de "água" fiquem cada vez mais ricos e o dinheiro público se vá pelo esgoto.

    1. Concordo com você. Mais uma prova de que a vacina é ineficaz. Óbvio que não irei tomar nenhuma dessas vacinas, que são uma grande oportunidade de mercado para os laboratórios, que diga-se de passagem, estão nas mãos das grandes fortunas do mundo. A tal indústria que “quanto pior, melhor”.

  3. Quer dizer que a vacina não mata os vírus, que a pessoa ainda vai continuar transmitindo… sensacional, fantástico, isso sim é vacina, não essas outras porcarias que existem por aí e levaram 05 anos em testes para poder ser comercializada.
    Então é assim:
    Ivermectina, cloriquina, vitaminas C,D e Zinco não servem para nada, pois não tem comprovação científica, mesmo que existam a décadas e seu uso é conhecido.
    Uma vacina feita as pressas, sem passar por todos os testes, feita em tempo recorde, com comprovadas falhas, que não elimina os vírus tem que ser comercializada e vendida ao povo?
    Alguém pode explicar? Onde está a comprovação científica das vacinas?

    1. Luleco como comentarista de saúde vice é um enfermo . Vá logo tomar sua dosezinha de ozônio , bote o pijama de bolinha , vá para sua rede flautar mas não bote a culpa no seu cachorrinho ? TOTÓ , o bichinho é quem levado a fama de peidão .

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Geral

Com crises de soluço, Bolsonaro pede ao STF para deixar prisão domiciliar e passar por exames

Foto: Saulo Cruz/Agência Senado

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) informou nesta terça-feira (12) ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o ex-presidente precisa passar por novos exames médicos para reavaliar sintomas de refluxo e soluços refratários.

Os advogados pediram ao ministro Alexandre de Moraes que Bolsonaro seja autorizado a deixar a prisão domiciliar no sábado (16) para passar por uma avaliação médica. Segundo a defesa, os exames deverão durar entre 6h a 8h.

“A depender dos resultados, poderão ser indicadas complementações diagnósticas e/ou medidas terapêuticas adicionais”, escreveram os advogados.

Entre os exames indicados estão coleta de sangue e urina, endoscopia e tomografia. A avaliação foi indicada pela equipe médica que acompanha Bolsonaro.

“A solicitação decorre do seguimento de tratamento medicamentoso em curso, da necessidade de reavaliação dos sintomas de refluxo e soluços refratários, bem como da verificação das condições atuais de saúde do peticionante [Bolsonaro]”, escreveu a defesa.

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Geral

Governo do Estado deixou de repassar a banco dinheiro descontado dos contracheques dos servidores nos últimos dois meses, denuncia sindicato

Imagem: Getty Images

O Governo do Estado deixou de pagar as parcelas dos consignados retirados dos servidores dos últimos dois meses. O bloqueio ocorreu no dia 21 de julho, de acordo com informações de correspondentes bancários. A denúncia é do Sinsp-RN (Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público da Administração Direta do Estado do Rio Grande do Norte). Segundo o Sinsp-RN, a informação foi confirmada pelo Banco do Brasil.

De acordo com a denúncia na página do sindicato, o desconto e não repasse dos empréstimos consignados aos bancos se caracteriza como crime de apropriação indébita e o Estado pode responder por danos morais, segundo o artigo 168 do Código Penal Brasileiro. Além disso, a governadora Fátima Bezerra pode responder por crime de responsabilidade fiscal.

“O governo segue brincando com os servidores, continua fazendo caixa com o dinheiro que não lhe pertence. Todos os meses o servidor que contratou o empréstimo tem o desconto em seu contracheque e queremos saber para onde vai esse dinheiro. Qual o motivo do repasse não chegar a instituição bancária a qual o servidor assinou o contrato? Os servidores estão sendo severamente prejudicados com essa política absurda do governo”, disse Janeayre Souto, presidente do Sinsp-RN.

O Sinsp-RN alerta que essa situação pode levar servidores a ter o nome negativado. O sindicato também informou que vários servidores procuraram a entidade para informar que apesar de ter as parcelas do empréstimo descontadas nos seus contracheques, os bancos informam que o repasse do dinheiro não foi realizado pelo Estado.

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Geral

VÍDEO: Carro fica destruído após pegar fogo na Av. Coronel Estevam, no Alecrim

Um carro modelo Palio ficou destruído após pegar fogo na Av. Coronel Estevam, antiga avenida 9, no Alecrim, em Natal.

O trânsito foi momentaneamente interrompido na altura da Igreja São Pedro, enquanto o Corpo de Bombeiros combatia o incêndio. Não há até o momento informações sobre possíveis feridos ou o que causou o incêndio.

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Jornalismo

VÍDEO: BG faz alerta sobre o seguro de saúde da Universal Assistence

No programa de segunda-feira (11), no Meio Dia RN da rádio 96FM, BG fez um alerta sobre o seguro de saúde da Universal Assistence.

“Eu queria dizer que quando for contratar uma assistência de saúde, da Universal Assistence, pense duas vezes”, começou o comunicador.

Confira o desabafo:

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Geral

Virada de lote para show intimista de Claudia Leitte em Natal acontece nesta quarta-feira (13)

Foto: Divulgação

Os fãs de Claudia Leitte têm até 23h59 desta quarta-feira (13) para garantir ingressos do lote atual para a turnê “Intemporal”, que chega a Natal no dia 30 de outubro, no Teatro Riachuelo. A mudança de preço acontece a partir da próxima quinta-feira (14), e os bilhetes estão disponíveis a partir de R$ 90,00 no site oficial www.claudialeitte.com.br.

Após emocionar o público com o álbum “Intemporal”, lançado ao vivo em 2024, Claudia Leitte apresenta um espetáculo intimista que propõe uma conexão profunda entre artista e plateia. A turnê, que estreia em setembro em São Paulo, também passará por Recife, Curitiba, Rio de Janeiro e Belo Horizonte antes de desembarcar na capital potiguar.

O repertório traz releituras de grandes sucessos da música brasileira e hits da carreira de Claudia, como “Bola de Sabão”, “Eu Fico”, “Pensando em Você” e “Pássaros”, em versões acústicas e emocionantes. Entre os clássicos revisitados estão “Sozinho”, de Caetano Veloso, “Prefixo de Verão”, da Banda Mel, e “Deslizes”, de Fagner.

Em Natal, o público será recebido pela cantora potiguar Vivi Nascimento, que fará o show de abertura celebrando a força da música local. A apresentação integra o Projeto Toca Brasil, iniciativa que valoriza a diversidade da música brasileira ao promover encontros especiais entre grandes artistas nacionais e talentos locais.

O projeto “Intemporal” nasceu de um momento de reflexão pessoal de Claudia Leitte sobre a vida e a saúde mental. “Quero convidar o público a olhar para si com mais carinho e gentileza”, afirma a artista.

O álbum que inspirou o espetáculo conta com participações especiais de Manu Bahtidão, Léo Santana, Marcus & Belutti e Tom Kray, e está disponível no Globoplay.

Com realização da Ciel Produções e Global Music, produção local da Art Rec Produções e FF Entretenimento, e aceleração cultural da Viva Promoções, a turnê reforça a versatilidade da cantora, agora em uma fase mais introspectiva e conectada com a essência da música.

O Projeto Toca Brasil é viabilizado por meio dos incentivos da Lei Djalma Maranhão, com patrocínio da Unimed Natal, Hotel Villa Park e Espacial Veículos, e da Lei Câmara Cascudo, por meio da Secretaria de Cultura do RN e Fundação José Augusto, com apoio da CDA Distribuidora e Supermercados Nordestão.

SERVIÇO
CLAUDIA LEITTE – TURNÊ INTEMPORAL EM NATAL
Data: 30 de outubro (quinta-feira)
Local: Teatro Riachuelo – Natal/RN
Ingressos: a partir de R$ 90,00
Vendas: www.claudialeitte.com.br
Abertura: Vivi Nascimento
Virada de lote: até 23h59 do dia 13/08

Opinião dos leitores

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Polícia

PMRN abre investigação após mulher denunciar que não recebeu socorro do 190 e foi chamada de “louca” por atendente

Foto: José Aldenir

A Polícia Militar do Rio Grande do Norte instaurou uma sindicância para investigar supostas transgressões disciplinares cometidas por policiais militares durante atendimento a uma ocorrência registrada em 30 de abril deste ano, no município de Parnamirim.

A medida foi adotada após denúncia formalizada por uma mulher que afirmou ter ligado para o telefone de emergência 190 relatando que estava sendo agredida fisicamente dentro de um condomínio no bairro de Passagem de Areia. Apesar de falar com vários atendentes, segundo o documento, nenhuma viatura foi enviada para prestar socorro.

Ainda conforme o registro, um dos atendentes do Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp) teria chamado a denunciante de “louca” e dito que iria bloquear o número dela no sistema do 190.

De acordo com a PM, o procedimento investigativo deverá ser concluído no prazo de 40 dias, podendo ser prorrogado caso necessário. Durante a apuração, a PM afirmou que serão observados os princípios previstos na Constituição Federal e na Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (Lei nº 13.709/2018), garantindo a confidencialidade e o tratamento adequado das informações.

A portaria com a abertura de sindicância foi assinada pelo subcomandante e chefe do Estado-Maior Geral da PMRN, coronel Zacarias Figueiredo de Mendonça Neto, e encaminhada para publicação no Diário Oficial do Estado.

Agora RN

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Cidades

Azul encerra operações em Mossoró e mais 13 cidades do país. Confira

Foto: Valter Campanato

A companhia aérea Azul informou nesta segunda-feira (11) o encerramento das operações em 14 cidades. Em nota, a companhia disse que está racionalizando, desde julho, rotas operadas atualmente.

“Os ajustes levam em consideração, ainda, uma série de fatores que vão desde o aumento nos custos operacionais da aviação, impactados pela crise global na cadeia de suprimentos e a alta do dólar, até questões de disponibilidade de frota, bem como o seu atual processo de reestruturação”.

As cidades que não terão mais voos da companhia são: Crateús, São Benedito, Sobral e Iguatú (CE); Campos (RJ); Correia Pinto e Jaguaruna (SC); Mossoró (RN); São Raimundo Nonato e Parnaíba (PI); Rio Verde (GO); Barreirinha (MA); Três Lagoas (MS); e Ponta Grossa (PR).

A empresa irá concentrar as operações nos aeroportos de Viracopos (Campinas), Confins (Belo Horizonte) e Recife, conhecidos como hubs, reduzindo as rotas com conexões.

Recuperação judicial
A Azul está em processo de recuperação judicial nos Estados Unidos desde 28 de maio deste ano.

A companhia firmou acordos de reorganização financeira com alguns parceiros considerados “chave” pela companhia aérea. A medida visa obter US$ 950 milhões em investimentos. A reestruturação da empresa, que inclui parceria com as companhias aéreas norte-americanas United e American Airlines, está estimada em cerca de US$ 1,6 bilhão.

Os acordos de reorganização incluem também credores, um arrendador de aeronaves, entre outros parceiros considerados estratégicos. A Azul informa que suas operações e vendas seguem normalmente, e que todos bilhetes, benefícios e pontos do Azul Fidelidade serão mantidos.

Novo Notícias

Opinião dos leitores

  1. Mossoró é uma cidade pequena do interior do estado, não tem passageiros suficientes para operar uma rota aérea.

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Economia

IPCA: inflação oficial sobe 0,26% em julho, abaixo do esperado

Foto: Ilustrativa

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,26% em julho, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (12). No acumulado de 2025, a inflação soma 3,26% e, em 12 meses, 5,23%.

Os números vieram abaixo das projeções do mercado. A mediana das estimativas de economistas consultados pela Reuters apontava taxa mensal de 0,37% em julho, e 5,33% para o acumulado de 12 meses.

A inflação, no entanto, permanece acima da meta do Banco Central que é de até 4,5% em 12 meses, já considerando a tolerância máxima.

A energia elétrica residencial voltou a ser o principal impacto individual no índice, com contribuição de 0,12 ponto percentual. No ano, o item acumula alta de 10,18%, maior variação para o período janeiro a julho desde 2018, segundo o IBGE. Em julho, o custo foi pressionado pela manutenção da bandeira tarifária vermelha patamar 1 e por reajustes em concessionárias de São Paulo (10,56%), Curitiba (2,47%) e Porto Alegre (1,48%). Sem a influência da energia, o IPCA teria ficado em 0,15%.

O grupo Habitação subiu 0,91% no mês, com impacto de 0,14 p.p., também refletindo reajustes na taxa de água e esgoto em Salvador, Brasília e Rio Branco.

As passagens aéreas tiveram alta de 19,92% e foram o segundo maior impacto individual do mês (0,10 p.p.), ajudando a elevar a inflação do grupo Transportes de 0,27% em junho para 0,35% em julho. O segmento também foi influenciado por mudanças tarifárias no transporte público de Brasília, Belém e Curitiba. Combustíveis caíram 0,64%, registrando recuos em etanol, óleo diesel, gasolina e gás veicular.

O grupo Despesas pessoais subiu 0,76%, impulsionado pela alta de 11,17% nos jogos de azar, terceiro maior impacto individual (0,05 p.p.) no índice geral.

Pelo lado das quedas, o grupo Alimentação e Bebidas recuou 0,27%, segunda queda seguida, puxada por itens como batata-inglesa (-20,27%), cebola (-13,26%) e arroz (-2,89%). Já a alimentação fora do domicílio acelerou de 0,46% para 0,87%, influenciada pelo período de férias. Vestuário também registrou queda (-0,54%), com recuos na roupa feminina e masculina.

No recorte regional, São Paulo apresentou a maior variação (0,46%) devido à energia elétrica e às passagens aéreas, enquanto Campo Grande teve deflação de 0,19%, influenciada por quedas na batata-inglesa e na energia elétrica.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) avançou 0,21% em julho, acumulando alta de 3,30% no ano e 5,13% em 12 meses.

InfoMoney

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Economia

EUA são melhor mercado para Brasil, diz presidente da Apex

Foto: Divulgação

O presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), Jorge Viana, afirmou na segunda-feira (11) que, embora a China seja o maior destino das exportações brasileiras, os Estados Unidos representam o “melhor mercado” para o país. A declaração foi feita durante a abertura do Congresso Brasileiro do Agronegócio, realizado em São Paulo e promovido pela Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) e pela B3, segundo informações do Valor Econômico.

Viana explicou que o diferencial norte-americano está na pauta de exportação mais diversificada, o que amplia as oportunidades para empresas brasileiras. “Nossa pauta é muito diversificada. Essa diversidade é grande e significa que a gente tem uma presença forte de empresas do nosso país que exportam para os Estados Unidos”, afirmou.

Questões econômicas e políticas no comércio com os EUA
O dirigente da Apex observou que, se as negociações sobre o tarifaço imposto pelos EUA às exportações brasileiras se limitassem à esfera econômica, o diálogo seria mais simples. “Mas as discussões carregam questões políticas difíceis de enfrentar”, disse, sem fazer referência direta ao contexto envolvendo o presidente norte-americano Donald Trump, que já citou a situação de Jair Bolsonaro (PL) como justificativa para sanções econômicas contra o Brasil.

Viana defendeu uma estratégia conjunta para proteger os produtos brasileiros e sugeriu que itens como alimentos — especialmente aqueles que os americanos não produzem, como o café — sejam excluídos das tarifas. Ele lembrou que o café brasileiro não foi contemplado nas exceções apresentadas pelo governo Trump. “Dá para ter aliados lá [nos EUA], dá para reunir setores empresariais lá, e, de acordo com o interesse deles, eles vão nos livrar de algumas dessas situações que afetam nosso comércio”, destacou.

Valor Econômico

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Judiciário

TCE apura irregularidades em contrato de R$ 31 milhões para fornecimento de refeições em presídios do RN

Foto: Sérgio Henrique

O Tribunal de Contas do Estado (TCE-RN) determinou a abertura de processos para apurar responsabilidades por irregularidades no contrato de fornecimento de refeições ao sistema prisional do Rio Grande do Norte.

O contrato em questão foi feito entre a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (SEAP) e a empresa Refine Refeições Industriais Especiais Ltda., no valor de R$ 31,9 milhões.

A decisão foi relatada pelo conselheiro George Montenegro Soares. Em nota, a Seap informou que a gestão não foi notificada da apuração e que aguarda acesso à peça do TCE para fazer os esclarecimentos.

A medida atende a representação do Ministério Público de Contas, que apontou falhas na execução contratual e possíveis danos ao patrimônio público decorrentes de atos criminosos registrados em março de 2023 (entenda mais abaixo).

Inspeções realizadas pelo Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura, em novembro de 2022, identificaram alimentos impróprios para consumo, valor nutricional insuficiente, armazenamento inadequado e descumprimento das especificações contratuais.

Segundo o TCE, também foi constatada a inclusão, via aditivo, de itens não previstos originalmente, como frutas, sobremesas e ceia extra, o que é considerado uma prática incompatível com a legislação de licitações.

Na decisão, o TCE apontou que a Seap justificou o aditivo contratual “alegando a necessidade de suprir deficiências nutricionais da população carcerária e evitar tensões no ambiente prisional”.

O contrato inicial foi assinado em agosto de 2021 com prazo de 12 meses, tendo sido prorrogado por 2 vezes, segundo o TCE.

Ataques de março de 2023
Segundo as investigações, há indícios de que a insatisfação dentro das unidades prisionais – alimentada pelas más condições das refeições – pode ter contribuído para a eclosão dos atos de violência.

Em março de 2023, o Rio Grande do Norte sofreu com uma onda de ataques a ônibus, prédios públicos, veículos e residências, que, segundo as autoridades locais, havia sido ordenada e realizada por uma facção que atua dentro dos presídios do estado.

“A medida apresentada se justifica diante dos atos criminosos de depredação de bens públicos, ocorridos em março de 2023, motivados possivelmente pela situação precária do sistema prisional do Estado do Rio Grande do Norte, havendo, inclusive, provável correlação dos ilícitos com o tema das contratações públicas, diante de indícios de que os alimentos destinados aos apenados são entregues em condições impróprias para o consumo”, citou a decisão.
Neste ano, o Ministério Público do Rio Grande do Norte pediu o afastamento do secretário Helton Edi Xavier das funções na Seap pelas condições de higiene, de alimentação e sanitárias nos presídios do estado.

Apuração
O TCE explicou que serão apurados os atos de três fiscais do contrato, do então secretário da Seap, Pedro Florêncio Filho, e de oito prefeitos que não responderam às diligências do Tribunal. O processo será encaminhado ao Ministério Público Estadual para as providências cabíveis.

Durante o levantamento, o TCE notificou diversos municípios para informar prejuízos e medidas adotadas. Os que não responderam foram: São Miguel do Gostoso, Boa Saúde, Campo Redondo, Lajes Pintadas, Macau, Montanhas, Macaíba e Nísia Floresta.

G1RN

Opinião dos leitores

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