O prefeito de Natal, Carlos Eduardo (PDT), não terá vida fácil para aprovar a reforma administrativa enviada à Câmara Municipal de Natal. Na tarde desta terça-feira (12), a peça foi mais uma vez objeto de discussão. Os vereadores criticaram o aumento de 100% nos salários dos cargos comissionados da Prefeitura, enquanto os efetivos tiveram apenas 8% de reajuste.
O vereador Maurício Gurgel (PHS) chamou atenção para alguns cargos que chegam a ter 160% de reajuste, como o secretário particular do prefeito. O parlamentar questionou a eficácia da reforma, se o aumento dos salários dos comissionados terá o mesmo impacto financeiro sobre a folha que terá o corte na estrutura administrativa. “A redução dos cargos se torna nula. Depois, vem o mesmo problema do limite prudencial”, argumentou.
A vereadora Amanda Gurgel (PSTU) ressaltou que é preciso combater as terceirizações, mecanismo encontrado pelo Executivo para reduzir o limite prudencial. “As terceirizações são extremamente nocivas para o serviço público. Isso precisa ser combatido. É preciso acabar com essa farra”, afirmou.
O vereador Marcos do PSOL ponderou que, enquanto os cargos comissionados estão tendo aumento de mais de 100%, os funcionários da base, como Assistentes de Serviços Gerais (ASG’s), estão tendo que ter seus salários completados por abono para igualar ao salário mínimo. “Duplicam os salários de quem ganha mais de R$ 6 mil e os menos favorecidos continuam com salário de fome. Isso não pode acontecer”, criticou.
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