Judiciário

A Justiça e os pedidos absurdos. Ações de danos morais aumentaram mais 3600% no RIO

O Estado de S.Paulo

Por causa do dinamismo e da heterogeneidade da sociedade brasileira, a introdução de novas leis é um processo complexo. Além de dar ensejo a pretensões muitas vezes exageradas e até abusivas, as mudanças do ordenamento podem propiciar maior sobrecarga de ações nos tribunais, provocando acirrados debates nos meios forenses e acadêmicos, até que os tribunais superiores firmem entendimento comum e uniformizem a jurisprudência.

Isso aconteceu com a Constituição de 1988; com o Código de Defesa do Consumidor (CDC), de 1990; com o novo Código Civil, que entrou em vigor em 2002, depois de tramitar três décadas no Legislativo; e com várias outras leis no campo do direito penal e trabalhista. Como era inevitável, a estabilização das expectativas dos cidadãos e das empresas com relação ao alcance desses textos legais foi um processo demorado, que disseminou em seu início mais incerteza do que segurança jurídica.

É à luz desse processo de progressivo ajuste de leis novas em uma sociedade dinâmica e heterogênea que se deve entender a preocupação da Justiça de pôr fim a pedidos infundados e abusivos, que costumam ser formulados após o advento de institutos jurídicos inovadores. É esse, por exemplo, o caso das ações de indenização por dano moral, que vêm crescendo em progressão geométrica. Só no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, elas aumentaram 3.607%, entre 2005 e 2010.

Para muitos juristas, esse aumento decorre do amadurecimento da sociedade e da consciência que os cidadãos passaram a ter de seus direitos. Nos últimos anos, contudo, os tribunais detectaram o risco de desvirtuamento da ideia de dano moral, dado o crescente número de processos impetrados por litigantes oportunistas.

Consumidores inveterados de cigarros, por exemplo, passaram a acionar as empresas do setor de fumo, acusando-as de terem sido responsáveis por seu vício. Clientes de bancos passaram a pedir vultosas quantias a título de ressarcimento por terem sido parados nas portas giratórias das agências ou por terem tido cheques devolvidos por divergências com relação à assinatura. Em cidades atingidas por catástrofes naturais, como ocorreu este ano em Teresópolis e Nova Friburgo, moradores que não foram vítimas de deslizamentos e enchentes processaram o poder público e concessionárias de energia. Houve ainda quem processasse donos de pista de patinação no gelo, por ter sofrido queda provocada por imperícia e falta de habilidade. E há até casos de pessoas que entraram com pedido de indenização por danos morais contra parentes, alegando terem sido agredidos verbalmente em discussões familiares.

Para muitos juízes, esses litigantes estariam tentando se locupletar, obtendo “dinheiro fácil”. No Rio de Janeiro, o titular da 28.ª Vara Cível negou indenização de R$ 1,2 milhão a um ex-fumante, alegando que ele sabia o risco de sofrer doenças pulmonares quando passou a fumar. Na comarca de Pedregulho, em São Paulo, um juiz do Juizado Especial Cível e Criminal rejeitou o pedido de indenização de um cliente de banco atingido pelo travamento da porta giratória, alegando que ele “deveria se enclausurar em casa ou numa redoma de vidro, posto que viver sem alguns aborrecimentos é algo impossível”. No caso do litigante que caiu na pista de patinação, o magistrado responsável pelo caso absolveu o proprietário, afirmando que tombos são inevitáveis nesse tipo de esporte e que a autora da ação “assumiu o risco de queda”, por não ter a menor experiência com patins. E, no caso do litigante que processou os cunhados, o Tribunal de Justiça de São Paulo entendeu que “o ordenamento jurídico não impõe aos familiares a obrigação de se amarem” e que, “em famílias numerosas, é comum que haja divergência no que diz respeito a visões de mundo e ânimos”.

Decisões como essas mostram que os tribunais estão conscientes dos problemas de entendimento e dos riscos de abusos inerentes à entrada em vigor de leis mais modernas em nosso ordenamento jurídico.

Opinião dos leitores

  1. É, eu vou ingressar com vários pedidos de indenização por danos morais da falta de educação de 90% dos clientes. A classe consumidora  acha que o poder da compra lhe dá o direito de humilhar, xingar, usar palavras de baixo calão … cadê os direitos dos atendentes, pequenos comerciantes, não somos saco de pancadas. Na hora da compra só querem saber de preço, desconto e garantia, não ouvem qual é o produto mais adequado para o uso, compram por preço e depois que o produto estraga por uso exessivo, ou seja, fazem uso profissional de um equipamento fabricado para uso hoby, querem ter razão e tentam ganhar no grito.

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Geral

Moraes divulga terceira nota sobre reuniões com o presidente do BC, e nega que esposa tenha atuado na operação do Banco Master-BRB

Foto: Mariana Campos/CB/D.A Press

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, divulgou nesta quarta-feira (24) uma terceira nota sobre seus encontros com o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo. Ele reiterou que não tratou da situação do Banco Master em nenhuma das reuniões.

Segundo Moraes, os dois encontros ocorreram em seu gabinete e tiveram como único tema os efeitos da aplicação da Lei Magnitsky. O ministro também afirmou que não esteve no Banco Central, não houve ligações telefônicas entre eles e que o escritório de advocacia de sua esposa, Viviane Barci de Moraes, não atuou na operação envolvendo o Banco Master e o BRB.

Veja a terceira nota, na íntegra:

O ministro Alexandre de Moraes esclarece que realizou, em seu gabinete, duas reuniões com o presidente do Banco Central para tratar dos efeitos da aplicação da Lei Magnistiky. A primeira, no dia 14/8, após a primeira aplicação da lei, em 30/7; e a segunda no dia 30/9, após a referida lei ter sido aplicada em sua esposa, no dia 22/9.

Em nenhuma das reuniões foi tratado qualquer assunto ou realizada qualquer pressão referente à aquisição do BRB pelo banco Master. Esclarece, ainda, que jamais esteve no Banco Central e que inexistiu qualquer ligação telefônica entre ambos, para esse ou qualquer outro assunto. Por fim, esclarece que o escritório de advocacia de sua esposa jamais atuou na operação de aquisição Master-BRB perante o Banco Central.

Embora a nota fale em “aquisição do BRB pelo banco Master”, na realidade, a operação seria a inversa: o BRB que pretendia comprar o banco Master.

Versões anteriores

A nova nota corrige datas de reuniões e responde a reportagem da colunista Malu Gaspar, de O Globo, que apontou suposta atuação do ministro em favor do Banco Master. A jornalista também revelou que o escritório da esposa de Moraes tem contrato de R$ 129 milhões com a instituição financeira, valor que seria pago ao longo de 36 meses.

Moraes negou qualquer pressão ou interferência no Banco Central e afirmou que se reuniu com dirigentes de outras instituições financeiras exclusivamente por causa das sanções impostas pela Lei Magnitsky.

Com informações de Metrópoles

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Embaixador diz que não sabia de vídeo de Porchat sobre direita e Havaianas gravado na sede da embaixada em Roma

O embaixador do Brasil em Roma, Renato Mosca de Souza, afirmou nesta terça-feira (23) que não tinha conhecimento nem autorizou a gravação de um vídeo do ator Fábio Porchat na sede da embaixada. No material, Porchat ironiza políticos de direita no contexto do boicote à marca Havaianas.

Em nota divulgada pelo Itamaraty, Mosca disse que Porchat era seu convidado pessoal para a celebração de Natal, mas que o vídeo foi gravado e publicado sem seu aval. O embaixador destacou ainda que a visita não gerou gastos públicos.

No vídeo, feito em parceria com o canal Porta dos Fundos, mostra Porchat no papel de um gestor de crise que envia um recado à atriz Fernanda Torres, protagonista do comercial de fim de ano da Havaianas. A campanha motivou críticas de políticos de direita após a atriz fazer uma brincadeira com a expressão “pé direito”.

Procurada pela CNN Brasil, a assessoria de Porchat informou que não conseguiu contato com o ator por ele estar de férias.

Veja o vídeo:

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CASO BANCO MASTER: banqueiros e autoridades dizem que PF também sofreu pressão de Moraes

Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Banqueiros e autoridades de Brasília afirmam ter recebido informações de que o ministro do STF Alexandre de Moraes teria pressionado o Banco Central a favorecer o Banco Master e demonstrado interesse no andamento das investigações sobre o caso junto à Polícia Federal. A informação é da coluna da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo.

Segundo esses relatos, o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, teria informado o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a situação e ouvido como resposta que tomasse “as providências necessárias”. Procurado, Rodrigues negou ter tratado do assunto com Moraes ou com Lula. “Isso é mentira. O ministro nunca falou comigo sobre o Banco Master”, afirmou.

A assessoria do STF informou que Moraes nega qualquer tentativa de interferência. Em nota, o ministro afirmou que se reuniu com o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, apenas para tratar das sanções impostas a ele pela Lei Magnitsky, negando ligações telefônicas ou discussões sobre o Banco Master.

A controvérsia ganhou força após reportagem da colunista Malu Gaspar, de O Globo, afirmar que Moraes teria feito contatos com Galípolo para tratar da venda do banco ao BRB. O Banco Central confirmou apenas que houve reuniões sobre a Lei Magnitsky, sem comentar outros temas.

A esposa do ministro, Viviane Barci de Moraes, é advogada do Banco Master, cujo escritório firmou contrato de R$ 129 milhões com a instituição. Em novembro, a PF prendeu o presidente do banco, Gabriel Vorcaro, e o Banco Central decretou a liquidação da instituição.

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ATRASO: Apesar de decisões da Justiça determinando pagamento ainda em 2025, Governo do RN confirma 13º somente para 9 de janeiro de 2026

Foto: Google Imagens/Reprodução/ND

Mesmo com pelo menos duas determinações judiciais para quitação do 13º salário ainda no ano de 2025, uma favorável aos servidores da Saúde, e outra a favor do servidores da Administração Direta, ativos, aposentados e pensionistas, o Governo Fátima informou em nota divulgada nesta quarta-feira (24) que o 13º salário dos servidores só será pago no dia 9 de janeiro de 2026.

VEJA MAIS: Justiça manda governo do RN pagar 13º salário de servidores da Saúde até o fim de dezembro

LEIA TAMBÉM: Justiça determina que Governo do Estado pague 13º salário ainda em 2025 para todos os servidores da Administração Direta, ativos, aposentados e pensionistas

Leia abaixo a nota do Governo:

O Governo do Estado do Rio Grande do Norte informa que o pagamento do 13º salário dos servidores públicos estaduais — ativos, aposentados e pensionistas — será realizado em 9 de janeiro de 2026, terceiro dia útil do mês.

A definição do calendário considera o atual cenário financeiro e o compromisso com uma programação responsável, assegurando o pagamento integral da folha. 

A medida reforça o empenho da gestão em manter a regularidade dos pagamentos e a continuidade dos serviços públicos.

Natal, 24 de dezembro de 2025
Governo do Estado do Rio Grande do Norte

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Justiça determina que Governo do Estado pague 13º salário ainda em 2025 para todos os servidores da Administração Direta, ativos, aposentados e pensionistas

Foto: Assecom/Governo do RN

O Juiz Jussier Barbalho Campos determinou que o Governo do Estado pague o 13º salário dos servidores da Administração Direta, ativos, aposentados e pensionistas, até o último dia do mês de dezembro de 2025, acatando um pedido do SINSP (Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público da Administração Direta do RN).

A Assessoria Jurídica do SINSP protocolou uma ação civil coletiva para que o Esstado respeitasse a Constituição Federal, a Constituição Estadual e a Lei Complementar Estadual nº 122/94 (Regime Jurídico Único), além de precedentes do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Norte. O SINSP afirmou que acompanhará o processo de pagamento para que a decisão da Justiça seja cumprida.

“A postergação do pagamento dessa verba, essencial para a subsistência dos trabalhadores e suas famílias, não apenas configura uma ilegalidade, mas também agrava significativamente a já delicada situação financeira de muitos servidores. Em um período de festividades e despesas tradicionais de final de ano, a ausência ou o atraso na quitação do 13º salário pode gerar prejuízos irreparáveis, comprometendo o sustento e a dignidade desses indivíduos.”, afirmou o Juiz Jussier Barbalho Campos na sua decisão.

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Michelle Bolsonaro fará pronunciamento na mesma hora do discurso de Lula nesta quarta (24)

Foto: Cristiano Mariz/O Globo e Evaristo Sá/AFP

A ex-primeira-dama e presidente do PL Mulher, Michelle Bolsonaro, fará um pronunciamento de Natal nesta quarta-feira (24), às 20h30, com duração de cinco minutos. Os temas da fala não foram divulgados.

O pronunciamento será exibido no mesmo horário da mensagem de Natal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O discurso de Lula, gravado previamente, terá 6 minutos e 39 segundos e será transmitido simultaneamente por rádios e emissoras de TV aberta.

A expectativa é que o presidente adote um tom institucional, comum em datas comemorativas, com um balanço das ações do governo ao longo do ano e mensagens de união e paz.

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Correios precisam de R$ 10 bilhões para regularizar entregas; índice de atraso é de 67%

Foto: Rafaela Araújo/Folhapress

Às vésperas do Natal, os Correios enfrentam uma forte crise operacional, com 67% de atraso nas entregas nesta terça-feira (23). Segundo relatos de executivos e funcionários da estatal, a regularização do serviço dependeria de uma injeção de até R$ 10 bilhões no caixa até o fim de dezembro.

A queda na qualidade ocorre em meio à greve iniciada no último dia 16, período de maior demanda do ano. Embora os Correios afirmem que 90% dos funcionários seguem em atividade, fontes ouvidas por O Globo e pelo UOL apontam impacto direto da paralisação na operação.

O índice médio de eficiência, que historicamente girava em torno de 96%, caiu para 68%, com situações ainda mais críticas em alguns estados. Na Bahia, por exemplo, o nível de pontualidade está próximo de 50%.

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Geral

Sem água há mais de 45 dias, moradores fecham RN-015 em protesto em Baraúna

Foto: Reprodução

A falta de água por mais de 45 dias levou moradores de Baraúna, no Oeste potiguar, a interditarem a RN-015 em protesto pela interrupção do abastecimento. O ato, ocorrido no bairro Mataburro, reuniu moradores do bairro Filadélfia, um dos mais afetados.

Com pneus incendiados sobre a pista, a rodovia ficou bloqueada nos dois sentidos. O ato provocou congestionamento e longas filas de caminhões e carros, especialmente para quem seguia em direção ao Ceará, uma das principais rotas da região, segundo informações do Icem Caraúbas.

Segundo os moradores, o desabastecimento se arrasta há mais de um mês e meio, sem qualquer resposta concreta das autoridades. A população afirma que buscou esclarecimentos junto à Companhia de Água e Esgoto do Rio Grande do Norte (Caern), mas a empresa atribui o problema à Prefeitura de Baraúna.

Já o município, de acordo com os manifestantes, transfere a responsabilidade para a Caern. O resultado é um impasse que, na prática, mantém milhares de pessoas sem acesso a um serviço essencial. Durante o protesto, uma moradora fez um desabafo emocionado e cobrou uma solução imediata. “Chega de mentira, chega dessa situação. A gente não aguenta mais”, afirmou.

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Religião

VÍDEO: Cia. Atos Populares apresenta espetáculo na Paróquia de Jesus Bom Pastor

 

A Paróquia de Jesus Bom Pastor, localizada no bairro Bom Pastor, recebeu a apresentação do espetáculo da Cia. Atos Populares, reunindo fiéis e comunidade em um momento de arte, cultura e reflexão.

O espetáculo contou com direção geral e atuação de Vinicius Fortunato, dramaturgia e música original de Danilo Guanais, além da direção de movimento e coreografia assinadas por André Rosa.

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Brasil

Moraes chegou a ligar seis vezes para Galípolo em um dia, diz jornal

Foto: Adriano Machado

Na tentativa de saber sobre o andamento da operação de compra do Banco Master, o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), chegou a ligar seis vezes em um mesmo dia para o presidente do BC (Banco Central), Gabriel Galípolo, segundo informações do Estadão.

Ainda de acordo com o jornal, além dessa série de telefonemas, o ministro teria conversado com Galípolo sobre o tema em, ao menos, outras quatro ocasiões — tendo sido uma delas um encontro presencial.

O Estadão obteve as informações com pessoas do meio jurídico e do mercado financeiro que ouviram relatos das conversas.

A notícia de que Moraes teria procurado Galípolo para interceder pelo Banco Master foi veiculada inicialmente pelo jornal O Globo no início da semana.

Na terça-feira (23), o ministro se manifestou pela primeira vez sobre o caso. Pela manhã, Moraes divulgou uma nota em que afirmava que a reunião que teve com o presidente do Banco Central foi para discutir as consequências da aplicação da Lei Magnitsky contra ele. O ministro não citou o Master nesse comunicado.

Pouco depois, o BC também divulgou uma nota confirmando que manteve reuniões com o ministro do STF para tratar dos efeitos da aplicação da Magnitsky.​

Já à noite, Moraes emitiu um novo comunicado dizendo que “inexistiu qualquer ligação telefônica entre ambos, para esse ou qualquer outro assunto”.

Segundo o magistrado, a primeira reunião com o presidente do BC aconteceu em 14 de agosto, após ser sancionado pelo governo dos Estados Unidos com a aplicação da lei Magnitsky, em 30 de julho. A segunda aconteceu em 30 de setembro, após a medida ter sido aplicada contra sua esposa, em 22 de setembro.

“Em nenhuma das reuniões foi tratado qualquer assunto ou realizada qualquer pressão referente a aquisição do BRB pelo Banco Master”, afirmou. A nota diz ainda que “o escritório de advocacia de sua esposa jamais atuou na operação de aquisição BRB-Master perante o Banco Central”.

Em setembro, o BC vetou a compra do Banco Master pelo BRB, citando ausência de documentos que comprovassem a “viabilidade econômico-financeira”. Dois meses depois, o dono do Master, Daniel Vorcaro, foi preso pela PF (Polícia Federal) e é investigado por fraudes contra o sistema financeiro.

O jornal O Globo revelou ainda que o escritório de advocacia da esposa de Moraes tinha um contrato de R$ 129 milhões com o Banco Master, prevendo pagamentos mensais de R$ 3,6 milhões entre 2024 e 2027.

CNN

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