Hoje tem! Um dos bordões prediletos de Neymar serve para definir esta quarta-feira, que deve contar com mais alguns importantes capítulos da trajetória do craque na Vila Belmiro. Pela manhã, o Comitê de Gestão do Santos se reúne para analisar o próximo passo das negociações com o Barcelona e demais clubes interessados no craque. Já à noite, o atacante fará sua despedida da Vila Belmiro, às 22h, contra o Joinville, pela Copa do Brasil.
Resta saber se o duelo representará o adeus ou um “até logo” da Joia. Domingo, contra o Flamengo, em Brasília, ele defenderá o Peixe pela última vez antes de se apresentar à Seleção Brasileira para a Copa das Confederações – a apresentação é terça e o torneio acaba em 30 de junho. Se vendido agora, como cogita a diretoria alvinegra, ele pode não voltar tão cedo ao estádio em que mais atuou (94 jogos).
O Barça segue acompanhando de perto os passos de Neymar. Raul Sanllehí, diretor de futebol do clube, ainda está em São Paulo e aguarda posicionamento do Comitê santista nesta quarta. Na frente na disputa, os catalães esperam fechar o negócio o quanto antes, confiam no O.K. do jogador para a transferência imediata e tem um plano de carreira para o craque – ele deve ficar com a camisa 11, hoje de Thiago.
O rival Real Madrid, porém, não jogou a toalha e aposta no poderio financeiro pra convencer o Peixe e o jogador. Também no Brasil, os merengues devem apresentar novas propostas nos próximos dias.
Enquanto isso, Neymar acompanha a novela já com certa impaciência. O craque e seu estafe gostariam de um pronunciamento oficial do Santos, dizendo se pretende ou não negociá-lo agora.
Resposta cirúrgica do senador Rogério Marinho (PL-RN) ao jornalista Fernando Mitre “sobre o julgamento das big techs, do marco da internet”.
“O senhor é a favor de responsabilizar as big techs pelos conteúdos que divulgam ou não? Fora da internet, todos se responsabilizam. Na internet, não, por quê?”
Rogério Marinho respondeu: “se eu chegar aqui e falar o que eu falei e eu for processado, você vai ser responsabilizado? Não. Foi eu que falei. Eu estou usando o seu programa para dizer o que eu acho sobre, por exemplo, esse ativismo político do Supremo Tribunal Federal, eu posso ser processado por isso”.
O cruzeiro marítimo pelo Mediterrâneo dos garotos-propaganda do Hamas, a bordo do veleiro Madleen, terminou como era previsto: com os passageiros salvos por Israel.
Evitou-se, assim, que essa meninada da esquerda antissemita, com o perdão do pleonasmo, aportasse em Gaza e, em meio ao teatro de “ajuda humanitária” da qual tomaria parte, pudesse ser alvejada propositalmente por tiros de terroristas que colocariam a culpa no exército israelense.
Ao serem abordados, os garotos-propaganda do Hamas disseram que estavam sendo “atacados”. Depois, viu-se que todos estavam sentadinhos no convés, carinhas felizes, recebendo água e sanduíches dos militares de Israel, muito solícitos e educados.
Agora, voltarão todos para casa, ainda bem, com a sua historinha para contar, depois de fazer várias selfies. Antes, porém, tiveram de assistir ao vídeo das atrocidades perpetradas pelo Hamas em Israel, em 7 de outubro de 2023. Eu assisti quando estive em Tel-Aviv. Nada mais didático.
A imprensa brasileira, no entanto, noticia como se tivesse sido tortura: “eles foram forçados a ver o vídeo”. É por isto que não piso mais em redação: eu teria de pôr todo mundo de castigo. Não tem jeito, a meninada da esquerda antissemita, com o perdão da repetição pleonástica, sofreu lavagem cerebral nas suas escolas liberais.
A celebridade internacional do cruzeiro propagandístico era a sueca Greta Thunberg. Eu pensava que ela era ativista ambiental. Deveria estar, portanto, em Nice, na Conferência dos Oceanos. A marinha israelense a salvou a tempo de ela comparecer, embora o ambientalismo já não renda tanta audiência na Europa e nos Estados Unidos quanto o antissemitismo.
O Brasil tinha um representante entre os garotos-propaganda do Hamas, o militante do PSol Thiago Ávila.
Fui olhar o Instagram do rapaz já um pouco grisalho. Lembra os meus colegas de Colégio Equipe de quase 50 atrás.
Sob o sol do Mediterrâneo, aquele azul incrível ao fundo, a expressão radiosa de quem teve muita proteína na infância estava emoldurada pelo keffiyeh tinindo de novo no pescoço.
Thiago Ávila teve uma aventura pequeno-burguesa que só sairia fora de controle se Israel realmente deixasse o veleiro aportar em Gaza. Foi salvo pelos “genocidas”, ufa, e pode tentar de novo uma vaguinha de deputado federal. Se tudo der certo, o seu destino é recorrer ao STF para reverter votações do Legislativo e processar oposicionistas, coisinhas assim.
Na manhã desta segunda-feira (9), indígenas do povo Potiguara bloquearam a BR-101, na entrada da Aldeia Silva de Belém, no município de Rio Tinto, Litoral Norte da Paraíba. Como podemos ver nas imagens, acontece na altura da Churrascaria Carne e Queijo e nas duas vias.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) foi acionada para acompanhar a manifestação, e o tráfego na BR-101 está totalmente parado e na há previsão de liberação.
Em nota, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que o protesto “pode causar impactos significativos no trânsito entre João Pessoa e Natal”. Equipes da PRF estão no local para orientar os motoristas.
Os desvios podem ser feitos pelo município de Jacaraú-PB. As informações sobre as rotas serão atualizadas no canal de WhatsApp da PRF na Paraíba.
“Pedimos aos condutores que redobrem a atenção, respeitem a sinalização e sigam as orientações dos policiais rodoviários”, alertou a PRF.
Pau no lombo desses parasitas sugadores do erário público, o Rio Grande do Norte já não tem mais índio a dezenas de anos, esses caras são um pé no saco.
Na manhã do último domingo (8), uma jiboia foi encontrada dentro de uma residência localizada na Avenida Josino Carneiro, em Caicó, município da região Seridó do Rio Grande do Norte. O Corpo de Bombeiros Militar do RN (CBMRN) foi acionado e realizou o resgate do animal.
Ao chegarem ao local, os bombeiros confirmaram a presença do animal no interior da casa. Utilizando técnicas seguras e apropriadas, a equipe conseguiu capturar a jiboia sem causar ferimentos ao animal nem oferecer riscos aos moradores.
Após o resgate, a serpente foi devolvida à natureza, sendo solta em uma área de mata adequada, conforme os protocolos de proteção ambiental e bem-estar da fauna silvestre.
A jiboia não representa risco de envenenamento. Essa espécie mata suas presas por constrição — isto é, enrola-se ao redor do corpo da presa até imobilizá-la. De comportamento geralmente tímido, a jiboia evita o contato com seres humanos.
Em casos que envolvam animais silvestres, entre em contato com o número de emergência 193, a fim de garantir a segurança da população e a preservação da biodiversidade.
Uma jovem de 19 anos morreu após se envolver em um acidente de trânsito entre duas motos na noite da última sexta-feira (6) em Caicó, na região Seridó potiguar. Ela foi socorrida, mas morreu no Hospital Walfredo Gurgel, em Natal, na madrugada deste domingo (8).
Letícia Teixeira Vale era estudante do curso de Tecnologia em Design de Moda do IFRN em Caicó. Ela completou 19 anos no sábado (7), quando já estava internada.
Segundo a polícia, o acidente aconteceu por volta das 19h15 no cruzamento da Avenida Seridó com a Rua Renato Dantas e deixou pelo menos outras duas pessoas feridas.
Letícia era passageira de um mototaxista, que também ficou ferido. O condutor teve lesão na tíbia da perna esquerda.
Já os ocupantes da outra também foram socorridos ao hospital, onde o condutor foi diagnosticado com fratura em duas costelas.
Após ser liberado, o homem foi submetido ao teste do etilômetro, com resultado negativo, porém foi autuado conduzir veículo sem carteira de habilitação.
Já o passageiro dele ficou apenas desorientado e não teve necessidade de atendimento médico.
Letícia era de João Câmara, no Agreste potiguar onde foi sepultada neste domingo (9).
O IFRN de Caicó lamentou a perda da estudante e cancelou as aulas nesta segunda-feira (9).
“Letícia era uma jovem dedicada, talentosa e cheia de sonhos, cuja presença marcava positivamente a vida acadêmica e o convívio com colegas, professores e servidores. Sua partida precoce deixa um vazio imenso em nossa comunidade”, disse a instituição em nota.
Concordo que Motoqueiro quase que na totalidade não respeitam o Trânsito, muito menos os pedestres e carros. Pois , andam fazendo xique-xaques entre os carros , ultrapassam , tanto pelo lado esquerdo, bem como pelo lado direito , não tem limites. Na verdade, eles não respeitam nem a própria vida…da maneira como pilotam…esses aplicativos envolvendo motoqueiros, deveriam acabar, aí diminuiria em muitos entradas nos hospitais de traumas e sem contar no ITEP.
Imprudência e falta de fiscalização, são as grandes causas das superlotações dos hospitais. Governadora Fátima Bezerra do PT, determine ao comando da Polícia Militar, intensificar as fiscalizações, principalmente no interior do RN.
Motos deveriam ser proibidas no Brasil. Motoqueiro não respeita as leis de transito, andam como querem, cortando os carros para chegar mais rápido. Vai morrer muita agente ainda.
A Anvisa aprovou o Mounjaro (tirzepatida), comercializado no Brasil pela farmacêutica Eli Lilly, para o tratamento de sobrepeso com comorbidades ou obesidade, nesta segunda-feira (9), conforme publicação no Diário Oficial da União. Anteriormente, em setembro de 2023, o medicamento já havia sido autorizado pela agência para o tratamento do diabetes tipo 2.
A decisão considerou os resultados de estudos clínicos que demonstraram a eficácia e segurança do medicamento no tratamento da obesidade.
O Mounjaro é um fármaco que atua nos receptores GLP-1 (peptídeo 1 semelhante ao glucagon) e GIP (polipeptídeo insulinotrópico dependente de glicose), hormônios intestinais que auxiliam no controle do metabolismo energético —especialmente na regulação da glicose e do apetite.
Em estudos recentes, o medicamento se mostrou eficaz em pessoas com sobrepeso ou obesidade (sem diabetes), que perderam, em média, até 22,5% do peso corporal, quando combinado com dieta e exercícios.
A tirzepatida foi comparada com a semaglutida (substância usada em remédios como Ozempic e Wegovy) em outra pesquisa. Cerca de 65% dos pacientes perderam pelo menos 15% do peso, e 20% perderam 30% ou mais com o uso do medicamento.
Além da perda de peso, os participantes que usaram tirzepatida também apresentaram melhora na pressão arterial, colesterol e gordura abdominal —fatores importantes para a saúde cardiovascular.
A obesidade é uma doença crônica que afeta mais de 1 bilhão de pessoas no mundo — sendo 40 milhões no Brasil, o equivalente a um em cada quatro adultos.
A condição está ligada a mais de 200 complicações, incluindo aumento no risco de diabetes tipo 2 (243%), doenças cardíacas (69%) e hipertensão (113%). Segundo a World Obesity Federation, até 2045, 75% dos adultos brasileiros poderão ter obesidade ou sobrepeso.
Em nota oficial à Folha, o diretor sênior da área médica da Eli Lilly no Brasil, Luiz Magno, afirmou que “as novas opções de tratamento trazem mais oportunidades para quem vive com obesidade e está à procura de melhores alternativas para controle de peso”.
Ele também reforçou que “a obesidade é diferente de um desejo social de emagrecer. A Lilly não promove ou encoraja o uso de medicamentos para fins estéticos e entende que essa prática só estigmatiza ainda mais a medicação para os pacientes que realmente precisam dela para ter benefícios para a saúde.”
A defesa de Jair Bolsonaro (PL) disse à CNN que o ex-presidente não se manterá em silêncio durante interrogatório sobre o inquérito do plano golpista.
Segundo o advogado Celso Vilardi, Bolsonaro está disposto a se manifestar durante a sessão no plenário da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), a partir das 14h.
No final de semana, o ex-presidente se reuniu com advogados e aliados, em São Paulo, para afinar os detalhes de sua participação na oitiva.
Bolsonaro já disse publicamente que não pretende “lacrar” durante o interogatório, mas que se defenderá da tese de que teria engendrado um plano golpista em 2022.
Os réus têm o direito de permanecer em silêncio durante o interrogatório, conforme garante a Constituição Federal.
Eles serão questionados pelo relator da ação do plano de golpe, o ministro Alexandre de Moraes; pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet; e pelos advogados de defesa dos próprios réus.
O primeiro fim de semana do São João de Natal no Polo Arena das Dunas foi sucesso de público, estrutura e programação. Encerrado neste domingo (8), o evento reuniu mais de 300 mil pessoas em três dias de festa, consolidando-se como o maior São João já realizado na capital potiguar. Os shows de Léo Foguete, do grupo Menos é Mais, da cantora Mari Fernandez e de Roberto do Acordeon fecharam com chave de ouro a primeira etapa do evento no polo, animando a multidão e reforçando o espírito vibrante do São João.
Com programação pensada para todos os públicos, estrutura e segurança, o primeiro final de semana no Polo Arena das Dunas recebeu atrações como Luan Santana, Calcinha Preta, Marina Elali, Thiago Freitas, Pablo e À Vontade, além de artistas locais que também brilharam no palco. A diversidade musical foi um dos grandes destaques da noite: o pagode do Menos é Mais dividiu espaço com o forró e o piseiro, mostrando que o São João de Natal é uma festa que celebra tanto as raízes nordestinas quanto a pluralidade da música brasileira.
Antes de subir ao palco, o vocalista da banda Menos é Mais, Eduardo Caetano, elogiou a receptividade do público potiguar. “Natal é sempre muito calorosa, fomos abraçados de verdade. É uma alegria representar o pagode em um evento tão grandioso como o São João, que celebra a diversidade e a união de vários estilos musicais. Estamos muito felizes por fazer parte dessa festa linda e cheios de energia para entregar um grande show”, disse.
A força do São João de Natal se reflete na valorização dos artistas nordestinos, que encontram nos palcos da cidade uma vitrine importante para suas carreiras. Um exemplo é o cantor Léo Foguete, que celebrou sua participação com entusiasmo e gratidão. “Sempre sonhei em me apresentar nos grandes eventos de São João do Brasil, e estar aqui em Natal, pela segunda vez, é uma realização enorme. Estou vivendo a melhor fase da minha vida, cantando nos maiores palcos do Nordeste. Só tenho gratidão por tudo que está acontecendo”.
A cantora Mari Fernandez destacou sua relação especial com as festas juninas e falou da importância do evento para a cultura nordestina e para o cenário musical. “Tenho um carinho enorme pelo São João. Foi em 2022, durante essa temporada, que realmente me destaquei como artista. Essa festa tem um papel fundamental na valorização da nossa cultura e também é um momento muito importante para quem vive da música. Para este São João, preparei um espetáculo totalmente novo, que o público de Natal está vendo pela primeira vez, assim como em muitas outras cidades”.
Com expressiva presença de público, o evento evidenciou o potencial de Natal para se consolidar como um dos grandes centros de turismo de eventos no país. Para o secretário de Turismo, Sanclair Solon, o impacto positivo já começa a ser percebido. “Tivemos um recorde de público no São João deste ano, superando nossas expectativas e consolidando o evento como um grande atrativo turístico. Com a ampla divulgação na mídia local e nacional, estamos plantando uma semente importante. A expectativa é que, já no próximo ano, possamos perceber um impacto direto na taxa de ocupação da rede hoteleira, fruto do trabalho que estamos desenvolvendo agora”, avaliou.
O prefeito Paulinho Freire também destacou a grandiosidade do evento e seus reflexos para a cidade. “Estamos vivenciando um momento histórico. O São João de Natal já é reconhecido nacionalmente, movimentando nossa economia, fortalecendo o turismo e, acima de tudo, levando alegria para o nosso povo. Esse primeiro fim de semana superou todas as expectativas, tanto em público quanto em organização. A festa está linda e o melhor ainda está por vir”, declarou.
O cantor sertanejo Léo, da dupla com Raphael, foi assunto nas redes sociais após um acidente que ocorreu durante show do grupo no último sábado (7). Durante a apresentação, ele foi atingido no rosto pelos efeitos pirotécnicos do show e sofreu queimaduras.
Nas redes sociais, a dupla compartilhou que Léo teve queimaduras leves, mas que “está tudo bem e ele já está se cuidando”. No domingo (8), Léo apareceu nos stories do grupo para atualizar seu estado de saúde: “Deu uma queimadinha, mas não foi nada demais”. “Foi só um susto”, reforçou, ao dizer que o problema foi com equipamento da dupla e não da organização.
Léo e Raphael se apresentaram no domingo (8) no Paraná, mesmo após o acidente ocorrido na noite de sábado (7), durante o show em Pontal, no interior de São Paulo.
A dupla Léo e Raphael é natural do Paraná e existe desde 2014. Os dois gravam diversas faixas do gênero agronejo, misturando pop, ritmos latinos e outros gêneros em alta com o clássico sertanejo.
“As Menina da Pecuária”, em parceria com Ana Castela, é uma das músicas mais tocadas da dupla.
Os dois já fizeram parcerias com outros artistas sertanejos que viralizam nas redes sociais e que fazem sucesso no momento, como o cantor Luan Pereira na música “Tipo Yellowstone”, que possui mais de 22 milhões de reproduções no Youtube.
Léo e Raphael também cantam muitas faixas da Agroplay, gravadora que une artistas sertanejos e lança faixas do agronejo que repercutem nas plataformas de áudio.
A tarifa de energia elétrica dos brasileiros atendidos pelas distribuidoras aumentou 177% em 15 anos, saltando de R$ 112 por megawatt hora (MWh), em 2010, para R$ 310 o MWh, em 2024. Nesse mesmo período, o índice de inflação avançou 122%. Ou seja, a tarifa teve um aumento real (acima da inflação) de 45% no período. Detalhe: o valor inclui o preço da energia, acrescidas das bandeiras tarifárias vigentes a cada ano, sem os encargos e o custo da distribuição e da transmissão, que encarecem ainda mais o preço final para o consumidor.
Esse quadro pode mudar depois da Medida Provisória nº 1.300, editada pelo governo federal, que reforma o setor elétrico brasileiro e estabelece a abertura do mercado livre para todos os consumidores a partir de dezembro de 2027. Isso significa que a partir desta data qualquer cidadão poderá escolher de onde comprar sua energia elétrica, a exemplo do que ocorre hoje com as grandes empresas.
Para esses clientes, a conta é bem mais baixa porque os contratos são de longo prazo e embutem o efeito da concorrência do mercado. Em comparação com o aumento de 177% da tarifa de energia para os consumidores do mercado cativo (das distribuidoras), o preço médio do mercado livre aumentou 44%, bem abaixo do índice de inflação. O valor subiu de R$ 102 o MWh, em 2010, para R$ 147, em 2024, segundo levantamento da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel).
A explicação para a tarifa elétrica no mercado regulado ser mais cara se deve a vários motivos. Entre elas, a indexação de longo prazo, reservas de mercado que obrigam a contratação de energia de determinadas fontes, decisões políticas sobre o custo da energia ou expansão da geração, mas também riscos indevidamente alocados ao consumidor, como o risco hidrológico.
“Contratar energia elétrica indexada à inflação por 30 anos é um fardo para o consumidor, sobretudo num país que têm inflação nos patamares do Brasil”, explica o presidente-executivo da Abraceel, Rodrigo Ferreira. Um exemplo, segundo ele, está na energia contratada das hidrelétricas estruturantes do Rio Madeira, cujos valores resultantes dos leilões foram baixos, mas, com a atualização inflacionária no período, essas tarifas já custam mais que o preço praticado no mercado livre de energia.
“Esse modelo de contratação de longo prazo, suportado pelas distribuidoras em nome dos consumidores, foi importante em determinado momento do País, mas atualmente não é mais eficiente e muito menos necessário, e deixa uma herança maldita para os consumidores.”
Outro ponto importante é a energia de Itaipu, Angra 1 e 2 e energia de reserva, cujo preço é elevado. Todo esse montante de eletricidade é vendido para as distribuidoras e repassado para os consumidores cativos, diz o professor da UFRJ, Nivalde de Castro, coordenador geral do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel).
Se comparar com o preço final da conta de luz, que inclui encargos e o custo de transmissão e distribuição, o preço no mercado livre pode ser até 35% menor que o do mercado cativo, das distribuidoras. Basicamente essa diferença é decorrente de uma série de subsídios e outras contas que inflam as tarifas reguladas.
De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), até este mês, os subsídios do setor elétrico somam mais de R$ 16 bilhões, que representam, em média, 14,88% da tarifa dos consumidores residenciais.
Desse valor, R$ 5,7 bilhões se referem ao incentivo dado à geração distribuída, aquela produzida pelos próprios consumidores, como a energia solar. Outros R$ 5,4 bilhões vão para fontes incentivadas (descontos concedidos para estimular projetos de energia renovável). O restante vai para subsídios à energia da Região Norte e para tarifa social, entre outros.
“Muitos subsídios e encargos são compulsoriamente imputados às tarifas do mercado regulado. Essa é a causa principal para a conta ser tão alta”, diz Nivalde de Castro. Com a abertura do mercado e migração de mais pessoas para o mercado livre, uma das preocupações que surge é como será rateada essa conta.
Esse é um dos alertas das empresas de distribuição, que temem os custos e ineficiências que ficam para trás a cada vez que um consumidor vai para o mercado livre ou para a geração distribuída (GD).
Comente aqui