Agentes, escrivães e papiloscopistas da Polícia Federal iniciam nesta terça-feira (7) uma greve por tempo indeterminado, em todo o Brasil, para cobrar reestruturação da carreira e dos salários da categoria. Durante a semana, a paralisação contará com operação-padrão em aeroportos como Cumbica, em Guarulhos (SP), e Salgado Filho, em Porto Alegre. Apenas 30% do efetivo, exigido em lei, não vai parar.
De acordo com o presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), Marcos Wink, a categoria esperou até essa segunda-feira (6) que o governo federal apresentasse uma proposta capaz de evitar a paralisação, o que não ocorreu.
“Nossa questão não é apenas salarial –algo que nos é amplamente negociável –, mas estamos há dois anos tentando a reestruturação de carreira, sem resposta, devido a uma portaria do Ministério do Planejamento de 1989 que nos concede atribuições de nível médio”, disse Wink, para completar: “Queremos uma lei que regule as atribuições que exercemos de fato, e que são de nível superior e precisam de tratamento salarial como tal”.
Em todo o país, conforme os números da Fenapef, a PF tem cerca de 6.500 agentes, 2.000 escrivães e 700 papiloscopistas, dos quais apenas 30% atuarão durante a greve. Além desse contingente, há ainda 2.000 delegados que não aderiram à paralisação.
Segundo o presidente da federação, as entidades representativas em cada Estado definirão as ações durante a paralisação.
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