Saúde

Alemanha não recomenda vacina de Oxford/AstraZeneca para idosos

(Foto: Getty Images)

As autoridades sanitárias da Alemanha recomendaram a utilização da vacina anti-Covid de Oxford/AstraZeneca apenas em pessoas entre 18 e 64 anos, alegando falta de dados suficientes para avalizar sua aplicação em idosos.

A recomendação foi feita pelo comitê de vacinas do país, em comunicado divulgado pelo Ministério da Saúde nesta quinta-feira (28). “Até o momento, não há dados suficientes disponíveis para avaliar a eficácia a partir dos 65 anos de idade”, diz o relatório.

Segundo uma tabela dos ensaios clínicos de fase 3 divulgada pelo comitê, foram constatados apenas dois casos do novo coronavírus em pessoas com 65 anos ou mais durante os testes do imunizante, sendo um no grupo que tomou a vacina e outro no grupo de controle (que recebeu um placebo).

Esse pequeno número, de acordo com a Alemanha, não é suficiente para avaliar a eficácia do imunizante de Oxford/AstraZeneca em idosos. A tabela reúne dados relativos a 11.636 voluntários, sendo que apenas 660 tinham 65 anos de idade ou mais.

Considerando apenas pessoas de 18 a 64 anos, a eficácia apresentada é de 71,1%. Nenhum indivíduo que tomou a vacina e contraiu o vírus necessitou de hospitalização.

Dosagens

Os números divulgados pela Alemanha também confirmam a diferença de eficácia de acordo com a dosagem. O regime de duas doses apresentou índice de 62,1%, enquanto o de meia dose seguida de uma dose inteira teve eficácia de 90%.

Porém este segundo grupo é muito menor (2.741) do que o primeiro (8.895) e também não incluiu idosos. Os dados estão em linha com os divulgados pela revista científica The Lancet no início de dezembro e validados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 17 de janeiro.

Segundo o estudo revisado pela Lancet, a eficácia média do imunizante é de 70,42%, com 62% no regime de duas doses inteiras e de 90% no de meia dose seguida de uma dose completa. Os ensaios clínicos de fase 3 da vacina ainda estão em curso.

O parecer da agência de medicamentos da União Europeia (EMA) sobre o imunizante de Oxford/AstraZeneca é aguardado para esta sexta-feira (29), e a multinacional anglo-sueca já é alvo de críticas do bloco por conta de atrasos na produção.

No Brasil, a vacina está aprovada para uso emergencial inclusive em idosos. O primeiro lote de 2 milhões de unidades produzidas pelo Instituto Serum da Índia já está sendo utilizado no país, mas o Ministério Público Federal (MPF) pediu à Anvisa e à Fiocruz dados sobre a eficácia em idosos.

Galileu

Opinião dos leitores

  1. Vixe! Pensei que o MINTOmaníaco só comprava vacina boa! Que adianta uma vacina se não pode dar pra idoso?

    1. Tá alegando falta de dados, exatamente, o que acontece com a chinesa. Não inventa narrativa!

    2. Além de vibrar diante das mentiras de que não existe tratamento precoce,
      agora vibra também por suposta infeficácia de vacinas.
      Que ser humano!

    3. Neco, eu torcer ou não pela vacina ou por um remédio milagroso que só o MINTOmaníaco e o gado acredita que a cloroquina eh, não me faz bom ou mau. A cloroquina não ajuda em nada contra a covid, nem a azitromicina. Já está provado e só mesmo aqui no Brasil que ainda teimam eh usar! Quanto a vacina, quem torceu contra mais que ninguém foi o inepto MINTOmaníaco do nosso presidente! Aquele mesmo q dizia que não compraria q vacina coronavac de forma alguma ou vc esqueceu? Larga de torcer pelo inepto e acorda, tira a viseira e vá pesquisar! A sociedade de infectocontagia sabe que não existe tratamento precoce! Pesquise, leia, pense! Quando a ciência que seu MINTOmaníaco tanto nega comprovar que algum remédio cura covid, certamente vai ser uma vitória pra todos! Antes disso, sou contra o MINTOmaníaco gastar nosso dinheiro em remédios sem eficácia NENHUMA! Aliás, o TCU Tb eh contra sabia?!

    4. Não é fazendo argumento ad verecundiam, mas vá discutir a ineficácia da HCQ com profissionais como Dra. Marina Bucar, Ilse Yamagushi ou Paulo Zanoto. O que existe é muito lobby (sempre existiu) da indústria farmacêutica, para vender remédios caros. HCQ nem patente tem. Agora se se comprou HCQ, que serve para um monte de coisa, e uma parte vai se estragar, tenha paciência. Era o que se tinha á mão. Tinha profisional defendendo, num momento que estava todo o mundo, inclusive a OMS, batendo cabeça sobre o que fazer. Não tinha tempo de fazer teste científico (demora pra burro, cheio de etapas, exige muita gente topando fazer duplo-cego – quando estavam todos correndo contra o relógio). Vcs insistem nessa idéia de que Bolsonaro quer matar pessoas. PUSTA MELDA… que político quer fazer isso? a troco de que? … tente pensar com menos maniqueísmo.

    5. Todas as doenças do mundo podem ser atenuadas com uso precoce de medicamentos.
      Agora um djabo duma virose não tem nada o que se fazer?
      Nem o básico, como reforçar o sistema imunológico (até com alimentação) ou suplementos?
      Não tem nada pra que os pulmões não inflamem?
      Alguém é diagonsticado com covid e vai ao médico. O profissional não deve receitar nada, pq a tal ciência ainda não consolidou nada?

    6. Eu não preciso discutir eficácia de remédio com ninguém. Quem defende o uso de cloroquina que tem que comprovar sua eficácia com as devidas pesquisas não com achismo ou torcida. Só que não tem como, já que foram realizadas várias pesquisas em vários países e a cloroquina ou hidroxicloroquona não serve de NADA! A azitromicina também segue o mesmo descrédito. Por que essas pessoas que tanto defendem o uso do tratamento precoce não comprovam sua eficácia? Já temos quase um ano de pandemia e não comprovaram! Pesquise, leia e saia dessa bolha narrativa. O fato do remédio ser barato ou não ter patente não o torna eficaz. Isso não eh ciência, isso eh torcida junto com alienação!

    7. Fato é que vc não tem credencial científica nenhuma para discutir com os profissionais mencionados. Nem para ler, de fonte primária, os estudos. De fazer uma meta-análise mais porca que seja. Vc desconhece até o que é conhecimento empírico. Faz uma seleção de evidências. Coisa de picareta.

    8. Faz assim: tiver sintomas, só aceite a medicação prescrita se tiver estudo massificado, randomizado, estratificado, com duplo-cego, revisão de pares, meta-análise, com umas duzentas instituições referendando, com análise temporal de uns cinco anos. Lembre-se de ler tudo. Não acredite em jornalista não especializado. Não vale a experiência do médico. Isso não é ciência, viu?

    9. Neco vc eh um poço de contradição cara! Fala que eu uso argumento de autoridade quando eh vc que cita profissionais que ainda acreditam e seguem um "tratamento precoce " que só existe no Brasil. Nos Estados Unidos, por exemplo, a hidroxicloroquina já foi banida faz tempo e lá não tem essa de medico A ou B ficar prescrevendo da cabeça não. Foi proibida e acabou! Aqui ni Brasil, houve uma politização ridícula pq há quem quer torcer por remedio A ou B por ser barato , por não ter patente. Chegam a ser ridículos os argumentos! Só me soa estanho um cara como vc, que parece ser tão "inteligente" e usa "palavras bonitas" não tem o menor bom senso em pesquisar pra saber que , no fundo, segue um político ignorante que só quer empurrar um remédio sem efeito algum no covid pra justificar o gasto público e ilegal que fez num remedio que nunca teve comprovação que fazia efeito! Acorda cara! Usa esse teu conhecimento pra pesquisar em fontes confiáveis! Vai na associação de infectologia brasileira pra saber a orientação deles! Vc se acha muito inteligente mas falta o básico: senso crítico! Vá estudar e sai dessa bolha!!!

    10. No Brasil ela não foi banida. Há médicos usando.
      Emprismo vale. Dizer que só existe no Brasil é mentira.
      Fato x narrativas. Não me acho muito inteligente.
      Só tenho discenimento e não caio nesse papo de que naõ existe
      nada a se fazer precocemente.

    11. Manoel por experiência própria lhe digo que funciona, minha mãe com 76 anos histórico de câncer e hipertensa, teve Covid-19 tomou o kit de medicamentos no início da contaminação e só teve sintomas leves.
      Esses medicamentos já fazem parte do tratamento profilático na minha família e ninguém ficou internado.
      Conforme você explicou não existe nenhum medicamento para amenizar a contaminação certo? mas como a ciência explica o baixo índice de mortes por Covid-19 no continente africano que tem mais de um bilhão de habitantes?
      Lockdown?
      Hospitais altamente capacitados no atendimento?
      Os médicos são mais experientes?
      As máscaras e a prevenção da população são mais eficientes?
      Já que você segue tanto a ciência pesquise e me convença que não é algum medicamento que eles utilizam que vem dando resultados favoráveis.

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Polícia

VÍDEO: Roubo de carro, tiros e perseguição na Afonso Pena

O dia amanheceu com tiros e gritos na Afonso Pena, bairro do Tirol. A confusão ocorreu por volta das 4h40 da manhã.

A movimentação registrada está relacionada a uma ocorrência envolvendo um carro roubado.

Segundo informações preliminares, houve perseguição policial e o veículo foi interceptado na esquina da Avenida Hermes da Fonseca com uma das ruas perpendiculares à Afonso Pena.

Até o momento, não há detalhes confirmados sobre os suspeitos envolvidos na ação.

Com informações Blog Gustavo Negreiros 

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Brasil

Quaest: para 57%, Trump não tem direito de criticar processo de Bolsonaro

Foto: Reprodução 

Mais da metade dos brasileiros acredita que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não tem o direito de criticar o processo judicial que envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). É o que mostra a pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (16).

Ao responder à pergunta “Trump tem direito de criticar o processo em que Bolsonaro é réu?”, 57% afirmaram que não. Outros 36% avaliaram que sim, enquanto 7% não souberam ou preferiram não responder.

O levantamento foi divulgado dias após Trump anunciar uma tarifa de 50% sobre os produtos importados do Brasil, a partir de 1º de agosto.

CNN

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Geral

Lula abre licitação de R$ 98 milhões para comunicação digital

Foto: José Cruz/Agência Brasil

A Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência) abriu uma nova licitação para contratar 3 empresas que vão gerenciar a comunicação do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O processo prevê investimento de R$ 98,3 milhões com contrato de 12 meses, podendo ser prorrogado.

A iniciativa substitui licitação anterior de R$ 197,7 milhões que o TCU (Tribunal de Contas da União) suspendeu em junho de 2024 depois de identificar indícios de fraude, a partir de um suposto vazamento das propostas das licitantes. Em agosto do ano passado, a licitação foi revogada.

Na época da licitação anterior, a Secom era comandada por Paulo Pimenta. Hoje, o ministro Sidônio Palmeira é o titular da secretaria.

Em abril, Sidônio disse que duas questões estruturais explicavam parte da perda de apoio do governo federal: o avanço da “extrema-direita” nas redes sociais, com a proliferação de discursos de ódio e fake news, e a ausência de uma narrativa clara sobre a situação do país quando Lula reassumiu o poder.

Segundo o edital, as empresas contratadas serão responsáveis por:

  • prospecção, planejamento, desenvolvimento, implementação de soluções de comunicação digital;
    moderação de conteúdo e de perfis em redes sociais, análise de sentimentos e o desenvolvimento de proposta de estratégia de
  • comunicação nos canais digitais com base na inteligência dos dados colhidos;
  • criação e execução técnica de projetos, ações ou produtos de comunicação digital;
  • desenvolvimento e implementação de formas inovadoras de comunicação, destinadas a expandir os efeitos da ação de comunicação digital, em consonância com novas tecnologias.

A licitação se dá em um momento em que o governo federal está reformulando sua estratégia de comunicação. A gestão Lula tem se focado em temas como a defesa da tributação dos mais ricos e na divulgação de ações do Planalto voltada para a população de baixa renda.

Em um dos documentos de orientação para as empresas interessadas no edital, o governo diz que, “ao invés de focar exclusivamente em uma campanha ou em ações contra desinformação e fake news, esta licitação busca proativamente apresentar à população os benefícios concretos das políticas públicas, com uma linguagem acessível, envolvente, inspiradora e contínua”.

Conforme o texto, o objetivo do governo não é criar campanhas pontuais, mas “estabelecer um trabalho contínuo de produção de conteúdo e planejamento de comunicação” para os canais digitais do Planalto, com foco nas seguintes plataformas: Pinterest, LinkedIn, YouTube, Instagram, Facebook, TikTok e Kwai.

“A agência selecionada deverá propor uma estratégia criativa e eficaz de comunicação que possibilite o engajamento orgânico e a ampliação do alcance das mensagens institucionais do governo, considerando as especificidades de linguagem, formato e comportamento dos usuários em cada uma das redes sociais”, lê-se no documento.

O prazo para envio das propostas para a nova licitação começou na 3ª feira (15.jul.2025) e vai até 2 de setembro.

Poder 360

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Geral

Para 55% dos brasileiros, Lula provocou Trump ao criticá-lo no Brics, aponta pesquisa Quaest

Foto: Ricardo Stuckert / PR

A maioria dos brasileiros acredita que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) provocou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao criticá-lo durante a Cúpula do Brics, no Rio de Janeiro. É o que mostra pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (16).

Segundo o levantamento, 55% dos entrevistados consideram que houve provocação por parte de Lula. Outros 31% discordam e 14% não souberam ou não quiseram responder.

A fala de Lula aconteceu durante o encerramento da Cúpula, em meio às ameaças de Trump de aumentar tarifas de países do grupo.

Em seu discurso, Lula afirmou que acha “muito equivocado e muito irresponsável um presidente ficar ameaçando os outros em redes digitais”.

“Têm outras coisas e outros fóruns para um presidente do país do tamanho dos Estados Unidos falar com outros países”, concluiu o presidente da República.

A pesquisa ouviu 2.004 pessoas presencialmente entre os dias 10 e 14 de julho. A margem de erro é de dois pontos percentuais, com nível de confiança de 95%.

CNN

Opinião dos leitores

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Geral

E AGORA BRISA? Gestões do PT em Fortaleza, Piauí e Fortaleza já usam OSS e elogiam

Foto: Elpídio Júnior

O anúncio da contratação das Organizações Sociais de Saúde (OSS) para as UPAs de Natal escancarou a hipocrisia de sempre do PT de Natal.

Mais uma vez, as críticas não se sustentam.

A vereadora Brisa Bracchi fez um post furioso.

Esqueceu de mencionar que Natal foi a última das capitais que aderiu ao modelo.

E mais, Bahia, estado governador pelo PT há várias gestões, já usa OSS há muitos anos, em vários contratos de Saúde. O Estado já foi inclusive convidado a apresentar os pontos positivos do modelo no TCU.

Piauí e Fortaleza também usam OSS e defendem a gestão.
Recife, do queridinho João Campos, também usa OSS.

Qual é o PT de Brisa?

Opinião dos leitores

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Geral

OSS escancaram a hipocrisia de sempre do PT

Foto: Reprodução

A lacração não tem limite, a vereadora Brisa Bracchi não perde tempo para lacrar nas redes sociais. Em um post esbravejante, Brisa criticou de forma veemente a notícia de que a Secretaria de Saúde de Natal publicou editais para Organizações Sociais de Saúde administrarem as UPAs de Natal. O modelo, de acordo com a SMS, pode levar a uma economia de até 18 milhões de reais por ano.

A vereadora é contra economia de recursos públicos?

Brisa, mais uma vez falando para a própria bolha, escreveu que vai “enfrentar cada tentativa de entregar a saúde pública a interesses privados”.

Ela só esqueceu de dizer que o PT e aliados do partido já contrataram OSS em estados e capitais. Bahia, Fortaleza, Piauí e Recife são alguns dos exemplos.

Opinião dos leitores

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Saúde

Brasil volta à lista dos países com mais crianças não vacinadas

Foto: Mike Sena/Ministério da Saúde

O Brasil voltou a integrar a lista dos 20 países com maior número de crianças não vacinadas no mundo. Os dados são de relatório divulgado nesta terça-feira (15) pelo Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) e pela OMS (Organização Mundial da Saúde), com base em informações de 2024.

O país havia deixado o ranking em 2023 depois de avanços na cobertura vacinal. No entanto, com a piora no último ano, retornou à lista, ocupando agora a 17ª posição global.

Em 2024, cerca de 229.000 crianças brasileiras não receberam nenhuma dose da DTP, conhecida como vacina tríplice bacteriana e administrada como vacina pentavalente pelo PNI (Programa Nacional de Imunizações). O imunizante protege contra difteria, tétano e coqueluche. Em 2023, eram 103.000 crianças nessa condição.

A DTP é considerada um dos principais indicadores de acesso à imunização de rotina. A ausência da 1ª dose classifica a criança como “zero dose”, ou seja, que não recebeu nenhuma vacina. Na região da América Latina, só o México apresentou número absoluto maior de crianças não vacinadas em 2024, com 341.000 registros. Globalmente, o Brasil ficou atrás de países como Mianmar, Costa do Marfim e Camarões.

CENÁRIO GLOBAL

Em 2024, 89% das crianças no mundo (cerca de 115 milhões) receberam ao menos uma dose da DTP, e 85% (aproximadamente 109 milhões) completaram as 3 doses.

Em relação a 2023, cerca de 171.000 crianças a mais receberam ao menos uma vacina e 1 milhão a mais completaram o esquema de 3 doses da DTP. Segundo a OMS, “embora os avanços sejam modestos, eles indicam progresso contínuo dos países em proteger as crianças, mesmo diante de desafios crescentes”.

Apesar dos avanços, 14,3 milhões de crianças ainda não receberam nenhuma dose de vacina, e outras 5,7 milhões foram apenas parcialmente imunizadas. Em 2024, nenhuma das 17 vacinas monitoradas atingiu a meta mínima de 90% de cobertura.

De acordo com a OMS, a falta de acesso à imunização está relacionada a diversos fatores, como falhas na oferta de serviços, desigualdade territorial, conflitos armados, instabilidade política e desinformação sobre vacinas.

Poder 360

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Geral

Trump une empresários brasileiros e americanos em defesa de negociação para contornar tarifaço de 50%

Foto: Jim Watson/AFP

Na primeira reunião entre ministros, empresários e representantes da indústria e do agronegócio para mapear os impactos do tarifaço de 50% anunciado por Donald Trump a partir de 1º de agosto, o setor produtivo teve um ponto de consenso: a defesa da negociação. O empresariado defende que o governo esgote as possibilidades de diálogo com o governo americano antes de se cogitar qualquer hipótese de retaliação.

O mesmo tom consta em nota divulgada ontem pela Câmara de Comércio dos EUA e a Câmara Americana de Comércio (AmCham Brasil). As entidades pedem que os dois países iniciem “negociações de alto nível” e alertam que a imposição de sobretaxa como resposta a tensões políticas “corre o risco de causar danos reais a uma das relações econômicas mais importantes dos EUA e estabelece um precedente preocupante”.

A nota lembra ainda que mais de 6.500 pequenas empresas nos EUA dependem de produtos importados do Brasil, enquanto 3.900 empresas americanas investem no país.

Trump: Fiz ‘porque posso’

Apesar dos apelos por negociação e argumentos inclusive de empresas americanas, ao ser indagado ontem sobre a tarifa de 50% para o Brasil, Trump afirmou:

“(Fiz) porque eu posso fazer isso. Ninguém mais conseguiria”.

Em Brasília, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, se reuniu com 37 lideranças industriais, como máquinas e equipamentos, alumínio, têxtil, aviação, calçados, entre outros, pela manhã e com 19 do agronegócio (carne, frutas, pescados) no período da tarde.

Também participaram do encontro o ministro da Casa Civil, Rui Costa, da Fazenda, Fernando Haddad, do Planejamento, Simone Tebet, e de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho.

O governo não se comprometeu em tentar um patamar específico de alíquota. O recado foi claro de que os 50% estão postos e que o governo tentará negociar. Os empresários saíram aliviados com a promessa do governo de que não usará a palavra retaliação antes de 1º de agosto para não fechar as portas da diplomacia.

A indústria deixou claro que não é possível substituir o mercado americano no curto prazo e que construir um mercado alternativo seria um processo de muitos anos. O setor privado indicou que alguns caminhos para levar aos americanos são acordos na área de etanol e de bitributação, que podem interessá-los.

“Houve uma colocação aqui de que o prazo é exíguo, mas a ideia do governo não é pedir que o prazo seja estendido, mas procurar resolver até o dia 31. O governo vai trabalhar para resolver e avançar nos próximos dias”, Geraldo Alckmin, vice-presidente.

Uma das propostas defendidas pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), por federações industriais e parte do agronegócio foi o pedido de um prazo de 90 dias para que as tarifas entrassem em vigor, caso não seja possível chegar a um acordo até 1º de agosto.

“Estamos falando aqui só de perde-perde. Não tem ganha-ganha. Perde a indústria, perde a economia, perde o social. Gostaríamos de colocar na mesa um adiamento de 90 dias no prazo para início da vigência (da tarifa)”, pontuou Ricardo Alban, presidente da CNI, que vê risco de perda de 110 mil postos de trabalho caso o tarifaço entre em vigor.

Alban destacou que o país não deve tomar medidas “intempestivas”.

“O Brasil não pretende ser reativo intempestivamente, o que entendemos aqui é que o Brasil não vai se precipitar para retaliar com ações econômicas”, afirmou.

Após a reunião com a indústria, Alckmin afirmou que o objetivo do governo é resolver a questão o mais rápido possível e disse que se houver necessidade de mais prazo seria possível trabalhar nesse sentido. No fim da tarde, porém, reiterou que a posição do governo é pela solução definitiva o mais rápido possível.

“Houve uma colocação aqui de que o prazo é exíguo, mas a ideia do governo não é pedir que o prazo seja estendido, mas procurar resolver até o dia 31. O governo vai trabalhar para resolver e avançar nos próximos dias”, disse o vice-presidente.

Outras estratégias discutidas durante o encontro incluem o envio de uma nova carta aos EUA, cobrando resposta a uma correspondência enviada em maio.

Com a articulação com o empresariado, Alckmin explicou que foi acertado que as empresas vão procurar companhias americanas com quem fazem negócios, como fornecedores, compradores, exportadores e executivos.

O Globo

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Geral

SEM SERVIÇO: Terceirizados que prestam serviço para a saúde no Estado vão parar por tempo indeterminado

Foto: Reprodução

Trabalhadores terceirizados que atuam na rede pública estadual de saúde do Rio Grande do Norte decidiram deflagrar greve por tempo indeterminado a partir dessa quarta-feira, 16 de julho, por não receberem os salários referentes ao mês de junho até o dia 15. A paralisação atinge profissionais vinculados à empresa JMT Service Locação de Mão de Obra Ltda., que presta serviços à Secretaria Estadual de Saúde (SESAP/RN).

A decisão foi tomada em assembleia realizada com o Sindicato dos Profissionais de Enfermagem, Técnicos, Duchistas, Massagistas e Empregados em Hospitais e Casas de Saúde do RN (SIPERN), que denunciou os constantes atrasos nos pagamentos de salários e do vale alimentação.

Segundo o sindicato, a greve será suspensa somente caso os pagamentos sejam efetuados até a próxima terça-feira. Ainda de acordo com o SIPERN, durante o movimento serão mantidos 30% do efetivo, em escala mínima, para garantir os serviços essenciais à população.

Confira abaixo o ofício enviado pelo SIPERN à JMT:

SIPERN

Natal/RN, 11 de julho de 2025.

OFÍCIO N.º 0033/2025
Prezado Senhor Sócio Administrador da
JMT Service Locação de Mão de Obra Ltda.
R. dos Potiguares, 2300 – Lagoa Nova, Natal – RN

Prezado Senhor,

Diante do O ATRASO NO PAGAMENTO DOS SALÁRIOS DE JUNHO DE 2025, dos trabalhadores terceirizados que prestam serviços à Secretaria Estadual de Saúde (SESAP/RN), os trabalhadores desta empresa, reunidos em Assembleia com o Sindicato, deliberaram pelo indicativo de greve permanente em face dos constantes atrasos no pagamento dos salários e Vale Alimentação.

Tendo em vista o consignado na Ata da Audiência de Mediação realizada da SRTE/RN (13622.200101/2025-70), os trabalhadores destas empresas, que estão em indicativo de greve permanente, vêm por meio de seu sindicato informar que caso não sejam efetuados os pagamentos dos salários até o dia 15 de julho de 25, SERÁ DEFLAGRADA, POR TEMPOS INDETERMINADOS, A PARTIR DO DIA 16 de julho de 25, que perdurará até o efetivo pagamento integral das referidas verbas. Destacamos que, caso o pagamento seja efetuado a greve será suspensa.

Informamos que serão mantidas escalas mínimas de até 30% (trinta por cento), a fim que sejam mantidos os serviços essenciais à população do Estado.

Confiantes de contarmos com a especial atenção, valemo-nos do ensejo para renovarmos nossos protestos de consideração e apreço.

Atenciosamente,

Domingos da Silva Ferreira
Diretor-Presidente
Sindicato dos Profissionais de Enfermagem, Técnicos, Duchistas, Massagistas e Empregados em Hospitais, Casas de Saúde do Estado do Rio Grande do Norte – SIPERN

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Geral

Governo Lula pede a Moraes que permita a volta imediata do IOF

Foto: Antonio Augusto/STF

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), por meio da AGU (Advocacia Geral da União), pediu nesta terça-feira (15) para o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes uma medida cautelar (provisória) que torne o decreto que aumentou o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) válido novamente.

A solicitação foi feita em audiência de conciliação com o Congresso no Supremo. O advogado-geral da União, Jorge Messias, não quis negociar com os representantes do Legislativo e pediu que Moraes decida sobre o assunto. O governo diz que o decreto é constitucional.

“Requereu-se a concessão da medida cautelar pleiteada, visando à imediata restauração plena da vigência do Decreto 12.499/2025. A medida é de fundamental importância para que o princípio da separação de poderes seja restabelecido”, disse Messias em nota oficial depois da reunião, que terminou sem acordo.

Os pleitos foram os seguintes:

  • governo – quer insistir na judicialização e espera decisão do Supremo para manter a alta no tributo;
  • Senado – pediu mais tempo para negociar enquanto a alta do imposto estiver suspensa.

Na prática, o movimento da AGU joga pressão para o Judiciário, que terá que decidir sobre o tema. O governo espera, inclusive, que a resposta saia em até 7 dias, por conta da urgência do tema, segundo apurou o Poder360.

Sem o pedido de liminar, Moraes teria mais conforto para esperar até agosto antes de dar uma solução para o impasse. Agora, terá de dizer se concede ou não essa decisão provisória.

Uma decisão de Moraes em favor do governo tem o risco de causar uma indisposição com o Congresso se derrubar a decisão de deputados e senadores que em grande maioria vetaram o aumento do IOF pretendido pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e por Lula.

Quando precisou decidir sobre o tema pela 1ª vez, o ministro suspendeu tanto o decreto do governo quanto a medida do Congresso que os derrubou, ou seja, mantendo o cenário inalterado. Agora, terá que decidir em favor de um lado ou de outro.

O ministro do STF é um dos mais criticados pela direita, com setores mais radicais propondo o seu impeachment. Se Moraes derrubar a decisão do Legislativo sobre o IOF, aumentará um pouco mais a indisposição de deputados e senadores contra o magistrado.

Os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), esperam que Moraes não tome nenhuma decisão antes de o próprio Congresso apresentar alguma solução, o que só deve ser feito em agosto por conta do recesso legislativo.

Motta e Alcolumbre já mostraram um cardápio de possíveis cortes de despesas para a equipe econômica, bem como opções para aumentar a arrecadação, como a distribuição de dividendos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para o governo federal.

O governo, no entanto, defende que seu decreto para elevar o imposto é constitucional e sua derrubada fere o princípio da separação dos Poderes.

REUNIÃO SEM RESULTADO

A ata da reunião desta terça-feira (15) diz que a advocacia do Senado pediu mais tempo para negociação. Já o governo Lula deixou a determinação nas mãos do STF.

O texto afirma que Moraes “indagou se seriam possíveis concessões recíprocas que pudessem resultar na conciliação”. Logo depois, o documento diz que o governo optou por manter a judicialização.

“Os presentes disseram que, apesar da importância do diálogo e da iniciativa desta audiência, preferiam aguardar a decisão judicial”, lê-se na ata.

Messias publicou um comunicado depois da reunião. Defendeu que o movimento veio alinhado às determinações do Ministério da Fazenda, comandado por Haddad.

“A medida é de fundamental importância para que o princípio da separação de poderes seja restabelecido”, disse o ministro na nota.

Audiências de conciliação são realizadas para que os envolvidos em um processo tentem chegar a um acordo antes de uma decisão judicial.

O IMPASSE DO IOF

O governo Lula queria emplacar a alta no imposto financeiro para fortalecer a arrecadação e evitar congelamentos no Orçamento. O Congresso e o empresariado reagiram em massa contra a determinação.

A Câmara e o Senado decidiram derrubar o texto que aumentou o IOF em 25 de junho.

Na Casa Baixa, foram 383 votos a favor da revogação e 98 contra. O decreto legislativo com as novas normas é o número 176 de 2025. Já no Senado, a votação foi simbólica –sem contagem nominal.

O caso está no Supremo. O ministro da Corte Alexandre de Moraes suspendeu tanto os decretos do Executivo que elevaram o IOF quanto o texto aprovado pelo Congresso que derrubava a medida.

Moraes também convocou a audiência de conciliação sobre a questão. O encontro é realizado para que as partes de um processo entrem em acordo sobre o tema.

Os deputados e senadores derrubaram os decretos de Lula por considerarem os textos abusivos. Além disso, mencionaram que o IOF tem função regulatória e não poderia ser utilizado para arrecadar.

A equipe econômica argumenta que é sua função definir as taxas. Segundo o time de Haddad, o ponto principal do decreto não era elevar a receita pública.

Leia uma cronologia com os principais desdobramentos do impasse do IOF:

  • 22.mai – durante a tarde, a equipe econômica aumenta o IOF via decreto para fortalecer a arrecadação. Impacto estimado é de R$ 20,1 bilhões em 2025;
  • 22.mai – perto da madrugada, Fazenda revê parte do decreto. Arrecadação no ano diminui para R$ 19,1 bilhões;
  • 28.mai – depois de reunião, Alcolumbre e Motta dão 10 dias para Haddad apresentar alternativas ao decreto do IOF;
  • 8.jun – é feita uma nova reunião. Haddad anuncia que vai reduzir a alta do IOF e enviar medida provisória com aumento de outros impostos para compensar. O impacto do decreto para 2025 cai para perto de R$ 12 bilhões;
  • 11.jun – Haddad lança medida provisória com aumento de outros impostos e com mudanças em compensação tributária. Fazenda espera fortalecer arrecadação em aproximadamente R$ 10 bilhões em 2025;
  • 16.jun – Câmara aprova urgência para votação do projeto para derrubar a alta do IOF;
  • 24.jun – de surpresa, Motta anuncia votação do projeto às 23h35 em uma rede social;
  • 25.jun – Câmara aprova a queda do decreto por 383 votos a favor e 98 contra;
  • 25.jun – Senado derruba em votação simbólica (sem contagem de votos);
  • 1º.jul – governo aciona oficialmente o STF para judicializar o impasse.

Poder 360

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