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Presidente da CPI dá voz de prisão a Roberto Dias sob acusação de mentir à comissão após divulgação de áudio

Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo

O presidente da CPI da Covid deu voz de prisão para o ex-diretor de logística do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias, que presta depoimento nesta quarta-feira.

— Ele vai ser recolhido pela Polícia do Senado. Está mentido desde manhã.

Mais cedo, o ex-diretor de logística do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias afirmou à CPI da Covid que as negociações para a compra de vacinas estavam “restritas” à secretaria-executiva da pasta e não tinham relação com o departamento onde trabalhou. No entanto, Dias se contradisse ao afirmar que não negociava vacina, mas confirmar que recebeu e-mail da empresa que ofereceu o vacina indiana Covaxin. Dias foi exonerado do cargo logo após a denúncia de um suposto pedido de propina se tornar pública, além de ter sido acusado de pressionar de maneira ‘atípica’ a compra da vacina indiana Covaxin.

Apontado como indicação do deputado Ricardo Barros (PP-PR) e do ex-deputado Abelardo Lupion, Roberto Dias é considerado peça-chave para desvendar detalhes de denúncias de irregularidades na negociação de compra da vacina AstraZeneca, feitas pelo vendedor Luiz Dominghetti, e da indiana Covaxin, reveladas pelo deputado Luis Miranda (DEM-DF) e o irmão dele, o servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda.

Questionado sobre a negociação sobre as vacinas, Dias disse:

— Negociação de vacina de Covid-19 não era minha atribuição.

Dias disse que a reunião oficial, no Ministério da Saúde, foi tão somente para entregar o documento que atestaria que a empresa representava a AstraZeneca e a existência realmente de 400 milhões de doses.

— Se faz agendamento com representantes da empresa, se não é negociação, é o que, pelo amor de Deus? — questionou a senadora Eliziane Gama (Cidadania -MA).

O presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), perguntou por que ele discutiu vacina se isso não era atribuição dele, e sim da secretaria-executiva.

— Não houve negociação. O que houve foi a verificação da existência das 400 milhões [de doses]… — respondeu.

— Não era mais com você! Não tem lógica isso! — interrompeu Aziz.

Depois, Dias disse que um diretor da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) da pasta, com a “mesma honestidade de propósito”, recebeu a Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários (Senah), para verificar a existência das doses. Apesar do nome, a Sehan é uma entidade privada.

Diante da contradição, o relator da comissão, Renan Calheiros (MDB-AL), sugeriu uma acareação entre Roberto Dias e o ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde Elcio Franco.

Humberto Costa (PT-PE) também defendeu a convocação de Elcio:

— O secretário- executivo recebeu superpoderes para comprar vacinas, portanto é o grande responsável pelos atrasos e pelas tentativas de golpe como foi essa vacina da Davati. Ele precisa vir aqui.

Denúncia de propina

Dias foi acusado pelo policial militar Luiz Paulo Dominghetti, que se apresenta como representante da empresa Davati Medical Supply, de ter pedido propina para autorizar a compra da vacina AstraZeneca pelo governo federal. Segundo a denúncia do PM, o ex-diretor teria pedido US$ 1 por dose durante um jantar em Brasília. Dias, por sua vez, afirmou que está sendo injustamente acusado, que as acusações não têm materialidade e chamou o PM de ‘picareta’.

Ele confirmou que conheceu Dominghetti no restaurante Vasto, no Brasília Shopping, mas negou ter pedido propina e disse que solicitou ao representante da empresa Davati que encaminhasse um pedido formal de compra de vacina, que nunca prosperou.

— Estou sendo acusado sem provas por dois cidadãos, o senhor Dominghetti, que aqui nesta CPI foi constatado ser um picareta que tentava aplicar golpes em prefeituras e no Ministério da Saúde — disse Dias completando: — O deputado Luis Miranda possui um currículo controverso — disse, fazendo menção ao parlamentar que o acusa de pressionar de forma “atípica” a compra da vacina Covaxin.

Dias rebate acusações

Em sua fala inicial, Dias reclamou estar sendo “massacrado” e entende que isso se deve ao fato de ter tomado iniciativa para enfrentar a pandemia.

— Estou há mais de dez dias sendo massacrado e citado em todos os veículos de comunicação sem que haja uma única prova ou indício que sustente tais acusações — afirmou, acrescentando: — Nuca pedi nenhuma vantagem ao senhor Dominghetti ou a ninguém.

Sobre a acusação de pressão para liberar a Covaxin, ele disse que pensou ter sido retaliação por ter negado um pedido de cargo ao servidor Luis Ricardo Miranda, irmão do deputado Luis Miranda (DEM-DF). Mas disse que agora vê razão financeira por trás, porque Miranda teria tido algum negócio frustrado. Ele afirmou que vai apresentar queixa-crime por calúnia e difamação contra as pessoas que o acusam.

As negociações para aquisição da Covaxin são investigadas pela CPI da Covid, pelo Ministério Público Federal, pela Polícia Federal e pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

Roberto Dias disse que, de forma geral, as empresas intermediárias tentam obter do Ministério da Saúde um documento chamado LOI (“letter of intent” em inglês, ou carta de intenção). Isso permitiria que elas negociassem em nome da pasta.

— Da Davati, recebi e-mails cobrando posição do ministério. Meu único e-mail foi: eu preciso da carta de representação da Astra Zeneca.

Dias disse ainda que foi nomeado para o cargo pelo ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, por indicação do ex-deputado Abelardo Lupion. A cada troca de ministro, afirmou, permanecia no posto por conhecer bem a área. Questionado pelo relator Renan Calheiro por que o ex-ministro Eduardo Pazuello quis demiti-lo em certo momento, após irregularidades na aquisição de testes de Covid-19, Dias disse desconhecer esse episódio.

O ex-diretor alegou que pediu ao ex-ministro que fosse indicado para a Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa), porque estava cansado do trabalho no ministério durante a pandemia. Dias teria sido mantido no cargo devido à pressão política.

— Eu desconheço que ele (Pazuello) pediu minha exoneração — afirmou.

Detalhes sobre o jantar

Dias disse que não combinou um encontro com Dominguetti num restaurante em um shopping de Brasília, onde, segundo a acusação do PM, ele teria pedido propina.

— Eu tinha uma reunião com um amigo no restaurante para um chope. Na sequência, o coronel Blanco chega com esse senhor que posteriormente foi identificado como Dominghetti. Como não foi um evento marcado, combinado, não me recordo de detalhes — disse.

O coronel Marcelo Blanco ocupava um cargo no Ministério da Saúde. Dias acredita que o militar descobriu que ele estava no restaurante, tendo levado Dominghetti. No encontro, eles combinaram de ter uma reunião no dia seguinte no Ministério da Saúde.

— Para que não fosse tratado fora do âmbito do Ministério da Saúde, pedi que fosse realizada uma agenda oficial — disse o ex-diretor de logística da pasta.

O amigo citado por Dias é o empresário José Ricardo Santana, e não o coronel Alexandre Martinelli. Na semana passada, ao prestar depoimento, Dominghetti disse que havia um empresário, cujo nome não se lembrava, no jantar. O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) mostrou uma foto e perguntou se era aquela pessoa, e ele disse que parecia ser ela. Em seguida a foto foi mostrada na comissão: era o coronel Alexandre Martinelli, que havia sido exonerado de um cargo no Ministério da Saúde em janeiro de 2021.

Indagado pelo relator sobre detalhes do jantar, o ex-diretor disse que o encontro no restaurante não demorou mais que uma hora, ou uma hora e meia. E também afirmou que não recordava se pagou a conta em dinheiro, se foi dividida ou se alguém pagou o valor total. Em depoimento à CPI, Dominghetti disse que Dias foi quem pagou a conta em dinheiro.

Pressão para Covaxin

No depoimento, o ex-diretor também negou ter feito pressão ao servidor Luis Ricardo Miranda, irmão do deputado Luis Miranda, para importação da vacina indiana.

— Eu nunca insisti em apressar a aprovação dessa vacina (Covaxin) — afirmou Dias, dizendo também desconhecer quem teria feito pressão ao servidor do ministério.

O ex-diretor afirmou que existe apenas uma mensagem a Luis Miranda perguntando sobre vacina, mas que, no caso, ele se referia a uma carga de imunizantes da Covax Facility que chegaria no fim de semana no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.

O senador Renan Calheiros perguntou se Alex Lial Marinho e o coronel Marcelo Pires (que segundo Luis Ricardo também fizeram pressão) eram subordinados a ele. Dias disse que Alex era subordinado a ele, mas que Marcelo Pires erespondia ao secretário-executivo.

Segundo Roberto Dias, dois subordinados competentes foram exonerados e, no lugar, foram colocados dos miliares indicados pelo então secretário-executivo Elcio Franco. E com frequência eles se comunicavam diretamente com Elcio, sem passar pela intermediação do próprio Roberto. Na avaliação do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), houve uma intervenção da secretaria-executiva do Ministério da Saúde no Departamento de Logística da pasta.

Roberto afirmou que as trocas foram feitas na Coordenação de Logística, na qual entrou o tenente-coronel Alex Lial Marinho, e na Coordenação Financeira, que passou a ser chefiada por um tenente-coronel que ele acredita se chamar Marcelo Costa. Além disso, houve a imposição de um outro nome, o coronel Marcelo Blanco, para ser seu assessor direto. Alex Lial Marinho é uma das pessoas que, segundo o servidor Luis Ricardo Miranda, o pressionaram pela liberação da Covaxin.

Disputa no Ministério da Saúde

O senador Eduardo Braga (MDB-AM) insistiu para que o depoente falasse sobre as disputas no Ministério da Saúde e confirmar o motivo do pedido de sua exoneração por parte do coronel Elcio Franco, ex-secretário executivo do Ministério da Saúde.

— Ou você esclarece o que está acontecendo ou todos nós vamos ficar com uma dúvida na cabeça permanente — disse Braga.

— De fato, não sei responder — garantiu Dias.

— O senhor feriu interesse? — indagou Aziz.

— Não consigo dizer — afirmou o depoente.

Preço das vacinas

Dias disse que o Departamento de Logística do Ministério da Saúde não participou de levantamento de preços de vacinas. O relator, Renan Calheiros (MDB-AL), disse então que um documento do Ministério da Saúde com essa informação, enviado ao Tribunal de Contas da União (TCU), era mentiroso.

— Talvez esse equívoco se deva porque, em outros insumos, isso aconteceria. No âmbito da Covid-19, todas essas tratativas foram feitas exclusivamente pela Secretara Executiva — disse Dias.

Em razão dessa resposta, Omar Aziz (PSD-AM) disse que havia um fato grave:

— Se não era ele que cuidava das vacinas, por que ele foi se reunir [para tratar de vacina]?

Dias disse também não saber a justificativa dada para a compra da Covaxin com preço 50% maior que os imunizantes da Pfizer e AstraZeneca.

O líder do governo, Fernando Bezerra, voltou a negar superfaturamento nas negociações para a compra da vacina Covaxin e chamou Dominghetti de “desonesto”. Também afirmou que a empresa Davati apresentou uma oferta à revelia da AstraZeneca, empresa acusada de dar golpe para compra de imunizantes no Canadá.

— A conduta de Roberto Ferreira Dias teve como único intuito atender o devido processo adotado pelo ministério para contratação de vacinas — afirmou Bezerra.

Sobre o invoice

O ex-secretário disse que a incorporação de uma terceira empresa em um contrato seria uma exceção, mas que também poderia ser feito um aditamento. Justificou ainda que o invoice (nota fiscal) é apenas um “rascunho”.

— A gente está diante de um crime impossível porque a invoice (nota fiscal) em grosso modo pode vir dizendo o que ela quer. Se você compra uma televisão de três mil e a nota diz que é cinco, não quer dizer que vai pagar cinco. Ela custa três — disse o ex-secretário, destacando que o documento tem conotação de nota fiscal, mas é um” rascunho”.

Ainda de acordo com Dias, o servidor Luis Ricardo Miranda pediu que fosse indicado para um cargo comissionado, com salário de R$ 9 a R$ 10 mil, mas ele não concordou porque avaliou que “não tinha perfil” para o cargo.

Bate-boca

Ao questionar a proposta apresentada pelo governo para compra da Covaxin, afirmando que foi o presidente Jair Bolsonaro que fez o pedido ao primeiro-ministro da Índia, o relator Renan Calheiros provocou revolta dos senadores governistas gerando bate-boca. Renan disse que a CPI tem o documento com a proposta de U$$ 10 e que, na assinatura do contrato, o governo comprou por U$S 15 em curto espaço de tempo.

— O presidente da República apenas não sabia da bandalheira, ele tinha participado. É muito pior. Ele pediu para o primeiro-ministro para comprar — afirmou Calheiros.

A fala gerou a reação dos senadores governistas presentes.

— Não tem proposta, nunca teve proposta, tem uma memória de reunião. Vossa Excelência está desafiado a apresentar a proposta — gritou o líder do governo, Fernando Bezerra (MDB-PE)

Com a confusão, o áudio da audiência chegou a ser suspenso.

‘Lado podre das Forças Armadas’

O presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), questionou o ex-diretor, que é militar da Aeronáutica, sobre o motivo de estar sendo perseguido pelo policial militarDominghetti. Dias, disse que “também gostaria de saber”. Aziz então criticou o lado “podre” das Forças Armadas.

— Os bons das Forças Armadas devem estar muito envergonhados com algumas pessoas que hoje estão na mídia, porque fazia muito tempo, fazia muitos anos que o Brasil não via membros do lado podre das Forças Armadas envolvidos com falcatruas dentro do governo — afirmou.

Após citar o período da ditadura, Aziz disse então que os ex-presidentes Ernesto Geisel e João Batista Figueiredo morreram pobres.

— Uma coisa que a gente não acusava era de corrupção — afirmou.

O presidente da CPI se referiu então aos nomes de militares em exposição, como o ex-ministro Eduardo Pazuello; o coronel do Exército Élcio Franco, que foi secretário-executivo, segundo posto na hierarquia da pasta; e do coronel da Aeronáutica Glaucio Octaviano Guerra, militar com quem Dominghetti trocou mensagens sobre fornecimento de vacinas.

— É preciso apurar, ouvir os dois lados e buscar o contraditório — interrompeu o senador governista Marcos Rogério (DEM-RO), em defesa do governo.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Logo logo vai aparecer quem o estava instruindo… Ele não vai segurar essa sozinho. Vai abrir a boca rapidinho!

  2. Ustra resolvia com um interrogatório de 10min…
    Ele contava até onde estão escondidos os votos que o MInTO disse que teve pra ganhar no 1° turno em 2018…

  3. Só no Brasil. Um bandido mandar prender alguém com base num áudio da imprensa fajuta. Quem é esse bandido pra prender alguém?

  4. A que ponto nós chegamos: um reles presidente de cpi, sem nenhum conhecimento jurisdicional penal, se dar o direito de prender sumariamente um cidadão que está ali como depoente, e não como bandido. Se tem crime a ser desvendado, que seja preso dentro dos ditames da lei. Primeiro o stf julga, prende e se dá o direito de colocar tornozeleira eletrônica em um cidadão que foi eleito democraticamente. Por outro lado, se acham no direito de soltar diversos criminosos que mataram e roubaram, dentre eles, vários ex-politicos bem conhecidos. E agora isso! Ainda tem gente que acha que é o País não tá precisando de um ato institucional, pra “parar essa sangria”?

  5. Como pode um corrupto mandar prender outro? O senado cheios de corruptos, só no Brasil mesmo…

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VÍDEO: Neurocirurgião detalha procedimento realizado em Rafael Motta; cirurgia é considerada um sucesso

 

O neurocirurgião de coluna vertebral, Dr. Francisco Sampaio Júnior, detalhou nesta quarta-feira (27), o procedimento cirúrgico realizado no ex-deputado federal Rafael Motta, internado após um acidente de kitesurfe em Natal, que ocorreu no último dia 22 de agosto. A intervenção foi considerada um sucesso pela equipe médica.

Segundo o especialista, o procedimento transcorreu dentro do esperado.

Novas atualizações sobre o estado de saúde do ex-parlamentar deverão ser divulgadas nos próximos dias, conforme o avanço do processo de recuperação.

Blog do BG 

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VÍDEO: BG comenta prisão de adolescente de 11 anos que trabalhava tangendo gado

O jornalista Bruno Giovane comentou o fato de um  adolescente de 11 anos, que foi flagrado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) tangendo gado às margens da BR-406, no RN. De acordo com os agentes, a situação representava trabalho infantil.

Segundo relato feito pelo jornalista Bruno Giovane durante o programa da 96 FM, os policiais abordaram o menor após perceberem que ele conduzia o rebanho bovino. A mãe do menino confirmou que havia autorizado o trabalho, prestando serviço ao proprietário do gado.

Diante da ocorrência, a PRF prendeu tanto a mãe da criança quanto o dono do rebanho, por submeter a descumprir normas trabalhistas. Durante o comentário, BG expressou indignação com o episódio e afirmou que casos como este demonstram que “o Brasil está de ponta cabeça”.

Blog do BG 

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Geral

MP abre procedimento para apurar emenda de Brisa com gasto em festa para pedir Bolsonaro na cadeia

Imagem: reprodução

O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN), por meio da 60ª Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público de Natal, instaurou um inquérito civil nesta quarta-feira (27) para investigar a possível destinação irregular de verbas públicas pela vereadora Brisa Bracchi para o evento denominado Rolê Vermelho.

O procedimento foi iniciado a partir de uma manifestação do vereador Matheus Faustino da Silva Souza, que questionou a legalidade do uso de emendas impositivas para custear a festa.

A investigação foca em um montante de R$ 49 mil proveniente de emendas impositivas destinadas ao evento Rolê Vermelho, que ocorreu em 9 de agosto passado. O dinheiro teria sido usado para a contratação de artistas, sendo R$ 18 mil da vereadora Brisa Bracchi para a cantora Khrystal e banda, a banda Skarimbó e o DJ Augusto, e outros R$ 31 mil da ex-vereadora Ana Paula de Araújo Correia para a banda Tanda.

O inquérito busca apurar se houve ilegalidade e desvio de finalidade na destinação dos recursos, já que a verba, classificada como “Apoio às Festas Tradicionais e aos Festejos Populares do Município de Natal”, teria financiado um evento que, a princípio, não se enquadraria nessa categoria. O MPRN busca verificar se as normas da Lei de Improbidade Administrativa e as decisões recentes do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a execução de emendas parlamentares foram seguidas.

Para instruir o processo, o MPRN solicitou à Fundação Cultural Capitania das Artes (Funcarte) a cópia integral dos processos administrativos relacionados às contratações e o esclarecimento sobre a participação de cada envolvido. O objetivo é entender como a Funcarte controla a legalidade das indicações dos vereadores e se existe alguma regulamentação municipal para a execução dessas emendas, em conformidade com as diretrizes do STF.

Além da vereadora Brisa Bracchi e da ex-vereadora Ana Paula de Araújo Correia, a investigação menciona a Funcarte, órgão responsável pela execução da verba pública. O inquérito busca entender a participação da ex-vereadora no processo, já que ela não ocupa mais o cargo, e verificar se houve apresentação de plano de trabalho para a execução das emendas, conforme as decisões do STF.

Como próximos passos, o MPRN aguarda as informações solicitadas à Funcarte para avançar com a investigação.

Clique e veja a íntegra da portaria

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Emprego

Brasil abre 129,77 mil vagas formais de trabalho em julho, menor número para o mês desde 2020

Foto: Luh Fiuza/Metrópoles

O Brasil abriu 129.775 vagas formais de trabalho em julho, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), em resultado abaixo do esperado divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego nesta quarta-feira (27).

O resultado do mês passado foi fruto de 2.251.440 admissões e 2.121.665 desligamentos e ficou abaixo da expectativa de economistas apontada em pesquisa da Reuters de criação líquida de 135.577 vagas.

O saldo de julho foi o mais baixo desde março, que teve abertura de 79.521 vagas, e o resultado mais fraco para o mês desde 2020, início da pandemia de Covid-19, com saldo positivo de 108.476 postos.

No mesmo mês em 2024, foram criadas 191.373 vagas de trabalho. Já no acumulado do ano, o saldo positivo é de 1.347.807 postos, o menor número desde 2023, que registrou abertura de 1.173.720 vagas.

Os cinco grupamentos de atividades econômicas registraram saldo positivo de vagas em julho. O setor de serviços liderou a abertura, com 50.159 postos, seguido pelo comércio, com 27.325 vagas.

O setor industrial ficou em terceiro lugar, logo a frente da construção. Já o setor agropecuário foi o último colocado, com abertura de 8.795 vagas. Os dados dos grupamentos não têm ajustes, com informações prestadas pelas empresas fora do prazo.

Folhapress

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Publicitário do RN é destaque no maior prêmio de marketing político e governamental do Brasil

Giordano Queiroz recebeu 13 premiações, sendo seis ouros que incluem “melhor campanha de TV (conjunto de programas e/ou inserções), “melhor gerenciamento de crise” e “melhor logomarca”. Outras agências potiguares também foram premiadas

O publicitário potiguar Giordano Queiroz foi um dos profissionais mais premiados no 4º Prêmio Camp da Democracia, o maior do país na área de marketing político, governamental e interesses do Brasil. Gio, como é conhecido, levou nada menos que 13 premiações: 6 ouros, 4 pratas e 3 bronzes. Isso tudo disputando com profissionais de todo o país.

Entre os ouros, ele ganhou Melhor Gerenciamento de Crises (Crise da Mina 18 em Maceió: comunicação assertiva em situação de emergência); Melhor Campanha de Defesa de Interesse (#RealAmazon); Melhor Logomarca (Boulos e Marta, Coragem e Experiência pra São Paulo melhorar); Melhor Foto de um Momento Político (JHC do Povo); Melhor Uso de Humor (Cheguei no Waze – JHC); e Melhor Campanha de TV – Conjunto de programas e/ou inserções (JHC é Massa – JHC).

“É uma grande satisfação ver nosso trabalho reconhecido, mas o prêmio é apenas o reflexo de algo maior: o esforço coletivo de uma equipe dedicada, de sócios comprometidos e de muitos profissionais que dão o melhor de si. Vencer uma eleição não é apenas ganhar nas urnas: é atingir os objetivos definidos no planejamento, o que envolve estratégia, técnica, dedicação e muitas horas de trabalho”, afirma.

A premiação foi entregue na Casa Bisutti, em São Paulo (SP), segunda-feira (25). JHC, no caso, é o atual prefeito de Maceió (AL), João Henrique Holanda Caldas, que foi reeleito em primeiro turno com 83% dos votos, segunda maior votação proporcional em todo país. Nessa campanha ele foi peça-chave para desenvolver as ações que agora foram premiadas.

Também no campo eleitoral, o publicitário destaca sua participação na comunicação dos candidatos Guilherme Boulos e Marta Suplicy, em São Paulo, na qual foi responsável pela identidade visual da campanha.

Além deste trabalho, Gio destaca a série sobre bioeconomia para a COP30 e o projeto Real Amazon para o Governo do Amazonas, que defendeu maiores investimentos da gigante Amazon na proteção da floresta e dos povos amazônicos.

Giordano é sócio da Lógica, empresa especializada em marketing político-eleitoral e digital advocacy, e segue consolidando seu nome como um dos principais estrategistas de comunicação do país.

“Estou nessa estrada desde 2004. De lá para cá, não parei mais: sou um verdadeiro apaixonado por campanhas políticas. No Rio Grande do Norte, participei de campanhas históricas como as de Garibaldi Alves, Rosalba Ciarlini, José Agripino”, conta.

E complementa: “Aos poucos, ampliei minha atuação para outros estados: Mato Grosso, Pernambuco, Alagoas, Ceará, Minas Gerais, Rio de Janeiro e também em São Paulo, com o João Doria e recentemente com Boulos. Já atuei em campanhas em praticamente todas as esferas – municipal, estadual e federal – e sigo com o sonho de, um dia, participar de uma campanha presidencial”.

Potiguares são destaque nacional

Além de Giordano Queiroz, outras empresas e profissionais do Rio Grande do Norte também foram reconhecidos no prêmio. A PlanoB, do publicitário Bruno Oliveira, conquistou seis prêmios com a campanha da deputada federal Natália Bonavides para a Prefeitura do Natal.

Já a Art&C, de Arturo Arruda, levou três premiações. Para as cidades com menos de 200 mil eleitores, os destaques do RN foram a Agência 2HC de Mossoró, que somou 13 prêmios; e o jornalista Alan Oliveira, premiado duas vezes com sua agência Persona Marketing.

O resultado consolidou a forte presença potiguar no cenário nacional da comunicação política e eleitoral, com profissionais e empresas que vêm se destacando pela criatividade, inovação e capacidade de entregar resultados expressivos.

“Esses resultados mostram a força do Rio Grande do Norte no cenário nacional, com profissionais e agências que unem criatividade, inovação e técnica em projetos que impactam de verdade a política brasileira”, afirma Giordano Queiroz.

Sobre o prêmio CAMP

O 4º Prêmio CAMP da Democracia é promovido pelo Clube Associativo dos Profissionais de Marketing Político (CAMP), que é formado por consultores, estrategistas, jornalistas, publicitários e pesquisadores de diversas áreas provenientes de todas as regiões do País.

O Prêmio CAMP da Democracia, por meio de uma parceria com a Associação Americana de Consultores Políticos (AAPC), utiliza a mesma metodologia de inscrição e julgamento do Pollie Awards. Assim, desde a sua primeira edição, o prêmio do CAMP conta com a expertise para que o modelo de perguntas e o sistema de análise dos integrantes da Comissão Julgadora seja um modelo testado, eficiente e justo.

Confira abaixo as premiações de Giordano Queiroz:

Melhor Gerenciamento de Crises
OURO – (Crise da Mina 18 em Maceió: comunicação assertiva em situação de emergência)

Melhor Ação Digital para Governo, Partido ou Mandato
PRATA – A terra da COP 30

Melhor Campanha de Defesa de Interesse
OURO – #RealAmazon

Melhor Logomarca
OURO – Boulos e Marta, Coragem e Experiência pra São Paulo melhorar

Melhor Foto de um Momento Político
OURO – JHC do Povo

Melhor Ação Viral
BRONZE – Tio J – JHC

Melhor Vídeo para Internet
BRONZE – Foguete no pé – JHC

Melhor Uso de Humor
OURO – Cheguei no Waze – JHC

Melhor Jingle
PRATA – JHC é Massa – JHC

-Melhor Campanha de TV – Conjunto de programas e/ou inserções
OURO – JHC é Massa – JHC

Melhor Peça Única de TV
PRATA – Faz e Posta – Gigantinhos – JHC
BRONZE – Desconstrução – JHC

Melhor Campanha para Prefeito(a)
PRATA – JHC – trabalho não para

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Pelo nono ano consecutivo, Morada da Paz conquista o prêmio internacional Pursuit of Excellence Award 2025

O cemitério, crematório e funerária Morada da Paz, pertencente ao Grupo Morada, acaba de receber o reconhecimento internacional mais prestigiado do mercado funerário: o Pursuit of Excellence Award, concedido pela National Funeral Directors Association (NFDA). O Morada consolida-se com nove conquistas consecutivas, marca inédita no Brasil, e reafirma a excelência na prestação de serviços no Nordeste. A notificação oficial foi recebida nesta terça-feira (5/8).

Além da homenagem principal, o Morada da Paz foi novamente selecionado entre apenas 12 empreendimentos em todo o mundo a receber uma Menção Honrosa pelo projeto Profissionais do Luto, que tem o propósito de cuidar de quem cuida, valorizando a saúde mental desses trabalhadores e promovendo uma nova consciência sobre seu papel profissional.

“Essa conquista nos orgulha porque reconhece um trabalho que vai além da despedida. O projeto Profissionais do Luto nos lembra que, para cuidar bem das famílias, precisamos primeiro cuidar de quem está na linha de frente. Valorizamos a saúde mental dos nossos colaboradores e criamos espaços para que eles se sintam fortalecidos no exercício de sua missão”, afirma Emerson Matos, diretor executivo do Grupo Morada.

A premiação da NFDA identifica empresas que mantêm padrões éticos elevados, investem em qualificação contínua da equipe, apoio emocional às famílias, atuação comunitária e inovação constante nos serviços. O resultado coloca o Morada da Paz entre as referências globais do setor funerário.

A cerimônia de premiação será realizada durante a NFDA International Convention & Expo, que ocorrerá de 26 a 29 de outubro de 2025, em Chicago (EUA).

Sobre o Morada da Paz

Fundado no Nordeste, o Grupo Morada oferece soluções integrais em serviços funerários, crematórios e atendimento 24h no Rio Grande do Norte, Pernambuco e Paraíba. A marca Morada da Paz já recebeu oito edições consecutivas do Prêmio Pursuit of Excellence Award antes da atual — e mantém-se como única instituição da América Latina a alcançar tal feito. Em 2025, reforça sua vocação de vanguarda com o lançamento da unidade Morada da Paz Pet, especializada em cremação e acolhimento a tutores de animais de estimação.

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Plano de Moraes é mandar Bolsonaro cumprir pena na Papuda

Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O ministro do STF Alexandre de Moraes planeja ordenar que Jair Bolsonaro cumpra a pena no Complexo da Papuda, em Brasília, caso seja condenado no inquérito do golpe.

O julgamento do ex-presidente no âmbito da ação golpista está marcado para começar na terça-feira (2/9) e seguir até o dia 12 de setembro, na Primeira Turma do Supremo.

Inicialmente, especulou-se que Bolsonaro poderia cumprir pena em uma unidade do Exército — o ex-presidente é militar da reserva — ou em uma sala na superintendência da Polícia Federal.

Fontes graduadas do Judiciário próximas a Moraes garantem, porém, que o ministro já indicou que, inicialmente, ordenará que Bolsonaro cumpra a pena em uma cela especial na Papuda.

Segundo essas fontes, a sala que chegou a ser preparada pela PF em Brasília seria apenas para o caso de Moraes decretar a prisão preventiva de Bolsonaro em regime fechado antes do julgamento.

Integrantes da cúpula da Polícia Federal admitem que, a rigor, o Código de Processo Penal prevê que autoridades fiquem reclusas em unidades especiais apenas em casos de prisão cautelar.

O plano do ministro do Supremo, de acordo com aliados, é também mandar para a Papuda outros condenados no inquérito do golpe, criando o que aliados do ministro chamam de “ala golpista”.

“Só um milagre ou uma crise grave de saúde tiram Bolsonaro da Papuda após o julgamento definitivo”, disse à coluna um ministro com acesso direto a Moraes.

Desde o início de agosto, Bolsonaro está detido em prisão domiciliar, por ordem de Moraes. A decisão, no entanto, não se enquadrou como prisão preventiva, embora funcione como tal, na prática.

Outros ex-presidentes tiveram tratamento diferente

Outros ex-presidentes presos tiveram tratamento diferenciado quando presos. Lula, por exemplo, ficou detido em uma sala da superintendência da Polícia Federal em Curitiba.

Michel Temer (MDB), por sua vez, ficou preso inicialmente na sede da PF em São Paulo. Depois, foi transferido para o Comando de Policiamento de Choque, da Polícia Militar.

Já Fernando Collor de Mello, que foi preso em abril de 2025, chegou a ser enviado primeiro para um presídio comum em Maceió (AL) e só depois foi autorizado a ir para prisão domiciliar.

Metrópoles – Igor Gadelha

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VÍDEO: Sob forte escolta policial, preso por atos no 8 de janeiro é levado a velório da avó algemado

O advogado Lucas Brasileiro, preso por envolvimento nos atos de 8 de janeiro, recebeu autorização do ministro Alexandre de Moraes para comparecer ao velório da avó, Joanice.

Mesmo liberado, ele chegou algemado e sob forte escolta policial, e foi saudado e aplaudido pelos presentes no velório. Vídeos mostram Lucas isolado por cordões de agentes diante do caixão da avó, sem poder ter contato com membros da família e dos demais presentes.

Com informações do Canal do Paulo Mathias

Opinião dos leitores

  1. Eita Brasil véi… um cidadão sem antecedentes e sem direito à dupla jurisdição como DETERMINA A CONSTITUIÇÃO. Fora da lei só resta o caos.

  2. É um criminoso condenado! Não deveria te direito a nada! Direitos humanos para humanos direitos!

  3. Enquanto isso os ladroes do INSS estão soltos. Se tivesse alguém da direita já estava preso.

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Geral

Senado aprova projeto que impede fiança para crimes de pedofilia

Foto: Jonas Pereira/Agência Senado

O Senado aprovou nesta quarta-feira (27) um projeto que proíbe a concessão de fiança a acusados de crimes ligados à pedofilia.

A proposta foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) de forma terminativa e, caso não tenha recursos, seguirá direto para análise da Câmara dos Deputados sem passar pelo plenário do Senado.

Ao defender o projeto, o relator, senador Márcio Bittar (União-AC), chamou o abuso ou a exploração sexual de crianças e adolescentes de ‘crime covarde’.

“Além disso, em sua grande parte, é praticado por adultos que têm contato mais próximo com o jovem ou vulnerável, como pais, tutores, cuidadores (babás), professores, entre outros, o que intensifica a gravidade dessa conduta”.

A proposta define como inafiançáveis os crimes de:

  • corrupção de menores;
  • satisfação de lascívia mediante a presença de criança ou adolescente;
  • favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente;
  • divulgação de cena de estupro quando cometido contra vulnerável;
  • divulgação, aquisição, armazenamento e posse de pornografia infantil;
  • venda ou comercialização de pornografia infantil;
  • simulação ou indução de pornografia infantil;
  • e aliciamento de crianças e adolescentes para fins sexuais.

“Entendemos que todo e qualquer crime com conotação sexual praticado contra criança, adolescente ou vulnerável deve ser considerado inafiançável, devendo o autor do delito permanecer preso durante todo o julgamento, até para que não volte a praticar a conduta delituosa”, afirmou Bittar.

O projeto também inclui peculato, inserção de dados falsos em sistemas de informações e corrupção passiva e ativa como crimes hediondos.

g1

Opinião dos leitores

  1. O solução mágica não está em criar novas Leis e sim cumprir as Leis existentes. Temos Leis prá todos os gostos, o grande problema é que elas não são executadas e, quando surge a oportunidade de cumprir o que determina a Lei, o judiciário dá uma nova interpretação.

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Geral

Justiça determina exclusão de fake news contra vereadora Camila Araújo

Foto: ELPÍDIO JÚNIOR / CMN

A Justiça do Rio Grande do Norte reconheceu como inverídicas publicações feitas por blogs ligados à oposição na Câmara Municipal de Natal e determinou a imediata exclusão dos conteúdos que atacavam a vereadora Camila Araújo. A decisão foi proferida pela 16ª Vara Cível de Natal nesta quarta-feira (27), em caráter de tutela de urgência.

Segundo a sentença, os réus publicaram em seus blogs e redes sociais, no último dia 22 de agosto, que a parlamentar teria destinado emenda impositiva ao próprio esposo – informação considerada mentirosa e difamatória. Nos autos, Camila comprovou que a emenda parlamentar nº 14/2024 foi regularmente direcionada à Secretaria Municipal de Esporte e Lazer, beneficiando a empresa Núcleo de Desenvolvimento Social, e não ao Conselho Comunitário do Bairro Nordeste, presidido por seu cônjuge. Vale ressaltar que conselhos comunitários nem poderiam receber esse tipo de recurso público.

O juiz André Luís de Medeiros Pereira destacou que os documentos apresentados pela defesa demonstram a falsidade da acusação e que as publicações configuram “informação inverídica apta a ofender a honra e a imagem da autora”. Ele determinou que os blogueiros responsáveis apaguem as postagens no prazo de 24 horas, sob pena de multa diária de R$ 1.000, limitada a R$ 30 mil

A decisão ressalta que a medida não configura censura prévia, mas sim a necessária proteção aos direitos da personalidade, como honra e imagem, diante da disseminação de conteúdos comprovadamente falsos.

Essa é a segunda vez que a Justiça obriga os mesmos blogueiros a retirarem do ar informações caluniosas contra a vereadora, que se diz alvo de uma ofensiva difamatório por parte de blogueiros ligados a mandatos petistas.

Opinião dos leitores

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