Política

Líder do governo rebate acusação de prevaricação e diz na CPI que Bolsonaro mandou apurar caso Covaxin em 22 de março

Foto: Pedro França / Pedro França/Agência Senado

O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), contestou nesta terça-feira na CPI da Covid a apresentação de uma notícia crime no Supremo Tribunal Federal em que três senadores apontam a ocorrência do crime de prevaricação pelo presidente Jair Bolsonaro. Em 20 de março, Bolsonaro recebeu denúncias de irregularidades na compra da vacina Covaxin, do laboratório indiano Bharat Biotech, e, segundo a oposição, não teria tomado as providências necessárias para investigar. O líder do governo sustentou o contrário. Disse que o presidente conversou com o então ministro da Saúde Eduardo Pazuello em 22 de março mandando apurar o caso, o que teria sido feito pelo então secretário-executivo da pasta, Elcio Franco.

A Secretaria Executiva comandada por Elcio era justamente o órgão responsável pelo processo de negociação das vacinas. Assim, a investigação ficou a cargo de quem cuidava da contratação sob suspeita. Mas, segundo Fernando Bezerra, Elcio era a pessoa mais adequada para fazer essa apuração.

— Compete destacar que o secretário-executivo foi responsável pela negociação, contratação e aquisição até 20 de março de 21 de todas as vacinas pelo Ministério da Saúde. Por isso, o agente público com maior expertise para apreciar eventual não conformidade contratual quanto às vacinas era o secretário-executivo. Após a devida conferência, foi verificado que não existiram irregularidades contratuais, conforme já previamente manifestado inclusive pela consultoria jurídica do Ministério da Saúde. Ressalte-se que é prerrogativa legal da administração pública realizar a averiguação prévia de seus atos, sem encaminhar para as instâncias investigativas — disse o líder do governo no Senado.

Na semana passada, Elcio fez um pronunciamento para rebater suspeitas sobre a compra da Covaxin, mas em nenhum momento mencionou ter recebido em março orientação para apurar possíveis irregularidades.

O servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda, que prestou depoimento na CPI da Covid na semana passada, relatou que sofreu pressão pela liberação da importação da Covaxin. Diante disso, ele entrou em contato com seu irmão, o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF), que o levou a um encontro com Bolsonaro em 20 de março. Segundo os irmãos, Bolsonaro citou o nome do líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), que foi ministro da Saúde entre 2016 e 2018, durante o governo do ex-presidente Michel Temer. Na época, a pasta pagou R$ 19,9 milhões antecipadamente à empresa Global, empresa sócia da Precisa, representante da Covaxin, mas não recebeu os remédios comprados.

— Diante do relatado pelo deputado federal Luis Miranda, o presidente da República entrou em contato com o então ministro da Saúde Eduardo Pazuello em 22 de março de 21, segunda-feira, a fim de realizar uma apuração preliminar acerca dos fatos relatados. Ato contínuo, após a ordem do presidente da República, o ministro determinou que o então secretário-executivo Elcio Franco realizasse uma verificação prévia dos indícios de irregularidades, ilicitudes apontados — disse Fernando Bezerra Coelho na CPI.

A notícia crime no STF foi apresentada por três senadores: o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Fabiano Contarato (Rede-ES) e Jorge Kajuru (Podemos-GO). A relatora, ministra Rosa Weber, determinou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste sobre o caso. É praxe na Corte abrir investigações apenas com a anuência da PGR, embora haja algumas exceções.

Na semana passada, em pronunciamento para rebater suspeitas sobre a compra da Covaxin, Elcio em nenhum momento mencionou ter recebido orientação para apurá-las. Ele o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni, negaram qualquer irregularidade e questionaram se um dos documento apresentado por Luis Ricardo Miranda, alegando haver indícios de adulteração. Nessa mesma ocasião, o ministro informou que o governo ia pedir para a Polícia Federal (PF) e para a Controladoria-Geral da União (CGU) investigarem o servidor do Ministério da Saúde que fez as denúncias.

Na CPI, Randolfe explicou que era uma iniciativa dos três senadores, e não da comissão. Por esse motivo, o presidente da CPI, Omar Aziz, destacou que não era um assunto para ser debatido. O relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-PE), rebateu a fala do líder do governo e foi além da acusação levada ao STF, segundo a qual ele teria prevaricado por não mandar investigar.

— É mais grave. Ele [Bolsonaro] não só teve conhecimento, como participou em todos os momentos — afirmou Renan.

— Ainda estamos investigando — interrompeu Fernando.

— No dia 8 de janeiro, o presidente da República, que é um contumaz veiculador de “fake news”, agora ele está com amnésia. Seria o caso desse contumaz e compulsivo veiculador de “fake news” recuperar um pouco sua memória. Eu até disse ontem: recomendaria a Otto Alencar (PSD-BA, senador integrante da CPI), que é nosso médico, passar um memoriol para ele. Porque no dia 8 de janeiro ele mandou uma carta para o primeiro-ministro da Índia — afirmou Renan.

— Para acelerar a compra as vacinas no âmbito da Covax Facility — interrompeu novamente o líder do governo, fazendo referência à iniciativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) para distribuição de vacinas contra a Covid-19.

Renan continuou e lembrou que Ricardo Barros apresentou uma emenda na medida provisória editada pelo governo para facilitar a compra de vacinas. A emenda, que acabou aprovada, acrescentou a Central Drugs Standard Control Organization (CDSCO) — o equivalente à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na Índia — no rol de órgãos habilitados a autorizar vacinas que podem ser importadas pelo Brasil. A Covaxin não tem registro na Anvisa, mas, como tem na Índia, a emenda poderia autorizar sua importação.

— Em 8 janeiro [Bolsonaro] mandou uma carta pedindo para comprar 20 milhões de vacinas, no mesmo momento em que tinha recusado 170 milhões de vacinas da Pfizer, do Butantan e da OMS. No dia 25 de fevereiro, o acordo foi fechado. No dia 10 de março, o presidente da República sancionou a medida provisória na qual o deputado Ricardo Barros incluiu a emenda autorizando a compra da Covaxin. O deputado Luis Miranda foi falar com ele dez dias depois, em 20 de março. Eu perguntei [a Luis Miranda, no depoimento na CPI]; nesse dia o senhor tinha informação de que sabia? Respondeu: sabia detalhes pormenores do caso.

Os senadores governistas lembraram então que parlamentares críticos ao governo, entre eles o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), e o deputado Renildo Calheiros (PCdoB), irmão de Renan, também apresentaram emendas semelhantes à de Barros. O próprio Omar Aziz disse que ele fez isso, mas ponderou:

— A questão não é a emenda, a questão é outra.

O senador de oposição Humberto Costa (PT-PE) disse que deve ser mentira a versão dada pelo governo sobre as ações de Bolsonaro após receber as denúncias de irregularidade na compra da Covaxin. Também lembrou que Pazuello, embora tenha saído do governo em 23 de março, ficou vários dias antes disso como um “zumbi”, porque seu sucesso no cargo, o atual ministro Marcelo Queiroga, já tinha sido anunciado.

— O deputado [Luis Miranda] disse que o presidente da República teria dito a ele que ia acionar o diretor-geral da Polícia Federal. E o presidente não desmentiu essa colocação. E agora vem a com a desculpa completamente sem fundamento para criar uma versão da sua omissão — disse Humberto, acrescentando:

— Esse governo não gosta de registrar o que faz. Tudo é na base da comunicação oral. Isso tinha que ter um registo, o presidente mandando ao ministro um documento. É mais provável que seja mentira. O ministro Pazuello passou vários dias quase como um zumbi. Não era ministro, mas o novo não tinha assumido. E no dia 23 saiu definitivamente do ministério. Essa conversa de que o presidente da República mandou ele apurar é para tentar justificar a omissão do presidente em ter tomado uma iniciativa efetiva. Estão querendo limpar a trilha da omissão do governo federal.

O Globo

 

Opinião dos leitores

  1. Nem sei qual a razão dessa CPI, Bolsonaro é culpado e pronto.
    Já os governadores são todos inocentes, já atestou o STF ao blindá-los proibindo suas convocações pela CPI.
    Bolsonaro é ruim, incomoda e não presta por ter impedido a corrupção, a distribuição dos recursos públicos e falar a verdade.
    Os governadores são todos honestos, mas temem prestar contas de seus gastos, onde muitos tem várias denúncias de uso indevido, perdido e distribuído da verba que deveria ser usada com combate ao covid. Esses tem todo apoio da esquerda e seus seguidores imorais e irracionais.
    Os corruptos de plantão e os condenados salvos pelo STF são os bons, os do bem, o resto não presta, segundo parte da imprensa que sofre com a abstinência dos recursos públicos.
    O voto impresso e que possibilita auditar, dando segurança ao seu voto, é protestado e caluniado pelos partidos que tem seus políticos corruptos e até ministros do STF tem se posicionado contra. Qual a razão? Qual o medo? Qual a motivação?
    Se esse país não está de cabeça para baixo, tem muitos conceitos invertidos e coisas estranhas e reprováveis sendo defendida.

    1. Moacir tão iludido você o voto impresso, só vai servir para compra e venda de votos, o candidato exigirá do eleitor o comprovante de voto para efetuar o pagamento, apenas isso… Para todo gado se tem um pasto.

  2. É só apresentar uma determinação feita pelo bolsonaro de que mandou investigar. O pazuello parece ser o bandido de Plantão desse governo. Tudo joga para ele, embora o pazuello já estivesse demitido a alguns dias, não pitava mais em nada. Pelo que temos até aqui, o bolsonaro prevaricou, sem falar na possibilidade (enorme) de está envolvido diretamente nesse rolo. Vai ser preciso muito mais do que uma desculpa 171.

  3. Tenhamos fé em Deus que o deputado Miranda tenha gravado a conversa com o miliciano…
    Assim o castelo de areia vem abaixo logo e se livramos dessa praga esse ano ainda.
    Nada pra Deus é impossível.

    1. Kkkkkkk aceita que dói menos.
      O véi Bolsonaro é incorruptível, imbrochavél e incomivél.
      De resto é esperneio dos ladrões corruptos querendo voltar a roubar o povo honesto e trabalhador, os brasileiros.
      Mas vai até 2026.
      O choro é livre.
      Maju!!

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Geral

Bolsonaro recebe visita de médico e advogado antes de audiência de custódia

Foto: Afonso Marangoni/Revista Oeste

O ex-presidente Jair Bolsonaro recebeu na manhã deste domingo (23) a visita do médico Cláudio Birolini e do advogado Daniel Tesser, poucas horas antes de sua audiência de custódia. Bolsonaro tem acompanhamento médico 24 horas por determinação do ministro Alexandre de Moraes, o que já antecipava a ida de Birolini para avaliar seu estado de saúde.

Bolsonaro foi preso preventivamente no sábado (22) após a Polícia Federal apontar risco de fuga e tentativa de violação da tornozeleira eletrônica.

Moraes autorizou a visita da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro neste domingo, entre 15h e 17h. A visita dos filhos também foi permitida, mas não para hoje, devido à falta de identificação dos nomes no pedido da defesa.

A audiência de custódia ocorre por videoconferência neste domingo, às 12h, conduzida por um juiz auxiliar do gabinete de Moraes. As imagens não serão divulgadas pelo STF.

Com informações de Estadão

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Geral

PAPO DE FOGÃO: Confira as receitas de chambaril com pirão; e moqueca de camarão com caju

CHAMBARIL COM PIRÃO
Serve até 10 pessoas
Ingredientes:
Marinada
2k de Chambaril/ossobuco
10g Colorau
6g sal
25g Tempero de carne
23g Pimenta do reino
6g Pimenta calabresa
50g Tempero regina

MODO DE PREPARO
Em um bowl, misturar o Colorau (10g), Tempero de carne, Pimenta do reino, Pimenta calabresa, Sal e Tempero Regina. Feito isso, misturar bem tudo ao ossobuco e deixar marinando por 24h.

Execução:
200g maxixe
160g quiabo
190g jerimum
250g batata inglesa
130g cenoura
200g cebola branca
200g pimenta de cheiro
250g tomate
100g cheiro verde
5g Colorau
10g Pasta de alho
100g Óleo de soja
1,5L de água (ou caldo de legumes)
100ml de cachaça

MODO DE PREPARO
Execução:
Na panela de pressão aquecida, adicione o óleo, a pasta de alho e o colorau.
Entrar com o ossobuco, refogar, deixando bem selado.
Durante o processo de selagem, adicione metade das verduras: cebola branca, pimenta de cheiro, tomate e cheiro verde.
Depois de tudo bem refogado e o ossobuco bem selado, adicionar a água ou, de preferência, caldo de legumes (de legumes mesmo, o de “apoio” da cozinha, não de tablete) e o restante das verduras.
Deixar pegar fervura e fechar a panela de pressão. Depois que pegar pressão, cozinhar por 15 minutos.
Após, abrir a panela, verificar o ponto da carne, caso necessário, voltar pra mais 5 minutos de pressão, no máximo, a depender do ponto verificado anteriormente.
Tirar do fogo após concluído.
Após finalizado o cozimento, retirar boa parte do caldo pra utilizar para o cozimento dos legumes por fora.
Reservar 500ml desse caldo do cozimento dos legumes (após cozimento concluído) para o fazer o pirão.
Para finalizar a mão de vaca, voltar a panela em fogo baixo com os legumes e o que restou de caldo, adicionando a cachaça.
Permanecer em fogo baixo até que o álcool da cachaça evapore e o sabor do preparo apure.

PIRÃO
Ingredientes:
500ml do caldo
100g Farinha de mandioca

Modo de preparo:
Leve o caldo ao fogo até que levante a fervura.
Ir adicionando a farinha de trigo aos poucos e misturando sempre com o auxílio de um fouet, para que o pirão não fique “empelotado”.
Se necessário, ajustar sal e pimenta do reino a gosto.

Tempo de preparo: 25h
Tempo de cozimento: 40 min

DICA RÁPIDA

MOQUECA DE CAMARÃO COM CAJU

Ingredientes:
500g de filé de camarão
2 latas de tomate pelado
2 cebolas picadas
3 dentes de alho picados
Flor de Sal a gosto
Manteiga da terra a gosto
Pimentão do reino a gosto
Cheiro verde a gosto
Azeite de dendê a gosto
½ L de leite do coco
3 cajus desfiados

Modo de preparo:
Corte as pontas dos cajus, fure com o garfo e esprema os cajus pra tirar o máximo do líquido.
Deixe a frigideira bem quente, acrescente a manteiga de garrafa, a cebola e refogue até ficar transparente.
Acrescente o alho e refogue um pouco.
Acrescente o tomate pelado, corte os tomates com a colher e misture bem.
Acrescente um pouco de Flor de Sal e misture. Deixe refogar por 5 minutos.
Rasgue os cajus com a mão, para desfiar, e acrescente na panela.
Ajuste o sal e deixe refogar por 5 minutos.
Acrescente o leite de coco, misture bem e deixe incorporar. Retire do fogo e reserve.
Tempere os camarões com pimenta do reino.
Aqueça bem uma frigideira, coloque um pouco de manteiga da terra e azeite de dendê e comece a selar os camarões. Quando estiverem selados, coloque o sal e acrescente na moqueca.
Misture bem, ajuste o sal, desligue o fogo, coloque o cheiro verde e sirva em seguida.

Tempo de preparo: 15min
Tempo de cozimento: 25min

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Geral

VÍDEO: “Me preocupo com situação na Venezuela e pretendo falar com Trump”, diz Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou neste domingo (23), em Joanesburgo, na África do Sul, que gostaria de falar com Donald Trump sobre a presença militar dos Estados Unidos no mar do Caribe.

“Me preocupa muito o aparato militar que os EUA colocou no mar do Caribe e eu pretendo conversar com o presidente Trump sobre isso”, disse Lula ao ser questionado sobre as investidas do governo norte-americano na região e um possível conflito contra a Venezuela.

O presidente também disse estar preocupado porque a América do Sul é considerada “uma zona de paz”. “Não temos armas nucleares, bomba atômica, não temos nada.”

“Acho que não tem nenhum sentido ter uma guerra. Não vamos repetir o erro que aconteceu na guerra da Rússia contra a Ucrânia. Para começar, basta dar um tipo; para terminar; não se sabe quando. É importante que a gente tente encontrar uma solução antes de começar.”

Lula ainda afirmou que o Brasil tem responsabilidade na América do Sul e acrescentou que o país “faz fronteira com a Venezuela, e não é pouca coisa”.

O presidente deu a declaração durante entrevista à imprensa em Joanesburgo. Ele foi ao país para participar da 20ª edição da Cúpula de chefes de Estado e governo do G20, que terminou neste domingo.

g1

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Geral

Moraes autoriza visita de Michelle a Bolsonaro com hora marcada e faz exigência sobre filhos

Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou, na manhã deste domingo (23/11), a visita da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro ao marido, o ex-presidente Jair Bolsonaro, na Superintendência da Polícia Federal, onde ele cumpre prisão preventiva desde a manhã de sábado (22/11).

Sobre o pedido dos filhos, porém, o magistrado fez uma exigência antes de autorizar: que as defesas informem os nomes dos familiares. “A defesa não indicou quais os filhos do réu que pretendem realizar a visita, providência necessária para o cadastramento. Dessa maneira, deve completar o pedido”, diz o despacho de Moraes.

Michelle foi autorizada a visitar Bolsonaro neste domingo (23/11), entre 15h e 17h, na sede da Superintendência da PF em Brasília, onde o ex-presidente cumpre prisão preventiva ordenada por Moraes.

Com informações de Metrópoles

Opinião dos leitores

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Geral

Oposição diz que fará obstrução em votações na Câmara e ameaça Orçamento se anistia não for pautada

Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

A oposição na Câmara se prepara para uma nova obstrução em resposta à prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo o líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ), o bloco não votará nenhum projeto — incluindo o Orçamento de 2026 — até que a anistia aos envolvidos no 8 de Janeiro seja pautada em plenário.

Sóstenes vai buscar o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para exigir a votação. Bolsonaro foi preso no sábado (22/11) por ordem do ministro Alexandre de Moraes, e a oposição quer retomar a versão original do projeto, que concederia anistia ampla e beneficiaria diretamente o ex-presidente.

Em agosto, a oposição já havia paralisado a Câmara e até ocupou o plenário para forçar a votação. Apesar do acordo que garantiu urgência ao projeto, o relator Paulinho da Força modificou o texto, transformando-o no chamado “PL da Dosimetria”, que apenas reduz penas de manifestantes — sem livrar Bolsonaro da prisão.

Agora, com o novo impasse, cresce a preocupação com o Orçamento de 2026, que precisa ser aprovado até dezembro para evitar bloqueios de investimentos e atrasos no pagamento de emendas em ano eleitoral.

Com informações de Metrópoles

Opinião dos leitores

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Geral

[VÍDEO] Lula diz que Bolsonaro cumprirá pena determinada pelo STF: ‘a Justiça determinou e todo mundo sabe o que ele fez’

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) evitou comentar, neste domingo (23), a prisão preventiva de Jair Bolsonaro (PL), mas disse que o ex-presidente deverá cumprir a pena determinada pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

“A primeira coisa é que eu não faço comentários sobre uma decisão da Suprema Corte. A Justiça tomou a decisão, ele foi julgado, ele teve todo o direito à presunção de inocência, foram praticamente dois anos e meio de investigação, de delação, de julgamento, ou seja, então a Justiça decidiu, está decidido, ele vai cumprir com a pena que a Justiça determinou e todo mundo sabe o que ele fez”, disse o presidente, que está na África do Sul, onde participa da Cúpula de Líderes do G20.

Lula ainda negou que a prisão de Bolsonaro afetará a relação com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. “O Trump tem que saber que somos um país soberano, que a gente decide. E o que a gente decide aqui, está decidido”, afirmou.

CNN Brasil

Opinião dos leitores

  1. O que os amigos cupinchas decidirem tá decidido. Bom demais né!?? Safado mentiroso.

  2. Em tempo: Lula também tem que entender que os EUA também é um País soberano e, o que eles decidirem lá faz parte do direito deles, portanto, se Lula quer que respeite cá ele tem que respeitar Lá.

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Geral

Pix passa a ser rastreado para bloquear dinheiro de golpes e fraudes, e ganha mecanismo especial de devolução

Foto: R7

O Pix ganha um novo sistema para combater fraudes e golpes e devolver o dinheiro a partir deste domingo (23). Segundo o Banco Central, o MED 2.0 (Mecanismo Especial de Devolução) entra em vigor de forma facultativa, e passará a ser obrigatório em fevereiro de 2026.

A medida vai rastrear o caminho dos recursos por várias contas e compartilhar as informações com as instituições financeiras envolvidas.

Isso permitirá bloquear valores em contas de destinos diferentes e a devolução de recursos em até 11 dias após a contestação.

Como é hoje

Atualmente, a notificação de fraude feita pelo cliente no aplicativo do banco possibilita o bloqueio de valores apenas na primeira conta recebedora do recurso.

O problema é que os fraudadores, normalmente, conseguem retirar rapidamente os recursos dessa conta e transferi-los para outras.

Assim, quando o cliente faz a reclamação é comum que essa conta já não tenha fundos para viabilizar a devolução.

Com a nova funcionalidade, o rastreamento será realizado em várias contas.

“Agora, o fraudador não vai ter muito para onde mandar o dinheiro. A gente vai conseguir rastrear isso de maneira muito melhor”, afirmou o diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução do BC, Renato Dias de Brito Gomes, em live.

O MED é um sistema de segurança para a devolução de recursos para a vítima de fraudes, golpes ou coerção. Criado em 2021, será ampliado com a nova versão 2.0.

Bloqueio e devolução

Para aumentar as chances de bloqueio e devolução, o cliente deve acionar o banco imediatamente após perceber fraude, golpe ou duplicidade de transação.

Desde 1º de outubro, a contestação de transações fraudulentas é feita diretamente no aplicativo dos bancos.

O chamado botão de contestação pode ser acionado, sem precisar falar com atendentes. Após análise dos bancos que deve ser feita em até 7 dias, o dinheiro poderá ser devolvido em até 11 dias.

Como funciona

  • Quando o cliente é vítima de fraude ou golpe, ele pode acionar o botão de contestação no próprio aplicativo do banco para informar a transação suspeita
  • A informação é repassada para o banco do golpista, que deverá bloquear os recursos da conta dele
  • Depois do bloqueio, ambos os bancos têm até sete dias para analisar a contestação
  • Caso concordem que se trata de um golpe, a devolução é efetuada diretamente para a conta da vítima
  • O prazo para essa devolução é de até 11 dias
  • O botão não se aplica a casos de desacordos comerciais, arrependimento e erros no envio do Pix (como digitação errada de chave)

Segundo o Banco Central, documentos só poderão ser exigidos após a abertura do MED (Mecanismo Especial de Devolução). Será possível anexar boletim de ocorrência, prints e outras provas para apoiar a análise do seu caso.

Devolução

O Pix acumula mais de R$ 1,5 bilhão em devoluções de valores por fraudes, golpes, erros ou coerção nos últimos quatro anos.

Segundo o Banco Central, só neste ano, o valor devolvido nos primeiros sete meses já atinge R$ 377,4 milhões, sem considerar as eventuais devoluções parciais. No ano passado inteiro, foram restituídos R$ 561,5 milhões.

Valores devolvidos por ano

  • 2021 (novembro e dezembro): R$ 3.898.646,65
  • 2022: R$ 191.164.322,82
  • 2023: R$ 389.139.322,39
  • 2024: R$ 561.513.623,72
  • 2025 (até julho): R$ 377.427.374,88

Outras medidas

1 de outubro – Botão de contestação: a contestação do Pix em caso de golpes ou fraudes passou a ser feita por meio do aplicativo dos bancos, de forma totalmente digital.

4 de outrubro – Banco Central passou a bloquear as chaves Pix identificadas pelos bancos como utilizadas para golpes e fraudes.

13 de outubro – O Pix Automático se tornou obrigatório em operações de débito interbancários para empresas ou entidades não autorizadas a funcionar pelo BC.

O pagador terá que autorizar o débito no aplicativo da instituição na qual tem a conta que será debitada. Com isso, evita que seja feito débito sem a autorização do cliente, aumentando a segurança do sistema.

A partir de 23 de novembro – O mecanismo passará a rastrear o caminho dos recursos e compartilhar as informações com as instituições financeiras envolvidas.

Isso permitirá bloquear valores em contas de destino intermediárias e a devolução de recursos em até 11 dias após a contestação.

R7

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Geral

Com crise dos Correios, governo Lula prevê déficit de R$ 9,2 bilhões em estatais em 2025

Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

Em meio à forte crise que atingiu os Correios, o governo ampliou a projeção de déficit nas empresas estatais este ano: de R$ 5 504 bilhões para R$ 9,208 bilhões. As informações constam do Relatório e Avaliação de Receitas e Despesas Primárias do 5º Bimestre, divulgado nesta sexta-feira (21) pelos ministérios da Fazenda e do Planejamento.

“O aumento na projeção do déficit em R$ 3,704 bilhões decorre principalmente do impacto da reprogramação dos Correios”, diz o texto. A estimativa no déficit da empresa mais do que dobrou, passando de R$ 2,380 bilhões no relatório anterior para R$ 5,808 bilhões no de agora. Se confirmada a projeção, será o maior déficit entre todas as estatais.

A previsão para o déficit total das estatais já considera a dedução de R$ 4,248 bilhões em despesas relativas ao Programa de Aceleração de Crescimento (PAC), autorizada pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2025.

Com o rombo previsto nas estatais, a estimativa de déficit primário para o Programa de Dispêndios Globais (PDG) superou o limite previsto na LDO: um déficit primário de R$ 6,215 bilhões, já contando uma dedução de R$ 5,0 bilhões em gastos com o PAC. Assim, o governo teve de compensar a meta fiscal do PDG com o orçamento fiscal e da seguridade.

A compensação de R$ 2,993 bilhões levou a projeção de déficit primário a R$ 34,259 bilhões, já abaixo do limite inferior de tolerância, que aceita um rombo de até R$ 30,970 bilhões. O centro da meta fiscal é de déficit zero. Com isso, o Executivo foi obrigado a anunciar um contingenciamento de R$ 3,3 bilhões em despesas.

R7

Opinião dos leitores

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Geral

Lula cobra debate franco sobre direitos reprodutivos na África do Sul

Foto: Ricardo Stuckert/PR

Durante a cúpula do Fórum de Diálogo Índia-Brasil-África do Sul (Ibas), realizada neste domingo (23) em Joanesburgo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu que os três países retomem um diálogo direto sobre direitos humanos, igualdade de gênero e direitos sexuais e reprodutivos. O encontro ocorreu paralelamente à agenda do G20.

A informação é da coluna do Igor Gadelha, do Metrópoles. Lula destacou que o Ibas, criado para aproximar grandes democracias do Sul Global, perdeu protagonismo com o fortalecimento de blocos como o G20 e os Brics. Para o presidente, porém, o fórum ainda tem papel estratégico por unir países que combinam defesa da soberania, desenvolvimento e democracia.

Segundo Lula, há confiança suficiente entre Índia, Brasil e África do Sul para tratar de pautas sensíveis, como acesso a medicamentos e vacinas, combate ao extremismo e fortalecimento de políticas de direitos humanos. Ele também citou a saúde global e a agenda multilateral como áreas em que o grupo pode atuar de forma conjunta.

O presidente afirmou ainda que os três países têm capacidade para assumir liderança no debate internacional sobre Inteligência Artificial. Lula classificou a reunião em Joanesburgo como um passo importante para revitalizar a coordenação trilateral do Ibas.

Com informações do Metrópoles

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Política

Defesa pede que Moraes libere visitas da família a Bolsonaro na PF

Foto: REUTERS/Mateus Bonomi

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) aguarda decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, para que Michelle Bolsonaro e os filhos possam visitá-lo na Superintendência da Polícia Federal em Brasília, onde está preso preventivamente. O pedido foi protocolado após Bolsonaro ser levado para uma cela na PF neste sábado (22), depois de tentar danificar a tornozeleira eletrônica com um ferro de solda.

Na petição, os advogados solicitam autorização formal para as visitas familiares, cumprindo exigência estabelecida na decisão que determinou a prisão preventiva. Michelle Bolsonaro cancelou compromissos do PL Mulher em Fortaleza e retornou imediatamente a Brasília. Os filhos Flávio e Carlos Bolsonaro também se encontram na capital federal.

A prisão preventiva não está ligada diretamente à condenação de 27 anos pela tentativa de golpe de Estado, cujo processo ainda permite recursos. Mesmo assim, Moraes determinou o cancelamento de todas as visitas anteriormente autorizadas no período em que Bolsonaro cumpria prisão domiciliar, afetando agendas de governadores e parlamentares.

Em despachos recentes, o ministro também rejeitou novos pedidos de encontro, além de recusar a solicitação da defesa para que o ex-presidente voltasse ao regime domiciliar por razões humanitárias. Entre os nomes barrados estavam Onyx Lorenzoni, Padre Kelmon, Bia Kicis e Carlos Portinho.

Com informações da CNN

Opinião dos leitores

    1. Deus está preocupado com outras coisas Pedreiro. Pode ser que nesse momento Deus esteja confortando uma das 700 mil vítimas da Covid. Se lembra daquela frase “eu não sou coveiro”. Deus desde então está muito sobrecarregado, tentando confortar as famílias enlutadas.

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