Saúde

Brasil tem ‘legião de bebês prematuros’ com alta de Covid em grávidas

Aline estava grávida se seis meses quando pegou covid. Em poucos dias, teve uma parada cardiorrespiratória e morreu. As bebês, gêmeas, estão internadas — Foto: Expedito Silva de Lima via BBC

Enquanto a barriga da Aline crescia, Expedito Silva de Lima construía com as próprias mãos a casa onde a família iria morar, em Baraúna, na Paraíba.

O casal ficou surpreso, mas feliz quando soube que teria gêmeas. Aline tinha três filhos de um relacionamento anterior e Expedito seria pai pela primeira vez. O dinheiro para manter a família era pouco, mas eles contavam com a ajuda de parentes.

“Minha irmã falou para eu morar na casa dela durante a gravidez, enquanto eu construía a nossa própria casa. Aqui é todo mundo vizinho, é uma vilinha”, conta o servente de pedreiro.

Mas os planos mudaram de repente, quando Aline, de 31 anos, começou a sentir dor de cabeça, febre e fraqueza. Fez o teste de Covid, mas, antes mesmo de receber o resultado positivo, começou a sentir falta de ar e deu entrada no Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (ISEA), em Campina Grande.

Três dias depois, sofreu uma parada cardiorrespiratória e os médicos iniciaram uma cesárea de emergência. Foram seis horas tentando salvar mãe e bebês. As meninas nasceram sem respirar, foram reanimadas e levadas para a UTI neonatal. Mas a mãe morreu no mesmo dia, em 30 de maio.

As duas filhas, que nasceram com 26 semanas de gestação, continuam internadas sem previsão de alta.

“Foi um choque muito grande perder Aline assim. A gente não esperava”, diz Expedito. Ao ver as filhas na incubadora pela primeira vez, tão pequenininhas, ele sentiu um misto de emoções.

“Fiquei de coração aliviado de ver minhas filhas e de coração partido, porque perdi minha esposa.”

UTIs neonatais lotadas com ‘legião de prematuros’

Casos como o de Aline e as gêmeas prematuras estão se tornando rotina na vida de obstetras e pediatras em todo país. A epidemia de Covid-19 no Brasil já matou pelo menos 1.461 grávidas, sendo 1.007 apenas neste ano, segundo dados oficiais compilados pelo Observatório Obstetrício Covid-19.

Mas o número é bem maior, segundo especialistas, porque muitos casos de Síndrome Respiratória Aguda (Sars) acabam não sendo testados para Covid.

Além disso, as altas nos casos de infecção pelo coronavírus em 2021, com a variante P.1 como cepa prevalente, têm provocado uma “avalanche” de nascimentos de bebês prematuros, lotando maternidades e UTIs neonatais em diferentes cidades do país, segundo neonatologistas e obstetras ouvidos pela BBC News Brasil.

A P.1, primeiro identificada em Manaus e rebatizada de Gamma pela Organização Mundial da Saúde (OMS), é mais transmissível e capaz de driblar parcialmente anticorpos produzidos pela vacina ou por infecções anteriores de Covid.

Enquanto em 2020 foram reportados 6.805 casos de grávidas infectadas pelo coronavírus, só nos primeiros cinco meses de 2021 o número foi de 7.679.

“Estamos enfrentando um problema terrível de superlotação, principalmente nos leitos de UTI neonatal Covid, porque a gente não pode misturar. É uma legião de prematuros e, muitas vezes, órfãos de mãe”, diz à BBC News Brasil a obstetra Melania Amorim, do Instituto de Saúde Elpídio de Almeida, hospital que realiza cerca de 600 partos por mês na Paraíba.

“Houve aumento muito grande esse ano de internações e casos de Covid-19 em gestantes. Se tem aumento em gestantes, também temos número maior dos nascimentos prematuros.”

Pesquisas apontam que a Covid-19 aumenta o risco de morte neonatal e de parto prematuro. E, em alguns casos, quando a grávida desenvolve quadro muito grave da doença, os médicos precisam fazer cesárea de emergência e antecipar a gestação, como ocorreu com Aline.

“A gente tenta levar a gestação adiante, mesmo com a grávida intubada, estabilizando o quadro dela. Mas em alguns casos, é necessário interromper prematuramente, para tentar salvar a vida da mãe e dos bebês”, explica Melania Amorim.

A obstetra paraibana coordena uma pesquisa que envolve sete hospitais em três estados do Nordeste – Pernambuco, Ceará e Paraíba. Entre esses hospitais estão o ISEA, em Campina Grande, a Maternidade Frei Damião, em João Pessoa, e o hospital da Universidade Federal do Ceará, em Fortaleza.

“Posso dizer com toda certeza que em todos esses centros a taxa de nascimentos prematuros disparou por conta da Covid-19”, diz.

“Já aconteceu de ter que recorrer a hospitais de cidade vizinha para arrumar leito para bebê prematuro nascido em cesárea de emergência.”

Superlotação no Sul

E o problema não é localizado no Nordeste. O principal hospital de Porto Alegre está com a UTI neonatal lotada por causa da disparada no número de prematuros nascidos de mães com Covid.

“A gente nunca tem leito agora na UTI neonatal. Houve um aumento de nascimentos prematuros em função da Covid materna. Diria que a situação está pior mesmo desde abril”, diz à BBC News Brasil Rita de Cássia Silveira, diretora da UTI neonatal do Hospital das Clínicas de Porto Alegre (HCPA).

Por ser um hospital de referência, o HCPA costuma receber casos graves de bebês com problemas genéticos que chegam de diferentes cidades do Rio Grande do Sul e até de outros estados.

Mas, devido à superlotação causada pela Covid-19, transferências foram suspensas.

Segundo Silveira, houve um aumento de 20% do número de partos prematuros no hospital em maio, na comparação com o mesmo período do ano passado.

“Estamos lotados, mas tivemos outro dia que produzir uma vaga, porque chegou um bebê transferido por determinação judicial”, conta a neonatologista, que também é professora da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Outras maternidades sofreram superlotação de UTIs com bebês prematuros e grávidas em estado grave entre março e abril, no pico da segunda onda de Covid.

Foi o caso da Maternidade de Campinas, no estado de São Paulo, que ultrapassou 100% de ocupação nesses dois meses. Nesse período, três mulheres morreram ainda grávidas ou logo depois de dar luz aos bebês.

“Chegamos a ter um grande número de internações de gestantes e puérperas suspeitas ou infectadas pelo coronavírus entre março e abril”, disse o diretor do hospital, Marcos Miele.

Parto na UTI e múltiplas mortes por dia

Melania Amorim diz que perdeu as contas do número de grávidas intubadas que teve que operar com urgência para salvar os bebês em 2020 e 2021.

Tanto no ISEA, na Paraíba, quanto no Hospital das Clínicas de Porto Alegre, partos prematuros tiveram que ocorrer nas UTIs, porque transferir a mulher para o centro cirúrgico significaria risco adicional de queda da oxigenação.

“Nossas interrupções, o obstetra tem feito na CTI quando é urgência urgentíssima e a gestante não tem condição de transferência dado seu comprometimento pulmonar”, diz Rita de Cássia Silveira, diretora de neonatologia do Hospital das Clínicas de Porto Alegre.

“Outro dia operamos uma mãe grávida de gêmeos que entrou em trabalho de parto na CTI. Fizemos a cesárea lá mesmo por causa da gravidade. A mãe continua internada em estado grave. As gêmeas se recuperam bem, mas nasceram com 29 semanas.”

Já Melania Amorim se lembra emocionada do dia em que perdeu duas grávidas com Covid num espaço de poucas horas, há três semanas. As duas estavam na UTI e tiveram que passar por cesáreas de emergência porque o quadro de saúde se deteriorou de repente.

Os bebês, todos prematuros, sobreviveram e se recuperam na UTI. Um deles será criado pela avó. Os outros dois, gêmeos, ficarão com o pai.

“O problema dessa pandemia, com essas mortes a granel, é que não tem tido tempo de a gente elaborar o luto. Mal há uma morte e já temos que lidar com outra”, lamenta a obstetra.

“Escolhi essa especialidade pensando em lidar com a vida. Trabalho em UTI há muitos anos, mas mesmo assim o desfecho costuma ser feliz. Mortes maternas não deveriam acontecer e de repente é uma atrás da outra.”

As consequências para a vida da prematuridade

Um bebê é considerado prematuro quando nasce com menos de 37 semanas de gestação. Quanto mais prematuro e menor o bebê, maiores os riscos de morte e complicações de saúde.

“Abaixo de 30 semanas é um ponto de corte bastante significativo para maior gravidade associada à prematuridade. A gravidade é proporcional à baixa idade gestacional”, diz Rita de Cássia Silveira, diretora de neonatologia do Hospital das Clínicas de Porto Alegre.

As especialistas ouvidas pela BBC News Brasil destacam que as consequências da prematuridade não se encerram com a morte ou sobrevivência do bebê. Muitos podem ter problemas de saúde, de cognição e desenvolvimento ao longo da vida.

“Prematuridade não é algo que passa desapercebido na vida de uma criança. Tem consequências de longo prazo significativas dependendo do grau de prematuridade”, diz a neonatologista.

“Ou seja, quanto menor a idade gestacional, quanto menor o peso, maior o risco de atraso no neurodesenvolvimento, de atraso no crescimento, de baixa imunidade, reinfecções nos primeiros anos de vida, dificuldades alimentares…”, elenca.

Os bebês prematuros nascidos em centros de referência ainda conseguem receber tratamentos que evitem complicações após o parto. Mas, com as UTIs desses centros lotadas, muitas mulheres grávidas com Covid acabam ficando desassistidas.

“Quando há risco de nascer com prematuridade, a gente pode fazer corticoide para acelerar a maturidade do pulmão do bebê. Quando está vendo que o risco de nascimento prematuro é iminente, pode fazer sulfato de magnésio para proteção neurológica, para diminuir o risco de hemorragia cerebral ou disfunção motora grosseira”, explica a obstetra Melania Amorim.

“Mas têm as grávidas que não chegam aos serviços de referência ou nascimentos que acontecem no meio do caminho, na ambulância ou no pronto-socorro. E aí não dá para fazer intervenções para melhorar a vida e prognósticos.”

Bebês criados por pais, avós…

E, em alguns casos, a criança que sobrevive pode precisar de acompanhamento médico especializado e fisioterapia. Essas dificuldades se somam ao fato de vários desses bebês terem perdido as mães.

“Vamos ter um número enorme de prematuros sendo criado pelas avós, companheiros ou companheiras, pelas tias… E a gente sabe que esses prematuros podem ter uma série de sequelas”, diz Melania Amorim.

Para as mães que sobreviveram, os próprios efeitos prolongados da Covid dificultam os cuidados com os filhos prematuros.

A neonatologista Rita de Cássia Silveira se lembra de uma paciente que simplesmente não se lembra e não aceita que teve um bebê. A mulher precisou ser intubada e passar por cesárea com 33 semanas de gestação, em março deste ano.

Quando retiraram a ventilação mecânica, ela não se lembrava sequer que tinha engravidado. Mesmo depois de acompanhamento psiquiátrico e psicológico, a memória sobre a gestação não retornou. Para piorar, o pai do bebê, que também havia sido internado com Covid, morreu.

A criança, um menino, sobreviveu e está sendo cuidado pela avó.

“A paciente não lembra de ter tido filho. Ela esqueceu. Não lembra nada, diz que a criança não é dela. É uma jovem de 28 anos, que ficou com sequela na perna. Ela agora manca e os músculos estão acabados, fracos. Muito triste”, recorda a neonatologista.

Para as especialistas ouvidas pela BBC News Brasil, o impacto dos nascimentos prematuros provocados pela Covid-19 continuarão a ser sentidos após o fim da pandemia.

“Os pediatras e as políticas públicas de saúde vão ter que voltar uma atenção especial para o acompanhamento dessa geração de prematuros e, muitos deles, infelizmente, órfãos da Covid”, diz a obstetra Melania Amorim, de Campina Grande.

Enquanto isso, lá em Baraúna, Expedito se prepara para receber as filhas gêmeas, que vai ter que criar sem a ajuda da companheira.

“Meu maior desejo é elas duas do meu lado. Quando receberem alta, não vou me separar delas.”

Ele pretende terminar a casa simples que construía para viver com Aline e diz que vai “trabalhar de sol a sol” para as gêmeas terem o que precisam. Sem emprego fixo, garante que “aceita qualquer bico e serviço”.

“Vou batalhar por elas duas. Vou dar o máximo de mim para dar o melhor a elas.”

G1, via BBC

 

Opinião dos leitores

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Geral

Chuvas no RS: sobe para 143 o número de mortos; 125 estão desaparecidos

Vista aérea da cidade de Eldorado do Sul (RS) após temporais | Foto: Defesa Civil do RS

Chegou a 143 o número de pessoas mortas em decorrência das chuvas que atingem o Rio Grande do Sul desde a semana passada. O último balanço da Defesa Civil foi divulgado no na manhã deste domingo (12). O número de municípios afetados chegou a 446.

Segundo o relatório, o estado contabiliza 806 feridos e 125 desaparecidos. Ao todo, 1.115.704 pessoas foram afetadas, sendo que 537.380 estão desalojadas e 81.170 foram para abrigos.

Desde o início das operações de socorro, já foram resgatadas 76.399 pessoas e 10.555 animais.

Veja o balanço completo:

  • Mortos: 143
  • Feridos: 806
  • Desaparecidos: 125
  • Municípios atingidos: 446
  • Pessoas afetadas: 2.115.704
  • Desalojados: 537.380
  • Pessoas em abrigos: 81.170
  • Pessoas resgatadas: 76.399

CNN Brasil

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Geral

No Dia das Mães, visitantes movimentam cemitérios potiguares em torno de missas e homenagens


Abertas ao público, celebrações religiosas aconteceram durante a manhã nas unidades do Morada da Paz em Emaús e São José de Mipibu

Preces, homenagens, flores nos jazigos e reencontros. Assim pode ser definida a programação da manhã deste domingo (12) nos cemitérios potiguares, em torno de tributos relacionados ao Dia das Mães. No cemitério e crematório Morada da Paz Emaús, foram realizadas duas cerimônias pela manhã, às 8h e 10h30. No Morada da Paz São José de Mipibu, a celebração ocorreu às 9h30. A expectativa é de que, até o fim do dia, cerca de 20 mil pessoas passem pelas duas unidades.

As irmãs Margarida Dino, 69, e Maria das Graças, 63, vieram aproveitar a oportunidade da data para homenagear a matriarca da família, a dona Maria Dino da Silva, que faleceu há cerca de dois anos. “Lembrar de mamãe ainda é muito difícil, todos os dias a gente lembra dela, num dia como esse ainda mais, no entanto, é preciso saber lidar com a dor da saudade”, conta Margarida.

O casal Adilson Moura, 55, e Simone, 50, foi ao Morada da Paz Emaús com o filho, Adson, 29, para cumprir o ritual que já fazem há mais de 23 anos. “Minha mãe e meu pai estão aqui, e sempre visitamos para reforçar esse laço, o laço do amor, da saudade, da importância que eles foram nas nossas vidas, na vida de meus irmãos”, comenta Adilson.

Para quem ainda deseja prestar as homenagens direto do conforto de casa, pode acessar o Morada da Memória através do link www.moradadamemoria.com.br, plataforma on-line destinada às lembranças e homenagens, e visitar o perfil do seu ente querido. Na página é possível escrever textos, compartilhar fotos e vídeos, além de acender uma vela virtual.

Entrelaços

As celebrações religiosas do Dia das Mães neste domingo também deram início à campanha “Entrelaços”, promovida pelo Grupo Morada junto às suas marcas – Morada da Paz, Assistência Funeral Morada da Paz Essencial e Morada da Paz Pet – em 2024.

Embora a perda seja uma experiência dolorosa, a campanha deste ano lembra que a conexão com os entes queridos continua a viver por meio das memórias e ensinamentos partilhados.

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Geral

VÍDEO: Motorista invade área de obra e carro cai em um enorme buraco na Zona Norte de Natal

Um carro caiu em um enorme buraco após o condutor do veículo invadir a área de uma obra que está sendo feita na Av. Maranguape, no bairro Nossa Sra. da Apresentação, na Zona Norte de Natal, neste domingo (12).

As imagens enviadas ao BLOGDOBG foram registradas por moradores da região. Não há informações sobre o estado de saúde da pessoa que dirigia o carro no momento do acidente.

Opinião dos leitores

  1. Esse buraco é desde a chuva de novembro do ano passado. E olhe que é uma avenida muito importante para a zona norte, pois faz ligação da estrada da redinha até a BR 101 próximo a fábrica Guararapes. ZN maior colégio eleitoral de Natal e o mais desprezado pelo poder público.

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Gastronomia

PAPO DE FOGÃO ESPECIAL DO DIA DAS MÃES: Confira as receitas de Nhoquettone ao gamberi; e peixe frito com molho oriental e folha de arroz

GNOCCHETTONE AL GAMBERI

Pro Nhoque de batata:
1/2k de purê de batata assada no forno
150g de farinha de trigo
2g de nós moscada
2g sal
100g de queijo parmesão

Molho bisque:
1 1/2k de cabeça de camarão
½ cebola
Talo de salsinha
½ cabeça de alho
2500ml de vinho branco

Fonduta de parmesão:
½ k de parmesão ralado
½ L de Creme de leite
100g de manteiga

70g de presunto de Parma fatiado
Broto de manjericão

5 camarões limpos por porção

Modo de preparo:
Asse as batatas no forno e, em seguida, amasse-as, misturando e sovando até que a massa fique lisa.
Adicione a farinha de trigo, a noz-moscada, o sal, o queijo parmesão e misture bem.
Faça umas bolinhas de nhoque e reserve.
Em uma panela coloque dois litros de água e deixe ferver.
Coloque os nhoques para cozinhar, quando subir retire da fervura e coloque em uma tigela e reserve.
Para a fonduta de parmesão, em uma panela, misture o creme de leite, a manteiga e o queijo até ficar bem homogêneo.
Este creme liso será adicionado sobre o nhoque.
Para o molho bisque, refogue as cabeças de camarão com cebola, salsão e alho, adicione um pouco de água e deixe reduzir.
Acrescente o vinho branco e, em seguida, coe para obter apenas o caldo vermelho.
O presunto de parma em lâminas pode ser preparado no forno até ficar crocante ou em óleo quente.
Em seguida, tempere os camarões com sal e pimenta do reino a gosto, grelhe os camarões em uma frigideira e monte o prato.

Em um prato coloque os nhoques, a fonduta

Tempo de preparo: 50 min
Tempo de cozimento: 14 min

DICA RÁPIDA

PEIXE FRITO COM MOLHO ORIENTAL E FOLHA DE ARROZ

Peixe empanado
150g peixe
5g páprica defumada
5g fermento químico
2g sal
1g Pimenta do reino
100g farinha de trigo
30g água

Molho oriental
10g pasta de alho
50g glucose de milho
3g páprica defumada
15g molho de ostra
1g pimenta calabresa
10g água ou fundo de legumes

Decoração
15g cebolinha
10g gergelim torrado
2 folhas de arroz

Modo de preparo:
Primeiro misture a farinha com a páprica defumada, fermento químico, sal, pimenta do reino e misture bem.
Aqueça o óleo em 180o.
Coloque o peixe na mistura dos secos, acrescente a água e misture para empanar.
Coloque na os pedaços de peixe, um a um, separando para não ficar grudado no óleo, e frite até começar a dourar.
Retire e coloque no papel toalha pra tirar o excesso e reserve.
Para o molho, refogue a pasta de alho em seguida acrescente a glucose de milho, assim que derretida coloque a páprica defumada, o molho de ostra, a pimenta calabresa e o fundo de legumes ou a água. Reserve.
Inicie a segunda fritura a 180°C até estar bem dourado.
Volte o molho ao fogo, quando começar a criar bolhinhas coloque o peixe frito dentro e misture.
Por fim, acrescente gergelim torrado e a cebolinha picada.
No mesmo óleo, bem quente, frite as folhas de arroz para servir de base do peixe frito.

Tempo de preparo: 10 min
Tempo de cozimento: 30 min

 

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Economia

RN é o estado com o maior percentual de famílias com contas em atraso no País, diz CNC

Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Com 55,9%, o Rio Grande do Norte apresenta o maior percentual de famílias com contas em atraso no Brasil no mês de abril de 2024. O dado é da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), (veja aqui) divulgada na terça-feira (7). O Amazonas, com 49,7% das famílias com contas em atraso é o segundo lugar da lista.

Ainda no recorte por Estado, o Paraná apresentou o maior nível de endividamento no mês de abril de 2024 (90,3%). É seguido por Roraima (89,3%) e Minas Gerais (89,1%). O menor percentual foi registrado em Alagoas (63,8%) e Mato Grosso do Sul (64,6%), respectivamente.

Brasil

O percentual de famílias brasileiras endividadas em abril foi de 78,5%. Representa alta de 0,4 p.p. ante março, quando a taxa era de 78,1%. É o 2º mês de consecutivo de alta.

Dentre os endividados, 28,6% disseram já ter dívidas pendentes e 12,1% declararam não ter condições para quitar os débitos. O percentual de pessoas que se consideram “muito endividadas” subiu para 17,2% em abril. É o maior desde janeiro.

Segundo o levantamento, 20,7% dos consumidores chegaram em abril com mais da metade dos rendimentos comprometidos com dívidas –aumento de 0,8 ponto percentual ante o mesmo mês de 2023.

Dentre o total de endividados, 47,4% estão com dívidas atrasadas por mais de 3 meses.

De acordo com a pesquisa, as famílias que recebem até 3 salários mínimos são as mais atingidas. Dentre essas, 80,4% estão endividadas, 35,8% estão com contas atrasadas e 16% disseram que não tem condições de quitar os débitos.

Para sair do endividamento, as famílias recorrem a alternativas. Como resultado, o cartão de crédito obteve a maior participação no volume de endividados no mês, sendo utilizado por 87,1% do total de devedores –aumento de 0,3 p.p. na comparação com o mesmo mês de 2023 e de 0,2 p.p. ante março de 2024.

Com informações de Poder 360

Opinião dos leitores

  1. Kkkkkk. FAZ O L PRA FATAO. NÃO CONSEGUE NEM ENTREGAR UM DESVIO DE ESTRADA. SABEMOS QUE PASSAMOS UM SUFOCO COM ESSES PETRALHAS AQUI NO RN. ESTAMOS VENDA A AJUDA QUE LULADRAO TA DANDO AO RS. IMAGINA ESSE POVO NA PANDEMIA. DESIMAVA METADE DA POPULAÇÃO.

  2. Depois de 60 anos da oligarquia Alves e agora o PT com os Alves novamente, não tem cidadão que aguente. Quebra qualquer um!!

  3. Também, depois de 4 anos de um desgoverno com um palhaço totalmente despreparado que só levou o pais para trás queriam o que???? As pessoas estão começando a respirar agora, começando a colocar as contas em dias, voltando a viver com mais tranquilidade .

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Política

PP reafirma apoio à pré-candidatura de Paulinho Freire a prefeito de Natal

O presidente do Partido Progressistas (PP) no RN, o deputado federal João Maia, reafirmou o apoio do partido à pré-candidatura do colega de bancada, deputado federal Paulinho Freire (União Brasil). O anúncio ocorreu durante o Progressistas Day, uma convenção simultânea realizada pelo PP, na tarde deste sábado (11).

Em seu discurso, João Maia afirmou que Paulinho está preparado para governar a capital e que deu ao PP de Natal e ao seu presidente local, vereador Eriko Jacome, a condução do processo no município. Além disso, ele comentou também que Paulinho é o nome que representará o partido nas eleições de 2024.

Na ocasião, Paulinho Freire agradeceu o convite para participar do evento, reconheceu a força do partido e a contribuição dele para o RN. “O PP é um partido forte a nível local e nacional. É muito bom estarmos juntos. Acredito que, esse ano, ele possa fazer cinco vereadores nesta eleição de 2024.”, afirmou o deputado.

Opinião dos leitores

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Brasil

Governo Lula gastará R$ 27 bilhões com 17 estatais dependentes em 2024

Foto: Sérgio Lima/Poder360

Das 44 empresas estatais sob controle direto da União, 17 dependem de recursos do Tesouro Nacional para manter as operações. O governo estima que R$ 27 bilhões serão destinados dos cofres públicos para as companhias dependentes em 2024.

Os dados estão no Painel das Empresas Estatais, elaborado pelo Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos. As informações vão até fevereiro.

Duas empresas concentram quase metade (46%) de toda a verba do Tesouro para as dependentes. A Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares), que administra os hospitais federais, e a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) receberão R$ 12,5 bilhões.

Leia abaixo quanto cada empresa pública receberá do governo:

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Em comparação com o orçamento total, 7 empresas têm maior participação de recursos do Tesouro maior que 90%:

  • Amazul – dependência orçamentária de 100%;
  • CPRM (Serviço Geológico do Brasil) – 99%;
  • Ebserh – 99%;
  • Embrapa – 97%;
  • Ceitec – 94%;
  • EPE – 93%;
  • CBTU – 91%.

O Poder360 levantou os resultados financeiros das empresas dependentes nos balanços das empresas. Das 17 que precisam do governo, 10 têm divulgado resultados consolidados de 2023. Só a Imbel (Indústria de Material Bélico) apresentou lucro.

As outras 9 estatais fecharam o ano no vermelho. Destaca-se a Codevasf, com prejuízo de R$ 1,2 bilhão.

Eis os resultados financeiros das companhias:

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O quadro de pessoal das estatais federais voltou a crescer em 2023 depois de 8 anos em queda. O número de funcionários ao fim do governo de Jair Bolsonaro (PL) em 2022 foi de 517,1 mil. Em fevereiro de 2024, o número aumentou para 524,0 mil.

Mesmo nas estatais dependentes, a quantidade de funcionários voltou a crescer. Eram 83.100 ao fim de 2022 e 86.200 até fevereiro de 2024.

A Ebserh tem o maior quadro de funcionários, com 44.231 contratados. O Hospital N. Sra. da Conceição (9.4161) e a Embrapa (7.409) completam o top 3.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defende publicamente o fortalecimento de estatais durante o seu governo. Muitas empresas estavam no programa de privatizações no governo Bolsonaro, mas foram retiradas da lista com a volta do Partido dos Trabalhadores ao poder.

Parte do governo, sobretudo o ministro Fernando Haddad (Fazenda), prega o equilíbrio das contas públicas. O movimento de aumentar os gastos com as estatais dependentes e aumentar a contratação de pessoal vai na contramão dessa proposta.

Poder 360

Opinião dos leitores

  1. Nessa reportagem toda aí, alguem enxerga um bicho feio?
    Dica é ladrão.
    Ô bixo feio da gota serena.
    Rsrsrs…
    Mais frio do que uma briga de foice.
    Kk

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Política

Deputada federal Amália Barros morre aos 39 anos

Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

A deputada federal Amália Barros (PL) morreu aos 39 anos, informou um comunicado oficial publicado em sua conta no X (antigo Twitter) na madrugada deste domingo (12). Ela estava internada desde o dia 1º de maio por conta de um nódulo no pâncreas.

Eleita deputada federal em 2022 por Mato Grosso, Amalia era vice-presidente do PL Mulher nacional e integrou as comissões de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência, dos Direitos da Mulher e da Educação na Câmara dos Deputados.

Paulista de Mogi Mirim e formada em Jornalismo, Amália Barros perdeu a visão do olho esquerdo aos 20 anos por conta de uma toxoplasmose. Após passar por 15 cirurgias, ela teve que remover o olho e passar a usar uma prótese ocular em 2016.

Opinião dos leitores

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Geral

ARTIGO: Dia das Mães sem minha Mãe. Por Marcus Aragão

Quinta-feira, ao entrar em um edifício comercial, mais uma vez, meu olhar foi fisgado por uma senhora que parecia minha mãe. Ela não olhava para mim, sua nuca olhava. Seu corte de cabelo lembrava o da minha mãe. Suspirei triste na iminência de ver seu rosto para saber que não é minha mãe. Mesmo sabendo que ela se foi há 4 anos, sempre sigo com o olhar para comprovar.

Muito frequentemente estou caminhando pelos shoppings, supermercados ou outros lugares que ela gostava de ir e me deparo com alguma mulher que lembre ela. Pode ser o corte de cabelo, a roupa, o andar, qualquer coisa serve. Isso ocorre com mais frequência do que gostaria porque sempre vem seguido de uma esperada tristeza.

Acontece que quinta-feira, decidi que não seria assim. Desviei o olhar para viver aquela breve esperança um pouquinho que fosse. Comecei a pensar, me permiti imaginar que era ela mesma.

— Mãe!!! Que saudade! Como sinto sua falta!

E antes que ela pudesse responder, já lhe daria muitos abraços e beijos, como a gente sempre gostava. Levaria para passear na praia, pois ela também gostava muito de olhar o mar; tomaríamos sorvete, regaríamos suas plantas e assistiríamos TV juntos, como muito fizemos. Conversaríamos sobre a família, trabalho e ela me daria seus conselhos. Sempre conversamos sobre tudo — tudo mesmo.

Antes dela partir, pediria perdão por não ter passado mais tempo com ela. Afinal, todo o tempo do mundo ainda teria sido pouco. Também agradeceria, pois quase tudo de bom que tenho foi ela quem incutiu na minha cabeça. Inclusive, quando ainda tinha 06 anos, que eu sabia escrever bem.

Bem, esse foi um sonho que gostaria de ter realizado na quinta-feira. Você, que ainda vive o sonho real que é ter uma mãe, aproveite muito. Não se sabe até quando terá esse privilégio e não imagina mesmo o vazio, o vácuo eterno que ficará na sua ausência.

Se todos que estão lendo o artigo dessem um abraço em suas mães e passassem mais tempo com elas, me sentiria mais aliviado — Sim, digo aliviado porque todos esses abraços somados ainda seriam uma fração do que eu gostaria de poder dar.

Aproveitem o Dia das Mães.

Marcus Aragão
@aragao01

Opinião dos leitores

  1. Que Deus a tenha em um bom lugar e certamente está orgulhosa do filho que tem, digno e humano nas atitudes.🙏🙏🙏🙏

  2. Meu querido Marcus Aragão a Sra. LH nos presenteou com um ser humano como você de um caráter impecável, inteligência muito acima da média, inúmeros atributos que eu passaria o dia inteiro para descrevê-los. Entre eles, o mais admirável de todos – a sua simplicidade. Aonde ela estiver, continua muito orgulhosa da grande contribuição que deixou aqui na terra. Tens toda a minha admiração e respeito. Gratidão Sra. LH

  3. Linda mensagem amigo , mães São eternas, mas nunca deixa pra amanhã todo amor e carinho que se possa dar … seja agora .. o tempo todo ! O eu te amo vem junto com a gratidão ! Tenho a minha todos os dias .. e ainda acho pouco , queria mesmo em algum momento era voltar para o ventre ! Feliz dia das mães …

  4. Lindo texto, Marcus! Lúcia, sua mãe, deve estar aplaudindo também essa pérola que você escreveu.

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Brasil

VÍDEO: Tornado atinge RS e causa ventos de até 190km/h

Um tornado atingiu a cidade de Gentil, no norte do Rio Grande do Sul, neste sábado (11). O fenômeno causou ventos de 117 e 190 km/h e foi registrado por moradores da zona rural do município. Ninguém se feriu.

O tornado atingiu plantações e lavouras, gerou destelhamento de alguns imóveis e queda de árvores. Não há registro de feridos. As fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul desde a semana passada afetaram quase 90% dos municípios gaúchos. Até o momento, 441 cidades de um total de 497 foram atingidas pelas consequências do evento climático extremo que afetou 1,9 milhão de pessoas, segundo boletim da Defesa Civil divulgado na noite de sexta-feira (10).

Até então, já foram contabilizadas 340 mil pessoas desalojadas. Desse total, 71,4 mil estão em abrigos. Há a confirmação de 126 mortes e 756 feridos. Há ainda 141 pessoas desaparecidas no estado. As forças de segurança, com auxílio de voluntários, conseguiram resgatar 70,8 mil pessoas e 9,9 mil animais.

O que é um tornado?

Um tornado é um evento meteorológico extremo que se manifesta como uma coluna de ar em rotação, estendendo-se da base de uma nuvem de tempestade até o solo. Geralmente apresenta-se na forma de um funil, com ventos extremamente fortes e velocidades que podem ultrapassar centenas de quilômetros por hora.

Essa força devastadora pode causar danos severos a construções, veículos e infraestrutura, além de representar um risco grave para a vida humana.

Os tornados são acompanhados por condições atmosféricas instáveis, como tempestades severas e nuvens carregadas, e são mais comuns em determinadas regiões do mundo, como no chamado “Alley dos Tornados” nos Estados Unidos. As comunidades costumam receber alertas antecipados desses eventos, permitindo que busquem abrigo e se protejam da sua fúria destrutiva.

Com informações de UOL

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