Diante de dúvidas suscitadas no público em geral e questionamentos de alguns meios de comunicação, a Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) esclarece que a cobrança de contas de água e esgoto continua normal. A única alteração, divulgada na última sexta-feira (20) se refere à suspensão da cobrança dos clientes da categoria social, considerando o cenário de enfrentamento da crise do Covid-19 atualmente. A suspensão é por tempo indeterminado.
A decisão foi tomada como forma de beneficiar esse perfil de cliente, por se tratar de um público de baixa renda. Para ser enquadrado nessa categoria, o usuário tem que atender a pelo menos três dos seguintes requisitos:
Usuário responsável pelo imóvel ser cadastrado em um dos programas sociais do Governo – Requisito Obrigatório.
Imóvel com área construída igual ou inferior a 50 m².
Existir no imóvel apenas um ponto de utilização de água, excetuando os destinados a descargas sanitárias.
Não possuir reservatório elevado.
Estar localizado em área urbana ou rural de baixa renda.
Aproximadamente 20 mil pessoas em todo o Estado são beneficiadas com fornecimento de água a preços reduzidos, dentro do programa de Tarifa Social da Companhia, uma das formas de garantir o acesso de água a todos, independentemente da renda.
Autoridades brasileiras repercutiram em suas redes sociais a escolha cardeal americano Robert Prevost como o novo papa da Igreja Católica, sob o nome Leão XIV.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se manifestou expressando o desejo de que o novo pontífice dê continuidade ao “legado do papa Francisco”.
“Desejo que ele dê continuidade ao legado do Papa Francisco, que teve como principais virtudes a busca incessante pela paz e pela justiça social, a defesa do meio ambiente, o diálogo com todos os povos e todas as religiões, e o respeito à diversidade dos seres humanos”, afirmou Lula, vias redes sociais.
O novo papa tem 69 anos, é natural de Chicago, estado de Illinois, e marca uma nova era no Vaticano ao se tornar o primeiro papa com origem nos EUA.
Veja outras manifestações de autoridades brasileiras:
Geraldo Akcmin (PSB), vice-presidente
“Neste momento histórico, nós, brasileiros, temos o orgulho de nos unir a todos os que comungam da alegria pela eleição do Papa Leão XIV”, disse o vice-presidente, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio.
Hugo Motta (Republicanos-PB), presidente da Câmara
“Todos nós seguidores da fé cristã desejamos muita sabedoria, fé e energia para o novo Pontífice”, afirmou.
Davi Alcolumbre (União-AP), presidente do Senado
“Desejo que seu pontificado fortaleça os laços entre as nações e reavive, nos corações de todos, o poder transformador da fé, da compaixão e do bem comum”, disse o presidente do Senado.
Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo
“Que Deus abençoe e guie a missão do novo papa, Leão XIV. Em oração para que seja um ciclo de construção de pontes e renovação da fé para um mundo hoje tão carente de valores e de paz”, comentou o governador de São Paulo.
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, encaminhou para o ministro Cristiano Zanin a decisão da Câmara dos Deputados para suspender a ação penal contra o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) no âmbito do suposto plano de golpe de Estado.
Barroso entendeu que como a ação penal está em julgamento na Primeira Turma do Supremo, então é dever do presidente da Turma, Zanin, analisar e decidir como proceder.
A suspensão da ação penal na Câmara foi votada na quarta-feira (7), com aprovação de 315 votos, com 143 vencidos. O pedido foi protocolado pelo PL, partido de Ramagem e do ex-presidente Jair Bolsonaro, que é réu no STF no mesmo caso.
Anteriormente, Zanin já havia manifestado que a Casa não poderia anular integralmente o processo contra Ramagem.
A suspensão só poderia atingir duas das cinco acusações contra o parlamentar: as que investigam crimes que teriam ocorrido após a diplomação – como estabelece a Constituição para a suspensão da ação penal.
Ramagem foi diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no governo de Jair Bolsonaro (PL). Ele é o único parlamentar que é réu no processo de suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Ele foi indicado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como um dos integrantes do “núcleo crucial” da trama.
A eleição do cardeal americano Robert Francis Prevost como Papa Leão XIV emocionou fiéis em todo o mundo e trouxe uma grata lembrança a dois nomes do clero potiguar. O arcebispo de Natal, Dom João Santos Cardoso, e o monsenhor Charles Dickson já tiveram a oportunidade de conhecer pessoalmente o então cardeal Prevost em junho de 2024, durante uma visita a Roma.
Na época, Robert Prevost exercia a função de Prefeito do Dicastério para os Bispos, um dos mais importantes organismos da Cúria Romana.
Nas redes sociais, o monsenhor Charles citou a saudação bíblica “Bendito o que vem em nome do Senhor” (Sl 118,26). A citação ecoa com ainda mais força entre aqueles que já tiveram a graça de partilhar da presença do novo papa. A memória do encontro reacende a lembrança especial que une o clero potiguar à história da Igreja no mundo.
O papa Leão XIV já visitou o Brasil em duas oportunidades. Eleito o novo líder da Igreja Católica nesta quinta-feira (8/5), Robert Francis Prevost, de 69 anos, esteve em terras brasileiras em missões como padre-geral dos agostinianos.
As visitas do então cardeal Prevost aconteceram em 2012 e 2013, segundo informações da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O Santo Padre visitou as cidades de Guarulhos (SP) e Belo Horizonte (MG).
Leão XIV faria mais uma viagem ao Brasil, para participar da 62ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, que aconteceria entre 30 de abril e 9 de maio deste ano. O Santo Padre realizaria uma pregação no retiro.
O evento foi cancelado em virtude do falecimento do papa Francisco. A assembleia foi remarcada para 2026.
Todavia, em fevereiro, Prevost recebeu a Presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) no Dicastério para os Bispos, durante a visita anual à Cúria Romana.
Em entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira (8/5), o secretário-geral da CNBB, dom Ricardo Hoepers, detalhou a proximidade de Leão XVI com o Brasil. “É preciso destacar que o então cardeal Prevost já estava com as passagens compradas, porque estaria aqui na semana passada, durante nossa assembleia geral, para pregar no retiro a todos os bispos do Brasil. Quando nós o convidamos, ele imediatamente aceitou.”
O presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Gilberto Waller, afirmou, nesta quinta-feira (8/5), que cerca de 9 milhões de aposentados e pensionistas tiveram descontos associativos em suas folhas de pagamento.
Segundo Waller, essas pessoas serão notificadas pelo INSS para indicar se autorizaram ou não o desconto.
A declaração foi dada durante entrevista coletiva para atualizar os desdobramentos da Operação Sem Desconto, que investigou um esquema de cobranças de mensalidades associativas irregulares contra aposentadorias e pensões.
Além do presidente do INSS, participam da entrevista os ministros Jorge Messias (AGU), Vinicius Marques de Carvalho (CGU) e Wolney Queiroz (Previdência Social).
Descontos associativos
Os descontos associativos são feitos por meio de convênios com entidades, associações e sindicatos que oferecem serviços, com mensalidades descontadas direto no contracheque. No entanto, a investigação identificou o crescimento de cobranças não autorizadas.
Waller ressaltou que o instituto não envia mensagens por SMS nem entra em contato via telefone com os beneficiários. Ele afirmou que o único canal oficial será o Meu INSS, mas também é possível buscar informações na Central 135.
Quem tiver sido alvo dos descontos associativos será informado, por meio do Meu INSS (aplicativo ou site). No portal, o beneficiário terá acesso ao valor da cobrança feita e saberá o nome da entidade que a efetuou.
Nessa etapa, o aposentado ou pensionista precisará informar se o desconto foi ou não autorizado.
A partir disso, o sistema notificará automaticamente a associação, que terá prazo de 15 dias para comprovar o vínculo autorizado. Caso não seja comprovado, a organização terá os mesmos 15 dias úteis para fazer o pagamento do valor descontado.
O valor será devolvido pelas associações diretamente ao INSS, que depositará o recurso na conta dos beneficiários.
O 8 de maio de 2025 se tornou um dia histórico para a Igreja Católica com a eleição de um novo Papa. Leão XIV assume o pontificado como sucessor de Francisco e ocupa a cadeira de Pedro. Porém, um fato que chama ainda mais a atenção e enche de orgulho o povo de Acari é a proximidade de um dos seus filhos com três Papas. Monsenhor Flávio Medeiros, cônego da Basílica de São Pedro em Roma, tem sido testemunha e parte ativa dessa história. Ele reside na Casa Santa Marta, local onde o Papa Francisco escolheu viver até seus últimos dias, e compartilhou sua convivência mais próxima com o Pontífice.
Além disso, Monsenhor Flávio também foi visto ao lado de Robert Francis Prevost, hoje Papa Leão XIV, em uma celebração especial. Em 3 de março de 2025, o sacerdote participou de um Santo Rosário pela saúde do Papa Francisco, evidenciando sua proximidade e importância dentro da Igreja Católica. Ainda nesta quinta-feira (8) as imagens geradas pelo vaticano para as televisões de todo o mundo mostravam o monsenhor Flávio na Praça de São Pedro bem na primeira fileira, ao lado de outros religiosos, aguardando o momento do anúncio de perto, como testemunha ocular da história – da qual ele também faz parte.
A trajetória de Monsenhor Flávio é motivo de grande orgulho para o Rio Grande do Norte, especialmente para a região do Seridó, que se sente bem representada por ele no coração da Igreja no Vaticano.
O acidente vascular cerebral (AVC), também conhecido como derrame, é uma das principais causas de morte no Brasil. Somente em 2025, entre os dias 1º de janeiro e 5 de abril, o quadro foi responsável pela morte de 18.724 pessoas, segundo dados do Portal da Transparência dos Cartórios de Registro Civil. O número é o equivalente a uma morte a cada sete minutos ao longo do ano. Além disso, em 2024, foram registrados 84.878 óbitos.
Entre 1990 e 2021, os AVCs provocaram 7,3 milhões de mortes em todo o mundo e projeções indicam que a condição poderá causar quase 10 milhões de mortes anualmente até 2050.
Embora os números possam assustar, especialistas destacam que a incidência de casos tem diminuído. Mesmo com o envelhecimento da população — o que naturalmente tem elevado os números absolutos de casos —, a taxa de incidência global caiu 21,8% nas últimas três décadas, e a de mortalidade, 39,4%. No Brasil, as quedas foram de 47,7% e 62,2%, respectivamente.
Ainda assim, o AVC continua sendo um desafio para as políticas públicas, especialmente em três áreas: prevenção, tratamento e reabilitação. Tanto que os avanços já obtidos parecem ter estagnado ou mesmo regredido em alguns países. No Brasil, de 2015 a 2021, a redução média anual foi de apenas 0,75%, ante 2,09% no apanhado de 1990 a 2021.
Diante do cenário, representantes de governos, organizações internacionais e especialistas em saúde lançaram em abril a Coalizão Mundial de Ação contra o AVC (Global Stroke Action Coalition, em inglês). A entidade emitiu um chamado urgente à ação para enfrentar as crescentes desigualdades relacionadas à condição.
Uma das coordenadoras do grupo é a neurologista brasileira Sheila Martins, presidente da Rede Brasil AVC. Segundo ela, o País se destaca com ações do Sistema Único de Saúde (SUS), como uso de trombolítico (medicamento que desfaz o trombo ou coágulo sanguíneo, permitindo a circulação), protocolos para agilidade no tratamento e a criação de 119 centros especializados no atendimento ao AVC, financiados pelo Ministério da Saúde.
Mas ainda há muito a melhorar. “O Brasil está à frente de muitos países por ter políticas públicas gratuitas de prevenção e reabilitação, mas ainda enfrentamos desafios”, diz Sheila.
A desigualdade regional é um dos maiores obstáculos: 77% dos centros de AVC estão no Sul e Sudeste, segundo a Rede Brasil AVC. Um estudo publicado na Frontiers Neurology estimou que, em instituições sem esses centros, a taxa de mortalidade chegou a 49%, contra 17% onde havia estrutura adequada.
Outra melhoria buscada pela coalizão global é o diagnóstico precoce. A maioria dos casos está ligada a fatores de risco modificáveis, principalmente a hipertensão. Por isso, a proposta é que todo paciente tenha sua pressão aferida ao chegar ao posto de saúde.
“Hipertensão é o principal fator de risco, mas somente 20% das pessoas que têm a condição são diagnosticadas. Por outro lado, gerenciar a hipertensão por si só poderia reduzir a taxa de AVC pela metade”, diz a médica.
A reabilitação também precisa de atenção. Os especialistas dizem que sobreviventes e cuidadores devem participar da formulação de políticas e ter acesso facilitado a terapias. “O paciente pode ficar com sequelas após um evento como esse, por isso precisa de reabilitação física, fisioterapia, reabilitação da fala, mas muitas vezes não consegue acesso rápido a essas medidas”.
Outras demandas da Global Stroke Action Coalition são o desenvolvimento de planos nacionais de ação para AVC e o compromisso em financiar intervenções inovadoras. Por fim, há o entendimento de que o cuidado com o quadro deve ser contínuo.
“Controlar a pressão arterial, promover hábitos saudáveis e garantir que o paciente tenha acesso à reabilitação são partes de uma mesma estratégia. O cuidado com o AVC não começa no hospital e nem termina na alta. Ele precisa ser contínuo, integrado e acessível em todas as fases, desde a prevenção até a reintegração do paciente à vida cotidiana”, defende Sheila.
O presidente americano, Donald Trump, parabenizou Leão XIV, o primeiro papa dos Estados Unidos, em uma mensagem em sua rede Truth Social nesta quinta-feira (8). “Parabéns ao cardeal Robert Francis Prevost, que acaba de ser nomeado papa. É uma grande honra saber que ele é o primeiro papa americano. Que emoção e que grande honra para o nosso país”, disse ele. “Estou ansioso para conhecer o papa Leão XIV. Será um grande momento!”.
O americano Robert Francis Prevost, de 69 anos, tornou-se o sucessor do papa Francisco nesta quinta-feira (8) e o primeiro pontífice dos Estados Unidos na história, sob o nome de Leão 14, anunciou o Vaticano. O 267º pontífice da Igreja Católica também possui nacionalidade peruana, onde atuou como missionário e como arcebispo emérito de Chiclayo.
Em seu primeiro discurso na sacada da Basílica de São Pedro, no Vaticano, logo após sua eleição, o novo papa fez um “apelo à paz” a “todos os povos” nesta quinta-feira (8), em seu primeiro discurso na sacada da Basílica de São Pedro, no Vaticano, logo após sua eleição. O primeiro papa americano e peruano da história também fez um apelo para “construir pontes” por meio do “diálogo”, exortando a avançar “sem medo, unidos, segurando a mão de Deus e segurando a mão uns dos outros”.
O secretário nacional de Segurança Pública, Mário Sarrubbo, explicou à coluna “Painel”, do jornal Folha de S.Paulo, por que o Brasil discordou da posição do governo Donald Trump (Partido Republicano) de classificar as organizações criminosas PCC (Primeiro Comando da Capital) e CV (Comando Vermelho) como grupos terroristas.
Em entrevista publicada na terça-feira (6), Sarrubbo disse que o Brasil fundamenta sua discordância no entendimento de que as organizações criminosas não se enquadram na definição de terrorismo adotada pela legislação brasileira.
“Não consideramos as facções organizações terroristas. Em 1º lugar, porque isso não se adequa ao nosso sistema legal, sendo que nossas facções não atuam em defesa de uma causa ou ideologia. Elas buscam o lucro através dos mais variados ilícitos”, declarou Sarrubbo.
O Ministério da Justiça transmitiu essa posição ao diplomata norte-americano David Gamble, responsável pelo setor de sanções do Departamento de Estado dos EUA, durante encontro realizado na 3ª feira (6.mai) em Brasília.
O governo Trump tem avaliado classificar as facções brasileiras como organizações terroristas, seguindo abordagem similar à adotada em relação ao grupo venezuelano Tren de Aragua.
Políticos alinhados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apoiam essa iniciativa e criticam o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelo que entendem como um combate pouco rigoroso ao crime organizado.
O secretário destacou na entrevista que o Brasil “tem dado respostas e trabalha ativamente na construção de políticas públicas combatendo essas facções, inclusive fortalecendo a integração com os demais países da América Latina”.
Sarrubbo mencionou que o país mantém presídios federais, isola lideranças e possui instituições fortes, como as polícias e o MP (Ministério Público), que atuam no enfrentamento dessas organizações criminosas.
A Câmara dos Deputados enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) comunicado oficial da decisão de suspender a ação penal contra o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) no inquérito sobre o plano de golpe.
O presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), enviou ofício ao presidente da Corte, Luís Roberto Barroso.
O plenário da Câmara aprovou na quarta-feira (7), por 315 votos a 143, o pedido apresentado pelo Partido Liberal (PL) para sustar a ação.
Os deputados aprovaram um projeto de resolução apresentado pelo deputado Alfredo Gaspar (União-AL), relator na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A proposta suspende integralmente ação contra Ramagem e abre brecha para a interpretação sobre também abranger toda a investigação, incluindo outros réus do caso — mesmo que isso seja apontado como “inconstitucional” por parte dos deputados.
Além de Ramagem, também são réus ex-ministros, militares e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A resolução aprovada pela Câmara foi publicada no Diário Oficial da Casa ainda na quarta-feira. O STF recebeu o comunicado oficial nesta manhã.
“Encaminho, em anexo, cópia do avulso da matéria, que foi autuada na Câmara dos Deputados como Sustação de Andamento de Ação Penal n. 1/2025, da Resolução pertinente e das notas taquigráficas e da ata da sessão em que se procedeu à discussão e votação em Plenário da matéria”, afirma o documento assinado por Motta.
Apesar de mencionar a discussão do texto, na sessão de quarta-feira a votação no plenário ocorreu sem que houvesse debate entre os deputados. Também não houve espaço para apresentação de emendas — a base governista planejava apresentar sugestões de mudanças.
Motta explicou, na sessão, que o Regimento Interno da Casa não faz menção à discussão em plenário para este tipo de requerimento. Por isso, o rito definido pela presidência vetou discussões, pedidos de adiamento de votação e de retirada do requerimento de pauta.
Apesar da decisão da Câmara, o ministro Cristiano Zanin, do STF, decidiu que a Casa não poderia anular integralmente o processo contra Ramagem. A suspensão só poderia atingir duas das cinco acusações contra o parlamentar: as que investigam crimes que teriam ocorrido após a diplomação – como estabelece a Constituição para a suspensão da ação penal.
Réu no STF
Ramagem foi diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no governo Bolsonaro. Ele é o único parlamentar que é réu no processo de tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Ele foi indicado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como um dos integrantes do “núcleo crucial” da trama.
O congressista é acusado de cinco crimes, mas apenas dois deles teriam ocorrido após a sua diplomação como deputado, segundo o STF: dano qualificado com violência ou grave ameaça contra patrimônio da União, causando grande prejuízo, e deterioração de patrimônio tombado.
Conforme a decisão de Cristiano Zanin, as demais acusações (golpe de Estado, organização criminosa e abolição violenta do Estado Democrático de Direito) se tratam de crimes que teriam sido cometidos antes da diplomação.
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