Diversos

Caern esclarece que suspensão de cobrança é só da tarifa social

Foto: Assecom/Caern

Diante de dúvidas suscitadas no público em geral e questionamentos de alguns meios de comunicação, a Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) esclarece que a cobrança de contas de água e esgoto continua normal. A única alteração, divulgada na última sexta-feira (20) se refere à suspensão da cobrança dos clientes da categoria social, considerando o cenário de enfrentamento da crise do Covid-19 atualmente. A suspensão é por tempo indeterminado.

A decisão foi tomada como forma de beneficiar esse perfil de cliente, por se tratar de um público de baixa renda. Para ser enquadrado nessa categoria, o usuário tem que atender a pelo menos três dos seguintes requisitos:

Usuário responsável pelo imóvel ser cadastrado em um dos programas sociais do Governo – Requisito Obrigatório.

Imóvel com área construída igual ou inferior a 50 m².

Existir no imóvel apenas um ponto de utilização de água, excetuando os destinados a descargas sanitárias.

Não possuir reservatório elevado.

Estar localizado em área urbana ou rural de baixa renda.

Aproximadamente 20 mil pessoas em todo o Estado são beneficiadas com fornecimento de água a preços reduzidos, dentro do programa de Tarifa Social da Companhia, uma das formas de garantir o acesso de água a todos, independentemente da renda.

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Geral

Tarifaço de Trump derruba venda de 5 dos 10 itens do Brasil mais exportados aos EUA

Foto: Jose Luis Magana/AP Photo

Na próxima quarta-feira (9), termina a pausa de 90 dias no programa de tarifas recíprocas imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Com poucos acordos comerciais no radar, há uma chance real de que as taxas sobre produtos importados voltem a atingir mais de 180 países.

Um levantamento feito pela Câmara Americana de Comércio (Amcham) mostra que o tarifaço piorou os números de exportação de alguns dos principais itens brasileiros vendidos aos EUA.

Cinco dos 10 produtos brasileiros mais vendidos aos americanos registraram queda nas vendas em maio. Veja abaixo:

Variação do volume exportado

Dados correspondem aos 10 produtos brasileiros mais vendidos aos EUA

Segundo a Amcham, as tarifas aplicadas pelos EUA são apenas um dos fatores que explicam a queda nas exportações. Parte dos produtos sofre também com particularidades de mercado.

Os óleos brutos de petróleo, por exemplo, tiveram menor demanda por parte das refinarias americanas.

No caso da celulose, houve uma concorrência mais intensa com o Canadá que, segundo a Amcham, tem um “acesso diferenciado” aos mercados dos EUA por conta do USMCA (acordo de livre comércio entre EUA, Canadá e México).

A boa notícia é que a redução de parte dos produtos aconteceu em meio a um avanço no número geral de exportações brasileiras aos EUA.

Segundo o levantamento, a venda geral dos nossos produtos para lá totalizou US$ 3,6 bilhões (R$ 19,6 bilhões) em maio, um crescimento de 11,5% em relação ao mesmo mês do ano passado. O valor é recorde para o período e mostra uma pauta de exportação mais diversificada.

Brasil ainda tenta acordo

Embora o Brasil não tenha sido um dos mais impactados pelas tarifas, com alíquota de 10%, especialistas destacam que o país continua sujeito às tarifas sobre aço e alumínio, em vigor desde o início de junho.

Antes fixadas em 25%, as tarifas foram elevadas para 50% por meio de um decreto assinado por Trump. Tanto o aço quanto o alumínio são produtos estratégicos para as exportações brasileiras, e o Brasil é um dos principais fornecedores de aço para os EUA.

g1

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Geral

Brasil tem 241 barragens com riscos de segurança, diz agência

Foto: Feam-MG (Fundação Estadual do Meio Ambiente do Minas Gerais)

A ANA (Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico), vinculada ao Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, lançou nesta semana a edição de 2024-2025 do Relatório de Segurança de Barragens (RSB).

O documento mapeou 241 barragens com prioridade da gestão de risco, já que os responsáveis por esses empreendimentos, segundo a análise, não cumpriram todos os requisitos de segurança exigidos na Política Nacional de Segurança de Barragens.

“Em caso de acidente com essas estruturas, há risco a pessoas ou a equipamentos importantes, que podem comprometer o fornecimento de serviços essenciais. Essas barragens que necessitam de maior atenção estão em 24 unidades da Federação e não foi apresentado levantamento de barragens prioritárias na Paraíba, Paraná e Roraima”, disse a ANA.

A maior parte dessas barragens (96) prioritárias pertencem a empresas privadas, seguida de empreendedores públicos (39) e sociedades empresariais de economia mista (10). Outras 94 barragens não possuem informação sobre os responsáveis.

As principais finalidades dessas barragens são regularização de vazão (23,7%), disposição de rejeitos de mineração (21,2%), irrigação (16,6%), abastecimento humano de água (12,9%), aquicultura (7,1%), entre outros.

Ao todo, cerca de 28.000 barragens estão cadastradas no Sistema Nacional sobre Segurança de Barragens, sendo 97% para acumulação de água e uso preponderante para serviços de irrigação (36%).

O número representa um crescimento de 8,2% do total de cadastros de barragens em um ano. Desse total, 6.202 barragens (22%) foram enquadradas nas características estabelecidas no âmbito da PNSB (Política Nacional de Segurança de Barragens).

As barragens que se enquadram na PNSB (Lei nº 12.334/2010), segundo a ANA, são aquelas que têm pelo menos uma das seguintes características:

  • capacidade total maior que 3 milhões de metros cúbicos,
  • reservatório que contenha resíduos perigosos,
  • Dano Potencial Associado (DPA) médio ou alto – que envolve riscos de perdas humanas – ou
  • altura do maciço (parede) da barragem maior que 15 metros.

Mais da metade das barragens cadastradas (14.878) tem seu enquadramento à PNSB indefinido. Essa falta de informação, diz o relatório, “dificulta a fiscalização pelo Poder Público sobre as exigências quanto à gestão da segurança determinadas pela Política Nacional de Segurança de Barragens”. Outras 7.005 (25%) não estão enquadradas.

Poder 360

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Economia

À beira do colapso: especialistas alertam para crise econômica no país

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Na última semana, a Instituição Fiscal Independente (IFI), ligada ao Senado Federal, divulgou o Relatório de Acompanhamento Fiscal. O documento concluiu que a insistência do governo federal em retirar despesas do limite fiscal, associada ao uso de compensações e créditos tributários para mascarar o desequilíbrio orçamentário, leva o Brasil ao esgotamento da política fiscal à beira da crise.

Conforme o relatório, essa prática compromete a capacidade da gestão de absorver despesas não programadas e fragiliza a credibilidade do arcabouço fiscal. Para a professora de economia do Insper Juliana Inhasz Kessler “o país utiliza artifícios contábeis para conseguir ficar dentro das metas que o próprio governo estabeleceu”.

“Mas isso escancara de forma muito nítida a fragilidade do próprio Orçamento e da capacidade do governo de cumprir o que propõe”, analisou.

O relatório projeta um déficit primário de R$ 83,1 bilhões em 2025, valor que ainda respeita a meta estipulada pelo novo arcabouço fiscal, de até R$ 97 bilhões negativos. Porém, o estudo chama atenção para quase R$ 55 bilhões em precatórios que ficaram fora das contas oficiais.

Segundo Juliana, ao excluir precatórios e utilizar a margem da meta como referência, o governo cria uma “narrativa de que estamos dentro do arcabouço, quando, na prática, estamos fora”. Ela alerta que essa estratégia mascara a real situação fiscal e cria uma armadilha futura.

Já o economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini, afirma que o cenário descrito pela IFI “não é novidade” e reflete um problema fiscal crônico que se arrasta no Brasil há décadas, agravado nos últimos anos independentemente do governo de plantão.

Estimativas para a dívida em relação ao PIB

As projeções para a dívida pública também são motivo de preocupação. O estudo estima que a Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) deve encerrar 2025 em 77,6% do PIB, ultrapassar 100% em 2030 e alcançar 124,9% em 2035 no cenário base.

Numa projeção pessimista, pode chegar a 170,3% do PIB em 2035. Juliana destaca que o ritmo de crescimento é insustentável. “Estamos falando de um salto de cerca de 30 pontos porcentuais em poucos anos, o que é muita coisa para um país que quer crescer de forma sustentável”, disse.

Agostini complementa que o país caminha para esse nível de endividamento e crise em ritmo acelerado e sem contrapartidas de reformas ou cortes de despesas obrigatórias. “O governo tenta fechar as contas sempre pelo lado da arrecadação e nunca pela redução do gasto”, afirmou o economista.

Tentativas do governo para contornar crise

Entre as tentativas de ajuste da crise, o governo apostou no aumento do IOF, mas enfrentou resistência no Congresso e no mercado, o que levou à revisão da medida e ao envio da MP 1.303/2025, que propõe maior tributação sobre investimentos financeiros. Para Agostini, além da resistência política, o governo agora entra em “área arenosa” ao judicializar o tema, o que pode gerar efeitos colaterais indesejados em futuras negociações econômicas e fiscais. “Estamos deteriorando ainda mais o ambiente político e institucional”, alerta.

O relatório da IFI enfatiza que o espaço para aumento da carga tributária está praticamente esgotado, já que o país alcançou 34,24% do PIB em impostos em 2024. A solução, segundo o órgão, passa por reformas estruturais para conter a dívida e recuperar a capacidade de investimento público. Para Juliana, isso exige mais que “receitas picadinhas que não garantem continuidade”. Ela defende uma agenda que envolva “flexibilização do orçamento, aumento sustentável de receita e, principalmente, redução de despesas obrigatórias”.

No curto prazo, a meta fiscal de 2025 poderá ser formalmente cumprida, mas apenas no limite da margem de tolerância prevista no arcabouço, diz o relatório. Juliana alerta que, para cumprir as metas no futuro, o governo pode ser forçado a interromper serviços e cortar gastos discricionários, com impacto direto na qualidade dos serviços prestados à população. “Isso é um problema sério, porque compromete o funcionamento da máquina pública”, afirma.

Agostini reforça que o cenário desenhado pela IFI eleva o risco percebido pelo mercado, o que se traduz em maiores prêmios exigidos nos títulos públicos e juros mais altos. “O mercado cobra o preço: menos investimentos produtivos, mais recursos alocados no curto prazo e um câmbio e juros em patamares piores do que poderiam estar”, explica.

O relatório da IFI conclui que os gargalos são econômicos, mas as soluções dependem da política. Juliana e Agostini concordam que sem reformas estruturais, o Brasil continuará preso em um ciclo de déficits crescentes e dívida insustentável. “Sem aumento de receita com contrapartida ou revisão das despesas, essa política fiscal expansionista atual só agrava o quadro”, resume Agostini.

Revista Oeste

Opinião dos leitores

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Mundo

Enchente nos EUA: sobe para 52 total de mortos; há desaparecidos

Foto: Eric Vryn/Getty Images

O número de vítimas das enchentes que atingem o Texas, nos Estados Unidos. desde sexta-feira (4) subiu para 52 — entre as vítimas estariam 15 crianças, segundo autoridades locais.

Equipes de resgate ainda buscam desaparecidos, incluindo um grupo com cerca de 20 meninas que estavam em um acampamento de verão cristão, o Camp Mystic, no Condado de Kerr, onde três mortes foram confirmadas pelas famílias, segundo a CNN Internacional.

O acampamento, que abriga cerca de 750 crianças por temporada, foi surpreendido pela cheia repentina do Rio Guadalupe, que subiu mais de 6 m em menos de duas horas. Segundo os bombeiros, o fenômeno não havia sido previsto, o que dificultou a evacuação antecipada do local.

As buscas por sobreviventes começaram na manhã de sexta-feira, com o envio de 107 guardas florestais e equipes de aviação. Os socorristas conseguiram acessar o acampamento pouco depois do meio-dia e iniciaram os resgates. Até agora, cerca de 850 pessoas foram retiradas com vida de áreas afetadas pelas enchentes em todo o estado.

As três mortes confirmadas no Camp Mystic são de meninas, de 9 anos. A primeira foi Janie Hunt, identificada pela mãe em mensagem enviada à CNN Internacional. Também foram confirmados os óbitos de Sarah Marsh e Lila Bonner, cujas famílias divulgaram comunicados expressando luto e pedindo privacidade.

“Somos solidários com todos que a amavam e rezamos incansavelmente para que outros sejam poupados desta perda trágica”, escreveu a família de Lila Bonner.

A senadora do Alabama Katie Britt lamentou a morte de Sarah Marsh nas redes sociais, afirmando estar “de coração partido” com a perda. O xerife do Condado de Kerr, Larry Leitha, afirmou que os esforços continuam. “Não vamos parar até que todas as pessoas sejam encontradas. Temos todos os recursos necessários”, declarou neste sábado (5/7).

Destruição

As imagens divulgadas pelas autoridades mostram o impacto da enchente em outras regiões do Texas, com casas destruídas, veículos arrastados pela correnteza e vastas áreas de mata inundadas.

O vice-governador do estado, Dan Patrick, alertou que as áreas de risco cobrem uma faixa extensa do território e que os alertas de inundações repentinas continuam em vigor. A previsão é de mais chuvas fortes ao longo do fim de semana, o que pode dificultar os trabalhos de resgate.

O governo dos EUA acompanha a situação. O vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance, classificou o episódio como uma “tragédia incompreensível”. A primeira-dama do país, Melania Trump, declarou estar orando pelas famílias afetadas.

O presidente Donald Trump publicou uma mensagem na Truth Social neste sábado (5/7), afirmando que a secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, será enviada ao estado.

“Melania e eu estamos rezando por todas as famílias afetadas por esta tragédia horrível. Nossos bravos socorristas estão no local fazendo o que sabem fazer de melhor. Deus abençoe as famílias e Deus abençoe o Texas”, escreveu.

Metrópoles

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Geral

Cúpula do Brics começa neste domingo, já com acordo para declaração final

Foto: Carlos Moura/Agência Senado

Começa neste domingo (6), no Rio de Janeiro, a Cúpula do Brics, com acordo já firmado na véspera para a declaração final. Sob a presidência brasileira, o texto será submetido aos líderes, que vão se reunir no Museu de Arte Moderna até segunda-feira (7).

Os países do Brics conseguiram superar o impasse provocado pelo Irã e alcançaram consenso sobre condenação a ataques militares, reforma da ONU (Organização das Nações Unidas) e protecionismo comercial, apurou a CNN.

O ponto mais problemático para a costura da declaração final era a exigência de Teerã em endurecer os termos de uma nota conjunta, divulgada pelo Brics há duas semanas, condenando os ataques dos Estados Unidos e de Israel a alvos militares e instalações nucleares iranianas.

Na noite de sexta-feira (4), negociadores demonstravam preocupação com o risco de uma trava para o comunicado final da cúpula, já que discordavam quanto à linguagem usada.

De acordo com fontes, o Egito e a Etiópia também aceitaram apoiar uma reforma do Conselho de Segurança da ONU, um item considerado imprescindível pelo Brasil — junto com Índia e África do Sul. Os dois africanos manifestavam ressalvas.

Os países do Brics teriam concordado, ainda, em expressar “sérias preocupações” com medidas unilaterais de aumento das tarifas — uma referência óbvio à guerra comercial deflagrada por Donald Trump, embora sem menção direta aos Estados Unidos.

Lula alerta para vácuo de lideranças

A agenda com foco na integração econômica entre os membros do Brics foi destaque no sábado (5), em reuniões que antecedem a Cúpula de líderes.

Ao discursar na abertura do Fórum Empresarial, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o “vácuo de liderança agrava as múltiplas crises enfrentadas por nossas sociedades”.

“O vínculo entre paz e desenvolvimento é evidente. Não haverá prosperidade em um mundo conflagrado. O fim das guerras e dos conflitos que se acumulam é uma das responsabilidades de chefes de Estado e de governo. É patente que o vácuo de liderança agrava as múltiplas crises enfrentadas por nossas sociedades”, disse Lula.

“Estou certo de que este fórum e a Cúpula do Brics, que se inicia amanhã, aportarão soluções. Ao invés de barreiras, promovemos integração. Contra a indiferença, construímos solidariedade”, acrescentou o presidente.

Taxação global de “super-ricos”

Os países-membros do Brics declararam apoio formal às negociações da Convenção Tributária da ONU, com uma referência à taxação de “super-ricos”, em uma agenda defendida pelo Brasil desde a presidência do G20 no ano passado.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou neste sábado a obtenção de um consenso entre países do grupo.

“Trata-se de um passo decisivo rumo a um sistema tributário global mais inclusivo, justo, eficaz e representativo – uma condição para que os super-ricos do mundo todo finalmente paguem sua justa contribuição em impostos”, afirmou Haddad.

CNN

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Geral

Discurso de ‘nós contra eles’ é ruim e não fará o país crescer, diz ex-presidente do BC

Foto: Danilo Verpa/Folhapress

Na primeira entrevista após completar o período de quarentena, o ex-presidente do Banco Central Roberto Campos Neto afirma que qualquer decisão sobre as contas públicas no país atualmente cai na polarização política entre ricos e pobres.

“O discurso de ‘nós contra eles’ é ruim para todo mundo. Não é o que vai fazer o país crescer de forma estrutural. Precisamos unir todo mundo, o empresário, o empregado, o governo”, disse à Folha um dia antes de assumir o cargo de vice-chairman e chefe global de políticas públicas do Nubank, em 1º de julho.

Campos Neto reagiu a críticas do ministro Fernando Haddad (Fazenda) de que teria deixado uma herança de alta de juros para o sucessor no BC, Gabriel Galípolo. “É triste quando a narrativa é mais importante do que a busca de uma solução estrutural.”

Ele nega que vá contribuir para uma eventual candidatura presidencial do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Mesmo fugindo das especulações, Campos Neto diz que enxerga um movimento à direita na América Latina. “As ideologias de esquerda têm uma obsessão com igualdade e não com a diminuição da pobreza.”

Folha de S.Paulo

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Geral

Em 2025, penduricalhos de juízes já superam custo de 5 programas sociais

Foto: VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES

Os chamados “penduricalhos” pagos a juízes e desembargadores já superam, em 2025, os custos de ao menos cinco programas sociais do governo federal, que atendem a dezenas de milhões de brasileiros.

Até agora, esses pagamentos de penduricalhos já custaram R$ 6,89 bilhões, segundo dados públicos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), compilados pela coluna de Andreza Matais e André Shalders. O valor foi destinado a apenas 18,9 mil magistrados — e, mesmo assim, é superior ao gasto do governo com cinco programas sociais que atendem milhões de brasileiros pobres.

Entre 2023 e 2024, os “penduricalhos” cresceram 49% — cerca de dez vezes a inflação do período, que foi de 4,8%. No primeiro semestre de 2024, esses pagamentos somaram R$ 5,72 bilhões. Ou seja: no primeiro semestre de 2025, o crescimento foi de 20,4% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Como não são considerados salário, os “penduricalhos” são livres de Imposto de Renda. Também não entram no Teto Constitucional, que limita os salários dos servidores públicos aos vencimentos dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Esses valores já ultrapassam, por exemplo, os gastos da União com o seguro-defeso, pago a pescadores artesanais durante o período de proibição da pesca. Também são maiores que os desembolsos com o Auxílio-Gás, o Pé-de-Meia, o Garantia-Safra e o Auxílio-Reconstrução, criado para apoiar vítimas das enchentes de 2024 no Rio Grande do Sul.

Do começo do ano até o dia 20 de maio, o Ministério da Educação já executou R$ 2,06 bilhões no programa Pé-de-Meia, que concede uma bolsa a jovens de baixa-renda que cursam o ensino médio na rede pública.

O Pé-de-Meia é considerado uma das principais “vitrines” do terceiro mandato de Lula (PT) — e mesmo assim, não chega nem perto do custo dos “penduricalhos”. O Pé-de-Meia atende cerca de 3,2 milhões de jovens em todo o país.

O seguro-defeso é uma compensação temporária paga a 1,2 milhão de pescadores, durante os meses em que a pesca de certas espécies é proibida. Até maio, o benefício já havia consumido R$ 5,5 bilhões. Mantida essa média, a estimativa para o semestre é de R$ 6,6 bilhões, ainda abaixo do total gasto com os penduricalhos do Judiciário.

Os penduricalhos também superam os gastos com o Auxílio-Gás, benefício destinado a 5,37 milhões de famílias em situação de vulnerabilidade. O programa tem orçamento de R$ 3,5 bilhões para 2025, e já consumiu R$ 1,7 bilhão até agora — o equivalente a menos de um quarto do valor destinado aos magistrados.

Outro exemplo é o Auxílio-Reconstrução, pago às famílias afetadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul. Neste ano, o programa consumiu R$ 103,5 milhões. Cada família recebe uma parcela única de R$ 5,1 mil, como forma de compensar parte das perdas materiais.

Já o Garantia-Safra, programa menos conhecido, é voltado a agricultores familiares, especialmente no Nordeste. Em 2025, o benefício já custou R$ 781,2 milhões, o que equivale a pouco mais de 11% do total gasto com penduricalhos da magistratura.

Em 2024, os penduricalhos somaram R$ 10,5 bilhões. Os principais itens incluídos nesse montante são a venda de férias e folgas, que têm caráter indenizatório.

CNJ: salários e “penduricalhos” são fixados por cada tribunal

Procurado, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) informou que salários e benefícios dos magistrados são definidos por cada tribunal, cabendo ao CNJ apenas o controle posterior, para verificar a legalidade dos pagamentos.

“O Judiciário brasileiro tem tribunais mantidos pela União e pelos Estados. Cada tribunal tem autonomia administrativa e financeira e pode elaborar e encaminhar suas propostas de orçamento, respeitados os limites da Lei de Diretrizes Orçamentárias”, afirmou o CNJ.

“O Poder Judiciário brasileiro é um dos mais informatizados e produtivos do mundo, apesar de ter número de juízes por habitante inferior à média da Europa e o maior número de advogados por habitante do planeta. Fazer justiça em um contexto de elevada judicialização da vida, num território continental e ainda marcado por grandes desigualdades sociais, é um desafio que requer estrutura compatível.”

Metrópoles – Andreza Matais e André Shalders

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Geral

VÍDEO: Taxação dos mais ricos é um “chega” de Lula, diz Janja

Vídeo: Reprodução/Poder 360

A primeira dama Janja Lula da Silva afirmou neste sábado (5) que a defesa de taxação dos mais ricos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é um “chega” do petista.

“Quando o presidente Lula levantou aquele cartaz em 2 de julho em Salvador ‘taxação dos mais ricos’, ele ta dando um recado muito claro, ele ta delimitando uma linha do tempo que é um ‘chega’”, declarou.

Janja se referiu ao cartaz que o presidente exibiu, na 4ª feira (2.jul), como parte da campanha “Taxação BBB: Bilionários, Bancos e Bets”, criada pelo PT (Partido dos Trabalhadores). Lula compartilhou o registro nas redes sociais e disse: “Mais justiça tributária e menos desigualdade. É sobre isso”.

O governo tem enfrentado resistência no Congresso em relação à taxação dos mais ricos para compensar a isenção do IR para os rendimentos de até R$ 5.000, promessa de campanha do petista. A expectativa é que o projeto seja analisado na Câmara e no Senado no 2º semestre.

“Nem sempre é fácil, mas a gente quer entregar esperança, escola, casa, alimentação no prato, a vida digna, os filhos vivos para as suas mães”, afirmou Janja.

Ela acompanha o presidente na programação que antecede a 66ª cúpula do Brics, no Rio. A fala de Janja se deu durante evento no galpão da ONG Ação da Cidadania. Ela participou, com a ministra Anielle Franco, de uma roda de conversa com representantes de movimentos sociais e culturais sobre favelas, periferias e políticas públicas. Foi a convite do Ministério da Igualdade Racial.

Poder 360

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Geral

PT vai às urnas dividido sobre rumos do governo, tom da campanha de 2026 e construção do ‘pós-Lula’

Foto: Cristiane Mattos/Futura Press/Estadão Conteúdo

O PT vai às urnas, neste domingo, 6, em uma encruzilhada política. Uma ala do partido quer que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva rompa com o Centrão e dê uma guinada à esquerda no governo. A outra, majoritária, tenta refazer as alianças com a centro-direita, sob o argumento de que esse acordo é fundamental para Lula conquistar novo mandato, em 2026.

Tudo indica que o ex-ministro e ex-prefeito de Araraquara Edinho Silva vencerá as eleições para presidente do PT no primeiro turno. Mesmo assim, aos 45 anos, o partido sairá da disputa dividido sobre os rumos a seguir.

Na prática, a construção de um nome para o período pós-Lula ainda é uma miragem e ninguém sabe quem será o sucessor do presidente. Apontado como possível herdeiro, em 2030, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, enfrenta “fogo amigo” no PT.

As eleições que vão renovar o comando do partido ocorrem em um momento de crise no governo, com pesquisas que demonstram queda da popularidade de Lula. O Palácio do Planalto enfrenta turbulências na relação com o Congresso, que atingiu o auge quando, há onze dias, a Câmara e o Senado derrubaram um decreto do presidente com mudanças no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

O vencedor da disputa no PT terá mandato até 2029 e estará à frente da próxima campanha de Lula ou de quem ele escolher para entrar no páreo. Além de Edinho, concorrem à presidência do PT o deputado Rui Falcão (SP), o secretário de Relações Internacionais do partido, Romênio Pereira, e o diretor da Fundação Perseu Abramo Valter Pomar.

Em todo o País, 2.959.823 filiados ao PT estão aptos a votar. O modelo será o de cédula de papel porque o partido não conseguiu pôr em prática o sistema de urnas eletrônicas.

“Muitas vezes esses processos internos deixam sequelas, mas estamos trabalhando para que o partido saia unificado”, disse o presidente em exercício do PT, Humberto Costa (PE). “Devemos ajudar o governo a aprovar projetos importantes, como a isenção do Imposto de Renda de quem ganha até R$ 5 mil, e a recuperar a popularidade para que possamos ampliar as alianças”, destacou o senador, que assumiu o partido em março, quando Gleisi Hoffmann foi escalada para ser ministra de Relações Institucionais.

Divergências vão de ajuste fiscal às alianças com o Centrão

O otimismo de Humberto Costa, no entanto, contrasta com o atual cenário. O distanciamento da base social, o ajuste das contas públicas – com o consequente corte de gastos – e a aliança com o Centrão compõem hoje o cardápio de divergências na disputa pela presidência do PT. Apenas Edinho, candidato que é apoiado por Lula, não faz reparos ao governo.

“Boa parte do desarranjo institucional que estamos vivenciando se deve ao grande varejo que hoje domina a política brasileira”, afirmou o ex-prefeito de Araraquara, que concorre pela tendência Construindo um Novo Brasil (CNB), majoritária no PT.

Na sua avaliação, as dificuldades enfrentadas por Lula são decorrentes da “descaracterização do presidencialismo” porque suas atribuições foram “dragadas” pelo Legislativo. Ex-ministro de Comunicação Social no governo de Dilma Rousseff, Edinho citou como exemplo a captura do Orçamento pelo Congresso, que dispõe de R$ 52 bilhões em emendas parlamentares.

“Esse modelo de governabilidade ruiu”, observou ele. “O Brasil precisa de uma concertação política. Há um hiperempoderamento do Judiciário, um enfraquecimento indevido do Executivo e um fortalecimento também indevido do Legislativo. Penso que o único líder capaz de pôr em prática essa concertação é o presidente Lula”.

No diagnóstico de Rui Falcão, porém, o PT não pode ser avalista de uma conciliação. “O governo está cercado por fora e minado por dentro”, resumiu Falcão, que é apoiado por correntes de esquerda. “Colocar nossa ação política na dependência de acordos com os partidos de centro-direita e direita é caminho para o suicídio político”.

Ex-presidente do PT, o deputado sempre teve bom relacionamento com Lula. Foi coordenador de sua campanha em 2022, ao lado de Edinho, e ajudou a levar a ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy de volta ao partido, no ano passado.

Falcão avalia que a atual linha política do PT “vaza água para todos os lados” e prega um giro à esquerda. “Precisamos fazer a disputa dentro do governo”, argumentou. “Aceitar cortes de gastos seria outra via para perder nossa base social”, prosseguiu o deputado que, em dezembro, votou contra o pacote fiscal.

Tanto Falcão como Romênio Pereira e Valter Pomar assinaram uma carta aberta aos militantes do PT na qual dizem que “a situação política é gravíssima”. Para eles, partidos que ocupam postos de destaque no governo tentam “sufocar” Lula, com o objetivo de pressioná-lo a fazer um “ajuste fiscal brutal”, tornando sua reeleição inviável.

O trio propõe o enfrentamento, com demissão de ministros que “fazem o jogo da direita e preparam uma candidatura bolsonarista”, além de mobilização contra a “política de juros escorchantes” do Banco Central.

“Nós ganhamos pela esquerda e começamos a governar pela direita. Acontece que essas pessoas só ficam com a gente quando tem alegria”, comentou Romênio, da tendência Movimento PT. “Então, ou o governo muda ou o povo muda de governo”, previu.

Pomar, por sua vez, afirmou que, se o PT não tiver uma posição crítica em relação ao Planalto, quando julgar necessário, acabará fortalecendo a direita.

“A vida está demonstrando que o novo marco fiscal foi e segue sendo um erro: com um Banco Central que cultua o bezerro de ouro e com um Congresso que impede o governo de cobrar impostos de ricos, buscar o déficit zero é cortar na carne. E, obviamente, isso nós não podemos fazer”, assinalou o dirigente da Articulação de Esquerda.

Ao contrário de Edinho, para quem o PT “precisa se organizar para quando Lula não mais disputar as eleições”, Pomar não quer nem ouvir falar nisso. “Quem tem pressa em tirar Lula do cenário são nossos inimigos”, provocou.

Estadão

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Esporte

ABC sofre gol no último lance e empata com o Confiança fora de casa pela Série C

Foto: Rennê Carvalho

O ABC esteve muito perto de conquistar sua segunda vitória na Série C, mas viu o resultado escapar no último lance do jogo. Na noite deste sábado (5), o Alvinegro empatou por 1 a 1 com o Confiança, na Arena Batistão, em Aracaju, pela 11ª rodada da competição.

O Mais Querido saiu na frente nos acréscimos do segundo tempo, com gol do meia Bruno Leite, que aproveitou bate-rebate na área após escanteio cobrado por Wallyson. O gol parecia garantir uma vitória heroica e importante fora de casa, mas o castigo veio na sequência.

Na última jogada da partida, aos 52 minutos da segunda etapa, o Confiança chegou ao empate com Ronald Camarão, que aproveitou a bola rebatida na área e completou para o gol, frustrando a comemoração do Mais Querido.

Apesar do empate, o goleiro Pedro Paulo foi um dos grandes nomes do jogo. Titular pela primeira vez na temporada, fez duas grandes defesas ao longo da partida e ainda pegou um pênalti no segundo tempo, sendo essencial para garantir ao menos um ponto fora de casa.

Com o resultado, o ABC soma agora 11 pontos e sobe para a 14ª colocação, mas espera outros jogos decisivos ao longo da rodada que podem alterar a colocação. Já o Confiança, com o ponto conquistado, vai a 9 pontos e continua dentro do Z-4.

O próximo compromisso do ABC será contra o Tombense, no próximo sábado (12), também fora de casa.

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