Jornalismo

CASO RHANNA. Primo Rico e Primo Pobre

Brandão Filho e Paulo Gracindo

A cada 15 segundos, uma mulher é agredida no Brasil. 70% dos casos são dentro de casa; 40% com lesões graves.

Quando você terminar de ler esse post, uma criança terá sido vítima de pedofilia no Brasil.

A cada um dia e meio, mata-se um gay no Brasil apenas porque é gay.

São números que surpreendem, mas não estarrecem. A sociedade não só aprendeu a conviver com as estatísticas como as aceita como realidade imutável que não deve ser combatida.

Esse blog já noticiou atrocidades diversas: de pai que abusou sexualmente da filha a bandido que estuprou idosa de 82 anos; de filho que matou pai (e vice versa) a criança de dois anos atropelada por dois carros seguidos, sem ninguém parar para socorrer.

Nenhum assunto, contudo, foi tão discutido e gerou tanta indignação – inclusive com recorde de acessos aqui no BG – quanto o caso Rhanna Diógenes, estudante de 19 anos que foi brutalmente agredida na boate Pepper’s Hall por um inconseqüente.

Agora me respondam: o que faz o caso da garota diferente dos demais? Rhanna foi agredida num local de bacana, feito para bacanas e por bacanas frequentado. Ponto.

O interesse em torno da agressão à garota foi gerado tão somente por ter acontecido no coração da Zona Sul, onde se supõe que o dinheiro serviria para blindar seus tutores contra a arrogância e violência, ideia que se mostrou errada.

Casos como esses acontecem todos os dias e ninguém toma providência, mulheres são mal tratadas, humilhadas, agredidas e ate assassinadas por companheiros, marido e ex-namorados sem às vezes nem se ver na imprensa.

Esta semana mesmo, por exemplo. Duas jovens foram estupradas na Zona Norte e a noticia não atingiu 500 acessos no BG, mas como o caso de Rhana foi com pessoas de poder econômico maior aí a grita é grande.

Será que toda essa exposição deste caso, que inclusive já saiu nos maiores portais de notícias do Brasil, e domingo vai sair no Fantástico, vai levar alguém a fazer uma reflexão que temos que agir como pessoas civilizadas e normais?

Será que esse caso tivesse acontecido na Shock Casa Show teria dado esse repercussão?

Será que os pit boys marombados acham que ações como essas são a saída para quem leva fora?

Será que a menina que foi importunada tem que ir tomar satisfação porque o cara foi grosseiro e descortês em vez de chamar a segurança ou ate mesmo a policia para falar o que aconteceu?

Será que precisaremos ver esse filme novamente?

Ficam esses questionamentos para reflexão.

Em tempo: O Blog não conhece a vítima, o acusado e nem teve contato com ambos. Estou narrando o que acho e como vejo a situação.

Opinião dos leitores

  1. Wilson, acho que a questão ainda é mais complexa que isso. Envolve sim a questão das imagens, sim, com certeza. E a velha questão do primo pobre e primo rico também tem a ver com isso. Mas eu ainda deixaria para o debate ainda um terceiro ponto, após ler uns comentários de terceiros, os quais transcrevo abaixo entre aspas.

    Sendo realista. Verdade seja dita.

    O mundo hoje é da mulheres. Aliás, mais do que isso. É só delas. A honra do homem não existe mais.

    Eu acabei de ler um comentário ate engraçado onde o sujeito disse: "Homem só serve mesmo para pagar contas. Se uma mulher empurrasse um homem e ele quebrasse o braço, estariam fazendo esse drama todo ? Dúvido muito que se fosse uma mulher que quebrasse o braço de um homem, iriam homens de pistola atrás da mulher ."

    Uma menina veio e respondeu: "E dai ?? Homem só serve pra pagar as contas e nos defender mesmo rs"  

    Vi um outro la que comentou: "olhe, cheguei para minha noiva, e na brincadeira, perguntei a ela se um dia houvesse a separação e se ela ganhasse 30 milhoes na loteria, se ela topava dividir 15 milhoes para cada um e depois disso cada um ia viver sua vida; ela respondeu que nao dividia nada e que a partir daquele momento ele ia ter de comer ali na mao dela".

    O mesmo sujeito me disse que falou para a noiva dele que ele toparia dividir meio-a-meio o premio da loteria e cada um seguiria seu rumo.

    OBS: ah! Antes que me acusem, não estou defendendo o rapaz! Não acho que ele procedeu de maneira correta!

  2. Não dá pra acreditar no que eu acabo de ler!  

    Caso Rhanna Diógenes. Muita gente anda falando e gritando aos quatro cantos que o fato só teve essa repercussão toda porque a menina é de boa família e o local, uma boate bem frequentada, como dita em um blog, um local de bacanas. Dizem que se Rhanna Diógenes fosse pobre ou que se a agressão tivesse acontecido em um local mal frequentado, isso não teria chegado a tal ponto. “Casos como esse acontecem todos os dias e nada acontece”. Mulheres são espancadas e mal tradas e ninguém se preocupa com a dor e a causa dessas mulheres. É verdade, é desse jeito mesmo. Mas quer saber? Ainda bem que isso aconteceu em um “lugar feito para bacanas” porque sendo dessa forma, o caso teve a repercussão que mereceu e o covarde agressor terá de responder pelo que fez. Isso poderia acontecer com qualquer uma de vocês, meninas, qualquer uma mesmo. E aí? Vocês não gostariam que o caso fosse mostrado? Será que se fosse o braço de alguma de vocês, vocês ficariam expondo suas opiniões em redes sociais dessa mesma forma que estão fazendo? Acho que não. Todos nós merecemos um olhar mais carinhoso das autoridades, sendo pobres ou “Bacanas”. Isso também é preconceito, sabia? Óbvio que a violência contra a mulher deveria ser combatida em todas as classes sociais, e vocês deveriam ficar felizes, pois se isso não tivesse tomado essa proporção, qualquer uma de vocês poderia ser a próxima vitima.

  3. O interesse em torno da agressão à garota foi gerado tão somente por ter acontecido no coração da Zona Sul…

    Sua análise é simplista. O interesse maior decorreu em virtude das imagens. Fazendo um exercício de reflexão-suposição: se o outro caso citado, o do estupro, tivesse imagens? Agora uma reflexão-fato: a repercussão que ocorre quando há brigas de estudantes de escolas públicas COM IMAGENS?

    Vê-se que a IMAGEM é o norteador do interesse, não o local.

  4. A diferença entre o caso Rhanna e os demais narrados no post  acima não é o dinheiro  e sim a coragem de se expor e divulgar na midia a violência sofrida. Isto não depende da classe social, porque a internet é disponível a todos.  A Prefeitura de São Paulo disponibiliza computadores com acesso a internet para a população carente… ou seja, qualquer vitima de abuso ou violência pode sim divulgar a todo o pais o crime do qual foi vítima. Entretanto, muitas pessoas não tem essa coragem. O que a difere dos demais não é o dinheiro e sim a coragem de se expor e tentar, com isso, servir de exemplo.

  5. Eu li varios comentarios, tem muitos que é uma falta de discernimento absurdo, tem gente querendo ver o resto do video (porque aquele só interessa a vitima), pelo amor de Deus o video mostra puramente o que aconteceu, a abordagem abrupta, e a reação da garota, tem gente que ta dizendo que era pra ela ter chamado um segurança (ninguem chama um segurança por esta sendo importunada atravez de uma cantada) chamar o segurança seria apos a agressão, e como a menina com o braço quebrado em dois lugares iria chamar alguem? E ainda tem gente dizendo que era pra ela ter ficado em casa kkkk (porque só assim, não sofreria a agressão) kk MAS RESPEITO TODOS (e o jeito.kk)
    Mas sobre o texto do BG, sabemos de milhares de agressões sofridas contra as mulheres, mas o que me deixou estarrecido foi a forma babaca da agressão, causada por um "lixo" de classe média, que foi mau educado e disciplinado pelos pais. E a vitima valendo de suas condições financeiras esta fazendo o certo, causando um estardalhaço na vida dele, e mostrando pra todos dessa "classe" que não é assim que a banda toca, por isso se for pra ser mostrando na CNN que mostre, porque a voz de RHANA é a voz de muitas mulhres, e se uma pode denunciar e mostrar na midia porque tem dinheiro, ela faz por si, e indiretamente pra toda classe feminina. Por isso discordo do blog.

  6. O que mais impactou, e consequentemente levou a grande repercussão, foi o vídeo mostrado. Caso não tivesse registro do ocorrido seria "apenas" mais um caso de agressão contra mulher e o assunto ia parar nas estatísticas frias. Como dizem… "Uma imagem vale mais que mil palavras (números). E tenho a certeza que se qualquer mulher que fosse agredida tivesse o registro que ocorreu a repercussão seria a mesma.

    Abraço BG e parabéns pelo trabalho.

  7. O público fútil que assiste o Big Brother Brasil é o mesmo público que tá levando esse caso besta ao extremo kkkkk vao levar ao Fantastico agora é? ô coisa chata! Agora essa cidade só vai respirar isso? Já tá começando a ficar chato esse repeteco desse caso que todo mundo ja sabe. Esse caso dessa menina "rapaz quebra braço de garota na boate" é uma grande mer…! Assim como o BBB é outra grande mer…! Mas existe uma diferença: no caso do BBB realmente é o povão que participa, vibra e também decide. Já no caso besta dessa moça (igual a tantos outros no Brasil, por isso que eu digo que é besta), quem vai decidir nem sou eu, nem voce, nem o povão e nem a sociedade brasileira, por mais que se agitem as bandeiras. Por isso também que eu digo que esse bafáfá todo é uma futilidade muito grande. Meu povo, caso voces não saibam, nós temos uma legislação penal e temos uma pessoa que vai julgar. Essa pessoa é um Juiz de Direito, o qual, se honrar mesmo a profissão, não vai se deixar levar pela emoção e nem pela pressao da sociedade, e vai decidir conforme mandam os Códigos, o povão achando ruim ou bom pouco deve importar. Porque na hora em que um Juiz decidir pela emoção (que é o que a maioria de voces, publico expectador, está fazendo, sem conhecimento nenhum de leis), aí o Brasil deixa de ser democracia (Estado Democrático de DIREITO) e vira uma ditadura onde o ditador é a sociedade. Vc vai lá abre o Codigo Penal e vê lesao corporal grave – reclusao de 1 a 5 anos. Vê lá no Codigo quais as condições que dizem se a pena vai ser de 1 ou de 2 ou de 3 anos. Enfim, no caso dessa moça, o Codigo lista somente duas dessas seis condições, então a pena obviamente será de 2 anos. Vai ter direito a substituir por cesta básica e etc? Não vai, porque o Codigo é claro que quando há violencia, nao pode haver essa substituição. E então ele vai ficar preso no regime fechado? Claro que nao, o Codigo é bastante claro que regime inicial fechado só quando a pena for de 8 anos p/ cima. Por isso que voces vêem tanto marginal solto no Brasil. É por isso. Então como vai ser a sentença judicial? anotem aí e parem com esse agito que já tá enchendo o saco. 2 anos de reclusao iniciando no regime aberto (fica 2 anos sem poder sair de noite para lugar nenhum, nem bar, nem boate, nem carnatal etc e tal). Se Natal tiver alguma prisao-albergue (gostaria de saber ate se tem) é lá onde ele vai cumprir a pena, podendo sair de lá toda vez que for p/ faculdade ou trabalhar e tendo a obrigação de lá se recolher de noite. Aí fica esse bafáfá todo aí de voces, eu hein. Que coisa mais chata. E digo mais: se recorrerem da sentença, o Tribunal de Justiça do RN até hoje nunca mandou ninguem p/ cadeia (leia-se: regime fechado) por conta de lesao corporal grave. Mas o tribunal nao tá decidindo errado nao, tá somente seguindo o que manda a legislação penal brasileira, a qual por sinal foi votada pelos deputados e senadores que nós elegemos. Então ninguem pode achar ruim um julgamento desses. Agora essa perda de tempo de ainda levar esse caso ao fantástico, vou te contar viu, é muita gente besta que vai assistir, é por isso que somos uma nação subdesenvolvida, onde a emoção (torcida) domina a razão (as leis)!

    1. O BRASIL TEM LEIS DEMAIS, TANTAS QUE UMAS TIRAM O EFEITO DAS OUTRAS, ENTÃO, O PROBLEMA NÃO É LEI, E SIM O NÃO CUMPRIMENTO DELAS, E A NÃO EXISTÊNCIA DE LUGARES ONDE ESSAS PENALIDADES SEJAM CUMPRIDAS.

      SABEMOS QUE MORAMOS NO PAÍS DA PIADA PRONTA E TUDO ACABA EM PIZZA, OU CHOPP, COMO QUEIRAM.

      O QUE É PRECISO É EXISTIR UMA POLÍTICA DE TOLERÂNCIA ZERO, ONDE  AS PESSOAS SAIBAM ONDE E COMO PODEM SER PUNIDAS, E QUE DE FATO SEJAM.   ONDE POLÍTICOS, QUE NÓS ESCOLHEMOS, SÓ POSSAM SER POSTOS À PROVA NUM PLEBISCITO SE ELES TIVEREM PREPARO,  CONDUTA ILIBADA E ANTECEDENTES CRIMINAIS AVALIADOS, ISSO TB PRA JUÍZES, ADVOGADOS, MÉDICOS, POLICIAIS, ETC.. POIS SE NÃO FOR ASIM, FICA TUDO COMO MER.. N´ÁGUA.

    2. Qual a relação entre um caso de agressão e o BBB? Morri de rir agora!

  8. Sinceramente, discordo plenamente da opiniao do Blog.
    Claro que o fator socio economico dos envolvidos contou, e muito, para a repercussao do caso, mas, como alguns abaixo comentaram, inclusive o Prof. Joao Maria Fraga, acho que essa é uma forma de divulgacao e combate a esses atos que na maioria das vezes continuam impunes!
    Acho corretíssimo e apoio totalmente a coragem e a atitude de Rhanna, ela é uma das poucas que têm a coragem de falar e pedir por justica, nesse país!

    1. Discordo desta opinião acima. Coragem de se falar e pedir por justiça muita gente tem. E nesse caso de Rhanna contou sim o poder e padrão social.

  9. Eu concordo com a opinião do Blog!!

    Alguém aqui por um acaso lembra do caso da estudante Maria Luiza, de apenas 15 anos de idade, morta brutalmente em 2009? Seu corpo foi encontrado em avançado estado de decomposição em um lixão próximo a Cidade da Esperança… e com vestígios de que a mesma foi assassinada com requintes de crueldade?

    Alguém lembra??? Houve ao menos um terço desta repercussão?

    E o assassino??? Cadê? 

    Infelizmente, a família da Maria Luiza não tem a mesma influência política que a família da vítima em questão.

    Eu realmente fico espantada com a repercussão que este caso está tomando!!

    Sou mulher também!!! Logicamente sou conta violência a mulher!! Mas tb sou contra àquelas que a provocam!! 

    Não é pelo fato da gente ser mulher, que nos dá o direito de provocar alguma discussão e achar que nada irá nos acontecer!!

    O mundo é feito de pessoas estranhas. No final das contas, a condenação do rapaz não apagará as cicatrizes desta moça…. tudo isto poderia ter sido evitado!! 

    Estes dois jovens vão arcar com as consequências de suas atitudes…. por algo tão bobo….

  10. "Será que a menina que foi importunada tem que ir tomar satisfação porque o cara foi grosseiro e descortês em vez de chamar a segurança ou ate mesmo a policia para falar o que aconteceu?"

    Rhanna, nunca foi tomar satisfação com ninguém. Você viu mesmo o vídeo? Rômulo ficou segurando o braço dela o tempo todo e quando ela tentou sair de perto dele, ele quebrou o braço dela.

    Então eu penso:

    Será que, segundo seu ponto de vista, não seria melhor ela ter ficado em casa e ter evitado ser agredida gratuitamente?

    Fala sério, né?! ¬¬

    E graças a Deus que pelo menos ela, de todos os casos que você relatou, teve a atenção da mídia e a indignação da sociedade. Porque não é uma menina da Zona Sul que foi agredida, mas uma mulher que estava vivendo sua vida que foi abordada e agredida gratuitamente. Ela tem a oportunidade de representar as vozes de todas as mulheres que até agora não foram ouvidas.

    Questionamento sobre Zona Norte e Zona Sul é tão fora de contexto que beira o ridículo. Ultrapassado demais…

    Todos os dias vemos nos jornais crimes cometidos na periferia das cidades e pasme! Essas notícias têm repercussão.

    Não a violência. Não a tentativa de propagar a ignorância!

    Sim, é revoltante saber que pessoas ainda questionam a gravidade do caso. Sim, é revoltante ouvir pessoas julgar seo caso  merece toda a atenção da mídia. E o mais revoltante é saber que mesmo depois de tudo ter sido mostrado no vídeo, as pessoas ainda questionam se foi agressão ou se foi culpa dela.

    1. Bem, eu assisti um pedacinho do vídeo… apenas a parte que interessa a vítima… 

      Pq não mostramos o vídeo completo????

    2. Essa observação jamais diminui a atitude do agressor. Mas fica a pergunta: Onde está o resto do vídeo?

    3. Deus me livre estar defendendo o agressor. Mas concordo com o Blog quando ele questiona: "Porque Rhanna não saiu pra chamar um segurança?". No vídeo dá pra ver que ela joga algo (bebida?) e bota a mão na camisa dele. Pra que isso? Vira as costas. Você faria isso com um desconhecido em uma favela? Não né? Então pra que fazer isso na boate? O sentimento de perigo é menor?

      Toda vez que acontece um caso assim em famílias de poder e padrão social elevado, todo mundo diz que é "a oportunidade de representar as vozes de todas as mulheres". Sinceramente, nunca vi isso funcionar. De cima pra baixo não funciona. As coisas funcionam de baixo pra cima. Só o caso dela está sendo resolvido, outros milhares continuam parados na justiça.

  11. Discordo…acho que a questão foi o vídeo:  é fato que uma imagem impressiona muito mais do que os numeros frios com os quais, infelizmente, ja estamos habituados a conviver. A moça está de parabéns por levantar a questão, e tendo ou não agindo certo ao discutir com o rapaz, não "merecia" o que aconteceu não. Era homem, era maior que ela, logo, foi covarde e tem que pagar.

    1. Ana, no texto fala exatamente isso. Nada justifica. O que colocamos em questão é que se fosse com Maria lá das quintas ninguém estava nem falando. Obrigado por comentar

  12. O fator sócio-econômico que está contido neste caso, sem dúvidas vai levar o assunto até a lua, se for possível. Mas o que dizer desses jovens, que teoricamente, tiveram e têm mais condições, oportunidades, bom estudo e boa criação? Eu digo, fúteis, banais, pueris.
    Brasileiro não tem memória, nem escrúpulos, logo mais tá tudo esquecido, tudinho mesmo. Assim como o lalau, o mensalão, os desvios de verbas da saúde e das merendas,  e tantos outro fatos que nos chocam e comovem por um tempo, depois viram lenda.
    Questão de tolerância zero é o que precisa a população brasileira, pois ambientes, companhias e horários promíscuos só existirão se quisermos fazer parte disso, não sejamos coniventes com o inconsciente coletivo.
    Hoje não se vê mais os jovens pedir abênção aos mais velhos, não se tem mais o ensino de EDUCAÇÃO, MORAL E CÍVICA, o Ensino Religioso também deixado de lado, sequer o Hino Nacional é cantado nas Escolas, exceto em jogos da Seleção.

  13. Respeito sua opinião, mas acho totalmente equivocada. Essa repercussão todinha está sendo feita pela própria vitima, e corretíssima. Infelizmente, a maioria se cala diante de agressões contra a mulher, por isso muitas vezes a justiça não é feita. Admiro totalmente a força que a garota tem. Felizmente, pela grande publicidade que tem feito a Rhanna, muitas pessoas se sensilibirazam diante da sua situação, e assim ajudam a divulgar a situação que esse MONSTRO causou. Portanto, isso poderia ter acontecido em qualquer local, não tem nada com classe social ou tipo de ambiente. O que vale é a ATITUDE , como disse, que por muitas vezes as pessoas se calam.

  14. Caro amigo , de fato a notícia teve maior abrangencia provavelmente pelas condição socio economica dos envolvidos , entretanto a questão não reside na orígem desses jovens mas sim na oportunidade de levantar o debate sobre a violencia contra a mulher que tem raízes históricas apesar do 8 de março/ de 1975 ano internacional da mulher pela onu /da pilula anticoncepcional /direito ao voto e lei maria da penha… Independente das circunstancias do fato eis uma oportunidade impar de fazer um debate interessante e punir exemplarmente o agressor assim como nos outros casos citados pelo amigo. Professor João maria Fraga ex professor da vítima e leitor assíduo do seu blog.

  15. Simplesmente o fato de ter sido divulgado um vídeo sobre o assunto, ajudou a da todo esse ''bafafa'' que se deu… não precisa mas nem de julgamento, o agressor ja ta condenado pela população… isso tudo pq uma imagem vale mais do que mil palavras…

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Irmão de Flávio Dino vira alvo da CPMI do INSS

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Irmão do ministro do STF Flávio Dino, o subprocurador Nicolao Dino virou alvo da CPMI do INSS no Congresso. O motivo foi um acordo homologado pelo Supremo sobre a responsabilidade da União e do INSS em relação às fraudes.

Na segunda-feira (15), o deputado Kim Kataguiri (União-SP) protocolou um requerimento pedindo a convocação de Nicolao como testemunha justamente para explicar os termos do acordo aos membros da comissão.

Além do irmão de Flávio Dino, o acordo também foi assinado pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet. Kataguiri, contudo, optou por pedir a convocação de Gonet, limitando-se apenas a Nicolao Dino.

Entre os responsáveis pelo acerto estão ainda o advogado-geral da União, Jorge Messias; o ministro da Previdência, Wolney Queiroz; o presidente do INSS, Gilberto Waller Jr.; e o controlador-geral da União, Vinicius de Carvalho.

Há ainda assinaturas de representantes da Defensoria Pública da União e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Em outros requerimentos, Kataguiri pede ainda a convocação dos demais envolvidos no acordo.

“Diante da magnitude das fraudes — estimadas em R$ 6,3 bilhões (2019–2024) — e da repercussão social e jurídica do acordo, é imprescindível que esta CPMI ouça todos os signatários do pacto”, argumenta o deputado.

O acordo, assinado em julho e homologado pelo ministro Dias Toffoli, prevê a devolução administrativa integral dos valores, mas sem a possibilidade de reparação por danos morais. O acerto suspende ações individuais e coletivas.

Metrópoles – Igor Gadelha

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

PMs investigados por chacina na PB rejeitam tornozeleira e preferem a prisão após decisão da Justiça; leia carta

Foto: Reprodução

Cinco policiais militares investigados pela morte de cinco jovens no município do Conde, na Região Metropolitana de João Pessoa, divulgaram uma carta pública nesta quarta-feira (10) na qual afirmam que preferem continuar presos a utilizar tornozeleira eletrônica, medida imposta pela Justiça como condição para que respondam ao processo em liberdade.

Na carta, os militares alegam que a tornozeleira os rebaixa a uma condição de criminosos, o que consideram uma “humilhação”. Eles defendem que sempre atuaram em defesa da sociedade, destacam o histórico profissional e afirmam que a medida cautelar ignora o princípio da presunção de inocência. “Colocar uma tornozeleira em nossos pés é nos igualar àqueles que combatemos”, escreveram.

O documento é assinado por Mikhaelson Shankley Ferreira, Edvaldo Monteval Alves, Wellyson Luiz de Paula, Marcos Alberto de Sá e Kobosque Imperiano, todos alvos de investigação pela Polícia Civil e Ministério Público da Paraíba. A Justiça concedeu liberdade mediante restrições, como o uso da tornozeleira, proibição de contato com familiares das vítimas e recolhimento domiciliar noturno.

A decisão também converteu a prisão temporária em prisão preventiva para o sexto investigado, o tenente Álex William de Lira Oliveira, que está nos Estados Unidos e não teria colaborado com a investigação.

Os policiais são suspeitos de envolvimento na morte de cinco jovens, entre eles três adolescentes, durante uma abordagem policial no dia 15 de fevereiro deste ano. A defesa sustenta que houve legítima defesa.

Confira, abaixo, a nota na íntegra

Carta ao Povo Paraibano

Povo da Paraíba
Vimos a público, como homens, cidadãos e policiais militares, falar com o coração aberto e com a dignidade que sempre nos guiou.

Saímos de nossas casas não para buscar vantagens pessoais, mas para cumprir o juramento que fizemos: defender os homens e mulheres de bem, proteger a sociedade mesmo que isso custe a nossa própria vida. Foi assim que sempre vivemos. Foi assim que agimos no dia dos fatos que nos trouxe até aqui.

Reagimos a uma injusta agressão, não por escolha, mas dever. E, por termos treinamento e equipamentos adequados, conseguimos sobreviver. Saímos com vida de uma situação em que muitos não sairiam. Cumprimos nosso papel, não como agressores, mas como defensores da ordem, da paz e da sociedade.

Jamais ameaçamos testemunhas ou atrapalhamos as investigações. Pelo contrário, sempre estivemos à disposição das autoridades, colaborando e respeitando cada decisão. Essa é a nossa verdade.

Hoje, impõe-se a nós o uso de tornozeleiras eletrônicas. Não aceitamos. Não por rebeldia, mas por consciência. Colocar uma tornozeleira em nossos pés e nos igualar àqueles que combatemos é nos rebaixar de uma condição de soldados a criminosos comuns. É uma humilhação que preferimos não carregar.

Não somos milicianos. Não somos traficantes. Somos pais de família. Somos profissionais reconhecidos pela nossa corporação e por diferentes setores da sociedade. Recebemos medalhas, elogios, homenagens. E tudo isso não se apaga com acusações que ainda estão em julgamento. Se a escolha que nos resta é permanecer presos ou carregar a marca da tornozeleira, preferimos a prisão. Porque queremos sair daqui absolvidos, de cabeça erguida, pelo mesmo povo que juramos defender.

Seguiremos firmes, confiantes na Justiça e na verdade. Porque sabemos que a sociedade que defendemos há de reconhecer, no fim, que lutamos por ela — sempre.

A quem Deus deu o dom da honra, a desonra é pior do que a morte!

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mundo

Trump anuncia processo de US$ 15 bilhões contra o The New York Times

Foto: REUTERS/Jonathan Ernst

O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou na madrugada desta teça-feira (16) que planeja entrar com um processo de US$ 15 bilhões por difamação e calúnia contra o jornal americano The New York Times.

“Hoje, tenho a grande honra de entrar com um processo de US$ 15 bilhões por difamação e calúnia contra o The New York Times”, escreveu Trump em uma publicação em sua rede social, Truth Social.

O processo seria aberto na Flórida, disse Trump, sem fornecer mais detalhes.

O presidente acusou o jornal de fazer declarações falsas sobre ele, sua família e seus negócios, embora não tenha dado mais detalhes sobre as alegações.

CNN

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Ex-delegado assassinado era considerado inimigo n° 1 do PCC

Foto: Divulgação/Alesp

O ex-delegado-geral da Polícia Civil paulista Ruy Ferraz Fontes, 64 anos, executado a tiros na noite desta segunda-feira (15/9), em Praia Grande, no litoral de São Paulo, ficou conhecido pelo enfrentamento ao Primeiro Comando da Capital (PCC), facção que o considerava como um dos seus maiores inimigos.

Após iniciar a carreira na polícia no interior paulista, o delegado Ruy Ferraz Fontes atuou no Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap) e Departamento de Narcóticos (Denarc), até chegar à 5ª Delegacia de Polícia de Investigações Sobre Furtos e Roubos a Bancos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) — e passou a investigar as atividades do PCC.

Naquela época — era o início da década de 2000 –, a facção criminosa era pouco conhecida — e tinha a existência ainda negada oficialmente por autoridades do governo estadual. Anos depois, em 2006, uma série de ataques a bases policiais, órgãos de governo, postos de gasolina e comércios — todos planejados e executados pela facção em uma clara tentativa de demonstrar força no enfrentamento ao poder público –, aterrorizou a população paulista.

“Um dos melhores Delegados-Gerais que conheci, Ruy foi executado covardemente hoje por criminosos, após uma trajetória marcada pelo combate firme e incessante ao PCC, impondo enormes prejuízos ao crime organizado”, destacou Raquel Kobashi Gallinati Lombardi, diretora da Academia dos Delegados de Polícia do Brasil (Adepol do Brasil), declaração que corrobora o trabalho investigativo de Fontes para desarticular o PCC.

No entanto, a atuação combativa também colocou um alvo em suas costas. Ele foi jurado de morte por Marco William Herbas Camacho, o Marcola, apontado como líder máximo da facção, em 2019, após o criminoso ser transferido para o sistema penitenciário federal.

Por isso, a cúpula da Segurança Pública de SP (SSP) trata o crime como vingança. “Isso aí certamente foi vingança do PCC. Ele lutou muito contra a facção”, disse o secretário-executivo da pasta, Osvaldo Nico Gonçalves, ao Metrópoles.

Após o assassinato, diversas autoridades se deslocaram para a Baixada Santista, como o atual delegado-geral, Artur Dian.

O comandante do Batalhão de Choque da Polícia Militar (PM), Valmor Racorti, disse que pelo menos 100 homens de batalhões especializados estão sendo enviados para a região para fazer buscas contra os autores do atentado.

Metrópoles

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Barraqueiros de Pitangui recebem multa milionária e denunciam perseguição

Foto: Reprodução

Um grupo de barraqueiros que atua de forma artesanal na praia de Pitangui, no litoral do Rio Grande do Norte, denuncia que vem sendo alvo de perseguição por parte da Secretaria de Patrimônio da União (SPU). Segundo eles, o órgão federal derrubou todas as barracas montadas à beira-mar e aplicou uma multa que ultrapassa R$ 2,5 milhões a um dos trabalhadores.

O documento oficial ao qual o blog teve acesso (confira abaixo) mostra que a SPU/RN emitiu cobrança referente a 43 meses de “ocupação irregular” da área de praia, calculando o valor de R$ 2.532.143,25 a ser pago por um dos barraqueiros. A cobrança inclui períodos entre 2021 e 2025 e foi determinada após um auto de infração do órgão federal.

Foto: Cedido

Os comerciantes afirmam que a área não é classificada como de preservação ambiental (APP) e que as barracas foram construídas de forma rústica, com madeira e palha retiradas da própria mata local, sem estruturas fixas de alvenaria. Eles também relatam que realizam diariamente a coleta do lixo produzido na área, levando os resíduos até as lixeiras da praia principal de Pitangui.

Fotos de satélite obtidas pelo blog mostram que a primeira barraca surgiu no local por volta de 2012 e, com o passar dos anos, outras foram sendo erguidas conforme aumentava o fluxo de turistas na região.

Atualmente, há barraqueiros de Ceará-Mirim e de Extremoz que dependem exclusivamente da atividade para sustentar suas famílias. Segundo relatos, muitos deles têm lucro inferior a dois salários mínimos mensais. A decisão da SPU ameaça tirar a principal fonte de renda dessas famílias e inviabilizar a economia informal que gira em torno do turismo local.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Lula garante visto para Assembleia da ONU, mas comitiva pode ser reduzida

Foto: Ricardo Stuckert / PR

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), está com visto vigente e tem a presença confirmada na 80ª Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), em Nova York, no final de setembro. No entanto, a comitiva que o acompanhará ainda não está definida e pode ser reduzida, a depender da emissão ou não de vistos por parte dos Estados Unidos.

O Ministério das Relações Exteriores pediu ao governo americano um visto em prol do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em 19 de agosto – o dele já havia vencido. Mas, até o momento, não obteve resposta positiva ou negativa, por exemplo.

A agenda de Padilha para o fim do mês ainda não está completamente definida. Mesmo que o visto seja concedido, há a possibilidade de ele permanecer no Brasil por conta de atividades ligadas ao ministério, segundo interlocutores do titular da pasta da Saúde.

O governo brasileiro admite haver “algumas pendências” relacionadas a vistos. Não se descarta uma demora maior do que a usual no caso de Padilha, mas membros do Executivo afirmam ainda haver tempo para os trâmites necessários.

“Temos indicação do governo americano que os que ainda não foram concedidos estão em vias de processamento. Não tenho como especular sobre qual vai ser o resultado desse processamento”, disse o diretor do Departamento de Organismos Internacionais do Itamaraty, Marcelo Marotta Viegas, nesta segunda-feira (15).

Segundo o diretor, essa é uma decisão soberana dos EUA. Também nesta segunda, a própria ONU afirma que considera “preocupante” o fato de os vistos da delegação brasileira ainda não terem sido plenamente concedidos.

Na última sexta (12), o Brasil chegou a manifestar ao comitê de relações com o Estado-sede da ONU preocupação com o atraso na concessão de vistos a autoridades brasileiras escaladas para assembleia-geral da entidade, prevista para o próximo dia 23.

A demora na emissão dos documentos ocorre em um momento em que o governo de Donald Trump estabeleceu medidas contra o Brasil, especialmente diante da prisão e da condenação do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro (PL).

Uma delas é a tarifação de 50% dos produtos brasileiros importados pelos americanos. Também foram revogados os vistos do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), e de dois servidores públicos que atuaram na implantação do programa Mais Médicos, em 2013, próximos a Padilha.

Os integrantes da comitiva presidencial e a agenda deles nos Estados Unidos ainda não estão fechados, apurou a CNN. O governo argumenta não ser necessário fechar os nomes da comitiva neste exato momento.

A CNN apurou que o visto americano do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já havia sido renovado, caso ele queira acompanhar o presidente Lula.

E, embora seja o presidente da República, Lula também precisa de visto para entrar nos Estados Unidos. A situação dele está completamente regular e sem percalços, informou um diplomata a par do assunto.

O presidente Lula embarcará para Nova York no próximo fim de semana e deverá ficar por lá até o dia 25. Na terça-feira (23), ele fará o discurso de abertura da reunião da Assembleia Geral da ONU, seguido pelo presidente americano.

A agenda presidencial também prevê a participação de Lula em eventos sobre democracia, clima e a criação do Estado palestino.

Em anos e até décadas anteriores, mesmo autoridades tidas como desafetos dos Estados Unidos, chegaram a ser admitidas no país para participar da Assembleia Geral da ONU, como os irmãos Raul e Fidel Castro.

O último, inclusive, andou pelas ruas de Nova York em 1960, em meio à revolução cubana.

CNN – William Waack

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Associações reagem à ação do MPF contra a Jovem Pan e defendem liberdade de imprensa

Foto: Jovem Pan News

As associações que representam emissoras de rádio e televisão no país divulgaram notas nesta segunda-feira (15) em defesa da liberdade de imprensa, após o Ministério Público Federal (MPF) apresentar alegações finais em uma ação civil pública que pede o cancelamento da outorga da Jovem Pan. A Associação das Emissoras de Rádio e Televisão do Estado de São Paulo (AESP) afirmou acompanhar de perto o processo e reforçou que divergências sobre conteúdos veiculados devem ser tratadas dentro da legalidade, sem comprometer a segurança jurídica do setor. A entidade destacou que a liberdade editorial é um direito constitucional e alertou para o risco de fragilizar a comunicação social no Brasil.

Já a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) classificou o pedido do MPF como uma medida “extrema e grave, sem precedentes no Estado Democrático de Direito”. A entidade reiterou seu compromisso com o pluralismo de opinião e pediu que o Judiciário afaste iniciativas que considere desproporcionais.

Os advogados da Jovem Pan questionam a forma como o MPF divulgou o andamento da ação em seu site oficial. A emissora argumenta que a publicação tentou vincular o processo à recente condenação de réus no Supremo Tribunal Federal (STF) por tramar contra o Estado Democrático de Direito, o que considera indevido. Ressalta ainda que não é parte em nenhuma dessas ações penais e que suas alegações finais estão disponíveis no sistema da Justiça Federal. A ação civil pública contra a Jovem Pan foi proposta em 2023 e segue o trâmite normal da Justiça. O caso ainda será analisado pelo Judiciário.

Leia as notas das associações

Nota da AESP

A Associação das Emissoras de Rádio e Televisão do Estado de São Paulo (AESP), entidade que há nove décadas representa a radiodifusão paulista, reafirma seu compromisso incondicional com a liberdade de imprensa, a pluralidade de vozes e a preservação das concessões públicas de rádio e televisão como pilares de uma sociedade democrática. A liberdade editorial é um direito fundamental, garantido pela Constituição Federal, e deve ser respeitada em toda sua plenitude. Eventuais divergências ou questionamentos relacionados ao conteúdo veiculado pelas emissoras devem ser tratados dentro dos marcos legais e institucionais, sem comprometer a segurança jurídica do setor nem abrir precedentes que possam fragilizar a comunicação social no Brasil. A AESP acompanha com atenção os desdobramentos do processo envolvendo a Jovem Pan, emissora associada à entidade, e reforça a necessidade de que o debate seja conduzido com equilíbrio, responsabilidade e respeito à independência dos veículos de comunicação.

Nota da Abert

A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) acompanha com preocupação os recentes desdobramentos da ação judicial proposta pelo Ministério Público Federal, que busca o cancelamento da outorga da Rádio Jovem Pan. A entidade destaca que a liberdade de programação das emissoras é essencial para o livre exercício do jornalismo e para a preservação do pluralismo de opinião.

Segundo a Abert, o cancelamento de uma outorga de radiodifusão é uma medida “extrema e grave”, sem precedentes no Estado Democrático de Direito. A associação reafirmou seu compromisso com a liberdade de imprensa e manifestou expectativa de que o Poder Judiciário afaste medidas consideradas desproporcionais e prejudiciais à comunicação social no país.

Posicionamento oficial dos advogados da Jovem Pan sobre o tema

Em resposta à nota publicada pelo Ministério Público Federal em seu site nesta segunda-feira (15), a Jovem Pan informa que não comenta ações em curso, que mantém sua plena confiança no Poder Judiciário, e que a íntegra das suas alegações finais pode ser consultada no site da Justiça Federal, mediante busca ao processo nº 5019210-57.2023.4.03.6100.

No entanto, tendo em vista a reprovável conduta adotada pelo MPF, ao divulgar informações equivocadas em seu site, a emissora se vê obrigada a prestar os necessários esclarecimentos à sociedade:

1) A Jovem Pan não é ré em nenhuma das ações penais recentemente julgadas pelo Supremo Tribunal Federal, tampouco figurou como investigada em quaisquer dos inquéritos que lhes deram origem;

2) A corroborar a conduta indevida por parte do MPF, importante notar que não há, nesta ação, qualquer imputação de índole criminal, de modo que vincular a apuração destes autos às condenações criminais proferidas pelo STF, para além da ausência de técnica, é uma indevida tentativa de influenciar o juízo e os leitores com uma narrativa completamente dissociada dos elementos dos autos.

Por fim, e mantendo a coerência com o posicionamento adotado ao longo de seus mais de 80 anos de história, a Jovem Pan reitera seu compromisso com a democracia, com os Poderes e Instituições que sustentam a nossa República e com a nossa Constituição cidadã, que tem como um de seus pilares a liberdade de expressão.

Almeida Castro, Castro e Turbay Advogados Associados
Wald, Antunes, Vita, Blattner Advogados
Bermudes Advogados

Jovem Pan News

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

VÍDEO: Ex-delegado-geral de SP é morto em emboscada na Praia Grande

Vídeo: Reprodução/Metrópoles

O ex-delegado-geral da Polícia Civil paulista Ruy Ferraz Fontes foi executado a tiros por criminosos durante um atentado no bairro Mirim, em Praia Grande, litoral sul de São Paulo, no início da noite desta segunda-feira (15/9). A principal suspeita é que os autores sejam integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC).

Segundo a Prefeitura de Praia Grande, outras duas pessoas que estão próximas ao local do ataque ficaram feridas na ocorrência e foram transferidas para o Hospital Municipal Irmã Dulce. Uma mulher ficou com ferimentos leves e deveria ter alta ainda noite desta segunda. Já um homem que também foi ferido segue internado para atendimento médico, sem maiores riscos.

Uma câmera de segurança registrou a ação dos criminosos. Ruy Ferraz Fontes dirigia um carro em aparente fuga, quando bateu em um ônibus e capotou o veículo. Na sequência, os bandidos desembarcaram de outro carro que seguia atrás e dispararam vários tiros contra o veículo do delegado.

Ruy Ferraz Fontes chegou a ser socorrido, mas não resisitiu aos ferimentos. Ele foi o primeiro delegado a investigar a atuação do PCC no estado, enquanto chefiava a Delegacia de Roubo a Bancos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), no início dos anos 2000.

Mais tarde, ele se tornou delegado-geral da Polícia Civil paulista, na gestão do ex-governador João Doria (2019-2022). Recentemente, estava comandando a Secretaria de Administração de Praia Grande, mesma onde foi morto no início da noite desta segunda.

Após o assassinato, o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, anunciou uma força-tarefa e enviou mais de 100 policiais para o litoral em busco dos criminosos.

Quem era o ex-delegado Ruy Ferraz

O ex-delegado Ruy Ferraz Fontes, morto por criminosos suspeitos de integrar PCC, em Praia Grande, atuou por 40 anos na Polícia Civil e era especialista na facção paulista. Ele foi jurado de morte por Marco William Herbas Camacho, o Marcola, apontado como líder máximo da facção, em 2019, após o criminoso ser transferido para o sistema penitenciário federal.

Ferraz possuía especialização em Administração Geral e Financeira em Órgãos Públicos e participou de cursos complementares, como o Curso Anti-Drogas e Anti-Terrorismo, realizado pelo Ministério do Interior e da Segurança Pública da Polícia Nacional da França, além de curso de Aperfeiçoamento sobre Repressão às Drogas, em Vancouver, pela Polícia Montada do Canadá, conforme informou a Prefeitura de Praia Grande.

Ele iniciou a carreira como delegado de Polícia Titular da Delegacia de Polícia do Município de Taguaí, do Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo Interior (Deinter) 7.

Durante a vida profissional, foi delegado de Polícia Assistente da Equipe da Divisão de Homicídios do Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), delegado de Polícia Titular da 1ª Delegacia de Polícia da Divisão de Investigações Sobre Entorpecentes do Departamento Estadual de Repressão ao Narcotráfico (Denarc), delegado de Polícia Titular da 5ª Delegacia de Polícia de Investigações Sobre Furtos e Roubos a Bancos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) e comandou outras delegacias e divisões na Capital.

Ferraz também esteve à frente da Delegacia Geral de Polícia do Estado de São Paulo, foi Diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Capital (DECAP) e professor Assistente de Criminologia e Direito Processual Penal da Universidade Anhanguera e atuava também como Professor de Investigação Policial pela Academia da Polícia Civil do Estado de São Paulo.

Ruy assumiu a Secretaria de Administração de Praia Grande em janeiro de 2023, permanecendo na gestão que se iniciou em 2025, até ser morto nesta segunda-feira.

Metrópoles

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Brasil

Bolsonaro será julgado por racismo na Justiça Federal

Foto: Hugo Barreto/Metropoles

O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) marcou para esta terça-feira (16/9) o julgamento do processo de racismo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Bolsonaro é acusado de fazer declarações públicas de depreciação sobre cidadão negro, quando era presidente, no “cercadinho” do Palácio da Alvorada e durante uma live.

Nas ocasiões, Bolsonaro fez comentários sobre o cabelo de um apoiador, comparando o black power a um “criatório de baratas”. Segundo a acusação, o black power constitui símbolo da resistência do movimento negro e Bolsonaro o transmutou em “algo sujo, execrável e discriminatório”.

O TRF-4 julgará apelação cível contra sentença da juíza federal substituta Ana Maria Wickert Theisen, de fevereiro de 2023, que julgou improcedente o pedido para condenar Bolsonaro ao pagamento de R$ 5 milhões em danos morais coletivos.

Ao negar condenação de Bolsonaro, a magistrada argumentou que “o dano moral coletivo não significa a somatória dos danos individuais dos integrantes da raça (supostamente) atingida pelas falas, porque constitui uma nova modalidade de dano, o qual tem por objeto a violação de um direito da coletividade considerada em si mesma vítima de uma ação danosa do ofensor”.

“Não vejo isto nos fatos contemplados na inicial. O que vejo são comentários inadequados, infelizes, desnecessários, mas capazes de atingir somente o cidadão a quem dirigidos, sem potencial para atingir toda uma raça, ainda mais quando enfatizam uma característica física que dela não é exclusiva”, disse a juíza federal na sentença de 2023.

O Ministério Público Federal (MPF) recorreu. O Movimento Negro Unificado participa do processo como amicus curiae (amigo da corte, em tradução), papel no qual apresenta informações técnicas e jurídicas para auxiliar na decisão.

Metrópoles

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Saúde

Coopmed cria cortina de fumaça para esconder cifras milionárias

Foto: divulgação

A Coopmed-RN protagonizou nesta semana um episódio revelador sobre sua gestão de crises. Diante da exposição de gastos de R$ 5,5 milhões em honorários advocatícios em apenas três anos, a cooperativa optou por uma estratégia peculiar: defender o que ninguém atacou.O Blog do BG publicou números que certamente espantaram a classe médica: R$ 3,6 milhões apenas em “Honorário Recuperação Tributo”, R$ 901 mil em assessoria contratual, R$ 252 mil em assessoria tributária.

Valores que, contextualizados com o risco tributário de R$ 468 milhões e os R$ 1,5 milhão anuais da diretoria, pintam um quadro financeiro preocupante.

O que não foi atacado, mas foi defendido

Em resposta, a Coopmed saiu em defesa da “competência”, “ética” e “responsabilidade” de sua equipe jurídica – aspectos que sequer foram questionados no artigo original. O Blog do BG criticou exclusivamente os valores astronômicos e a falta de transparência nos gastos, não a qualidade do trabalho jurídico.

Esta desconexão entre o que foi publicado e o que foi respondido não parece acidental. Ao criar uma polêmica inexistente sobre a competência de seus advogados, a Coopmed desvia o foco das cifras que realmente incomodam: os R$ 5,5 milhões que saíram dos cofres da cooperativa.

Cortina de fumaça

A estratégia é clara: em vez de explicar como R$ 3,6 milhões em “Honorário Recuperação Tributo” beneficiaram os cooperados, ou detalhar os resultados concretos dos demais investimentos jurídicos, a cooperativa prefere atacar um “sensacionalismo” que não existe e defender uma “competência” que não foi questionada.

Os médicos cooperados, que bancam esses gastos milionários, merecem transparência sobre os resultados obtidos, não uma defesa de aspectos que ninguém atacou.

Quando uma instituição gasta R$ 5,5 milhões em três anos, a prestação de contas deveria ser automática, não uma cortina de fumaça.

A reação desproporcional da Coopmed sugere desconforto com o escrutínio público sobre suas finanças. Uma gestão transparente e segura de suas práticas não precisaria criar polêmicas imaginárias para desviar atenção dos números reais.

Ao defender o que não foi atacado, a Coopmed acabou confirmando o que realmente incomoda: não são as críticas à competência jurídica, mas sim a exposição de gastos que podem gerar questionamentos legítimos da classe médica sobre a gestão financeira da instituição.

Os cooperados pagam a conta e merecem respostas sobre os números, não sobre questões que ninguém levantou.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *