Política

Ciro Gomes investe em “3ª via” e se lança como candidato ‘nem Lula, nem Bolsonaro’

Foto: Reprodução

O ex-governador do Ceará e pré-candidato às eleições de 2022 Ciro Gomes (PDT) se lançou como candidato à terceira via. Em vídeo publicado nas redes sociais nesta segunda-feira (12), Ciro diz que o “mais difícil” é saber “o que devemos fazer” no projeto do País. “Porque o mais fácil a gente sabe o que é: nem Lula, nem Bolsonaro”.

De acordo com o pré-candidato, suas críticas contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que vêm se intensificando nos últimos meses, têm em vista o que o ex-presidente “diz que fez e não fez”. “É pelo que ele fez de errado e tentou esconder. E, principalmente, pelo que ele fará e não terá condições de fazê-lo”, afirmou o pedetista. Na avaliação de Ciro, Lula não tem um projeto claro para comandar o Brasil. “Não tem nova proposta nem energia sincera para fazê-lo”.

Já nas críticas contra a reeleição do chefe do Executivo, Jair Bolsonaro (sem partido), Ciro diz que condena tudo o que o presidente representa. “As mentiras e as traições que cometeu e vem cometendo contra o povo brasileiro e maldade e a destruição entranhadas em sua alma”, declara. Ciro classifica que Bolsonaro representa “atraso, trevas e tragédia”.

“Eu tenho um plano completo para tirar o Brasil desse dilema”, garante Ciro.

Ao se lançar como a solução da polarização entre Lula e Bolsonaro, o ex-governador do Ceará aproveita os dados do levantamento Genial/Quaest, divulgado na quarta-feira (7), que mostrou que 31% dos brasileiros dizem que não gostariam que nem Lula da Silva nem Bolsonaro vencessem as eleições. Segundo a pesquisa, 57% dos entrevistados ainda estão indecisos sobre a intenção de voto para o pleito de 2022.

Estadão

 

Opinião dos leitores

  1. Bolsonaro tá esquecendo que tem mais gente andando de ônibus do que de moto. Ele num se ligue não.

  2. Se Bolsonaro continuar falando merda do jeito que fala, vai afundar… Não está se comportando a altura do cargo, votei nele mas do jeito q vai, vai abrir brecha p Ciro. E se brincar Bolsonaro vai ser o Terceiro. Ele está desqualificando o brilhante governo dos seus ministros, infelizmente.

  3. Ciro não ganha,tem os mesmos arrobos do Bozo.Melhor o profeta,poeta,declamador de prosas,Mandeta!!!!

  4. Quando começar a disputa no segundo turno, terei dúvida se irei votar em Ciro ou em Lula. Acredito que quem ganhar, fará bem melhor que o atual Presidente.

    1. Quando começar???
      Kkkkkkk
      Ja começou desde o dia da posse do Mito.
      Estamos reeleitos de lá pra cá não apareceu um adversário a altura. vamos pra proxima posse.
      Chupa petralhada!
      Kkkkkkkkkkkkkkkk

    2. Continua com seu pensamento, pois ele vai ser eterno. Escolheu bem seu apelido kkkk

  5. Ai dentro!!!!!!!!!!
    Cirão é um descontente com o PT, é ele e a Marina Silva com dor de cotovelo porque o ladrão Lula não apoia eles.
    Tô fora!!!
    Irrrrrrhuuuuuuuuuu!!!!!
    Mito 2022 até 2026.

  6. Esquerda nunca mais. Curei-me. Ser-me-ia louco se a aceitasse. Representa tudo que não concordo como cristão. Acordei.

  7. Sai fora Cirão!!
    Deixa de siscado que nem galinha choca.
    Vc nunca foi e nunca será a melhor opção pra se votar.
    Ate bem pouco tempo vc tava lambendo as botas de Lula ladrão atrás que ele te apoiar nesse teu projeto de ambição.
    Sai fora o Brasil sabe que vc é farinha do mesmo saco, tá dizendo isso agora porque o ladrão te rejeitou.
    É vc e a Marina Silva, dois descontente e dois derrotados, sendo assim o Brasil vai com o doido mesmo, até aparecer outro MITO outra vez, o que não é fácil a essas alturas do campeonato.
    Tchau!!!!
    Ficam aí chupando o dedo viu???
    É shou!!
    Papai!!!

    1. Um cara de esquerda, pró-drogas e pró-aborto? Variante Delta do PT e PSOL. Deus nos livre. Mas o apelido dele devia ser “Margem de erro” nunca passa de 3% em eleição.

    2. Em termos é mesmo… não gostaria que fosse presidente, mas entre ele, Minto e Lularápio, prefiro dar uma chance ao Coroné… mais ainda espero um candidato da terceira via mais centrado…

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Geral

Presidentes de partidos veem Lula distante e dizem que nunca foram procurados para reuniões

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Presidentes de partidos com ministérios no governo Lula afirmam nunca terem sido procurados para reuniões diretas com o presidente.

A queixa dos líderes partidários surge no momento em que cresce o desgaste na relação entre Executivo e Legislativo, especialmente por conta do cabo de guerra envolvendo a derrubada do aumento do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF).

Caciques ouvidos pela TV Globo relataram um distanciamento de Lula na articulação política. Apesar de contarem com ministérios na Esplanada desde o início do terceiro mandato, presidentes do MDB, do União Brasil, do PP e até mesmo do PSD, apontam pouco ou nenhum contato quase com o presidente da República.

Lula já demonstrou a aliados o interesse em se aproximar dos presidentes das legendas, de maneira a afinar a governabilidade do seu terceiro mandato. Apesar disso, os comandantes partidários deixam claro que isso nunca aconteceu.

Interações, só em eventos

Os presidentes partidários restringiram suas interações com Lula a eventos, mas sem oportunidade para discutir sua relação com o governo, bem como propostas e projetos de interesse do Planalto.

O MDB, um dos maiores partidos do país, está no governo desde o primeiro dia da atual gestão, ocupando três ministérios: Cidades, Transportes e Planejamento.

No entanto, fontes próximas ao presidente nacional da legenda, Baleia Rossi, deixam clara a insatisfação pela falta de convites de Lula e apontam que ele jamais foi convidado por Lula para discutir o cenário político ou trabalhar por uma melhor sinergia entre o partido e o Palácio do Planalto.

Situação semelhante é relatada pelo União Brasil. Em entrevista ao programa Estúdio I, da GloboNews, nesta quarta-feira (2), o presidente do União Brasil, Antonio Rueda, foi taxativo: “Desde que assumi a legenda, jamais fui chamado por Lula para uma conversa.”

O partido conta com duas pastas no governo: o Ministério das Comunicações (que teve Juscelino Filho como titular e foi posteriormente assumido por Frederico de Siqueira Filho, aliado da cúpula do partido) e o Ministério do Turismo.

No PP – que possui o Ministério do Esporte com André Fufuca –, o presidente da sigla, senador Ciro Nogueira (PI), é enfático ao afirmar que vê Lula “totalmente afastado dos partidos políticos”.

Ciro afirma que nunca foi convidado para uma reunião com Lula, e “se fosse convidado, não aceitaria”. Ex-ministro da Casa Civil no governo de Jair Bolsonaro e ainda um dos principais aliados do ex-presidente, Ciro faz parte da ala do partido que defende um “desembarque total” do governo.

No caso do PSD, que também ocupa ministérios na Esplanada, o pragmatismo de Gilberto Kassab dilui a insatisfação da sigla com o governo. Ele afirma ter estado com Lula em apenas três ocasiões, desde o início do mandato, em janeiro de 2023, mas não se queixa de distanciamento.

Secretário de Governo e Relações Institucionais do governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos), em São Paulo, Kassab já fez críticas públicas à equipe econômica do governo e tem enfatizado sua associação com o governador.

G1

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Geral

Cotado para ministério de Lula, Boulos ataca centrão nas redes com mote ‘ricos contra pobres’

Foto: Marlene Bergamo/Folhapress

O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), que foi o candidato de Lula (PT) nas eleições municipais em São Paulo e é cotado para a Secretaria-Geral da Presidência, tem protagonizado ataques ao centrão nas redes sociais em ofensiva de lulistas após a derrubada pelo Congresso do decreto do IOF (Imposto sobre Operação Financeira).

Em vídeos e cards, Boulos diz que o governo Lula foi derrotado na votação da semana passada porque resistiu a pressões do Congresso e do mercado financeiro para cortar gastos com a população pobre.

Haveria, segundo o deputado, uma aliança entre o centrão e a direita para aumentar a insatisfação popular por meio dos cortes, enfraquecer Lula e pavimentar o caminho para a eleição de um candidato de direita em 2026.

“Se juntam para derrubar o decreto do Lula e tentar forçar o governo a fazer os cortes no lombo do povo. É o lobby dos bilionários que atuou para que eles não paguem nada e o povo pague a conta”, diz o deputado em uma das postagens.

Das últimas 21 postagens do perfil do deputado no Instagram, 10 são ataques ao centrão ou à direita no Congresso. Outras quatro tratam do que seria a luta do governo por justiça tributária —discurso que governistas mobilizaram nas redes desde a derrota da quarta-feira passada.

Perfis próximos, inclusive o da deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), mobilizam a palavra de ordem “Congresso inimigo do povo”, mas Boulos evita o mote por enquanto. Ele também não direcionou críticas diretas ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).

Motta demonstrou irritação com o mote da mobilização governista.

A postura de Boulos contrasta com a de outras figuras proeminentes no governo e na base aliada.

Mesmo o usualmente combativo deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) tem feito críticas mais amenas à conduta do Congresso, e o tom das postagens do líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), é visivelmente mais leve.

Igual é a postura da ministra Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais), responsável pelas relações com o Congresso, que chegou a ir às redes sociais defender o presidente da Câmara dos Deputados.

“O debate, a divergência, a disputa política fazem parte da democracia. Mas nada disso autoriza os ataques pessoais e desqualificados nas redes sociais contra o presidente da Câmara, deputado Hugo Motta”, escreveu no X.

Procurado pela Folha, Boulos disse que nenhum colega parlamentar manifestou incômodo com suas postagens e disse que a direita tem que aprender a receber críticas.

“As críticas são parte do jogo democrático. Da mesma forma que a direita ataca, tem que saber ser atacada. É importante o povo saber o que está em jogo no país neste momento”.

Folha de S.Paulo

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Geral

Vereadora suspeita de contratação feita por Erika Hilton e aciona PGR

Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

A vereadora da cidade de São Paulo Zoe Martínez (PL) acionou a Procuradoria-Geral da República (PGR) contra a deputada federal Erika Hilton (PSol) por suscitar a hipótese da prática de improbidade administrativa. Martínez levanta suspeitas a respeito da contratação de uma empresa de segurança privada pela deputada. Conforme a petição, organização privada não tem autorização para atuar no segmento.

No Portal da Transparência da Câmara consta que em março deste ano, Erika Hilton fez um pagamento no valor de R$ 8.700,00 para a empresa Mapi Consultoria em Sistemas de Segurança e Proteção Comunitária, sob o CNPJ 45.930.204/0001-60, situada no bairro de Paraíso, na capital São Paulo. A despesa consta dentro da cota parlamentar da deputada e é descrita como “serviço de segurança prestado por empresa especializada”. O questionamento da vereadora é que a empresa contratada pela parlamentar não possui habilitação para atuar no segmento de segurança privada.

Descrição das atividades econômicas secundárias da Mapi

  • Instalação e manutenção elétrica;
  • Representantes comerciais e agentes do comércio de mercadorias em geral não especializado;
  • Comércio varejista de material elétrico;
  • Consultoria em tecnologia da informação;
  • Atividades de vigilância e segurança privada;
  • Atividades de monitoramento de sistemas de segurança eletrônico;
  • Atividades de investigação particular;
  • Serviços de organização de feiras, congressos, exposições e festas;
  • Treinamento em desenvolvimento profissional e gerencial.

A legislação brasileira delega para a Polícia Federal (PF) o controle das empresas de segurança privada no Brasil. Na representação enviada para a PGR, Martínez anexou um ofício da corporação no qual é informado que a Mapi “não possui autorização da PF para atuar no segmento da segurança privada”.

O documento da PF é assinado pelo delegado Rodrigo Strini Franco e teve a autenticidade confirmada pela reportagem do Metrópoles. No ofício, Franco ainda solicita à vereadora o encaminhamento de “maiores informações sobre os serviços supostamente ofertados pela empresa”.

Sede em coworking

Martínez afirma no documento direcionado para a PGR que o endereço constante no CNPJ da empresa de segurança é um coworking, e, diz ainda, conforme a legislação, é “improvável” que tenha as instalações físicas aprovadas pela PF. O endereço citado é Rua Desembargador Eliseu Guilherme, nº 292, conj. 91, Paraíso, São Paulo, caixa postal 159.

“Esta vereadora, Zoe Martínez, fez questão de ir pessoalmente ao local dos fatos, e questionou sobre a existência das empresas, suas salas, suas atividades, e verificar, primeiramente, se existem fisicamente de fato, e ainda, verificar se cumprem todos os requisitos para poder exercer suas atividades regularmente”, diz trecho do requerimento da vereadora Zoe.

Conforme Martínez, a Mapi também aparece na prestação de contas da vereadora da cidade de São Paulo Amanda Paschoal (PSol) com uma nota fiscal referente a maio deste ano no valor de R$ 9.000,00. O serviço prestado seria de “consultoria e monitoramento das redes sociais”, ou seja, destoa da descrição das atividades constantes no CNPJ.

Pedido

No documento direcionado para a PGR, Martínez levanta a hipótese de improbidade administrativa. “Atos de impessoalidade na contratação, devem ser investigadas, e, caso comprovadas, penalizar os envolvidos com base na Lei de Improbidade Administrativa, Lei nº 8429/1922, alterada pela Lei nº 14.230/21”, diz trecho do documento.

A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da deputada Erika Hilton e aguarda um posicionamento. A vereadora Amanda Paschoal não foi localizada, mas o espaço segue aberto.

No CNPJ da Mapi havia dois números de telefone.Um deles não atendeu e no outro, um homem afirmou que o número não pertencia à empresa.

Metrópoles

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Geral

VÍDEO: Comando Vermelho impõe clima de guerra em bairro da Zona Oeste de Natal

Vídeo: Reprodução/BZNoticias

Nos últimos meses, o bairro de Nova Cidade, na zona Oeste de Natal, tem sido palco de intensos confrontos armados entre facções criminosas. O Comando Vermelho (CV), oriundo do Rio de Janeiro, vem disputando território com o Sindicato do RN, facção local que historicamente dominava a região.

Tiroteios frequentes, intimidações e um clima constante de medo. O CV tem utilizado ações violentas e simbólicas para consolidar sua presença, mirando bairros estratégicos como Nova Cidade, Cidade da Esperança e Mãe Luíza.

Apesar da resposta das forças de segurança, a guerra entre as facções continua ativa, afetando diretamente a vida cotidiana da população.

BZNoticias

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Esporte

LUTO NO FUTEBOL: Diogo Jota, do Liverpool, morre em acidente na Espanha

Foto: Jason Cairnduf/Reuters

O futebol europeu amanheceu de luto nesta quinta-feira (3). O atacante português Diogo Jota, de 28 anos, que defendia o Liverpool e a seleção de Portugal, faleceu em um grave acidente de carro na província de Zamora, na Espanha.

Segundo informações do jornal espanhol Marca, o acidente ocorreu na altura do quilômetro 65 da rodovia A-52, na região de Sanabria. O veículo em que o jogador estava saiu da pista e pegou fogo. Jota estava acompanhado do irmão, André, de 26 anos, que também faleceu no acidente.

Natural de Massarelos, nascido em 1996, Diogo Jota iniciou sua trajetória no Paços de Ferreira, teve passagem de destaque pelo Porto e ganhou projeção internacional atuando pelo Wolverhampton. Em 2020, foi contratado pelo Liverpool, onde viveu o melhor momento da carreira, conquistando títulos importantes como a Premier League, a Copa da Inglaterra e duas Copas da Liga.

Pela seleção portuguesa, Jota foi presença constante nas convocações e somou 14 gols em 47 partidas. No mês passado, levantou o troféu da Liga das Nações, em final emocionante contra a Espanha, decidida nos pênaltis após empate em 2 a 2.

A morte de Diogo Jota representa uma enorme perda para o futebol mundial.

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Geral

IOF: Número 2 da Fazenda ouve pedido de Alcolumbre para que governo cesse ‘nós contra eles’

Foto: Senado e Ministério da Fazenda

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, número 2 de Fernando Haddad, se reuniram nesta quarta-feira, 2, em Brasília, em uma primeira aproximação desde a derrota do governo na votação para a derrubada do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Durigan ouviu de Alcolumbre que o discurso do “nós contra eles” entoado pelo governo precisa parar em nome de uma pacificação.

A reunião foi pedida por Durigan, que também se reuniu com líderes da Câmara que não viajaram a Portugal para o “Gilmarpalooza”. Como mostrou a Coluna do Estadão, os encontros são uma primeira tentativa de “quebrar o gelo” após o acirramento da tensão política provocada pela derrubada do aumento do IOF pelo Congresso e, em seguida, pela decisão do governo de recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Desde que a crise escalou, como admitiu o próprio Haddad, as conversas entre a equipe econômica e o Parlamento cessaram.

Alcolumbre tem dito nos bastidores que vai trabalhar para reduzir a tensão, mas espera que o governo faça a sua parte, mostrando que também deseja pacificar a relação.

Senadores afirmam, sob reserva, que dois gestos nessa direção foram dados nesta semana: a conclusão da votação da medida provisória (MP) que permite ao governo ampliar em R$ 15 bilhões os gastos com o Minha Casa Minha Vida e a MP do crédito consignado privado – as poucas iniciativas do governo Lula mirando a classe média.

A expectativa de parlamentares agora é que o governo, de sua parte, pare de patrocinar campanhas nas redes sociais que tratam o Congresso como “inimigo do povo” e defensor de lobbies privados.

Haddad é um dos principais porta-vozes dessa narrativa, iniciada com a fala de que o governo Lula quer que “os moradores da cobertura” paguem mais imposto, ainda que o aumento do IOF alcance também pequenas empresas do Simples e empreendedores do MEI.

O discurso ganhou tração após a votação dos vetos de Lula no setor elétrico, quando parlamentares votaram por permitir a inclusão de novos custos nas contas de luz. A votação foi negociada com a equipe política do governo, mas a culpa recaiu sobre o Congresso – o que irritou Alcolumbre e a cúpula do Senado.

O senador disse a Durigan que a hora é de calma e de cautela, pois o acirramento prejudica o diálogo e o debate político, e que os ataques “não são justos” no momento em que votações de interesse do governo avançam.

A dúvida principal agora é sobre o projeto que isenta quem ganha até R$ 5 mil do Imposto de Renda, como mostrou o Estadão. O projeto está na Câmara, sob relatoria de Arthur Lira (PP-AL), e já está atrasado, segundo cronograma apresentado pelo próprio parlamentar.

Deputados creem que o tema já está contaminado pelo clima de tensão, o que pode afetar a principal bandeira política que Lula pretende levar para a eleição do ano que vem.

Estadão

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Geral

Lula rejeita sancionar aumento de deputados e avalia manter ônus com Congresso ou vetar proposta

Foto: Gabriela Biló/Folhapress

O presidente Lula (PT) deverá evitar sancionar o projeto de lei que aumenta o número de deputados federais, aprovado pelo Congresso na semana passada, segundo integrantes do governo e parlamentares governistas.

Lula tem até o dia 16 para sancionar o texto, mas aliados dizem que hoje essa possibilidade está descartada. De acordo com os relatos, são discutidos dois cenários: ele não se pronunciar a respeito da proposta, e o Congresso promulgar o texto; ou o veto presidencial à medida.

Lula não descarta vetar a proposta, segundo auxiliares, o que ocorreria em meio à queda de braço com o Legislativo após a derrubada do decreto do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Apesar disso, há um movimento no entorno do petista para que nenhuma decisão seja tomada no calor dos eventos recentes.

Aliados ressaltam a impopularidade do projeto que aumentou o número de deputados e dizem que, por ser iniciativa dos parlamentares, não haveria motivos para que o governo se envolva com o tema —sob o risco de, ao sancionar o texto, ser alvo de críticas pela opinião pública num momento de baixa popularidade.

Pesquisa Datafolha divulgada no último dia 17 mostrou que 76% dos brasileiros são contra o aumento de deputados e apenas 20% são a favor.

O cenário mais provável neste momento é que Lula não sancione nem vete a proposta. Assim, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), terá de promulgar o texto.

Apesar de recomendações pelo veto, há um grupo de auxiliares do presidente que desaconselham esse movimento por causa do risco de acirramento ainda maior na tensão entre Palácio do Planalto e Congresso.

Um auxiliar de Lula disse à reportagem que, ao não se manifestar sobre o projeto, o governo evita ser acusado de interferir numa questão interna da Câmara.

Aliados reconhecem, no entanto, que vetos são prerrogativa do presidente da República, assim como o Legislativo pode derrubá-los. Assim, a avaliação do cenário nos próximos dias pode ser decisiva, ainda segundo esses interlocutores.

O projeto de lei complementar aumenta o número de deputados de 513 para 531, com impacto anual estimado por deputados de cerca de R$ 65 milhões com os custos da criação das novas vagas, incluindo salários, benefícios e estrutura para novos congressistas.

A proposta sofreu críticas até mesmo de parlamentares e foi aprovada por senadores num placar apertado. O texto voltou à Câmara e no mesmo dia foi aprovado a jato por deputados, seguindo para a sanção presidencial.

Aliados de Lula lembram que o governo poderá ser cobrado por sancionar a proposta num momento em que é discutida a revisão de gastos e em que integrantes do Planalto e parlamentares aliados têm reforçado a retórica da luta entre pobres e ricos.

Quem defende que o petista não sancione a proposta afirma que a atitude poderia ser uma sinalização da insatisfação do Planalto com os parlamentares após a derrubada do decreto do IOF e uma demonstração de que o Executivo não ficará inerte nesse embate com os congressistas —mas sem gerar grande crise com o Legislativo.

Um vice-líder do governo, por sua vez, diz que o melhor cenário seria se Lula sancionasse a medida, numa sinalização ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que foi um dos principais articuladores do projeto. Na avaliação desse deputado, o presidente mostraria que atendeu a um pedido caro de Motta.

A tensão com o Congresso aumentou após o Legislativo derrubar do decreto do IOF e o governo entrar com ação no STF (Supremo Tribunal Federal) para tentar reverter a medida. Nesta quarta (2), na Bahia, Lula defendeu a iniciativa e classificou como “absurda” a decisão de Mottacolocar o tema em votação, alegando que houve descumprimento de acordo.

“O erro, na minha opinião, foi o descumprimento de um acordo, que tinha sido feito no domingo [8 de junho] à meia-noite na casa do presidente Hugo Motta. Lá estavam vários ministros, deputados, o ministro [Fernando] Haddad com sua equipe e, quando chega na terça-feira, o presidente da Câmara tomou uma decisão que eu considerei absurda”, acrescentou o petista.

O projeto que aumenta o número de cadeiras na Câmara foi articulado pela Casa em reação a uma determinação do STF para que o número de deputados, que varia de estado para estado, fosse proporcional ao número de habitantes medido pelo Censo de 2022.

Em vez de redistribuir as 513 cadeiras entre os estados e o Distrito Federal, o que levaria parte das unidades federativas a perder representantes, a Câmara decidiu criar mais 18, contemplando aqueles que tiveram aumento populacional. Com isso, evitou-se que a bancada da Paraíba, estado de Motta, diminuísse de tamanho, por exemplo.

Com a mudança aprovada no Congresso, devem ganhar mais vagas na Câmara em 2027 os estados de Pará e Santa Catarina (quatro cada um), Amazonas, Mato Grosso e Rio Grande do Norte (duas cada), Goiás, Ceará, Paraná e Minas Gerais (uma cada).

Folha de S.Paulo

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Esporte

Rodrigo Santana é o novo técnico do ABC

Foto: Divulgação

O ABC tem um novo comandante para a sequência da Série C do Campeonato Brasileiro. Rodrigo Santana, de 43 anos, foi oficialmente anunciado como técnico do Mais Querido nesta terça-feira (2). O treinador chega para substituir Evaristo Piza, demitido após a derrota para o Ypiranga no último domingo (29), no Frasqueirão. O novo comandante chega ao Mais Querido ao lado do auxiliar técnico Neto Pajolla.

Com passagem recente pelo Remo, onde fez uma campanha de recuperação e conquistou o acesso à Série B em 2024, Rodrigo estava livre no mercado desde março. Apesar do bom desempenho, acabou desligado do clube paraense no início da atual temporada.

No currículo, o novo técnico abecedista ainda acumula trabalhos em clubes como Atlético-MG, Avaí e Coritiba.

A negociação com Santana foi antecipada pelo programa Jogo Rápido, da 96 FM, na última segunda-feira (30). Antes de bater o martelo com o novo treinador, o clube também manteve conversas com nomes como Marcelo Chamusca e Bruno Pivetti, mas sem avanço.

Rodrigo viaja direto para Aracaju (SE), onde se juntará à delegação e comandará o treino visando a partida diante do Confiança/SE, pela 11ª rodada do Brasileirão Série C.

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Brasil

PT propõe novo imposto federal para quem possui arma de fogo

(Foto: Kayo Magalhães / Câmara dos Deputados)

Um novo projeto de lei apresentado por parlamentares do PT quer cobrar imposto de quem possui armas de fogo no Brasil. A proposta, de número 9/2025, cria o Imposto sobre a Propriedade de Armas de Fogo (IPAF), com cobrança periódica sobre a posse de armas, atingindo desde colecionadores e caçadores até atiradores esportivos e profissionais que usam armas no exercício da função.

De autoria do deputado Alencar Santana (PT-SP) e outros correligionários, o projeto tramita na Câmara dos Deputados e faz parte do pacote da reforma tributária. A ideia é instituir um novo tributo federal que será pago de forma periódica por pessoas físicas e jurídicas que detêm armas de fogo.

O IPAF seria cobrado além dos impostos já existentes sobre a aquisição e comercialização de armamentos. Ou seja, mesmo após comprar a arma legalmente e pagar os tributos envolvidos na transação, o proprietário ainda teria que arcar com um novo imposto apenas por mantê-la registrada em seu nome.

O projeto ainda não define o valor ou a alíquota do imposto, mas estabelece que o governo deverá regulamentar os critérios de cobrança, forma de arrecadação e pagamento.

O impacto atinge diretamente:

  • CACs (Caçadores, Atiradores e Colecionadores)
  • Atiradores esportivos
  • Profissionais da segurança privada
  • Pessoas físicas que possuem armas registradas

A medida também pode afetar indiretamente o mercado de armas e munições, aumentando os custos de manutenção legal dessas ferramentas.

Relator da matéria na Comissão de Segurança Pública, o deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP) criticou a iniciativa e classificou o projeto como uma estratégia de caráter proibitivo. “O objetivo não é regular uma atividade econômica, mas sim, meramente, impedir o acesso do pobre à arma de fogo. É um esforço da esquerda de negar acesso à arma de fogo, à defesa ao pobre”, afirmou Bilynskyj.

Armas fora do Imposto Seletivo

A criação do IPAF ocorre após a decisão do Congresso de retirar as armas da lista de produtos sujeitos ao Imposto Seletivo, previsto na reforma tributária. O seletivo, apelidado de “imposto do pecado”, incidirá sobre produtos prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente — como cigarros e bebidas alcoólicas — mas não mais sobre armas, após forte pressão de parlamentares contrários à taxação do setor.

Com isso, o PT propõe esse novo caminho para tributar o setor armamentista, separando o IPAF do Imposto Seletivo.

Discussão mais ampla

A proposta deve acirrar debates no Congresso e na sociedade, principalmente sobre direito à legítima defesa, controle de armas e segurança pública. Para os autores do projeto, a medida tem caráter fiscal e regulatório. Já críticos da proposta afirmam que a taxação penaliza cidadãos que buscam proteger a própria família ou praticar atividades esportivas legalizadas.

A tramitação do projeto ocorre em paralelo às discussões da reforma tributária, que tem como objetivo simplificar o sistema atual, criando o Imposto sobre Valor Agregado (IVA) e extinguindo tributos como ICMS, IPI, ISS, PIS e Cofins.

Gazeta do Povo

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Política

VÍDEO: Marina Silva volta a ser insultada no Congresso e dá resposta desconcertante a deputado

 

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Uma publicação compartilhada por VEJA (@vejamais)

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, participa, nesta quarta, da reunião da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara.

A exemplo do ocorrido quando esteve no Senado para debater questões ambientais com ruralistas, a auxiliar de Lula enfrentou críticas e grosserias dos integrantes do colegiado. Os políticos atacaram a gestão de Marina, o Ibama e o presidente Lula.

“O Ibama é uma instituição altamente respeitada. Que faz seu trabalho com ameaças de criminosos”, disse Marina, criticando um parlamentar que chamou agentes de Ibama de bandidos.

Deputado do PL de Santa Catarina, Zé Trovão fez uma fala sobre saneamento em que acusou a ministra do Meio Ambiente de não ter vontade de trabalhar para resolver a questão, que estaria atrelada, segundo ele, a morte de crianças no Acre, estado de origem da ministra.

O deputado também disse que Marina foi jogada na cova dos leões pelo próprio Lula, que teria zero apreço pela ministra. “A senhora como ministra é uma vergonha”, disse Trovão.

Marina, que participou da reunião gripada, ficou visivelmente constrangida pela falta de liturgia dos parlamentares em diferentes momentos, mas não deixou de responder aos ataques.

“É uma forma desrespeitosa de tratar uma mulher. Quando um homem ergue a voz, ele está sendo incisivo, quando uma mulher fala com firmeza”, disse Marina, sendo interrompida em diferentes momentos pelos homens e até por parlamentares mulheres.

Marina foi acusada de “fazer show” ao rebater as grosserias. Quando pediu mais tempo para falar, ouviu de outro parlamentar que ela rebatia os ataques “para se fazer de vítima”.

VEJA 

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