Política

Conspirador, leal, bom negociador? Afinal, quem é Michel Temer?

em-1984-o-secretario-de-seguranca-publica-michel-temer-com-mario-covas-da-esq-para-dir-fernando-henrique-cardoso-o-entao-governador-de-sp-franco-montoro-e-o-comandante-da-pm-nilton-viana-1462792987986_615x300Temer (ao microfone) nos tempos do governo Montoro (ao centro), seu padrinho político

Considerado discreto e hábil negociador, o advogado e professor de direito Michel Miguel Elias Temer Lulia (PMDB), 75, chega à Presidência da República, o maior desafio de sua trajetória, de forma interina, com uma larga experiência política e algumas suspeitas. Em 2016, com a fama de gostar do que faz, ele completa 35 anos de política partidária –sua militância começou, porém, há mais de 50 anos.

O presidente interino, nascido em 1940 na cidade de Tietê (a 143 km a noroeste da capital paulista), filiou-se ao PMDB em 1981, época em que o partido liderava a oposição à ditadura e Franco Montoro era senador e o principal líder da legenda em São Paulo. Temer é o segundo pupilo de Montoro a chegar à Presidência da República –o primeiro foi Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

Eleito governador de São Paulo em 1982, Montoro nomeou Temer como procurador-geral do Estado e depois como secretário da Segurança Pública. A atuação no governo do padrinho político serviu de trampolim para Temer arriscar-se em sua primeira candidatura. Lançou-se candidato a deputado federal em 1986 e conseguiu se eleger para participar da Assembleia Constituinte.

Democracia cristã

A ligação com Montoro remontava à década de 1960, quando este era um dos líderes do PDC (Partido Democrata Cristão). “Ele [Montoro] fazia um grupo de estudos. E eu trabalhei muito nas teses da democracia cristã, liderado pelo Montoro”, afirmou Temer em entrevista publicada em seu canal no YouTube em 2014. Temer e Montoro, que era católico, também conviveram como professores na PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo).

Morto em 1999, Montoro era tido como político preocupado com o social, apesar de não ser socialista. Foi importante opositor da ditadura e artífice da campanha de redemocratização do país na década de 1980. Deixou o PMDB em 1988 para fundar o PSDB, partido com o qual Temer e os peemedebistas mantêm laços.

“A linha do Michel é a da Constituição. Nossa Constituição é neoliberal. Ela prestigia o capital, a liberdade de iniciativa, mas ao mesmo tempo tem um número grande de cláusulas de caráter social”, afirma o advogado e professor Adilson Dallari, amigo de longa data de Temer.

Amigos destacam lealdade

O peemedebista construiu uma carreira política procurando se afastar dos holofotes, das polêmicas e dos conflitos. “Ele é modesto e não é exibido. Um dia me disse a seguinte frase: não tenho a mínima vocação para carro alegórico. Ele é de grande sobriedade”, diz o também advogado e professor Celso Antônio Bandeira de Mello, outro antigo amigo do presidente interino.

Chamado de golpista por apoiadores da presidente afastada Dilma Rousseff (PT), Temer goza de um conceito completamente diferente entre muitos que conviveram com ele ao longo de sua vida.

“A Dilma não poderia ter um vice mais leal do que ele, mas nem a pessoa mais leal do mundo resiste ao desaforo contínuo. Michel é um homem extremamente leal e posso garantir [isso] porque foi meu secretário. Ele foi obrigado a tomar as posições que tomou porque foi completamente hostilizado, desprezado e humilhado até. Ele é um homem que tem muita dignidade”, argumenta o ex-governador de São Paulo Luiz Antônio Fleury Filho (PMDB).

Fleury é especialmente grato a Temer por este ter assumido a Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo logo após o massacre do Carandiru, em 1992, quando 111 detentos foram assassinados pela Polícia Militar. Foi o pior momento do governo Fleury.

“Uma característica marcante no Michel é o equilíbrio que ele tem em momentos de crise. Tem uma capacidade de controle pessoal que é invejável. Quando ocorreu o episódio do Carandiru, ele não titubeou. Aceitou na mesma hora. Fiquei muito grato porque era um momento difícil.” De acordo com Fleury, o principal mérito de Temer na ocasião foi pacificar o ambiente dentro das polícias Militar e Civil de São Paulo.

Mesmo divergindo politicamente de Temer e se opondo ao impeachment, Bandeira de Mello também aponta a lealdade com uma das qualidades do amigo. “É uma pessoa extremante digna e leal, um homem muito equilibrado, muito sereno.”

Advogado conciliador

Filho de imigrantes libaneses, Temer seguiu os passos de três de seus sete irmãos e se mudou para São Paulo aos 16 anos para estudar e entrar na carreira de Direito. Na Faculdade de Direito do largo São Francisco, vinculada à USP (Universidade de São Paulo), envolveu-se com a política estudantil.

Pertencia, na instituição, ao Partido Independente. Tratava-se, segundo Adilson Dallari, de um grupo de centro-esquerda que se opôs à ditadura implantada em 1964.

Depois de concluir o curso, Temer foi oficial de gabinete de Ataliba Nogueira, então secretário estadual de Educação no governo Adhemar de Barros.

Entre o fim da década de 1960 e os anos 1970, o presidente interino montou um escritório de advocacia com Geraldo Ataliba, Celso Antônio Bandeira de Mello e Celso Bastos.

Celso Bandeira de Mello e Adilson Dallari, que também trabalhou no escritório, dizem que Temer era o melhor advogado do grupo. Para Bandeira Mello, Temer levava vantagem por escrever bem e fazer petições objetivas. “Ele sempre ganhava [as causas].”

Temer trabalhava mais com questões cíveis, especialmente com litígios sobre contratos. Segundo Dallari, as qualidades de hábil negociador já apareceram neste momento.

“O Michel tem uma vocação para conciliar interesses. Ele nunca diz “não”. Mesmo que você tenha uma opinião contrária à dele, ele vai dizer “bom, olha, seu argumento é ponderável, mas quem sabe você não acha isso”. Enfim, o cara é genial para fazer acordo. No escritório, isso funcionou que era uma beleza. Todo mundo saía satisfeito”.

Presidente da Câmara e do PMDB

Além do apoio de Montoro na década de 1980, o reconhecimento como constitucionalista e a capacidade para negociar impulsionaram sua carreira política. Depois de participar da Assembleia Constituinte, emendou cinco mandatos como deputado federal.

No começo da década de 1990, voltou por alguns anos a São Paulo para ser novamente procurador-geral do Estado e secretário da Segurança durante o mandato de Luiz Antônio Fleury.

O bom trânsito nos bastidores da política levou-o a se eleger presidente da Câmara. Ao longo dos dois primeiros mandatos, de 1997 a 2001, chegou a assumir a Presidência do país interinamente por seis dias. Na época, o PMDB apoiava o governo Fernando Henrique Cardoso.

Temer assumiu a presidência nacional do partido em 2001, consolidando sua projeção no país, sua fama de negociador e deixando para trás o ex-governador Orestes Quércia, antigo líder da legenda em São Paulo.

Ao longo do primeiro do mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, o PMDB voltou ao governo. Em 2009, Temer foi novamente eleito presidente da Câmara. Como deputado, conseguiu aprovar projetos de lei como o de combate ao crime organizado, o de criação de juizados especiais e os que ajudaram a formar o Código de Defesa do Consumidor.

Se Dilma carrega a fama de ter aversão a políticos, Temer é o oposto. “Algumas vezes eu estive lá na Câmara quando ele [Temer] era presidente da Casa. Eu ficava horrorizado. O ambiente político ali parecia um ninho de escorpião. Era uma coisa danada, aquela vida infernal, você tem que tomar cuidado o tempo todo, e ele tinha que consertar tudo. Perguntei a ele: como você aguenta isso? Ele dizia: eu gosto, eu gosto”, conta Adilson Dallari.

Aliança e crise com o PT

Em 2010, PT e PMDB fecharam acordo para a eleição presidencial e lançaram a chapa Dilma Rousseff e Michel Temer. O peemedebista licenciou-se da presidência do partido e assumiu a vice-presidência do país.

Apesar da fria relação entre Dilma e Temer, PT e PMDB mantiveram a chapa e conseguiram a reeleição em 2014. Na crise política de 2015, a presidente recorreu ao vice no meio do ano e o alçou à condição de articulador político do governo. A experiência durou pouco tempo.

“Foi um período muito tenso porque ele exerceu plenamente a função de articulador do ponto de vista de acerto com as bases partidárias, em relação a posições, a cargos. Mas o que se acertava [com Temer] se desacertava no entorno da Dilma. Alguns acordos efetuados não foram cumpridos pelo PT. Michel Temer pediu para se afastar do cargo de articulador. Sentiu que estava sendo sabotado”, diz o marqueteiro e consultor político Gaudêncio Torquato, amigo do presidente interino.

“Michel foi muito paciente com a Dilma. Infelizmente para ela, ele foi extremamente sabotado pelo PT. Ela desperdiçou o melhor articulador político que ela tinha à mão e disposto a ajudá-la. E aí chegamos no ponto que nós chegamos”, diz Fleury, que aponta o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, como o principal obstáculo à relação PT-PMDB. “Ele [Mercadante] azedou tudo.”

Insatisfeito com o tratamento que recebia da presidente, Temer não evitou que o PMDB decidisse por sair do governo no começo de 2016 e por apoiar, na Câmara e no Senado, o impeachment de Dilma.

“Temer tem influência grande no partido, mas não liderou essa movimentação. Tem alguns líderes do partido que tomaram essa posição. Ele percebeu que a maioria era por esse afastamento. Então simplesmente endossou as posições encaminhadas por seus correligionários”, comenta Torquato sobre a saída do PMDB do governo.

Segundo Torquato, o episódio que selou o rompimento definitivo entre Temer e Dilma foi a divulgação da carta escrita pelo então vice à petista em 7 de dezembro, logo depois do acolhimento do pedido de impeachment pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Na carta, Temer reclamava de ser um vice decorativo e da tentativa de governo de dividir o PMDB. Também se queixava que a presidente e seu entorno desconfiavam dos peemedebistas, incluindo ele próprio.

“O Michel se colocou à disposição e engoliu muito sapo. Para fazer um desabafo daquele, mandar aquela carta que foi tão criticada, é que o sapo já não descia mais. Ele precisava achar espaço no estômago para mais sapo. Então teve que vomitar aquela carta”, diz Fleury.

Tornado público, o texto agravou a crise política no governo. O grupo de Temer alega que a carta tinha caráter pessoal e não deveria ser divulgada. Nem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi capaz de reverter o quadro e atrair de volta o apoio do PMDB.

Suspeitas e condenação

Temer não chega à Presidência livre de suspeitas e ameaças. Delatores da operação Lava Jato apontaram supostas relações do peemedebista com envolvidos no esquema de corrupção na Petrobras. Ele alega inocência e permanece fora da lista de investigados na operação.

Outra suspeita foi levantada em uma mensagem que indica que Temer teria recebido R$ 5 milhões da construtora OAS. Ele diz que o dinheiro foi uma doação legal de campanha.

Na operação Castelo de Areia, que investigou a Camargo Corrêa, a Polícia Federal encontrou documentos que citam 21 vezes o nome de Temer ao lado de quantias que somam US$ 345 mil. A operação foi anulada pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) e, na época, Temer negou irregularidades.

O peemedebista já foi citado em investigações sobre o porto de Santos, considerado sua área de influência, e também negou irregularidades à época.

Na semana passada, ele foi condenado pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de São Paulo por fazer doações de campanha acima do limite permitido por lei, o que deve torná-lo “ficha-suja” para a Justiça Eleitoral. Temer admite o fato, mas diz que foi apenas “erro de cálculo” –ele ainda pode recorrer da decisão no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Ele também é alvo de um pedido de impeachment por ter assinado decretos de verba suplementar em 2015, uma acusação também feita no processo contra Dilma.

Além disso, Dilma e Temer são alvos, no TSE, de processos que pedem a cassação da chapa de ambos, o que poderia levar a uma nova eleição. Ele informou que “todas as doações a sua campanha de 2014 estão de acordo com a legislação eleitoral e foram apresentadas ao TSE e aprovadas”.

UOL

Opinião dos leitores

  1. É um TRAIDOR, aliás é uma prática comum do seu partido PMDB, o mais fisiologista do Brasil, que o digam Micarla e Rosalba recentemente aqui no nosso pobre Estado. Não que eu as apoiasse, mais a covardia faz parte da história do PMDB. Além de TRAIDOR, entrará para a história como um GOLPISTA, além de ser FICHA SUJA.

    1. Na atual situação brasileira o discurso de buscar um santo puro e inquestionável para assumir o governo, beira a insanidade mental.
      Não passa de mero discurso oportunista de quem vai sair.
      Para ser político no Brasil tem que jogar fora a inocência, a retidão, a conduta 100% correta.
      Política no Brasil é feita de oportunistas e leva quem tem o maior jogo nas conversas. Isso é cultural, desde o ano de 1500.
      Porém o inverso é verdade, não podemos deixar o Brasil nas mãos das piores cobras que se tem notícia na história da política brasileira. Um grupo dominador, doutrinador, onde os meios justificam os fins para manter um projeto de poder.
      Um grupo corrupto que coloca um partido imoral acima dos interesses de uma nação, aparelhando de forma ilegal o Estado, para enriquecimento de uns. Um partido que tem toda sua cúpula investigadas e muitos já condenados.
      Estávamos entregue a pior espécie política já registrada na história brasileira, todos oriundos de movimentos comunistas e que durante 14 anos eram apoio incondicional a países dominados por ditadores. Nada no Brasil é pior do quê aqueles que até o da 12/05/2016 estavam no poder.
      Não escrevo meias verdades, falo apenas de fatos devidamente comprovados e de conhecimento público, embora o PT tente escondê-los.

    2. Colosso disse tudo, quanto ao Rica fico com pena porque foram isto que deram durante muitos anos, o Partido das Trevas só tinham coisas ruins para nos dar.
      Agora não, fomos salvos por alguém que tem sim biografia e não folha corrida.
      Toda boa sorte do mundo TEMER

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Cidades

Sete bairros de Natal terão abastecimento de água suspenso no próximo domingo (31)

Foto: Reprodução

A Caern realiza no próximo domingo (31) manutenção para interligação e setorização do abastecimento dentro da obra de requalificação do bairro Cidade Alta, em Natal. O serviço está previsto para ocorrer entre 7h e 18h. Nesse período, a companhia informa que o fornecimento de água estará suspenso para os seguintes bairros: Alecrim (região do Baldo), Areia Preta, Barro Vermelho, Cidade Alta, Mãe Luiza, Petrópolis e Ribeira.

O prazo de normalização, tempo necessário para que todos os imóveis estejam plenamente abastecidos, é de até 48h após o sistema ser religado. A orientação da Companhia é que a população reserve água para o período informado e que utilize de forma racional.

 

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Judiciário

Defesa de Bolsonaro volta a pedir devolução de passaporte

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil  

A defesa de Jair Bolsonaro (PL) solicitou, mais uma vez, ao Supremo Tribunal Federal (STF) a devolução do passaporte do ex-presidente. O documento foi apreendido no dia 8 de fevereiro na operação Tempus Veritatis, que apura suposta tentativa de golpe de Estado.

Junto com o pedido, os advogados anexaram um convite assinado pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, para que Bolsonaro visite o país entre os dias 12 e 18 de maio.

Em fevereiro, a defesa do ex-presidente já havia recorrido da decisão do ministro Alexandre de Moraes que resultou na apreensão do passaporte. Na época, os advogados alegaram falta de fundamento técnico.

Coincidentemente, o primeiro pedido foi feito no mesmo período em que Bolsonaro passou duas noites na Embaixada da Hungria, em Brasília.

Nesta semana, o jornal The New York Times divulgou imagens do ex-presidente na representação diplomática. A defesa de Bolsonaro afirmou que ele se hospedou na embaixada para “manter contatos com autoridades do país amigo”.

O episódio foi questionado pelo ministro Alexandre de Moraes. A defesa apresentou explicações, que foram remetidas à Procuradoria-Geral da República (PGR), antes da análise pelo STF.

CNN Brasil

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Brasil

População ocupada recua em 258 mil pessoas em um trimestre, afirma IBGE

Foto: Agência Brasil 

O País registrou uma perda de 258 mil vagas no mercado de trabalho no trimestre até fevereiro de 2024 em relação ao trimestre encerrado em novembro de 2023, um recuo de 0,3% na ocupação. A população ocupada totalizou 100,250 milhões de pessoas no trimestre encerrado em fevereiro. Em um ano, mais 2,127 milhões de pessoas encontraram uma ocupação. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), iniciada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Economia e Estatística (IBGE).

A população desocupada aumentou em 332 mil pessoas em um trimestre, totalizando 8,535 milhões de desempregados no trimestre até fevereiro. Em um ano, 689 mil pessoas deixaram o desemprego.

A população inativa somou 66,813 milhões de pessoas no trimestre encerrado em fevereiro, 293 mil a mais que no trimestre anterior Em um ano, esse contingente aumentou em 59 mil pessoas.

O nível da ocupação – porcentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar – ficou em 57,1% no trimestre até fevereiro, ante 57,4% no trimestre até novembro de 2023. No trimestre terminado em fevereiro de 2023, o nível da ocupação era de 56,4%.

Desalento

O Brasil registrou 3,671 milhões de pessoas em situação de desalento no trimestre encerrado em fevereiro. O resultado significa 293 mil desalentados a mais em relação ao trimestre encerrado em novembro de 2023, um aumento de 8,7%.

Em um ano, 299 mil pessoas deixaram a situação de desalento, queda de 7,5%.

A população desalentada é definida como aquela que estava fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho, ou não tinha experiência, ou era muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho na localidade – e que, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga. Os desalentados fazem parte da força de trabalho potencial.

Estadão

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Informe Publicitário

Páscoa: um momento de renovação e esperança

Foto: Divulgação

A Páscoa traz uma oportunidade de reflexão sobre a nossa jornada, por meio dos símbolos da ressurreição e do renascimento.

E para as famílias que vivenciam o luto, essa é uma época ainda mais especial, de ressignificar os sentimentos e entender que a vida é feita de momentos e histórias. É o que destaca a psicóloga especialista em luto do Morada da Paz, Simône Lira, sobre a importância da comunidade no apoio às pessoas enlutadas.

“A Páscoa é um momento de reflexão, de entender que a dor não vai acabar, mas que há esperança de renovação. A comunidade desempenha um papel crucial ao oferecer apoio e assistência, motivando as pessoas a acreditarem que dias melhores virão, assim como o renascimento simbólico que a Páscoa representa.”

Em seus cerimoniais, os profissionais do Morada da Paz abordam a Páscoa como uma maneira de honrar a vida e o legado de cada pessoa, com respeito às preferências e crenças de cada família. Podem ser realizadas desde a seleção de músicas e leituras que evocam a ressurreição e a continuidade da vida após a morte, até a criação de momentos de compartilhamento de memórias que destacam a importância do ente querido. Cada elemento do cerimonial pode ser cuidadosamente planejado para transmitir uma mensagem de esperança e conforto às famílias enlutadas.

Tayroni Carlos, cerimonialista fúnebre do cemitério, funerária e crematório Morada da Paz, explica que o trabalho dos profissionais do luto é proporcionar cerimônias personalizadas e significativas, que celebram não apenas a passagem, mas também a vida e os vínculos que permanecem vivos na memória daqueles que ficaram. “Uma das formas de encontrar conforto no luto é acreditar que após a morte há o renascimento, e é isso que buscamos destacar em algumas de nossas cerimônias. A ressurreição materializa-se na ideia de prosseguir o legado deixado pelos entes queridos, é uma oportunidade de ressignificar e prolongar sua trajetória.”

Já Safira Santana, cerimonialista fúnebre do Morada da Paz, ressalta a importância das tradições familiares, para os adeptos, durante a Páscoa, e como elas se entrelaçam com os serviços prestados. “As homenagens que fazemos refletem as características e os desejos de quem parte e da família. Mas independente da religião, a Páscoa é um momento de conforto espiritual, de relembrar memórias afetivas e celebrar a vida.”

Assim, em um ambiente de respeito, acolhimento e esperança para aqueles que vivenciam o luto, o Morada da Paz promove conversas significativas sobre renovação e continuidade da vida.

Foto: Divulgação

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Acidente

Menina de 11 anos é atropelada na avenida Olavo Montenegro

Foto: Reprodução

Uma menina de 11 anos foi atropelada na avenida Olavo Montenegro quando estava indo para a escola. A criança seguia a pé porque, segundo os familiares, o ônibus escolar que deveria deixá-la na unidade escolar não passa mais pelo bairro Parque das Árvores, onde ela mora.

Sem o ônibus, os pais deixaram a criança em uma parada que deveria passar o transporte coletivo, que também não passou. Ela decidiu voltar para casa. A menina atravessou a primeira via e quando estava na segunda, acabou atropelada.

José Lúcio é o pai da menina e reclama do poder público e da falta de assistência.

A menina que sonha em ser veterinária está internada e com o cérebro inchado. Ela recebe o atendimento no Hospital Walfredo Gurgel, em Natal. Os médicos informaram que nas próximas 48 horas a paciente será reavaliada.

A avenida Olavo Montenegro registra diversas ocorrências. Mesmo com a placa indicando velocidade máxima de 60 km/h, os motoristas trafegam em velocidade superior. A repórter Roberta Trindade tentou atravessar uma faixa de pedestres e teve bastante dificuldade.

Portal da Tropical

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Polícia

Força-tarefa desmobiliza buscas e vai focar em investigação sobre fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró

Foto: Junior Alves

O aparato operacional de buscas aos fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró vai começar a ser desmobilizado nesta sexta-feira (29), 45º dia de operação, segundo informaram fontes do Ministério da Justiça à reportagem da Inter TV Costa Branca.

Nesta quarta-feira (27), o Ministério da Justiça e o Senappen já haviam confirmado que não renovariam a presença da Força Nacional na região. O uso de cerca de 100 agentes nas buscas foi autorizado no dia 19 de fevereiro.

Segundo as fontes, o aparato operacional, com policiais rodoviários federais e outros policiais que vieram de outras regiões para compor a Força-Tarefa de buscas também deve retornar às bases de origem.

Deve ser mantido em Mossoró o trabalho investigativo e de inteligência da Polícia Federal, além do apoio das forças de segurança local, como a Polícia Militar e Civil.

Na prática, segundo as fontes, a população deverá deixar de presenciar barreiras e buscas em áreas de mata como nas zonas rurais de Mossoró e Baraúna, como era comum desde a fuga de Deibson Nascimento e Rogério Mendonça, no dia 14 de fevereiro – a primeira da história no sistema penitenciário federal, criado em 2006.

A Secretaria de Segurança do Rio Grande do Norte confirmou que o helicóptero Potiguar I, das forças de segurança do estado, não atua nas buscas desde a semana passada.

G1 RN

Opinião dos leitores

  1. Por que Lula não pede pra CIA, o satélite que flagrou Bolsonaro na embaixada da Hungria? Vai achar tatu e martelo rapidinho.

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Cidades

Operação Semana Santa intensifica fiscalização em estabelecimentos de pescados em Natal

Foto: SMS

Desde o início do mês de março, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) Natal, por meio do Núcleo de Controle de Alimentos e o Serviço do Plantão da Vigilância Sanitária, pertencentes a Vigilância Sanitária de Natal (VISA Natal), vem realizando a Operação Semana Santa, com o objetivo de intensificar as inspeções sanitárias em estabelecimentos que comercializam pescados.

A operação segue até quinta-feira (28), realizando vistorias no comércio de pescados da cidade, como peixarias, mercado do peixe, supermercados e atacadistas, com a intenção de promover a comercialização adequada dos pescados ofertados nos comércios da capital potiguar.

“O objetivo desta ação é contribuir, por meio de medidas sanitárias, para o controle do risco inerente ao consumo de pescados, principalmente neste período do ano, quando notamos um aumento no consumo devido às festividades de semana santa.”, comenta Sônia Maria Fernandes da Costa Souza, Chefe do Núcleo de Alimentos da Vigilância Sanitária de Natal.

Sônia reforça que este ano o Núcleo também vem desenvolvendo outras ações com a intenção de proteger os consumidores. “Estamos também priorizando as inspeções nas indústrias de gelo em função do aumento do consumo, pois o gelo também é bastante utilizado para a conservação dos pescados.”

Em caso de denúncias sobre irregularidades na comercialização dos pescados e outros produtos, o consumidor pode entrar em contato com a Central de Atendimento de Denúncias da Vigilância Sanitária pelos telefones 08002814031 e 3232-8608, ou por meio do aplicativo Natal Digital.

Tribuna do Norte

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Política

No confronto direto, Michelle é quem mais tem chance numa disputa contra Lula

Foto: Reprodução

Se as eleições presidenciais fossem hoje (são apenas em 2026), o nome do centro e da centro-direita que aparece como o mais competitivo em uma disputa direta contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), 78 anos, é a ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro (PL), 42 anos.

Ela nunca disputou uma eleição, mas foi testada em estudo de intenção de votos do Paraná Pesquisas e pontuou 43,4% contra 44,5% do petista. Essa pesquisa foi amplamente divulgada nas redes sociais pelo presidente nacional do PP, o senador Ciro Nogueira, do Piauí. O partido encomendou o levantamento.

Michelle Bolsonaro hoje comanda o chamado PL Mulher e vem sendo apontada como possível sucessora de Jair Bolsonaro (PL) em uma disputa presidencial, visto que o marido por enquanto segue inabilitado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Outros candidatos testados na pesquisa, todos pontuando numericamente abaixo de Michelle (às vezes na margem de erro) foram estes: os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos); Minas Gerais, Romeu Zema (Novo); Paraná, Ratinho Junior (PSD); e Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), além da senadora Tereza Cristina (PP-MS) e do próprio Ciro Nogueira.

A pesquisa foi realizada do dia 18 a 22 de março de 2024. Ouviu 2.2024 eleitores de 162 cidades das 27 UFs (unidades federativas). A margem de erro da pesquisa é de 2,2 p.p. e o grau de confiança é de 95%.

Poder 360

Opinião dos leitores

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Cidades

VÍDEO: Motoqueiros continuam trafegando na contramão e empinando motos na orla de Areia Preta

Um leitor do BLOGDOBG nos enviou um vídeo mostrando um grupo de motoqueiros fazendo zoada, trafegando na contramão e empinando as motos em plena orla no bairro de Areia Preta.

É uma desmoralização completa toda semana. Inclusive, os carros que vêm no outro sentido param com medo. Há muitos anos a gente vem relatando isso, até antes da pandemia, mas não tem jeito.

Opinião dos leitores

  1. BG, não é só aí não, , estas bandalhas tem acontecido com frequência nos grandes centros ,moto andando na contramão, em calçadas e nas ciclovias também.
    Esse país está virando uma zona.
    Essa é para os esquerdopatas.
    Não era isso que vocês queriam?
    Então toooomaaaaa!!!!!

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Política

Pesquisa: Bolsonaro aparece à frente de Lula em corrida pela Presidência

Foto: Reprodução

O ex-presidente Jair Bolsonaro aparece numericamente à frente do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, embora dentro da margem de erro, em uma eventual disputa eleitoral pela Presidência da República, de acordo com levantamento feito pelo instituto Paraná Pesquisas entre os dias 18 e 22 de março, a pedido do partido Progressistas (PP).

Segundo a pesquisa, no principal cenário, Bolsonaro teria 37,1% das intenções de voto contra 35,3% de Lula – como a margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos, eles estão tecnicamente empatados.

Nesse cenário, aparecem na sequência o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), com 7,5%; a ministra Simone Tebet (MDB), com 6,1%; e o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), com 1,8%. Entre os entrevistados, 8,0% disseram que votariam em branco, nulo ou nenhum e 4,2% não souberam ou não quiseram responder.

Inelegível
Bolsonaro, neste momento, não poderia disputar uma eleição presidencial contra Lula porque ele foi declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na ações que apuraram abuso de poder político em dois episódios: a utilização do Palácio do Alvorada para atacar o sistema eleitoral brasileiro durante reunião com embaixadores e a exploração eleitoral dos eventos oficiais do Bicentenário da Independência, ambos em 2022.

O ex-presidente tenta voltar ao páreo por meio de recursos apresentados ao Supremo Tribunal Federal, que ainda não foram avaliados. Aliados de Bolsonaro também acenam com a possibilidade de votar no Congresso algum tipo de anistia, não só para Bolsonaro, mas para os seus apoiadores que foram condenados pelos atos golpistas do dia 8 de janeiro.

Evangélicos
Bolsonaro derrotaria Lula fora da margem de erro em alguns segmentos do eleitorado, como homens (42,8% a 33,3%), eleitores de 25 a 34 anos (40,2% a 33,8%), de 35 a 44 anos (40,0% a 32,3%) e de 45 a 59 anos (40,6% a 31,6%) e os brasileiros que têm ensino médio (41,9% a 32,3%) ou ensino superior (37,4% a 31,7%).

A maior vantagem de Bolsonaro sobre o petista, no entanto, vem naquela que se consolidou como a sua principal base eleitoral: os evangélicos. Nesse segmento, o ex-presidente teria 50,0% das intenções de voto contra apenas 27,3% de Lula.

Entre os católicos, a situação se inverte, mas com vantagem menor: Lula teria 38,6% contra 32,5% de Bolsonaro. O petista também abre boa distância entre os eleitores que têm até o ensino fundamental (41,3% a 31,2%), aqueles com mais de 60 anos (42,0% a 31,9%), os jovens de 16 a 24 anos (38,8% a 29,5%) e as mulheres (37,1% a 32,0%).

No desempenho por regiões, Bolsonaro venceria Lula no Sul (45,2% a 28,4%), no Sudeste (40,2% a 31,3%) e no Norte/Centro-Oeste (38,1% a 30,5%). Já o petista bateria o ex-presidente no Nordeste, onde tem 47,7% das intenções de voto contra 27,6% do seu antecessor

Segundo turno
Em um cenário apenas com Bolsonaro e Lula, como seria em um eventual segundo turno, o ex-presidente continua numericamente à frente, mas por quase nada de diferença: ele tem 41,7% das intenções de voto contra 41,6% do petista. Entre os entrevistados nesse cenário, 11,4% disseram que votariam em branco, nulo ou nenhum e 5,3% não souberam ou não quiseram responder.

Pesquisa
O levantamento ouviu 2.024 eleitores em 162 municípios de 26 estados e do Distrito Federal. Os primeiros números foram divulgados pelo senador Ciro Nogueira, presidente nacional do PP, partido que encomendou a pesquisa.

Ciro Gomes
Eduardo Leite
Jair Bolsonaro
Luiz Inácio Lula da Silva
Simone Tebet

VEJA

Opinião dos leitores

  1. O encantador não mete o nariz na rua sem ser xingado, e a diferença é de 2%, kkkkkkkk
    Todo mundo sabe que os eleitores dele estão dormindo nas urnas e só acordarão em 2026. As manifestações promovida pelos petralhas não juntam 1000 pessoas, mas as mídiaslixo não querem perder os milhões doados.

  2. Vcs gostam de uma realidade paralela!!! Ciro Nogueira é aquele que na apuração disse que Bolsonaro ganharia com mais 1,5% de diferença?

  3. Bolsonaro tem o meu voto. Haaa, esqueci, ele está INELEGÍVEL até 2030.
    Então voto na pessoa certa. O NOSSO PRESIDENTEULA.

  4. Rapaz brasileiro só promove o que não presta pqp!!! Ainda dão ibope a duas nulidades dessas. Brasil, país do atraso.

  5. E por que essa inelegibilidade não pode ser revertida? Se o Lula teve 500 quilos de processo anulado…………..e hoje é presidente.

  6. E por que essa inelegibilidade não pode ser revertida? Se o Lula teve 500 quilos de processo anulado…………..e hoje é presidente………….

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