Diversos

Coronavírus: ratos ficam ‘agressivos’ por falta de comida nos EUA

(Foto: Getty Images)

O fechamento de restaurantes e outros estabelecimentos ligados ao setor de alimentação, como parte das medidas adotadas para conter a propagação do novo coronavírus, alterou completamente a rotina e o comportamento de uma parcela específica dos moradores das cidades americanas: os ratos.

Segundo um alerta lançado na semana passada pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças, agência de pesquisa em saúde pública ligada ao Departamento de Saúde (CDC), os roedores, em busca de comida, poderão apresentar “comportamento incomum ou agressivo”.

De acordo com o CDC, o fechamento dos restaurantes levou à diminuição no volume de alimentos disponível para a população de ratos, especialmente em zonas comerciais.

“Roedores dependem da comida e das sobras desses estabelecimentos”, diz o comunicado publicado no site da agência.

Famintos, eles estão buscando novas fontes de comida, o que tem provocado, segundo o CDC, um aumento na sua atividade.

“Programas de saúde ambiental e controle de roedores devem observar um aumento nas requisições de serviços relacionados a roedores e relatos de comportamento incomum ou agressivo”, alerta a agência.

Segundo Robert Corrigan, um dos principais especialistas em roedores dos Estados Unidos, o comportamento agressivo não é em relação a humanos, e sim a outros ratos ou até mesmo a propriedades, em busca de frestas para que possam entrar e encontrar comida.

“Não (significa que irão) atacar ou morder pessoas”, diz Corrigan à BBC News Brasil.

Canibalismo

Enquanto para ratos que vivem em zonas residenciais não houve grandes mudanças durante a pandemia de COVID-19 (a doença causada pelo novo coronavírus), as populações de roedores em áreas comerciais ou turísticas têm sofrido com as restrições.

Em grandes cidades, como Nova York, essas colônias de ratos costumam encontrar abundância de alimentos nas lixeiras próximas a restaurantes, bares e hotéis, principalmente à noite, após o fechamento dos estabelecimentos, quando o lixo da cozinha é levado para a rua.

Mas, como desde meados de março, a maioria desses estabelecimentos fechou completamente ou passou a operar somente em sistema de tele-entrega ou retirada no local, essa fonte de comida desapareceu.

Desesperados, os roedores estão atacando outros ratos, até mesmo dentro de suas próprias colônias.

“Um rato faminto vai ficar muito agressivo com outros ratos”, salienta Corrigan, que atua como consultor especializado no controle de roedores para empresas e departamentos de saúde ao redor dos Estados Unidos e em outros países.

Corrigan diz que, em áreas onde os ratos costumavam encontrar alimentos facilmente e agora a comida desapareceu, especialistas têm observado evidências desses ataques e de canibalismo, que são comuns em situações extremas de fome, como a atual.

“Eles estão atacando uns aos outros, matando e comendo uns aos outros. E, se há filhotes nos ninhos, vão matá-los e comê-los”, afirma.

Relatos em diferentes cidades

Mudanças no comportamento da população de ratos vêm sendo documentadas em várias cidades americanas desde o início da pandemia, quando as regras de distanciamento social deixaram as ruas vazias.

Geralmente com hábitos noturnos e com movimentação restrita à área próxima a suas tocas, os roedores agora estão mais ousados, se aventurando em distâncias mais longas, explorando novas regiões, mesmo durante o dia.

No final de março, depois que os turistas já haviam ido embora de Nova Orleans e os moradores estavam em quarentena, as redes sociais e a imprensa americana mostraram imagens de dezenas de ratos circulando livremente pela Bourbon Street, principal rua da zona turística da cidade.

Na época, a prefeita, LaToya Cantrell, declarou que o fechamento dos restaurantes estava “levando nossos roedores à loucura”.

Em Chicago, a imprensa local relatou no mês passado que as centenas de milhares de ratos que vivem na cidade estavam se aventurando mais longe e durante o dia em busca de comida, em um comportamento atípico.

Na capital americana, Washington, a prefeitura recebeu mais de 800 ligações ligadas a problemas com roedores nos últimos 30 dias.

Recomendações

Com essas mudanças de comportamento, especialistas alertam que é possível que algumas áreas residenciais que antes não registravam a presença de roedores passem a enfrentar o problema.

Apesar de não haver indicação de que possam transmitir a covid-19, ratos podem transmitir dezenas de outras doenças aos seres humanos, por meio do contato destes com fezes, urina e saliva dos roedores e, de forma indireta, por pulgas ou carrapatos que tiveram contatos com ratos.

O CDC diz que os moradores e proprietários comerciais devem adotar medidas para “eliminar condições que possam atrair e sustentar a presença de roedores”, como vedar o acesso às casas, remover entulho e vegetação pesada, manter o lixo em recipientes fechados e retirar dos pátios a ração para animais de estimação e pássaros.

Corrigan ressalta que, quando há ratos em uma área, é sinal de que há comida. “Geralmente é porque estamos depositando o lixo de maneira incorreta”, afirma.

Ele diz que sua receita para evitar a presença de ratos é simples. Primeiro, é preciso assegurar que nenhum rato ou qualquer outro animal conseguirá ter acesso ao lixo. Em segundo lugar, procurar e vedar frestas embaixo das portas.

A escassez de comida também deve facilitar a captura de roedores, atraídos pelas iscas, e algumas cidades, como Nova Orleans, anunciaram que estão aumentando o número de armadilhas.

Mas Corrigan afirma que, apesar das dificuldades atuais, a população de ratos nas cidades afetadas deve se recuperar rapidamente assim que restaurantes, hotéis e outros estabelecimentos voltarem a funcionar.

“Eles são muito resilientes”, afirma.

BBC Brasil

 

Opinião dos leitores

  1. Já aqui no Brasil, os ratos políticos, e principalmente as ratazanas Petralhas, estão fazendo a festa, com o dinheiro destinado ao combate do covid19.

    1. Gente, pra que essa agressividade? Onde está a civilidade? Sempre vai existir esquerda, direita, centro, extremistas, mas não podemos esquecer que somos seres humanos e, como tal, temos que ter ações e reações humanas. Chega de tanto ódio!!! Vamos dá um basta nisso e seguir com opiniões, críticas e sugestões com civilidade, não com negacionismo. Olhemos um ao outro. Queremos o bem para o nosso país. Cada um com sua opinião, mas com sincero respeito. Basta de agressões e violência. Sigamos em paz e acima de tudo com fé, que as coisas irão mudar para melhor se nos unirmos. Caso contrário será catastrófico para todos. Chega!

    2. Pq so visam o pt sao tds . De a az so mudam as siglas e os numeros. Todos tem a mesma missao iludir os cidadãos e surrupiar os cofres do brasil.

  2. Sempre assisto o blog de BG. Querem calar o povo de dar opiniões. No Brasil é um país democrático? Se for é para uns e outros não? Caso me critiquem não é . Caso me elogiam é. É assim.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Após passar mal, Bolsonaro passará a noite no hospital, diz médico

Foto: FABIO RODRIGUES-POZZEBOM/ AGÊNCIA BRASIL

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deverá permanecer internado e passar a noite no hospital DF Star, em Brasília. A informação foi confirmada pelo cardiologista Leandro Echenique, que acompanha Bolsonaro desde 2018.

O médico embarcará para Brasília ainda na noite desta terça-feira (16). Segundo ele, o ex-presidente passa por exames após deixar a prisão domiciliar, onde apresentou crise de soluço, vômito e pressão baixa.

“Foi um episódio de mal-estar, soluço, queda de pressão e vômito. Estou indo para Brasília nesta noite para acompanhar”, confirmou Echenique à CNN.

A nova ida de Bolsonaro a um hospital ocorre dois dias após o ex-presidente ser submetido a um procedimento para remover lesões de pele.

No domingo (14), Bolsonaro ficou por cerca de cinco horas no Hospital DF Star, em Brasília; o ex-presidente foi encaminhado à mesma unidade nesta terça.

Segundo a equipe médica que atendeu Bolsonaro na ocasião, exames laboratoriais apontaram que o ex-presidente tem um quadro de anemia por deficiência de ferro e resquícios de uma pneumonia recente.

CNN

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

VÍDEO: Ator Wagner Moura, Afirma que EUA “deixou de ser uma democracia”

O ator Wagner Moura esteve no Recife na última quarta-feira (10/09) para a estreia do filme O Agente Secreto. A obra foi escolhida para representar o Brasil no Oscar 2026.

Recebido com euforia e aplausos, o ator diz ter se deparado com um clima bem distinto quando a obra passou em festivais nos Estados Unidos.

“A gente está hoje vendo as instituições funcionando [no Brasil], vendo um crime contra a democracia sendo julgado pelo Supremo Tribunal Federal, enquanto que nos festivais norte-americanos pelos quais o filme passou, a gente sentia uma certa tristeza dos americanos, quase uma inveja”, ele diz em entrevista à BBC News Brasil.

Em outro trecho da entrevista ele diz que “Esse negócio do ICE [agência de imigração americana] é uma coisa fascista mesmo, né?”

Morador de Los Angeles, na Califórnia, ele diz conhecer muitos imigrantes ilegais e fez duras críticas ao Serviço de Imigração e Alfândega dos EUA (ICE, na sigla em inglês).

“Os caras de máscara… É racista. Eles atacam as pessoas na rua por uma identificação visual e racial”, destacou.

BBC

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Brasil

CPMI aprova convocação de familiares e sócios do “Careca do INSS”

Foto: Andressa Anholete/Agência Senado

A CPMI (comissão parlamentar mista de inquérito) do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) aprovou, nesta terça-feira (16), a convocação de sócios e familiares de peças-chave nas investigações.

O colegiado aprovou a convocação dos seguintes nomes:

Tânia Carvalho dos Santos, esposa do “Careca do INSS”;

Romeu Carvalho Antunes, filho do “Careca do INSS”;

Rubens Oliveira Costa, sócio do “Careca do INSS”;

Milton Salvador de Almeida Júnior, sócio do “Careca do INSS”;

Cecília Montalvão Simões, esposa de Maurício Camisotti;

Nelson Wilians, advogado

O presidente da CPMI, Carlos Viana (Podemos-MG), antecipa que os nomes deverão comparecer já na próxima quinta-feira (18), sob condição de testemunha.

A aprovação de requerimentos ocorreu em reunião extraordinária realizada nesta terça. A deliberação foi marcada pela cúpula da CPMI em reação à recusa de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, e do empresário Maurício Camisotti de prestar depoimento.

A reação foi costurada em reunião da cúpula da comissão com lideranças do governo e da oposição. “É uma resposta que a CPMI quer dar, claramente, à falta de seriedade do advogado da defesa de Antônio Carlos Camilo em relação ao acordo que foi feito conosco”, disse o presidente Carlos Viana (Podemos-MG).

A sessão desta terça ainda foi marcada por críticas à decisão do ministro André Mendonça, do STF (Supremo Tribunal Federal), que desobriga o “Careca do INSS” de ir à CPMI. O presidente do colegiado, inclusive, afirmou que “estranhou” a decisão.

CNN

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Comissão do Senado aprova retirada de gastos com tarifaço do teto de gastos

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE) aprovou nesta terça-feira (16) um projeto de lei complementar autorizando que despesas e renúncias fiscais, que afetaram empresas impactadas pelo tarifaço dos Estados Unidos, fiquem de fora da meta de resultado primário e dos limites de despesa previstos no arcabouço fiscal, segundo a Agência Senado. Isto é, não serão prejudicadas pelos valores excedidos pagos pelas taxas importas por Donald Trump.

De autoria do líder do governo na Casa, senador Jaques Wagner (PT-BA), o projeto viabiliza a medida provisória do governo com R$30 bilhões em empréstimos e renúncias fiscais para compensar perdas de exportadores afetados pela imposição da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros pelo presidente dos EUA, Donald Trump.

A proposta segue para análise no plenário do Senado. Depois, o texto ainda passará por votação na Câmara dos Deputados.

O projeto autoriza a União a aumentar as suas participações no Fundo Garantidor de Operações (FGO), em até R$1 bilhão, no Fundo Garantidor de Operações de Crédito Exterior (FGCE), em até R$1,5 bilhão, e no Fundo Garantidor para Investimentos (FGI), em até R$2 bilhões, disse a agência. + Mais de 50% dos brasileiros dizem já perceber impacto do tarifaço, diz pesquisa

O texto também altera o Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras (Reintegra), para aumentar para até 3% o acréscimo, em casos específicos, do percentual de devolução de tributos pagos pelos exportadores.

SBT News

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

CAOS: Tomógrafos do Hospital Walfredo Gurgel estão quebrados

Foto: José Aldenir – Agora RN

Dois tomógrafos do Hospital Walfredo Gurgel estão quebrados. A falta dos aparelhos para realização de exames de imagem já provoca um verdadeiro caos na rotina da maior unidade de saúde do Rio Grande do Norte.

O Walfredo Gurgel já passou por problema semelhante em 2024, em duas ocasiões, nos meses de janeiro e outubro. Naquelas ocasiões pacientes precisaram ser levados a outras unidades de saúde para realização de exames.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Moraes nega devolução de bens e retirada de tornozeleira de Cid antes de fim de processo

Foto: Ton Molina/STF

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), negou o pedido apresentado pela defesa do tenente-coronel Mauro Cid para a retirada da tornozeleira eletrônica e restituição de bens do ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Na decisão, Moraes afirmou que o momento processual adequado para avaliar os pedidos será com o início da execução da pena e após o transito em julgado da ação em que o militar foi condenado.

Os advogados de Cid também pediram a extinção da pena de dois anos de reclusão, sob o argumento de que Cid cumpriu o mesmo tempo com restrições impostas pela Justiça.

A solicitação a Moraes foi formalizada em 12 de setembro, um dia após o Supremo confirmar a validade do acordo de colaboração premiada de Mauro Cid, concedendo o benefício de redução de pena para dois anos de reclusão, em regime aberto.

Na mesma ação, a Primeira Turma do STF condenou Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão sob acusação de liderar uma trama para permanecer no poder.

“Considerando a pena imposta foi de dois anos, e que, Mauro Cid está com restrição de liberdade havidos mais de dois anos e quatro meses, entre prisão preventiva e as cautelares diversas da prisão —desde maio de 2023, extinto está, fora de toda dúvida, o cumprimento da pena fruto da condenação que lhe foi imposta por essa Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal nos autos da Ação Penal 2668/DF”, afirma o pedido de Cid, rejeitado por Moraes.

Na lista de pedidos apresentada a Moraes, a defesa do militar incluiu a restituição de todos os bens e valores apreendidos pela Polícia Federal e a devolução do passaporte de Cid.

Mauro Cid assinou o acordo de colaboração premiada com a Polícia Federal em 28 de agosto de 2023. O militar cumpre medidas cautelares desde 9 de setembro de 2023, quando Moraes homologou o acordo e determinou o fim de sua prisão preventiva.

Folhapress

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

VÍDEO: Presidente da Colômbia diz que ‘uma grande mulher’ sabe usar ‘seu clitóris e seu cérebro’

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, voltou a causar polêmica ao afirmar em uma reunião de gabinete na noite desta segunda-feira (15) que “uma grande mulher” sabe usar “o seu clitóris e o seu cérebro”.

O líder de esquerda convocou a reunião com seus ministros e ministras para, como de praxe, falar de uma série de assuntos do governo. Em determinado momento, Petro diz: “Uma mulher livre faz o que bem entende com o seu clitóris e com o seu cérebro, e se souber combiná-los, será uma grande mulher.”

Nenhuma das pessoas presentes comenta a fala. O trecho da reunião, que é transmitida ao vivo, viralizou nas redes sociais. O presidente colombiano recebeu uma enxurrada de críticas, que apontaram machismo.

Petro falava sobre a decisão judicial que suspendeu provisoriamente a nomeação do ministro da Igualdade, Juan Carlos Florián, ao considerar que violava a exigência de paridade de gênero no gabinete ministerial.

“Um juiz da Santa Inquisição ignora o direito do presidente de configurar seu gabinete e diz que Florián não pode ser ministro. Ele não está aqui por causa desse atropelo contra a liberdade humana”, declarou o ex-guerrilheiro.

A nomeação de Florián, que é cientista político, ativista da comunidade LGBTQIA+ e ex-ator pornô, causou polêmica e críticas, incluindo de membros do seu governo. Antes, a pasta era ocupada por Carlos Rosero, que estava no cargo havia cinco meses após a saída da vice-presidente do país, Francia Márquez, que acumulava o cargo.

Petro, então, falou sobre identidade de gênero e comentou sobre o órgão sexual.

O comentário ocorre em um momento em que o mandatário está sob pressão política a menos de um ano das eleições presidenciais de 2026, com diversas crises e rachas internos em seu governo. Sua gestão, iniciada em agosto de 2022, já teve mais de 50 ministros (sem contar os interinos) nas 19 pastas, com nenhum titular originalmente escolhido por ele se mantendo no comando de um ministério.

Outras falas polêmicas

Não é a primeira vez que Petro, conhecido por seu caráter intempestivo e confrontador, gera polêmica devido a um comentário. Em fevereiro deste ano, também em uma reunião de seu gabinete, ele disse que “a cocaína não é pior do que uísque”.

Defensor da legalização, declarou que a droga só é ilegal “porque é feita na América Latina”. “O negócio poderia ser facilmente desmantelado se a cocaína fosse legalizada em todo o mundo”, declarou na ocasião. “Venderia como vinho.”

Folhapress

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

‘Tô nem aí’, diz ministro da Saúde sobre visto para os Estados Unidos

Foto: TON MOLINA/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse que não está preocupado com o cancelamento de seu visto para os Estados Unidos. Questionado por jornalistas nesta terça-feira (16), citou a música da cantora Luka e disse: “Tô nem aí”. Padilha conversou com jornalistas nesta terça após anunciar que o Cartão do Sistema Único de Saúde (SUS) não terá mais um número próprio e será registrado pelo CPF dos pacientes.

O ministro foi convidado para participar da conferência da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e da Assembleia Geral da ONU em Nova York na próxima semana. No mês passado, o governo americano cancelou os vistos da mulher e da filha de dez anos do ministro, como parte das sanções a autoridades brasileiras. Padilha não teve o visto revogado, porque a autorização para ele entrar nos EUA já estava vencida desde 2024. “Esse negócio do visto é igual aquela música ‘Tô nem aí’. Vocês estão mais preocupados com o visto do que eu. ‘Tô nem aí’”, ironizou o ministro.

Padilha disse ainda que não se decidiu sobre sua participação nos eventos da ONU, porque está focado em garantir a aprovação da Medida Provisória do programa “Agora Tem Especialistas“. O programa, que tem como foco ampliação do acesso da população ao atendimento especializado, é a principal ação do governo Lula 3 na área da saúde.

O ministro também fez referência ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Eduardo, que está nos EUA, articulou junto a Trump medidas de pressão ao Brasil devido ao julgamento de Bolsonaro.

“Só fica preocupado com visto quem quer ir para os Estados Unidos. Eu não quero ir para os Estados Unidos. Só fica preocupado com visto quem quer sair do Brasil ou quer ir para lá fazer lobby de traição da pátria como alguns estão fazendo. Não é meu interesse. Tô nem aí em relação a isso”, afirmou o ministro da Saúde.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Ministro da Defesa diz não acreditar em ameaças militares dos EUA ao Brasil

Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil

O ministro da Defesa, José Múcio, afirmou nesta terça-feira (16) que não acredita nas ameaças militares dos Estados Unidos ao Brasil.

No início do mês, ao ser questionada sobre o Brasil, a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que o presidente dos EUA, Donald Trump, não tem medo de usar recursos militares e econômicos para “proteger a liberdade de expressão”.

Múcio afirmou que, apesar de não acreditar, está atento para as declarações.

“Não acredito. Evidentemente, essa guerra, que assistimos pela imprensa, algumas coisas nos deixam atentos, mas não chego a ter preocupação, em função de uma tradicional relação de amizade que existe entre os dois países”, disse.

As Forças Armadas do Brasil e dos EUA cultivam relações históricas e são consideradas parceiras. Intercâmbios e trocas de conhecimento entre militares dos dois países são frequentes.

O Brasil é, inclusive, um dos principais beneficiados de um programa do governo dos Estados Unidos que permite a venda, muitas vezes por preços mais acessíveis que os praticados no mercado, de equipamentos militares avançados para governos considerados “parceiros”.

Os militares veem com preocupação a possibilidade de uma escalada nas sanções dos EUA contra o Brasil.

O temor é que medidas mais severas tenham impactos “graves” sobre projetos estratégicos da base industrial de defesa.

O governo dos EUA cancelou a participação em eventos militares no Brasil e dá sinais de afrouxamento nas relações militares.

Segundo fontes militares ouvidas pela reportagem, uma ruptura nas relações com os Estados Unidos é considerada inviável para a estrutura atual da defesa nacional.

CNN Brasil

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

TRF-4 condena Bolsonaro a pagar R$ 1 milhão em indenização por racismo recreativo

Foto: HUGO BARRETO/METRÓPOLES

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi condenado nesta terça-feira (16) a pagar R$ 1 milhão em danos morais coletivos por comentários racistas feitos em 2021, enquanto ainda ocupava a Presidência.

Em fala pública no Palácio do Alvorada, o ex-presidente disse em 2021 que o cabelo black power de um apoiador era um “criadouro de baratas”.

O caso foi analisado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). A condenação foi confirmada por unanimidade. O relator Rogério Favreto afirmou em voto que as declarações do ex-presidente não configuravam meras brincadeiras ou exercício de liberdade de expressão, mas uma discriminação grave e “racismo recreativo”.

Além da indenização em dinheiro, Bolsonaro foi condenado a retirar o vídeo com as declarações de suas redes sociais e se retratar publicamente com a população negra por meio dos veículos de imprensa e redes sociais.

A União também foi condenada ao pagamento de R$ 1 milhão pelos danos coletivos.

A condenação do ex-presidente é no âmbito civil, ou seja, Bolsonaro não foi condenado penalmente pelo crime de racismo.

A ação pública foi movida em 2021 por um grupo de 54 defensores, procuradores e promotores e acatada pelo Ministério Público.

Em primeira instância, a Justiça Federal havia rejeitado a ação, alegando que as declarações do ex-presidente, mesmo que de mau-gosto, não causaram danos a toda comunidade negra nacional. O Ministério Público recorreu da sentença e, por isso, o caso voltou à análise no TRF-4.

“A ofensa racial disfarçada de manifestação jocosa ou de simples brincadeira que relaciona o cabelo black power a insetos que causam repulsa e à sujeira atinge a honra e a dignidade de pessoas negras e potencializa o estigma de inferioridade dessa população”, afirmou o relator em voto.

De acordo com o processo, Bolsonaro disse ao mesmo apoiador, entre risos: “Você não pode tomar ivermectina, vai matar todos os seus piolhos”, em referência ao vermífugo defendido por ele como tratamento para a Covid-19.

Na ocasião, o cidadão afirmou não se incomodar com a fala, dizendo que não era um “negro vitimista”. Até hoje, nas suas redes sociais, o alvo da ofensa faz publicações com mensagens de apoio ao ex-presidente;

No processo, o MP também menciona episódios anteriores, como em maio de 2021, quando o ex-presidente observou o cabelo do mesmo cidadão e comentou: “Tô vendo uma barata aqui” e “o que que você cria nessa cabeleira aí?”.

O grupo que moveu a ação defende que as falas não se tratam de simples piadas de mau gosto, e que o fato de o cidadão não se sentir ofendido não descaracteriza a prática racista.

Segundo a ação, o ex-presidente transformou o cabelo black power, símbolo de resistência do movimento negro, em motivo de zombaria e discriminação, afetando a população negra de forma geral. Também foram lembradas na ação falas antigas de Bolsonaro, quando deputado, que reforçariam o padrão de racismo em seus discursos.

Em sustentação oral, a defesa de Bolsonaro ressaltou que a vítima direta do comentário não se sentiu ofendida e disse que as declarações eram meras brincadeiras, sem potencial de afetar toda a população negra.

CNN Brasil

Opinião dos leitores

  1. É muita perseguição para um homem que só fez o bem ao nosso País. E, o que é mais curioso é que esse perseguição vem de quem diz semear o amor.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *