Foto: Pedro França/Senado Federal
Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia do Senado, nesta sexta-feira (9), o consultor da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) William Santana, que atua junto ao Ministério da Saúde como técnico da Divisão de Importação do Departamento de Logística, disse que não participou “de negociação ou celebração do contrato”, nem de reuniões para a aquisição da vacina indiana Covaxin.
Logo em sua fala inicial, Santana destacou que o papel dele na divisão se limita a analisar invoices (faturas de negociações internacionais) para a compra de vacinas e solicitar a abertura da licença de importação.
À CPI, o depoente disse que, no caso de informações enviadas pela Precisa Medicamentos, ao Ministério da Saúde, para compra da vacina Covaxin constatou diversos erros e inconsistências. Segundo William, três invoices, todas com informações divergentes com o contrato assinado no Ministério da Saúde, foram enviadas à pasta pela Precisa Medicamentos entre os dias 16 e 24 de março de 2021.
Segundo o consultor, logo na primeira invoice enviada pela empresa Precisa, no dia 18 de março, para a compra da Covaxin pelo Ministério da Saúde, a quantidade de vacinas era menor do que o previsto. Além disso, a empresa indicada como vendedora não era a mesma do contrato, não havia licença de importação, o nome do Ministério da Saúde estava errado, não estava indicado a que aeroporto a carga chegaria, não havia informações sobre peso bruto ou líquido da carga e o número de lote. O documento indicava ainda que o pagamento deveria ser antecipado, o que contrariava o contrato. Santana disse que ligou para a empresa e pediu a correção dos dados.
Durante o depoimento, o consultor disse que, após dois pedidos de correção de dados, a empresa Precisa Medicamentos enviou outras duas invoices com erros. Ele detalhou que, no último documento, a carga de vacinas Covaxin viria por via marítima e não aérea. Além disso, a nota transferia para o Ministério da Saúde a responsabilidade pelo pagamento de frete e seguro da carga. Pelo contrato, esse custo caberia à Precisa. O relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL), criticou a postura da empresa. “O nome disso não é erro. É golpe”, afirmou.
Santana disse que “não é comum” um fornecedor apresentar essas faturas com tantos erros.“Existem casos em que fornecedores mandam informações que precisam ser corrigidas. Mas não é comum. Não nessa quantidade.”
Outro fato considerado incomum trazido por Santana aos parlamentares foi que a Precisa pediu por e-mail “auxílio” para a liberação de uma licença de importação para o imunizante. Na mensagem, de março de 2021, a empresa dizia que a solicitação tinha a “anuência da Secretaria Executiva” do Ministério da Saúde, à época comandada pelo coronel Elcio Franco. “Nunca recebi um e-mail de um fornecedor nesses termos. Normalmente, o fornecedor encaminha um e-mail com a documentação pedindo providências quanto à abertura da licença de importação”, observou o consultor.
A fiscal do contrato no Ministério da Saúde, Regina Célia Oliveira, que já depôs ao colegiado, também foi citada por William Santana. Segundo ele, coube à fiscal autorizar a participação da Madison Biotech, empresa sediada em Cingapura, que atuava como intermediadora do contrato. Santana acrescentou que Regina Célia foi a responsável por autorizar o quantitativo do envio de vacinas, ainda que menor que o previsto em contrato. O depoente também disse que alertou a servidora sobre as várias divergências nas invoices enviadas pela Precisa.
William Santana afirmou que seu chefe na Divisão de Importações do Ministério da Saúde, Luís Ricardo Miranda, foi pressionado a liberar a importação das vacinas Covaxin. “Há uma hierarquia no ministério, então as cobranças vêm de cima para baixo. As cobranças eram dirigidas a ele, ele era bastante cobrado”, relatou.
Durante o depoimento do consultor, o relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL) defendeu a convocação do ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Onyx Lorenzoni. Na avaliação de Renan Calheiros, Onyx Lorenzoni cometeu “crime de falsidade” ao tentar confundir a investigação.
O requerimento de convocação deve ser votado na semana que vem pelo colegiado. Em entrevista coletiva, no mês passado, em que rebateu denúncias de irregularidades na compra do imunizante, Onyx apresentou como falso um documento com dados inconsistentes sobre o contrato para a compra da vacina Covaxin.
Questionado hoje pelo relator sobre o assunto, o consultor William Santana disse que o documento foi o mesmo enviado pela Precisa Medicamentos ao Ministério da Saúde, no processo para a importação da vacina indiana.
Procurada pela Agência Brasil, a assessoria de Onyx Lorenzoni disse que ele não cometeu nenhuma ilegalidade e que não tem nada a declarar a respeito do depoimento do consultor.
Agência Brasil
Qdo os próprios laboratórios de vacinas que estavam em estágio avançado nos estudos entravam em contato com o governo brasileiro, eles ignoravam e o presidente ainda falava mal das vacinas pra reforçar a negativa, mas qdo um atravessador que por coincidência era militar, no caso do Cabo ou um religioso, no caso do tal reverendo, aí a conversa era outra. Tinha uma pressa danada, e ainda o filho do presidente fazia propaganda da compra. Çey… tá bem Sertinho.
NEGATIVO! Assisti a tudo. O Consultor afirmou que recebeu RASCUNHOS da fatura com algumas incorreções. Sendo que o trabalho dele é exatamente procurar essas incorreções nos RASCUNHOS das faturas e pedir correções das empresas vendedoras para, posteriormente , após os ajustes, ser emitida a
VERDADEIRA nota fiscal. Ao fazer isso, pedir correções, a empresa vendedora o fez IMEDIATAMENTE, sem apresentar nenhuma resistência ou objeção. Que o procedimento ocorrido é absolutamente normal no processo administrativo. Essa foi mais uma narrativa que caiu. No entanto, os dois pilantras que comandam a CPI, auxiliados pela Gazela saltitante, tem conseguido espalhar as mentiras com muita eficiência utilizando a imprensa como caixa de ressonância durante 24 horas do dia.
E Bozo, o que fez ao ser avisado? Foi avisado? Esperamos um pronunciamento. Pode ser no chiqueirinho do planalto, onde ele costuma despejar diariamente sua falta de noção.
Rafael! Vou te responder sem partidarismo barat, mas vc leia do seu jeito. O presidente Bolsonaro foi avisado sim. O Dep. Luiz Miranda ( favor ver no YouTube currículo do meliante) levou o RASCUNHO da nota fiscal para o presidente informando, juntamente com o irmão, que aquilo era nota Fiscal verdadeira e que por isso sentia cheiro de corrupção. Aproveitou e pediu um cargo de chefia para o irmão alegando da competência do cara ( o que é verdade) e detonando outros funcionários do setor. Presidente engoliu corda se emputeceu e mandou imediatamente verificar. Como foi verificado que a história era falsa o presidente sentiu que era falcatrua do dep Luiz Miranda querendo vantagem para o irmão e pra ele próprio. Desconfiou que ter tratado do assunto com os dois cafajestes dos Mirandas poderia ter sido gravado e conversas poderiam ser editadas para fins de chantagem ou promoção política. Polícia Federal e ABIN deverão concluir essa história com a demissão do irmão do deputado (coitado) e abertura de pedido de expulsão do dep. Luiz Miranda por meio do conselho de Érica da Câmara ( não será expulso apenas suspenço)
Poxa Deco, você é um cara bem informado mesmo. Trabalhas na ABIN? Nem o presidente conseguiu ainda inventar uma desculpa tão elaborada e cheia de meandros como a historinha que você contou. Nem teve coragem de se pronunciar. Se isso fosse verdade, o que duvido, porque tamanha preocupação dos envolvidos? E a participação de Dias e Dominguetti nessa história? E os depoimentos de funcionários do MS que confirmam as datas e a pressão sofrida? Vamos esperar, mas prefiro acreditar na versão mais simples: Barros, como faz desde o governo do PT, quando era líder, viu na operação uma oportunidade de embolsar uns trocados, coisa normal na nossa política. Resta saber a real participação do presidente e de alguns militares citados. Conheceremos a verdade …
Isso não é erro, é falcatrua que só foi impedida graças a atuação de servidores concursados, fosse nomeados como quer o cagão, nada seria feito. Por falar no cagão, já se tem conhecimento da gravação deste com os irmãos Miranda. Por isso que ele não teve coragem de dizer a cpi que os mirandas estavam mentindo. Por isso que ele disse caguei, ele cagou-se mesmo, de medo. O farsante e cagão está sendo desmascarado. Não é contra a corrupção e sim, pela corrupção. Temos uma quadrilha instalada no MS que está sendo desbaratada pela CPI.
Tá mentindo, amigo? O cara nem é servidor público; é nomeado!! Não existe falcatrua em rascunhos. Além do mais, esse Rascunho de nota fiscal não chegou para ele no dia que afirmou. Foi feito perícia. O coitado do depoente não fez por mal porém é muito enrolado!!!