Diversos

“Deixei o país com 5 malas e R$ 600 rumo à Alemanha, hoje tenho 3 empresas”

Foto: Arquivo pessoal

“Quando eu tinha 17 anos, minha mãe teve meningite, eu fiquei sozinha para cuidar dela e da minha irmã de 4 anos. Quando esta irmã completou 18, surgiu a possibilidade de ir para Alemanha. Eu sonhava em ganhar dinheiro para pagar um tratamento melhor para mamãe, já que ela estava praticamente vegetando em uma cama ao longo de todos esses anos”.

A oportunidade surgiu por acaso, eu tinha um salão de cabeleireiro em Cabo Frio (RJ), onde eu morava, e certa vez uma brasileira que vivia no exterior, foi no meu salão fazer o cabelo e me perguntou: ‘Por que que você não faz show de samba na Alemanha? Sempre me perguntam sobre mulheres que fazem show de samba, mas sou branca, e eles não se interessam por mim lá, você podia ir e fazer’. Achei a ideia boa, ela me passou um contato de lá, falei com eles, e 15 dias depois eu estava de partida para a Europa.

Em abril de 2000, eu desembarquei sozinha em Dresden, com 5 malas e R$ 600 no bolso (na época a moeda era o marco alemão e essa quantia dava quase 600 marcos).

Os primeiros três anos foram os mais difíceis. Aprendi alemão sozinha em oito meses, o que tornou minha vida bem mais prática e abriram-se mais portas. Eu já falava inglês, mas aqui eles aprendiam como segunda língua o russo, então poucos falavam inglês em Dresden.

Os meus primeiros três invernos também foram difíceis, não exatamente por causa do frio, que eu até gosto, mas pela falta de luz, que me deixava triste e desanimada. Para evitar cair em depressão, eu fazia bronzeamento artificial só para sentir aquela luz.

‘Troquei hospedagem por faxina’

Quando cheguei em Dresden, eu só tinha hospedagem para uma semana, que era na casa do dono de uma discoteca, (o contato que a moça havia me dado, não era de um grupo de samba, mas de um sujeito que gerenciava uma discoteca aqui). Eu tive que me virar para conseguir os contatos dos grupos que faziam esses shows de samba na Alemanha, então enquanto as músicas tocavam, eu subia no palco com roupa carnavalesca, e dessa forma, consegui alguns contatos.

A esposa do dono da disco estava morrendo de ciúmes de mim, aí no quarto dia eu deixei a casa deles e saí andando, procurando algum lugar para ficar, com pouco dinheiro. Vi uma loja de estrangeiros, eles falavam inglês e eu perguntei se conheciam alguém que alugava um quarto. Me deram o contato de um africano muito respeitoso, que atuava na política, e assim, ele permitiu que eu morasse na casa dele durante 6 meses em troca de serviços domésticos e faxina, e isso me ajudou bastante.

Comecei a dançar samba em um show folclórico brasileiro e depois fui morar em Frankfurt, onde se ganhava mais dinheiro. Viajava muito, trabalhava muito, sempre em eventos dos outros, grupos, clubes. Frankfurt era mais central e os voos sempre partiam de lá com destino a outros lugares e países.

‘Cilada: quase virei escrava sexual’

Antes de viver em Frankfurt, quando ainda estava em Dresden, nas minhas horas vagas da discoteca, eu me apresentava em aniversários, casamentos e festas dançando samba. Certa vez, recebi um convite para fazer um show de samba em uma outra cidade e por muito pouco não caí numa cilada. Um táxi pago pelo contratante me levou até o local, uma casa muito bonita e enorme, onde eu faria o show de samba em uma festa privada de empresa. Levei minhas fantasias de Carnaval e quando cheguei lá, era um bordel.

Notei que havia algo estranho quando vi um pole dance no palco. Eu fiquei apavorada. Antes de deixar o Brasil, eu havia pesquisado sobre a vida de brasileiros na Europa, e tinha lido que jamais deveríamos entregar nosso passaporte para um empregador, pois eles poderiam te fazer escrava sexual.

Um homem do local veio e pediu o meu passaporte, eu gelei. Disse que estava junto com as minhas fantasias e outras coisas no camarim e que ia buscá-lo.

O primeiro bar fundado por Denisa na Alemanha. Foto: Divulgação

Eu estava em uma cilada. Quando entrei no camarim, havia uma moça se arrumando, perguntei do que se tratava aquele local, e em inglês ela me respondeu ‘como assim? Isso aqui é um bordel. Por quê? Você não veio para ir para os quartos fazer programa?’

Eu desconversei, dizendo que topava fazer tudo, pois queria ganhar dinheiro, e em seguida, perguntei a ela onde poderia me trocar sozinha, pois estava tímida, e ela me indicou o quarto dela, onde recebia seus clientes. Eu levei as minhas coisas, vi que ninguém havia me visto e fugi, sai correndo pela rua. Era inverno, e estava nevando.

Eu andava rápido e escondida, com medo que eles me seguissem. Um frio danado, e eu não sabia onde estava. Aí passou um táxi e eu literalmente me joguei na frente do carro. Eu só dizia ‘help me’, mas ele entendeu o meu desespero.

Eu tentei me comunicar com ele usando um pequeno dicionário que eu carregava. Eu não tinha dinheiro pra corrida, porque era o contratante que pagaria, ele me levou de graça até Dresden, e esse taxista alemão é meu amigo até hoje.

‘Em 2008, montei meu próprio grupo de samba’

Depois de quatro anos vivendo na Alemanha, eu fui para o Brasil, fiz uma lipo e paguei excelentes tratamentos para a mamãe, que conseguiu sair da cama. Eu consegui dar a ela uma vida digna.

Após a morte da mamãe, eu deixei Frankfurt e voltei para Dresden, e em 2008, montei o meu próprio grupo de shows de samba. Tive que investir em fantasias para mim e o grupo, além de instrumentos musicais, trajes para todos os dançarinos, capoeiristas.

Em Dresden, eu não seria concorrente de ninguém, e logo de início fiz bastante propaganda, investi bastante e deu certo. Eu sou uma mulher com tino comercial, sempre fui, por mais dificuldades que eu tivesse no Brasil, cheguei a ter dois salões de cabeleireiro.

‘Vi na caipirinha uma nova oportunidade’

Anualmente acontece em Dresden um festival chamado Bundesrepublik Neustadt, uma festa muito doida e alternativa no bairro de Neustadt. Um sujeito queria montar uma barraca de coquetéis, mas eu nunca havia feito uma caipirinha na minha vida.

Daí, eu lembrei que uma brasileira aqui havia trabalhado em uma barraca de caipirinhas em Porto Seguro. Ela topou a ideia, e eu pedi um dinheiro emprestado a um amigo, compramos tudo que precisava, o dono cedeu o quiosque e trabalhamos lá, e foi um sucesso.

Após essa experiência, em 2009, comprei uma barraca desmontável e comecei a trabalhar vendendo caipirinhas em diversos festivais, e aí foram surgindo convites para festas. Eu incrementei o negócio, nós trabalhávamos fantasiados, com plumas e paetês, música na barraca, dançando, rindo e brincando com as pessoas.

Sempre formavam filas na nossa barraca. O diferencial não era apenas o sabor da caipirinha, mas o nosso jeito de ser.

‘Racismo na Alemanha? Nunca’

Eu nunca sofri racismo na Alemanha, a questão da cor da pele não faz diferença, se existe algum racista é algo raro. O preconceito aqui é contra estrangeiro no geral. Quando eu cheguei há 20 anos, a coisa era muito pesada e acho que ser mulher, jovem e bonita foi uma vantagem.

No Brasil, eu já fui barrada em um hotel em Copacabana. No café da manhã do hotel, uma funcionária segurou meu braço e disse que eu não poderia tomar café da manhã ali. Eles deduziram que uma mulher negra, tomando café da manhã em um hotel de luxo só podia ser uma prostituta que dormiu com algum gringo e que no dia seguinte se achou no direito de ir ao restaurante. Só podia ser isso né?

Esse tipo de situação eu nunca vivi na Alemanha e em lugar nenhum. Os problemas que eu tive na Alemanha foram por ser mulher, estrangeira e sozinha -com empregadores querendo tirar proveito, passar a perna.

‘Me incomodava usar peças pequenas para dançar’

Os meus shows são folclóricos, eu me inspirei um pouco nos shows do Plataforma Rio [extinta casa noturna carioca que exibia shows folclóricos], mas tem muita criação minha também. Quando eu montei o meu grupo, eu quis mudar um pouco, porque tinha coisas que me incomodavam. No Brasil por exemplo, você está dançando no Carnaval sob 40 graus, um calor danado, é justificável a gente usar aqueles biquínis pequenos.

Mas me incomodava usar essas coisas aqui, porque eu não queria ser vista de uma maneira sexista. Quando criei meu grupo, comecei a cobrir as minhas roupas. O que gringo quer ver é samba. Ele não faz questão de ver bunda. As bundas das dançarinas dos meus shows são cobertas, e os clientes gostam muito disso, porque eu trabalho para muitas empresas em eventos, não fica bem aquele monte de ‘popo’, os meus shows são também diferenciados neste sentido.

‘A crise em 2016 que gerou nova empresa’

Em 2016, houve em Dresden uma crise muito grande, um movimento xenofóbico na cidade, que matou o turismo na cidade e quebrou restaurantes e hotéis. Diminuiu muito os meus shows de samba e os coquetéis/bares móveis.

Eu estava desesperada, eu tinha que ganhar dinheiro. Passei a fazer limpeza sozinha, mas eu vi que não daria conta de atender a todos, aí montei uma equipe e chamei estudantes pra trabalhar comigo. Os brasileiros são ótimos para fazer limpeza.

Em 2018, criei uma empresa de limpeza. Eu já queria ter algo que funcionasse o ano inteiro, porque os shows e coquetéis são mais no verão. Agora, nessa pandemia, é isso que está me salvando porque a limpeza não parou.

Eu tenho uma vida estável hoje. Consigo oferecer oportunidades para outros brasileiros e estrangeiros refugiados que trabalham nos três negócios comigo. Posso dizer que sou uma pessoa vencedora. Não sou rica, mas tenho o suficiente para ter uma certa tranquilidade, paguei o tratamento da mamãe, dei uma casa para a minha irmã, e estou visando mais para o meu futuro.

‘Sem planos de viver no Brasil’

Eu gosto muito da Alemanha, não tenho vontade de voltar a morar no Brasil. As coisas aqui funcionam, são organizadas, as pessoas têm respeito. Moro no térreo, não preciso de grade, de alarme, nada dessas coisas que a minha casa no Brasil tinha, e que mesmo assim, foi assaltada. Moro sozinha, tenho um namorado alemão, mas não quero morar junto, acho que sou teimosa como eles.

Já realizei todos os meus sonhos. Cheguei aqui com 31 anos e sabia bem o que eu queria, não era nenhuma menina boba. Tenho alguns planos a realizar, mas Deus sempre mostra o caminho. Quero um dia abrir um teatro folclórico brasileiro em Dresden e trazer artistas do Brasil pra se apresentar por temporadas.

Eu sempre fui feliz, mas depois dos 50, eu tô me achando. Me casei aos 20, divorciei aos 25, percebi que casamento não é coisa pra mim. Adoro liberdade, não quis ter filhos. Eu amo a Deus, me amo, amo o próximo. Acho que liberdade e amor são o segredo da minha felicidade.

Universa – UOL

 

Opinião dos leitores

  1. Tenho vontade de ir pra Europa trabalhar como faxineira.
    Será que pagam bem?

    1. Bixa, a Roberto Freire tá fraca assim o movimento?
      Aqueta o facho.

    2. Froxa do jeito que você é, não vai ganhar nem o da sopa Rsrs bixa use pedra Hume.

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Geral

Em 5 anos, Pix movimentou R$ 85 trilhões, ou 7 vezes o PIB do Brasil, mostra estudo

Foto: Eduardo Valente / Agência O Globo

O Pix completa cinco anos no dia 16 com números que confirmam sua consolidação como o maior fenômeno de pagamentos do país. Desde o lançamento, no fim de 2020, até setembro de 2025, o sistema registrou 196,2 bilhões de operações, que movimentaram R$ 84,9 trilhões — valor equivalente a sete vezes o PIB do Brasil em 2024 (R$ 11,7 trilhões).

Segundo estudo do Ebanx, baseado em dados do Banco Central, IBGE e NPCI (Índia), o Pix deve fechar dezembro de 2025 com 7,9 bilhões de transações no mês, impulsionadas pelas compras de fim de ano. Se a projeção se confirmar, o volume movimentado em 2025 chegará a R$ 35,3 trilhões, um salto de 34% em relação a 2024.

Com isso, o Pix se tornará o sistema de pagamentos instantâneos de adoção mais rápida do mundo, superando o UPI indiano, que levou seis anos e oito meses para atingir nível semelhante de uso.

O levantamento também mostra que 93% da população adulta brasileira usa o Pix — mais de 170 milhões de pessoas, número que já supera o total de usuários de cartão de crédito (153,4 milhões).

Empresas globais que adotaram o Pix como opção de pagamento registraram, em média, 16% de aumento na receita e 25% de crescimento na base de clientes em seis meses.

Com a chegada do Pix Automático, lançado em junho, o sistema ampliou ainda mais o alcance. Entre empresas parceiras do Ebanx, 74% dos novos clientes de e-commerce usaram a função para a primeira compra, mostrando que o recurso está incluindo consumidores que não têm cartão de crédito.

A pesquisa revela ainda uma mudança no perfil das operações. Em 2021, 73% das transações eram entre pessoas físicas. Agora, operações P2M (pessoa para empresa) já são maioria, com 44%, enquanto as transferências entre pessoas somam 43%.

Com informações de O Globo

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Geral

Representante comercial dos EUA diz que Trump está pronto para isentar café, cacau e bananas de tarifas

Representante comercial dos EUA, Jamieson Greer, durante entrevista para jornalistas em Madri – Foto: Violeta Santos Moura/Reuters

O representante comercial dos Estados Unidos, Jamieson Greer, disse nesta sexta-feira (14) que o presidente Donald Trump está pronto para cumprir as promessas de conceder isenções tarifárias a alguns alimentos e outros produtos que não são produzidos nos EUA.

Greer disse à CNBC em uma entrevista ao vivo que existem algumas “microáreas” de comércio de produtos não produzidos nos EUA, como café, cacau e bananas, em que os EUA não precisam de tarifas.

Ele disse que o momento é propício para isso, depois de se aproximar de acordos comerciais com quatro países latino-americanos na quinta-feira (13).

Homem branco de meia-idade com cabelo curto e barba rala, veste terno escuro, camisa branca e gravata vermelha, fala para microfones em ambiente externo desfocado.

“E, portanto, o presidente decidiu que, agora que temos isso em vigor, temos esses acordos em mãos, é hora de retirar algumas dessas tarifas sobre produtos. Produtos que não fabricamos aqui.”

A Casa Branca anunciou na quinta-feira (13) que o país chegou a entendimentos preliminares para acordos comerciais com Argentina, Equador, El Salvador e Guatemala.

Segundo o governo, os acordos devem ser concluídos nas próximas duas semanas e abrem os mercados para a produção agrícola e industrial dos EUA. Os quatro países se comprometeram a não impor impostos sobre serviços digitais de big techs.

A Casa Branca indicou que as tarifas gerais de 10% impostas a produtos da Argentina, El Salvador e Guatemala, e de 15% aos originários do Equador, permanecerão sem mudanças, mas que haverá uma redução em um certo número de mercadorias.

Segundo a Casa Branca, o governo americano tem mantido boas conversas com outros países da região. O Brasil, alvo de sobretaxas de 50%, não foi citado nos acordos.

Folhapress

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Julia Arruda e Albert Dickson serão convocados para votação em processo de cassação de Brisa; entenda

Foto: CMN/Reprodução / José Aldenir/Agora RN

A Câmara de Natal vai convocar Julia Arruda e Albert Dickson, suplentes de Matheus Faustino (União Brasil) e Brisa Bracchi (PT), para votar o processo de cassação da vereadora petista. A convocação ocorre porque Faustino é o autor da denúncia e Brisa é a investigada, o que impede a participação de ambos.

Segundo Anne Lagartixa (Solidariedade), presidente da comissão que analisa o caso, a medida segue o regimento interno. O parecer do relator Fúlvio Saulo, que recomenda a cassação do mandato, será votado pela comissão na segunda-feira (17).

Depois disso, será marcada a sessão extraordinária no plenário, onde os vereadores decidirão se Brisa perderá ou não o mandato.

Brisa é acusada de usar R$ 18 mil em emendas parlamentares para contratar atrações musicais no evento político “Rolé Vermelho – Bolsonaro na Cadeia”. Nas redes sociais, ela relacionou o evento à prisão domiciliar de Jair Bolsonaro, e materiais visuais com referência ao ex-presidente também foram usados.

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Castel realiza Dia Especial de Vendas do Rancho Texas neste sábado, 15 de novembro no Requinte Buffet

A Castel Construções promove neste sábado, 15 de novembro de 2025, o Dia Especial de Vendas do Rancho Texas, o mais novo e inovador empreendimento de Mossoró. O evento acontecerá no Requinte Buffet, das 9h às 20h, com horário estendido para que todos os interessados possam conhecer com calma os detalhes do primeiro condomínio de campo de Mossoró.

Durante todo o dia, o público será recebido com uma programação especial, incluindo café da manhã, almoço com churrasco e lanche da tarde. Além disso, o evento contará com um time de corretores credenciados, que vão oferecer condições exclusivas de compra, válidas somente para quem adquirir um lote durante o Dia Especial de Vendas.

O Rancho Texas é um projeto inovador, que une a tranquilidade da vida rural com a segurança, o conforto e a comodidade de um condomínio fechado. No empreendimento, o espaço é um dos grandes diferenciais — os proprietários poderão construir casas amplas em estilo rural, cultivar horta e pomar, criar cavalos e animais de estimação, e viver em contato direto com a natureza sem abrir mão da estrutura e da praticidade da vida moderna.

O evento é aberto a clientes convidados e também aos interessados em conhecer o empreendimento. Todos serão muito bem-vindos para conhecer de perto essa nova forma de moradia.

Idealizado por três grandes grupos empresariais da região — Castel Construções, Grupo Queiroz e Fortelli —, o Rancho Texas chega ao mercado com a credibilidade e a segurança que marcam a trajetória de sucesso de seus idealizadores.

Só não vale faltar!

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Geral

Fechamento de 700 agências e fundo de imóveis: os planos dos correios para tentar sair da crise

Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

A nova direção dos Correios prepara um amplo plano de reestruturação para recuperar a saúde financeira e melhorar a operação da estatal. O projeto, liderado pelo presidente Emmanoel Rondon, prevê fechar cerca de 700 agências e unidades logísticas e implementar um PDV para desligar 10 mil funcionários, reduzindo custos fixos e enxugando áreas consideradas ociosas.

Outra medida central é a criação de um fundo imobiliário com os 2.366 imóveis da empresa, avaliados em R$ 5,4 bilhões. A ideia é vender os imóveis para levantar recursos e depois alugá-los — inclusive o prédio da sede em Brasília, que pode entrar no pacote.

O plano é tratado pelo governo como essencial para que a União ofereça garantias em um empréstimo que os Correios buscam no mercado, evitando aportes diretos de dinheiro público.

A empresa também quer cortar gastos com pessoal, reduzindo a folha em R$ 2 bilhões por ano. No último PDV, apenas 3,6 mil dos 8 mil interessados aderiram. A atual gestão acredita que será preciso oferecer condições mais atrativas para alcançar a nova meta de 10 mil desligamentos e também pretende rever benefícios trabalhistas, hoje em negociação com sindicatos.

Mesmo assim, a direção admite que apenas cortar despesas não basta. Será necessário aumentar receitas. O plano prevê modernizar a operação, criar novos serviços e buscar nichos onde grandes concorrentes — como Mercado Livre e Amazon — não atuam. O marketplace dos Correios será reformulado e a estatal quer construir seu próprio ecossistema de serviços.

Outro foco é expandir a logística para atender o governo, incluindo transporte de medicamentos e vacinas, hoje limitado por falta de estrutura adequada. A estatal também quer ampliar parcerias privadas, adotando tecnologias inovadoras, como etiquetas inteligentes com tinta de segurança para agilizar o envio de encomendas.

Além disso, os Correios pretendem retomar a oferta de serviços financeiros em parceria com um banco, sem necessidade de licitação.

Segundo a direção, o objetivo é garantir sustentabilidade financeira, ganhar competitividade e permitir até entrada de capital privado em áreas estratégicas.

Com informações de O Globo

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Geral

PF sugere ao STF inclusão de Mauro Cid e família no programa de proteção a testemunhas

Foto: Ton Molina/STF

A Polícia Federal sugeriu, em documento enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), a inclusão do tenente-coronel Mauro Cid e seus familiares no Programa Federal de Assistência a Vítimas e Testemunhas Ameaçadas.

O documento foi enviado ao ministro Alexandre de Moraes, relator do processo na Suprema Corte. A partir da sugestão da Polícia Federal, o magistrado encaminhou, nesta sexta-feira (14), um ofício à Procuradoria-Geral da República (PGR) para que o órgão se manifeste no prazo de cinco dias.

“A Polícia Federal, a seu turno, informou que, como ação indispensável à preservação da integridade física do réu e de seus familiares, revela-se possível a inclusão destes no Programa Federal de Assistência a Vítimas e Testemunhas Ameaçadas, nos termos da legislação refente, o que pressupõe a aceitação expressa das regras e condições estabelecidas na Lei 9.807/99 e normas complementares (eDoc. 2.361)”, diz trecho do documento assinado por Alexandre de Moraes e enviado à PGR.

A comunicação da autoridade policial indica a existência de ameaças concretas que colocam em risco a vida de Cid, figura central em investigações que atingem o núcleo do governo de Jair Bolsonaro.

A PGR deverá emitir um parecer sobre a pertinência e a necessidade da inclusão de Mauro Cid no programa. Somente após essa manifestação, o ministro relator decidirá sobre o assunto.

Peça-chave em múltiplas investigações

Mauro Cid se tornou uma das figuras mais importantes nas investigações que apuram supostas tramas antidemocráticas e outros crimes no governo Bolsonaro. Seu acordo de colaboração premiada com a Polícia Federal forneceu informações que subsidiaram diversas operações e inquéritos no STF.

A Ação Penal 2.668, na qual este despacho foi proferido, lista como réus, além de Cid e Bolsonaro, ex-ministros e militares de alta patente. A preocupação com a segurança do delator reforça a sensibilidade e o alcance das informações que ele forneceu às autoridades. O desfecho sobre seu pedido de proteção será um capítulo crucial no andamento do caso.

Band Jornalismo

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Geral

Sicredi RN lança campanha Natal Solidário em todas as agências

Ação mobiliza associados em apoio a crianças e adolescentes em vulnerabilidade social e em tratamento oncológico
O espírito natalino inspira união e solidariedade — valores que movem o cooperativismo e fortalecem as comunidades. Com esse propósito, a Sicredi RN lançou no dia 3 de novembro mais uma edição do Natal Solidário, campanha que mobiliza associados em prol de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social e em tratamento oncológico, atendidos por instituições sociais em todo o estado.
Durante os meses de novembro e dezembro, todas as agências da instituição financeira cooperativa terão as tradicionais Árvores da Solidariedade, decoradas com cartinhas que trazem os nomes e as idades das crianças. Os associados poderão adotar uma ou mais e contribuir para tornar o fim de ano desses jovens ainda mais especial.
Presente há vários anos no calendário social da cooperativa, o Natal Solidário reforça o compromisso da Sicredi RN com o bem-estar das comunidades onde atua e com a promoção do espírito de cooperação que orienta o movimento cooperativista.
“Nosso compromisso é fazer a diferença nas comunidades em que estamos presentes. Por isso, neste Natal, queremos convidar todos os associados a estender a mão e levar alegria e esperança a quem mais precisa”, destaca Damião Monteiro, presidente da Sicredi RN.

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Judiciário

Moraes vota para aceitar denúncia contra Eduardo e tornar deputado réu

Foto: Reuters

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo tribunal Federal), votou nesta sexta-feira (14) para receber a denúncia apresentada pela PGR (Procuradoria-Geral da República) contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro por coação no curso do processo.

O caso é analisado em plenário virtual pela Primeira Turma, modelo em que não há debate entre os ministros e permite o registro de votos no prazo de uma semana.

Com a saída de Luiz Fux do colegiado, votam apenas Moraes (relator), Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Flávio Dino.

Nesse julgamento, o STF avalia se a PGR trouxe indícios suficientes de que houve crime. Ou seja, ainda não se discute culpa, condenação ou absolvição, apenas se há elementos que justifiquem a instauração de um processo.

Caso os ministros considerem que sim, será aberto um processo criminal formal, e Eduardo Bolsonaro passará a ser réu.

Na denúncia, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirma que Eduardo se valeu de uma rede de contatos com autoridades americanas para compelir o STF a encerrar os processos sobre golpe de Estado sem condenações.

Segundo a PGR, os denunciados usaram de “ameaças de violentas sanções e a efetiva aplicação de algumas delas” para coagir os ministros do Supremo.

CNN

Opinião dos leitores

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Cidades

RN mantém menor taxa de desemprego, mas informalidade cresce

Foto: Adriano Abreu

O Rio Grande do Norte manteve, pelo segundo trimestre seguido, a taxa de desocupação em 7,5%, o menor patamar desde o início da série histórica da PNAD Contínua, em 2012. Os dados são do 3º trimestre de 2025 (julho a setembro) e foram divulgados nesta sexta-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O levantamento aponta que havia 1,39 milhão de pessoas ocupadas no RN no 3º trimestre — menos que no trimestre anterior (1,42 milhão). Também caiu a taxa de participação na força de trabalho, que passou de 53,3% para 52,5%, e o nível de ocupação, que foi de 49,3% para 48,6%.

O recorte mostra que havia 1,36 milhões de pessoas fora da força de trabalho no Estado no último trimestre. Apesar da estabilidade no desemprego, o trimestre foi marcado por dois movimentos simultâneos: queda no número de pessoas trabalhando e crescimento expressivo da informalidade no Estado.

O levantamento mostra ainda que o nível de ocupação ficou em 48,6% no terceiro trimestre, uma diferença de -0,7% em relação ao período anterior. O chefe da Seção de Disseminação de Informações do IBGE/RN, Damião Ernane de Souza, explica que quando há menos pessoas trabalhando e menos pessoas procurando emprego, a taxa de desocupação pode ficar estável.

“Quando uma pessoa desiste de procurar emprego, seja por desânimo ou por outros motivos, ela fica fora da força de trabalho. Assim, o total de pessoas ativas na economia diminui, reduzindo a taxa de participação e o nível de ocupação, mas não altera a taxa de desocupação, que considera apenas aqueles efetivamente em busca de emprego”, diz.

O Instituto calcula, também, que o rendimento médio mensal real habitual de todos os trabalhos das pessoas ocupadas no RN foi de R$ 2.817 no terceiro trimestre, uma variação de -2,8% ante o rendimento do trimestre terminado em junho (R$ 2.897).

Informalidade alcança 585 mil pessoas no RN

Apesar do piso histórico na taxa de desocupação, a Pnad Contínua mostra um aumento na quantidade de pessoas em situação de informalidade no Rio Grande do Norte. A taxa de informalidade do estado foi de 42,0% no terceiro trimestre de 2025, 2,5 p.p a mais que a taxa estimada no trimestre anterior (39,5%).

No total, havia 585 mil pessoas de 14 anos ou mais de idade ocupadas, em situação de informalidade na semana de referência da pesquisa. No segundo trimestre, eram 561 mil.

Tribuna do Norte

Opinião dos leitores

    1. Se você pensar direito pode ser, só lembre que apurado não é lucro.

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Brasil

Moraes dá 5 dias para PGR se manifestar sobre extinção de pena para Cid

Foto: Reuters

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), deu cinco dias para que a PGR (Procuradoria-Geral da República) se manifeste a respeito do pedido de extinção da pena do tenente-coronel Mauro Cid, condenado a dois anos de prisão em regime aberto por participação em tentativa de golpe de Estado.

CNN

Opinião dos leitores

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