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Estudo da UFRN mostra a riqueza dos resíduos do solo potiguar para a construção civil

Foto: Reprodução/UFRN

A utilização de água em larga escala somada ao descarte inadequado de substâncias tóxicas por parte da indústria de construção civil motivou pesquisadores do Centro de Tecnologia da UFRN (CT) a buscar novos materiais que impactem cada vez menos o meio ambiente. O estudo tem como objetivo reaproveitar e valorizar resíduos como a manipueira, scheelita e o pó de pedra, resíduos próprios do território potiguar, de modo a desenvolver materiais sustentáveis ideais para as condições climáticas da região, gerando menos gastos e menos danos ao meio ambiente.

Inicialmente, o grupo — coordenado pelos professores Wilson Acchar, do Departamento de Física Teórica e Experimental da UFRN, Vamberto Monteiro, do Instituto Federal da Paraíba (IFPB), e alunos do mestrado em Materiais e Processos Construtivos — estudou o planejamento da base estrutural da parede, na busca por um tipo de tijolo mais sustentável, e em seguida explorou a possibilidade de utilizar esses resíduos nas argamassas. Além disso, foram resgatadas técnicas antigas de construção, como as edificações de adobe, propondo uma adaptação mais moderna nessa retomada. O estudo obteve resultados bem promissores com essa adaptação. “No processo, percebemos propriedades bem melhores em todos os aspectos, como resistência e absorção”, afirma o mestrando Rayanderson Saraiva, um dos integrantes da pesquisa.

Planta do projeto e amostras dos recursos utilizados. Foto: Hogla Geovanna

Um dos resíduos utilizados, a manipueira, um líquido proveniente da produção de mandioca que oferece riscos aos lençóis freáticos, muitas vezes é mal descartado por casas de produção de farinha, como destacou um dos pesquisadores, Jonathan Macedo. Isso acontece no momento em que se prensa a macaxeira: um líquido nocivo ao meio ambiente é expelido, contendo elevada carga de materiais orgânicos danosos e ácido cianídrico que atingem o lençol freático.

A manipueira é, de fato, significativamente danosa, porém o cianeto contido nela é extremamente volátil, então, quando exposta ao ambiente em qualquer temperatura na faixa dos 20°C, já é suficiente para que evapore. Se o cianeto for exposto por um período de 24 horas, por exemplo, a meia-vida do seu teor cianídrico cai pela metade, depois de 48 horas cai por um quarto e assim sucessivamente. Além do mais, a manipueira extraída no Rio Grande do Norte é mais suave, pois a mandioca, conhecida como mansa, que é trabalhada no litoral, não contém tanto ácido cianídrico.

Outra característica crucial para o projeto é o fato da manipueira poder substituir a água potável no processo de hidratação do cimento, de acordo com Jonathan. “Vimos que foi bastante viável, atendeu a todas as normas, obtendo até resultados melhores do que com tijolo convencional”, afirma. O tijolo de manipueira apresenta apenas um pouco de porosidade externa. Contudo, em termos técnicos, esse tijolo tem mais resistência que o convencional. Não obstante, devido a presença do cianeto e do enxofre, a manipueira também serve para combater pragas, como formigas e insetos.

Outro material pesquisado, a scheelita, é encontrado em grande proporção na Mina Brejuí, em Currais Novos. O mineral, quando unido ao pó de pedra e à manipueira, promove um melhor empacotamento das partículas nos tijolos, tornado o material resultante mais maleável e de fácil manuseio. O tijolo convencional tem várias consequências negativas ao meio ambiente, por causa dos impactos provenientes de sua fabricação: a produção dos tijolos de resíduos evita a liberação de gases tóxicos, que acontece no processo de queima tradicional.

É assim que a produção de tijolo de solo-cimento passa a ser o objeto de pesquisa das construções inovadoras. O pesquisador Ricardo Ramos afirma que o tijolo feito de solo, cimento e manipueira foi alvo de “testes obtendo a combinação de resíduos, de forma que a união proporcione melhoria nas propriedades”.

Casas ecológicas e a problemática das zonas bioclimáticas

Para pôr em prática o trabalho da equipe, quatro casinhas foram construídas para confirmar a durabilidade dos materiais no estacionamento do CT. A primeira delas foi feita com argamassa de resíduo de scheelita, manipueira e aglomerante (cimento), a segunda com o bloco de adobe de manipueira com solo, sem cimento, cuja resistência é obtida com a compactação, a terceira de alvenaria convencional e a quarta feita de cimento e resíduo, sem a presença do solo.

Elas foram construídas estrategicamente, analisando todas as possibilidades de intempéries. As casas têm a mesma área, altura e aparência e estão posicionadas na diagonal, em razão da orientação do sol, para que todas recebam a mesma carga de energia da luminosidade solar. A arquiteta Ana Lígia, idealizadora das casas, fala sobre a possibilidade de se construir utilizando os tijolos ecológicos. “A princípio, os pedreiros não confiavam que o bloco iria aguentar. No fim da construção eles já queriam fazer para utilizar na casa deles. Então é questão de trazer o sistema das casinhas para o conhecimento público, de modo que as pessoas possam ver que é, sim, realizável”, ressalta.

A primeira casa, à esquerda, é feita de tijolos de adobe. À direita, casa com paredes mais espessas. Foto: Hogla Geovanna

O zoneamento bioclimático brasileiro consiste na divisão do território brasileiro em 8 zonas climáticas, o que significa que deveríamos ter pelo menos oito formas de se construir moradias, observando nosso conforto térmico. A arquiteta explica que, apesar disso, temos apenas uma forma de construção replicada no país inteiro e que não é eficiente para praticamente nenhuma zona. O Rio Grande do Norte se encontra nas zonas bioclimáticas 7 e 8.

O estudo de Ana Lígia foca especialmente na sétima região. “Nesta zona, valorizamos o uso do adobe, pois requer muita massa térmica, paredes espessas, pesadas, como casas de argila ou de taipa”, indica a pesquisadora, que pensa partir disso para retomar a arquitetura vernacular, isto é, mais tradicional e mais adaptada ao clima.

As características da manipueira, quando aplicadas ao tijolo feito com solo, permitem maior plasticidade, uma espécie de “chiclete”, como classificaram os pedreiros envolvidos no projeto. Em conjunto com a água e a terra, a mistura desses materiais fica mais uniforme e não se decompõe quando seca. Por isso a resistência e a manipulação são melhores, e o resultado se sobressai em relação aos tijolos comuns.

Viabilidade financeira

Os resíduos utilizados no projeto não têm proveito comercial no momento. Uma vez que alguns desses materiais não são caros, Rayanderson conta que isso facilita o trabalho. Para Wilson, a qualidade, o custo baixo da matéria-prima e o benefício ambiental são fatores importantes para se investir nos tijolos já patenteados.

Tijolos produzidos durante o estudo. Foto: Hogla Geovanna

Há evidências de que os danos ambientais e os gastos podem ser diminuídos. Ana Lígia reforça que as casas, mesmo numa possibilidade remota de serem mais caras, possuem “um conforto mais eficiente termicamente, logo o custo energético cai bastante”. Com isso, a manutenção extra para climatização não é necessária.

Ainda sobre o clima, estudos sobre a temperatura interna estão sendo feitos entre o sistema construtivo de manipueira com solo e o comparativo, feito de alvenaria convencional. Ademais, as implicações verificadas no projeto não correspondem às normas pré-estabelecidas para adaptação climática. “Nós temos um vislumbre: com as casinhas que já temos, vimos que a norma não se aplica, pois a massa térmica tem que ser maior no interior do estado, já na capital, não. Porém, o material e seu efeito térmico não são especificados por essa normativa”, explica Ana Lígia.

O diferencial do estudo ao utilizar resíduos sustentáveis conseguiu mostrar um sistema não previsto e que surge como uma possibilidade sustentável de sistema de construção, além de ser mais adaptável ao clima, ainda que as paredes sejam mais grossas.

UFRN

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Gleisi defende que petistas, incluindo ela e Haddad, sejam candidatos em 2026

Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, defendeu nesta sexta-feira (22) que todos os petistas com cargo no governo sejam candidatos nas eleições de 2026. Isso inclui ela própria e também, por exemplo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

A possibilidade de Haddad ser candidato ao governo de São Paulo ou ao Senado pelo Estado é cogitada há alguns meses. O ministro tenta afastar essa possibilidade, mas há uma pressão interna no partido para que ele seja candidato para ajudar o PT e o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, com o eleitorado paulista.

“Defendo que todos que possam ser candidatos sejam candidatos. Essa é uma eleição muito importante. Todos os que já foram às urnas e tiveram cargos eletivos e estão no governo, defendo que se desincompatibilizem e sejam candidatos”, disse Gleisi, em entrevista à CNN Brasil. E afirmou: “O nome do Haddad é muito forte em São Paulo e, com certeza, sendo candidato a governador, seria um palanque forte para Lula. E é um nome que também tem viabilidade para disputar o Senado. O partido tem feito essa discussão.”

Jovem Pan News

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Janja critica Michelle Bolsonaro com indireta: ‘Não xingo marido de ninguém’

Foto: Wilton Junior/Estadão

A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, enviou uma indireta para a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro nesta quarta-feira, 20. Durante evento de encontro de instituições de ciência e tecnologia amazônicas com a Presidência da COP-30, organizado pela Secretaria de Relações Institucionais (SRI) em Manaus, Janja afirmou “não xingar o marido de ninguém”.

No último sábado, 16, a ex-primeira-dama disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) provocou as tarifas impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros de forma que a família Bolsonaro “receba a culpa”.

Em evento do PL Mulher, do qual é presidente, Michelle afirmou, fazendo referência a vídeo em que Lula come jabuticabas: “Foi oferecer jabuticaba para o Trump, agora estamos colhendo abacaxis. Fica provocando para que a gente receba sanções, para a culpa ficar na nossa família”.

“Se autointitula pai da pobreza e está trazendo as pessoas para a miséria. Mentiroso, cachaceiro, pinguço, irresponsável, é isso que ele é”, discursou a ex-primeira-dama.

Já a declaração de Janja ocorreu enquanto sua atuação era elogiada pelo deputado federal Airton Faleiro (PT-PA), que a chamou de “diferenciada”. “A Janja é a primeira-dama que faz política. Alguém pode dizer ‘não, mas tem outras que também fazem’, mas tem uma diferença. A Janja com o Lula fazem a política do bem, da verdade, não da fake news”, afirmou.

Nesse momento, Janja interveio, sem microfone, com a frase: “E não xingo o marido de ninguém”. “É verdade, não é diferenciada?”, continuou Faleiro, em meio a aplausos dos presentes.

“Fuck you, Elon Musk”

A primeira-dama Janja da Silva xingou o empresário Elon Musk, durante um discurso numa palestra sobre combate à desinformação no Cria G20, no Rio de Janeiro, em novembro de 2024.

Enquanto Janja falava, um navio buzinou ao fundo, atrapalhando sua fala. Ela abaixa e diz: “Alô, acho que é o Elon Musk. Eu não tenho medo de você, inclusive, fuck you Elon Musk.” O xingamento seria como “fod*-se você”, em português.

Ela vira para o influenciador Felipe Neto e diz: “Você falou fuck you, eu também posso.” E ele responde: “Pode, deve”.

Estadão

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STF condena Zambelli a 5 anos e 3 meses de prisão por porte ilegal de arma

Foto: VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES

Os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) condenaram, por maioria, nesta sexta-feira (22) a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) a 5 anos e 3 meses de prisão pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com emprego de arma.

Ainda cabe recurso, o que significa que Zambelli não começará a cumprir pena de forma imediata.

O caso foi analisado pelo plenário virtual da Corte, modelo em que não há debate entre os ministros. O placar foi de 9 a 2.

Apesar de todos os ministros já terem depositado voto, o plenário virtual se encerra oficialmente às 23h59 desta sexta-feira (22).

André Mendonça e Nunes Marques foram os únicos a divergir do relator Gilmar Mendes e se colocarem contra a condenação.

Nunes propôs a absolvição de Zambelli, enquanto Mendonça votou para condenar apenas por constrangimento ilegal, mediante a grave ameaça, a oito meses de detenção em regime inicial aberto.

A deputada é acusada de perseguir, de arma em punho, um homem no meio da rua em um bairro da área nobre de São Paulo, em outubro de 2022, durante as eleições. Ele era apoiador do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Esta é a segunda condenação da deputada no STF. Em maio, os ministros aplicaram dez anos de prisão por invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e inserção de documentos falsos. O tempo de pena das duas condenações serão somadas.

À CNN, a defesa de Zambelli afirmou que a deputada sofre uma perseguição política e que “nunca houve julgamento tão rápido na casa”.

A deputada está hoje presa na Itália, aguardando processo de extradição para o Brasil.

Antes de ter o processo de invasão ao CNJ transitado em julgado, a parlamentar fugiu do país. O nome dela chegou a ser colocado na lista de difusão vermelha da Interpol.

CNN

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VÍDEO: Ministro do STF André Mendonça afirma: “Um bom juiz tem que ser reconhecido pelo respeito, não pelo medo”

Vídeo: Reprodução/Canal do Paulo Mathias

O ministro do STF, André Mendonça, declarou que o bom juiz deve ser reconhecido pelo respeito, não pelo medo.

Em palestra no 24º Fórum Empresarial do Lide, ele afirmou que o Estado de Direito exige que o Judiciário não interfira nos outros Poderes e que haja liberdade de expressão sem receio de retaliações.

Mendonça criticou o ativismo judicial, destacando que o Judiciário não pode ser o fator de inovação e criação legislativa. Ele enfatizou que decisões judiciais devem promover paz social, estabilidade e previsibilidade, sendo aplaudido de pé pelos presentes no evento.

Canal do Paulo Mathias

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PGR denuncia Eduardo Tagliaferro, ex-assessor de Alexandre de Moraes no TSE

Foto: Reprodução/Instagram/edutagliaferro

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, denunciou nesta sexta-feira (22) o ex-assessor do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Eduardo Tagliaferro ao STF (Supremo Tribunal Federal).

Tagliaferro é investigado no STF pelo vazamento de mensagens trocadas entre servidores do gabinete do ministro Alexandre de Moraes no STF e no TSE.

Gonet denunciou o ex-assessor pelos crimes de violação de sigilo funcional, coação no curso do processo, obstrução de investigação de infração penal que envolve organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

A acusação da PGR foi apresentada quatro meses depois de a Polícia Federal indiciar o ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes. A PF aponta em seu relatório conclusivo que em abril de 2024 Tagliaferro contou para sua esposa ter repassado informações ao jornal Folha de S.Paulo.

Gonet escreve na denúncia que, entre maio e agosto do ano passado, Tagliaferro violou sigilo funcional e embaraçou as investigações ao revelar à imprensa e tornar públicos diálogos sobre assuntos sigilosos que manteve com servidores do STF e do TSE na condição de assessor-chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação.

“Para atender a interesses ilícitos de organização criminosa responsável por disseminar notícias fictícias contra a higidez do sistema eletrônico de votação e a atuação do STF e TSE, bem como pela tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito”, afirmou Gonet.

O procurador-geral aponta ainda que Tagliaferro cometeu o crime de coação no curso do processo ao ameaçar, em julho deste ano, após deixar o Brasil, revelar no exterior novas informações funcionais sigilosas que obteve em razão do exercício do cargo que ocupava no TSE.

Por fim, Gonet sustenta que Tagliaferro aderiu às condutas da organização criminosa investigada nos inquéritos da trama golpista, das fake news e das milícias digitais selecionando diálogos para tentar interferir na credibilidade e lisura das investigações.

Com isso, afirma o procurador-geral, Tagliaferro contribuiu ativamente para a divulgação de dados sensíveis de interesse dos investigados e anunciou publicamente a intenção de revelar novas informações sigilosas.

“O vazamento seletivo de informações protegidas por sigilo funcional e constitucional, amplamente publicizado por meio de veículos de comunicação, teve o nítido propósito de tentar colocar em dúvida a legitimidade e a lisura de importantes investigações que seguem em curso no Supremo Tribunal Federal, como estratégia para incitar a prática de atos antidemocráticos e tentar desestabilizar as instituições republicanas”, diz a denúncia.

CNN – Teo Cury

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VÍDEO: Centro de tratamento de queimados do RN nunca chegou a situação que está hoje, diz coordenador

Foto: Reprodução/98FM

O Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel (HWG), a única unidade especializada em pacientes queimados em todo o Rio Grande do Norte, nunca chegou a situação de crise que está hoje, de acordo com o médico coordenador do CTQ, Marco Almeida. A declaração foi feita no programa Repórter 98 desta sexta-feira (22).

De acordo com ele, um conjunto de fatores está comprometendo o funcionamento da unidade: como a falta de insumos, de roupas, o baixo número de funcionários e o próprio espaço físico.

“A gente está no meio de uma reforma. Como é que a gente pode estar funcionando no meio de uma reforma? E não tem para onde ir, porque são coisas muito específicas. Então, assim, é extremamente desafiador”, disse.

Segundo ele, realocar o centro não é uma opção pois se trata de uma área muito grande e com especificações nas atribuições. De acordo com Marco Almeida, o CTQ precisa ser tratado como uma prioridade pelos órgãos responsáveis.

O Centro de Queimados está há um ano com uma obra paralisada, o que causou uma série de problemas. De acordo com o coordenador, apesar da intervenção ser necessária, originalmente o prazo para a conclusão seria de três meses.

“Nós iríamos nos sacrificar por três meses do ponto de vista humano e de execução, mas só que isso não aconteceu”, afirmou.

O médico pontuou que houve uma contrapartida do Governo do Estado nesta quinta-feira (21), e o secretário de Saúde, Alexandre Motta, realizou uma dispensa de licitação para o andamento da obra.

“Com isso [dispensa de licitação], o processo vai andar mais rápido. Mas por que isso não foi feito antes também? Esse é o nosso questionamento”, afirmou.

Ainda de acordo com ele, a atual situação do CTQ aumenta o risco de infecção, pois agora eles não possuem ambulatório e sim em uma enfermaria onde há circulação de pessoas.

O que diz o Governo

O Governo do RN anunciou nesta quinta-feira (21), após a visita do secretário de Saúde ao Walfredo Gurgel, a autorização para a dispensa de licitação para a contratação de uma nova empresa para retomar a reforma do Centro de Tratamento de Queimados.

A escolha da empresa será feita por contratação direta em até 60 dias, através de um processo aberto em abril passado pelas secretarias de Saúde e da Infraestrutura, segundo o governo.

Portal 98FM Natal

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“Leis são lançadas ao lixo”, diz defesa de Bolsonaro sobre relatório da PF

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) abriu sua manifestação ao STF (Supremo Tribunal Federal) com duras críticas à atuação da PF (Polícia Federal). Segundo os advogados, o relatório final elaborado pela corporação “causa espanto” e representa “a mais indisfarçada manifestação do lawfare”.

“O relatório da Polícia Federal encaixa-se como uma peça política, com o objetivo de desmoralizar um ex-presidente da República — que, quer queiram as autoridades policiais ou não, ainda é um líder político — expondo sua vida privada e acusando-o de fatos tão graves quanto descabidos”, afirmam os advogados.

A defesa acusa a PF de dedicar boa parte do relatório a “um disse-me-disse sem qualquer relevância para a investigação”, incluindo diálogos privados e articulações políticas que, segundo os advogados, não têm relação com os fatos apurados.

“Não parece ter relevância para a investigação o fato de o presidente pretender apoiar o governador Tarcísio ou um de seus filhos como candidato à Presidência da República”, diz o texto.

“O objetivo do inquérito é proteger o Estado Democrático, mas diversas leis são lançadas ao lixo”, afirmam os advogados.

Eles criticam a divulgação de movimentações financeiras e conversas privadas à imprensa, como se dados bancários não fossem protegidos por lei.

A defesa também contesta a insinuação de lavagem de dinheiro a partir de uma transferência bancária para a esposa de Bolsonaro, feita via Pix e com origem lícita. “É necessário presumir que os investigadores sabem o que é o crime de lavagem, que determina origem ilícita e não se consubstancia com depósitos, via Pix, para familiares”, afirmam. “Então, o objetivo é o massacre. A desmoralização. Ou seja, é lawfare em curso.”

Além das críticas à condução da investigação, os advogados pediram ao STF a reconsideração da decisão que determinou a prisão domiciliar de Bolsonaro. Em manifestação enviada ao ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito, a defesa alegou que não há fatos novos que justifiquem o agravamento das medidas cautelares.

Segundo os advogados, o ex-presidente tem cumprido todas as determinações judiciais, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica, a proibição de viajar ao exterior e a participação em audiências.

“Prestados os esclarecimentos solicitados, aproveita-se para requerer a reconsideração no que toca à decisão que determinou a prisão domiciliar, ou, caso Vossa Excelência assim não entenda, o julgamento urgente do agravo regimental interposto pela defesa”, diz o texto.

A defesa também critica a tentativa de criminalizar mensagens privadas trocadas por Bolsonaro, inclusive com o advogado norte-americano Martin de Luca, e aponta que o ex-presidente não respondeu à mensagem enviada por Braga Netto, o que, segundo os advogados, descaracteriza qualquer contato.

“Os elementos apontados na decisão serão devidamente esclarecidos dentro do prazo assinado pelo ministro relator, observando-se, desde logo, que jamais houve o descumprimento de qualquer medida cautelar previamente imposta”, afirmaram.

A defesa conclui que as medidas cautelares vêm sendo interpretadas de forma elástica e que Bolsonaro tem respeitado todas as decisões do STF.

CNN

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Neste fim de semana o Papo de Fogão vai de dar água na boca!

Neste fim de semana o Papo de Fogão tá de dar água na boca! O Chef Paolo Passarielo, do Gennarí Cucina Italiana de Natal, prepara a italiana Zuppetta di Pesce ou Caldeirada de frutos do mar de lamber os beiços. E o Chef Dantas Araújo, do Xicoh de São Luís, vem com um Joelho de Porco pururuca de comer rezando!
Compartilhe com quem vai fazer esses pratos prá você. Tá bom demais.
SÁBADO
BAND MARANHÃO e PIAUÍ – 8h

PARAÍBA
TV CORREIO/RECORD, 13h30

DOMINGO
RIO GRANDE DO NORTE – TV TROPICAL/RECORD, 10h

Ou no nosso canal do YouTube
http://youtube.com/c/PapodeFogao

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Defesa de Bolsonaro diz que PF buscou desmoralizá-lo

Foto: Ton Molina/STF

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que a Polícia Federal buscou desmoralizá-lo ao chamar o relatório do órgão de ” peça política”. As afirmações constam na manifestação de esclarecimento sobre descumprimentos de medidas cautelares enviado ao STF (Supremo Tribunal Federal) na noite desta sexta-feira (22).

“Encaixa-se como uma peça política, com o objetivo de desmoralizar um ex-presidente da República (que, quer queiram as autoridades policiais ou não, ainda é um líder político)”, disse.

Ainda no documento, os advogados alegam que o relatório expôs a “vida privada” de Bolsonaro, além de o acusar de “fatos tão graves quanto descabidos.

O relatório final da PF indiciou Bolsonaro e o filho, Eduardo Bolsonaro, por crimes de coação no curso do processo, obstrução de investigação e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

Agora, com a manifestação do ex-presidente, a PGR (Procuradoria-Geral da República) deverá apresentar uma manifestação sobre os esclarecimentos da defesa. Nessa análise, o órgão pode fazer pedidos ao ministro relator. O prazo é contato apenas nos dias úteis.

CNN

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Acidente

Ex-deputado Rafael Motta sofre acidente de kitesurf em Natal

Foto: reprodução

O ex-deputado federal, Rafael Motta, sofreu um acidente na tarde desta sexta-feira (22) enquanto praticava kitesurf nas proximidades do Forte dos Reis Magos, em Natal.

De acordo com informações da assessoria de comunicação, Motta foi socorrido rapidamente e encaminhado ao Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, onde passa por exames de imagem para avaliação mais detalhada. De acordo com a equipe médica, o quadro de saúde é estável e não há risco de vida.

Em nota publicada nas redes sociais, a equipe de comunicação de Rafael deu detalhes sobre o ocorrido.

Mais informações sobre o estado de saúde do ex-deputado devem ser divulgadas nas próximas horas.

Blog do BG 

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