Diversos

FOTOS E VÍDEO: UFRN pede patenteamento de nova tecnologia para a construção civil

Foto: Divulgação/UFRN

A cidade é Jericó, no Oriente Médio. O ano é 7500 a.C. Nesse tempo e lugar, pesquisadores encontraram as primeiras informações a respeito do tijolo que se tem conhecimento. Estabeleceu-se como substituto da madeira e da pedra em regiões onde havia escassez desses materiais. Uma curiosidade desta época é que os tijolos eram unidos com a utilização de betume e palhas.

Na passagem brusca do tempo a respeito do conhecimento de diferentes técnicas da tecnologia da construção, chegamos a 2021, d.C, em Natal, cidade no Nordeste do Brasil. Um grupo de cientistas da construção civil desenvolve um bloco em terra semiensacado, estabilizado a partir da combinação de solo, manipueira e fibra de polietileno de alta densidade, sem a necessidade da utilização do cimento, o que repercute na diminuição do uso da água na construção civil. É um material com baixo custo e, por conseguinte, sustentável – segundo levantamento da US Green Building Council, a construção civil consome cerca de 21% de toda a água tratada do planeta.

Além de ser mais barato, Ana Lígia Pessoa Sampaio esclarece que o bloco propõe uma remodelação dos blocos em terra, associando-os ao desenvolvimento de uma formulação química à base essencialmente de solo e manipueira. Autora da dissertação defendida em 2020 no Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil (PEC), da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), estudo que deu origem à nova tecnologia, ela acrescenta que o propósito é obter um sistema construtivo inovativo de fácil absorção pela indústria, adaptável ao padrão de vida contemporâneo e que melhora o desempenho termoacústico do ambiente construído.

“Essa situação acontece em regiões que exigem sistemas construtivos com elevada massa térmica, como a Zona Bioclimática 07, que abrange boa parte do semiárido brasileiro, mas também trazendo benefícios para Zona Bioclimática 08, referente às áreas litorâneas, como comprovado nos resultados da dissertação. A ideia é que essa nova tecnologia possa ser utilizada como alternativa a qualquer técnica convencional, dando mais possibilidades aos projetistas e construtores de proporem ambientes mais confortáveis sem aumentar os custos”, destaca Ana Lígia.

Denominado Bloco em terra semi-ensacado estabilizado a partir da combinação de solo, manipueira e fibra de polietileno de alta densidade, o depósito do pedido de patente da invenção foi realizado no mês de março e tem também como autores os professores Wilson Acchar e Vamberto Monteiro, respectivamente da UFRN e do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB), instituição coautora do pedido.

Os cientistas frisaram que a fase de desenvolvimento do bloco já foi finalizada e há protótipos construídos há um ano com os blocos. Inclusive a pesquisa passará por uma espécie de complementação a partir de novos testes termoacústicos e de durabilidade para avaliação do comportamento do bloco às condições climáticas de Natal. “É importante frisar que há algumas invenções e técnicas que procuram resolver alguns dos objetivos citados no nosso trabalho, mas nenhuma atende às necessidades descritas, principalmente quanto à dificuldade de se atrelar conforto, materiais naturais, desempenho mecânico, facilidade de execução e estética flexível”, especificou Wilson Acchar.

A principal dificuldade de técnicas similares é se adaptar ao modelo vigente de construção no Brasil, às técnicas de nivelamento, ao acabamento e possibilidades de revestimentos, enfim, ao know-how dos trabalhadores da construção civil, que trabalham com tijolos e blocos rígidos, que possam ser produzidos em grande quantidade, transportados, e resistam a impactos para manuseio.

Wilson Acchar tem uma ampla experiência em pesquisas com aproveitamento de resíduos a partir da análise das suas estruturas e dos efeitos termodinâmicos da sua combinação com outros resíduos ou com os materiais convencionais. Exemplo é um outro depósito de patente realizado no segundo semestre de 2020 e que usava um resíduo da produção do sal para a fabricação de um tijolo ecológico, ou a carta patente concedida em 2019 para a fabricação de massas cerâmicas para pisos e revestimentos com adição de cinzas da casca do café . No caso deste novo pedido, a substância é um efluente do processo de lavagem da mandioca, a manipueira, substância tóxica em decorrência do teor elevado de ácido cianídrico e matéria orgânica.

Construídos no campus central, os protótipos estão em espaço disponibilizado pelo Centro de Tecnologia, unidade que contribuiu com materiais e a mão de obra – Foto: Cícero Oliveira – Agecom/UFRN

Vamberto Monteiro complementa que a substância já é utilizada para produção de tijolos ecológicos no Ceará e na Paraíba por alguns agricultores, mas ainda não havia sido testada em blocos ou sistemas que envolvem muita massa térmica. A proposição era testar a substituição total da água nesse processo, pois havia a hipótese de que a energia de compactação atrelada ao efeito agregador da manipueira eliminaria a necessidade do cimento na composição. “Saliente-se que a adição do cimento é benéfica em termos mecânicos, mas não essencial, pois reduz o efeito desagregador do solo seco e aumenta a resistência à compressão do bloco. No entanto, devido à elevada massa de cada bloco, as composições com cimento foram restritas a 10% e é sugerido o máximo de 20%”.

Um olhar curioso, um olhar social

O resultado do trabalho é um exemplo claro de pesquisa aplicada com amplo alcance social local. Ao ouvir os pesquisadores, percebe-se claramente que esse entrelaçamento não foi à toa. “Sou arquiteta e sempre tive interesse em construir usando o solo, mas as técnicas em terra ainda estão muito restritas a nichos e grupos de permacultura ou associadas à falta de recursos”, diz Ana Lígia. Segundo ela, a maior barreira nesse interesse é a falta de estudos tecnológicos que embasassem as técnicas a respeito dos aspectos da utilização propriamente, além de como “combiná-las” ao padrão e estilo de vida contemporâneos.

Foto: Cícero Oliveira – Agecom/UFRN

“Quanto aos processos construtivos, destaca-se a adaptação de uma técnica de baixa complexidade tecnológica, mas que vem sido deixada de lado nos estudos científicos devido a um estigma social que relaciona construções em terra à pobreza. Não menos importante, a clareza de que o Brasil possui oito zonas bioclimáticas, com parâmetros e recomendações distintas para as construções, fato esse importante inclusive ao se usar o sistema aqui proposto, no qual a manipueira atua como uma resina”, enumera a arquiteta.

Para a pesquisa, outro ponto essencial para o sucesso da criação da tecnologia foi a articulação de técnicas e teorias advindas de disciplinas diferentes, procurando envolver Engenharia Civil, Ciência e Engenharia de Materiais e Arquitetura. Atuando junto ao Laboratório de Propriedades Físicas e Materiais Cerâmicos (LaPFiMC), ela defende que para se resolver um problema estrutural — como é o caso da habitação no Brasil, a poluição decorrente da produção em larga escala do cimento e a grande quantidade de água exigida pelo setor da construção civil — “é necessária uma avaliação pelos mais diferente vieses”, realçou.

Foto: Pesquisadores/UFRN

Vitrine Tecnológica da UFRN

Para o diretor da Agência de Inovação (AGIR) da UFRN, Daniel de Lima Pontes, este depósito de pedido de patente é um exemplo de criação de produtos e processos que ajudam no desenvolvimento regional e econômico do país. “É também uma espécie de utilização dos resultados encontrados nas pesquisas científicas que geram produtos que atendem a demanda de um mercado específico, um mercado grande. Na UFRN, temos uma vitrine tecnológica com quase 300 pedidos de patente que podem ser fruto de parcerias publico-privadas, por exemplo, na qual os investidores podem ter vários benefícios ao associar-se à universidade, como o know-how e a expertise que nós detemos em vários âmbitos”, afirmou Daniel Pontes.

Os pedidos de patentes e as concessões já realizadas estão na Vitrine Tecnológica da UFRN, disponível para acesso no endereço: agir.ufrn.br, mesmo local em que os interessados obtêm informações a respeito do processo de licenciamento. Na UFRN, a Agência de Inovação (AGIR) é a unidade responsável pela proteção e gestão dos ativos de propriedade intelectual, como patentes e programas de computador. As notificações de invenção, passo inicial de todo o processo, são feitas mediante o Sigaa, por meio da aba Pesquisa. Em seguida, a equipe da AGIR entra em contato com o inventor para dar prosseguimento aos trâmites.

Com UFRN

 

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Economia

CONSTRUÇÃO CIVIL: O setor que venceu a pandemia e deve bombar em 2021, segundo executivos

Foto: Pilar Olivares/Reuters

Embora a pandemia tenha devastado a economia, um setor conseguiu atuar de forma extremamente resiliente, com retomada rápida e números surpreendentes. Na visão de executivos de construtoras e incorporadoras ouvidos pela EXAME, 2021 deve ser um dos melhores anos para a construção civil no Brasil, com avanço exponencial de lançamentos no mercado imobiliário e expansão da receita.

A projeção ocorre mesmo diante das incertezas que aindam rondam a economia brasileira, com o provável fim do auxílio emergencial e efeitos residuais da crise global.

O nível de atividade da construção civil registrou alta pelo quarto mês consecutivo, o que confirma a tendência de recuperação no setor. Segundo pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) relativa à novembro, a utilização da capacidade operacional no setor atingiu 63% no período, o maior nível desde dezembro de 2014. A sondagem mostra ainda que a confiança dos empresários permanece em alta no setor.

Para Diego Villar, presidente da Moura Dubeux, a pandemia teve um viés positivo para a construção civil porque as pessoas acabaram fazendo uma reflexão sobre a forma como moram. “O que também contribuiu para o desempenho do setor, neste ano, foi a demanda reprimida. O mercado imobiliário ficou muitos anos sem lançamentos.”

Segundo o executivo, 2021 será um dos melhores anos para o mercado imobiliário. “O governo federal deve retomar o caminho do equilíbrio fiscal, em um horizonte de estabilização do dólar e continuidade das discussões acerca de reformas, especialmente a tributária. A demanda ficará ainda mais aquecida”, acredita.

O valor geral de vendas (VGV) da empresa alcançou 770 milhões de reais a partir dos lançamentos que começaram, de fato, em agosto. O montante é mais do que o dobro do registrado em todo o ano passado. Para 2021, a Moura Dubeux reserva recorde de lançamentos em toda a história da empresa.

Selic

Com a taxa básica de juros (Selic) em mínima histórica, o ambiente é favorável para a compra de imóveis, principalmente na faixa de médio padrão. Para Rodrigo Resende, diretor de marketing e novos negócios da MRV, a Selic pode ter alguma correção no ano que vem, mas ainda de forma tímida.

“Acreditamos que a Selic continuará muito mais baixa do que no passado recente. O Brasil está entrando na tendência global de juros baixos.”

Como o financiamento tende a ficar mais atrativo, o setor deve colher frutos dessa política no ano que vem. “Independentemente da pandemia, a taxa de juros continua convidativa para o setor”, acrescenta Resende.

A construtora Engeform, que em 2020 somou 1 bilhão de reais somente em obras de saneamento, está se beneficiando do ambiente atual. “A taxa de juros baixa permite melhores condições para a empresa se alavancar e viabilizar negócios que antes não seriam possíveis com patamares mais altos”, afirma André Abucham, diretor-superintendente da empresa.

Além do bom desempenho em saneamento, a companhia acaba de fechar um contrato para levantar duas torres corporativas na região da avenida Juscelino Kubitschek, centro financeiro da capital paulista. O JK Square São Paulo terá aproximadamente 70 mil m², cinco subsolos e pavimento térreo com 12 lojas, onde será instalada uma área de convivência com espaços para circulação e permanência, em estilo “open mall”.

“A demanda continua expressiva no mercado imobiliário, os escritórios estão passando por uma reinvenção. As empresas terão que adaptar seus espaços para se adequar no pós-pandemia”, diz Eduardo Araújo, gestor de negócios da Engeform.

Novo normal

A Mac Construtora, que em 2020 registrou um VGV de 450 milhões de reais, prevê cinco lançamentos para o ano que vem e um crescimento de 20% da receita.

A construtora aposta no aprimoramento do conceito de moradia em seus novos lançamentos. “As pessoas estão buscando apartamentos mais funcionais, com espaço para home office e áreas comuns em que elas possam conviver com seus familiares”, diz Ricardo Pajero, CEO da área comercial da Mac.

A aposta também é da paranaense Laguna, que neste ano deve somar um VGV de 150 milhões de reais na incorporação, um avanço de 15% sobre 2019. A empresa tem forte atuação em apartamentos acima de 2 milhões de reais.

“Oferecemos conforto acústico e térmico, além de plantas diferenciadas. Isso passou a ser muito valorizado na pandemia”, diz André Marin Laguna, diretor de incorporações do grupo Laguna.

Em um cenário ainda de déficit habitacional e de infraestrutura no Brasil, o horizonte se mostra altamente positivo para os negócios. A aposta do mercado é de forte retomada. Resta saber se os riscos em torno da economia brasileira serão suprimidos e o setor finalmente poderá usufruir do grande potencial que tanto se fala no país.

Exame

Opinião dos leitores

  1. Vai nessa!!! Desemprego monstruoso impede pessoas de bom senso se meter com compra de imóvel e suas prestações sem fim. Crise, que crise, era o mote do setor imobiliário 2013/2020. Teve crise não filho, foi só uma marolinha.

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Diversos

Profissionais da construção civil fazem protesto contra novo decreto do Governo da Paraíba

Protesto se concentrou na Avenida Beira Rio e seguiu para Granja do Governador e para casa do prefeito de João Pessoa — Foto: Walter Paparazzo/G1

Profissionais da construção civil iniciaram um protesto na manhã desta segunda-feira (18) contra o novo decreto do governador da Paraíba, João Azevêdo (Cidadania), para prevenção da Covid-19, que entre outras medidas, estabelece a paralisação das atividades da construção civil pelo menos entre os dias 20 e 31 de maio. O movimento não tem ligação direta com o Sindicato da Indústria da Construção Civil de João Pessoa (Sinduscon-JP).

O G1 solicitou um posicionamento do Governo da Paraíba via assessoria de comunicação do Estado e do governador, mas não houve retorno até o fechamento desta matéria. A Prefeitura de João Pessoa disse que não vai se pronunciar porque o protesto foi contra o decreto do governador.

O ato contraria as recomendações das autoridades da área de saúde no Brasil e da Organização Mundial da Saúde (OMS), que pedem para que as pessoas fiquem em casa como prevenção ao avanço do novo coronavírus, além do decreto estadual que proíbe aglomerações e carreatas na Paraíba.

Vários caminhões caçamba e carros particulares participaram do protesto. Primeiro, os veículos seguiram até a Granja Santana, residência oficial do governador. Com o acesso bloqueado, os profissionais retornaram seguindo em direção à residência do prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PV).

De acordo com o engenheiro civil e empresário Rafael Rabelo, que esteve na manifestação, o protesto era em defesa dos clientes, dos colaboradores e dos fornecedores, “entendendo que a construção civil é uma parte importante da cadeia produtiva do país e do estado”, disse.

De acordo com José William, presidente do Sinduscon-JP, o sindicato está, desde sábado, quando o decreto foi assinado, tentando dialogar com o Governo do Estado, “principalmente, mostrando e demonstrando a importância do segmento, os cuidados que temos tomado”, declarou.

As atividades da área foram paralisadas no início da pandemia, entre os dias 23 de março e 31 de março, após uma reunião que aconteceu junto com o Sinduscon e com o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil, Pesada, Montagem e Mobiliários (​Sintricon).

“Fizemos isso espontaneamente. Sugerimos aos associados e à construção civil em geral que os canteiros de obras parassem por dez dias, substituindo por feriados futuros, para não prejudicar os colaboradores por perda de salário e também não punisse as empresas naquele momento”, declarou José William.

Entre outras medidas recomendadas pelo Sinduscon para os profissionais da construção civil, principalmente os que trabalham em canteiros de obras, esteve o aumento no número de lavatórios, aumento nas distâncias nos refeitórios, distâncias maiores nos dormitórios, além de orientações sobre higienização e prevenção não apenas no trajeto até o trabalho, mas também nas residências.

“Pedimos que [as autoridades do estado] examinem o decreto para que sejam revistas determinadas decisões. O Sinduscon não está alinhado com o protesto, mas vem tentando dialogar com as autoridades do estado mostrando que a melhor forma de resolver é dialogando”, declarou o presidente.

G1

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Política

Coronavírus: Bolsonaro inclui construção civil e indústria em lista de atividades essenciais na pandemia

Foto: © Antônio Cruz/Agência Brasil

O presidente da República, Jair Bolsonaro, decretou que as atividades de construção civil e industriais também são essencias em meio à pandemia do novo coronavírus.

A ampliação da lista de serviços e atividades considerados essenciais foi publicada no “Diário Oficial da União” (DOU) desta quinta-feira (7) e já está em vigor. A última alteração da lista, que já inclui mais de 50 itens, foi feita em 29 de abril.

O decreto foi editado no mesmo dia em que Bolsonaro, acompanhado de um grupo de empresários e ministros, foi ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedir que medidas restritivas nos estados, motivadas pela crise do coronavírus, sejam amenizadas.

Ao serem classificados como essenciais, as atividades e serviços podem continuar em operação mesmo durante restrição ou quarentena em razão do vírus.

De acordo com o decreto desta quinta-feira, a indústria e a construção civil podem manter as atividades “obedecidas as determinações do Ministério da Saúde”.

No decreto publicado em 29 de abril, Bolsonaro fixou que as definições pelo governo federal dos serviços e atividades essenciais “não afasta a competência ou a tomada de providências normativas e administrativas pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas competências e de seus respectivos territórios”.

O decreto considerou decisão do Supremo segundo a qual estados e municípios têm o poder de estabelecer políticas de saúde, inclusive questões de quarentena e a classificação dos serviços essenciais.

G1

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Diversos

Estudo da UFRN mostra a riqueza dos resíduos do solo potiguar para a construção civil

Foto: Reprodução/UFRN

A utilização de água em larga escala somada ao descarte inadequado de substâncias tóxicas por parte da indústria de construção civil motivou pesquisadores do Centro de Tecnologia da UFRN (CT) a buscar novos materiais que impactem cada vez menos o meio ambiente. O estudo tem como objetivo reaproveitar e valorizar resíduos como a manipueira, scheelita e o pó de pedra, resíduos próprios do território potiguar, de modo a desenvolver materiais sustentáveis ideais para as condições climáticas da região, gerando menos gastos e menos danos ao meio ambiente.

Inicialmente, o grupo — coordenado pelos professores Wilson Acchar, do Departamento de Física Teórica e Experimental da UFRN, Vamberto Monteiro, do Instituto Federal da Paraíba (IFPB), e alunos do mestrado em Materiais e Processos Construtivos — estudou o planejamento da base estrutural da parede, na busca por um tipo de tijolo mais sustentável, e em seguida explorou a possibilidade de utilizar esses resíduos nas argamassas. Além disso, foram resgatadas técnicas antigas de construção, como as edificações de adobe, propondo uma adaptação mais moderna nessa retomada. O estudo obteve resultados bem promissores com essa adaptação. “No processo, percebemos propriedades bem melhores em todos os aspectos, como resistência e absorção”, afirma o mestrando Rayanderson Saraiva, um dos integrantes da pesquisa.

Planta do projeto e amostras dos recursos utilizados. Foto: Hogla Geovanna

Um dos resíduos utilizados, a manipueira, um líquido proveniente da produção de mandioca que oferece riscos aos lençóis freáticos, muitas vezes é mal descartado por casas de produção de farinha, como destacou um dos pesquisadores, Jonathan Macedo. Isso acontece no momento em que se prensa a macaxeira: um líquido nocivo ao meio ambiente é expelido, contendo elevada carga de materiais orgânicos danosos e ácido cianídrico que atingem o lençol freático.

A manipueira é, de fato, significativamente danosa, porém o cianeto contido nela é extremamente volátil, então, quando exposta ao ambiente em qualquer temperatura na faixa dos 20°C, já é suficiente para que evapore. Se o cianeto for exposto por um período de 24 horas, por exemplo, a meia-vida do seu teor cianídrico cai pela metade, depois de 48 horas cai por um quarto e assim sucessivamente. Além do mais, a manipueira extraída no Rio Grande do Norte é mais suave, pois a mandioca, conhecida como mansa, que é trabalhada no litoral, não contém tanto ácido cianídrico.

Outra característica crucial para o projeto é o fato da manipueira poder substituir a água potável no processo de hidratação do cimento, de acordo com Jonathan. “Vimos que foi bastante viável, atendeu a todas as normas, obtendo até resultados melhores do que com tijolo convencional”, afirma. O tijolo de manipueira apresenta apenas um pouco de porosidade externa. Contudo, em termos técnicos, esse tijolo tem mais resistência que o convencional. Não obstante, devido a presença do cianeto e do enxofre, a manipueira também serve para combater pragas, como formigas e insetos.

Outro material pesquisado, a scheelita, é encontrado em grande proporção na Mina Brejuí, em Currais Novos. O mineral, quando unido ao pó de pedra e à manipueira, promove um melhor empacotamento das partículas nos tijolos, tornado o material resultante mais maleável e de fácil manuseio. O tijolo convencional tem várias consequências negativas ao meio ambiente, por causa dos impactos provenientes de sua fabricação: a produção dos tijolos de resíduos evita a liberação de gases tóxicos, que acontece no processo de queima tradicional.

É assim que a produção de tijolo de solo-cimento passa a ser o objeto de pesquisa das construções inovadoras. O pesquisador Ricardo Ramos afirma que o tijolo feito de solo, cimento e manipueira foi alvo de “testes obtendo a combinação de resíduos, de forma que a união proporcione melhoria nas propriedades”.

Casas ecológicas e a problemática das zonas bioclimáticas

(mais…)

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Economia

JUROS MAIS BAIXOS: Começam a valer medidas da Caixa para estimular construção civil

Foto: © Antônio Cruz/Agência Brasil

A partir desta segunda-feira (17), as empresas podem contrair crédito imobiliário da Caixa Econômica Federal com juros mais baixos. As novas regras foram anunciadas no último dia 12 pelo banco.

O banco reduziu as taxas das operações corrigidas pela Taxa Referencial (TR) e anunciou duas linhas de crédito para o setor da construção civil, indexadas pela inflação ou pelo certificado de depósito interbancário (CDI).

Segundo a Caixa, para todas as modalidades, as taxas de juros serão definidas de acordo com o perfil e relacionamento da empresa.

Taxa Referencial

As taxas dos financiamentos corrigidos pela TR caíram cerca de 30%, passando de TR mais 9,25% ao ano para TR mais 6,5% ao ano para as empresas com conta na Caixa. Para empresas sem relacionamento com o banco, a taxa cai de TR mais 13,25% ao ano para TR mais 11,75% ao ano.

IPCA e CDI

Os financiamentos corrigidos pelo CDI ou pela inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) valem para duas modalidades. A primeira é Apoio à Produção, mais conhecida como “Imóvel na Planta”. A segunda é Plano Empresa da Construção Civil, conhecida como Plano Empresário, destinada à construção de imóveis e que permite o financiamento para pessoas físicas quando 80% do empreendimento estiver construído.

Para as linhas corrigidas pela inflação, as taxas variarão de IPCA mais 3,79% ao ano para IPCA mais 7,8% ao ano. Os financiamentos indexados ao CDI terão duas modalidades de cobrança: uma com taxas que variam de CDI mais 1,48% ao ano a CDI mais 5,4% ao ano e outra entre 119% a 194% do CDI.

As linhas de crédito imobiliário para pessoas jurídicas têm até 36 meses de prazo de construção e de retorno (quando o dinheiro investido começa a ser recuperado). O tomador pode começar a pagar as parcelas até 12 meses depois da assinatura do contrato.

Canais de Atendimento

Além das agências da Caixa, os clientes poderão obter mais informações sobre as linhas de crédito por meio do site .

Agência Brasil

Opinião dos leitores

  1. E cadê o história q o mercado se autorregula, a mão invisível do mercado resolve, liberalismo, sem intervenção estatal?? Vê-se q liberalismo é só p os outros, p mim (bolsonarista) é bom o Estado intervindo, subsidiando, incentivando… kkkkkkkkkkk

    1. Já vê o nível mental da criança quando no final da frase coloca "kkkkkkk". Esperar o que dos lambe bolas do presidiário barbudo……

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Economia

Construção civil retoma contratações e tem salários de até R$ 40 mil

(./Getty Images)

Após período fraco, o setor de construção civil começa a dar sinais de crescimento. No PIB do 2º trimestre, a área mostrou um crescimento de 2% em relação ao mesmo período de 2018, segundo dados do IBGE. Foi o primeiro resultado positivo após 20 quedas consecutivas.

E o número também se reflete nas contratações. Segundo levantamento da Michael Page, a procura por certos profissionais da área aumentou 300% nos nove primeiros meses deste ano ante o mesmo período anterior.

Renato Trindade, gerente executivo da divisão de operações de Propriedade e Construção da Michael Page e Page Personnel, explica que o número elevado é decorrente da baixa movimentação nos anos anteriores, mas ainda mostra uma retomada e um potencial grande de contratações para o próximo ano.

“O aquecimento está ligado a expectativa de mercado, principalmente com a baixa de juros e o cenário econômico mais favorável. O investimento na construção civil também teve uma retomada forte nos Estados Unidos, o que faz com que os investidores olhem para outros mercados e no momento o mercado brasileiro tem atratividade maior”, fala ele.

Segundo ele, a movimentação de recrutamento foi para cargos de alto nível hierárquico e muito estratégicos para buscar novos negócios e investimentos.

Atualmente, as oportunidades estão concentradas ainda na região Sudeste, onde ficam as bases das maiores incorporadoras, principalmente em São Paulo. Para o resto do Brasil, o gerente acredita que a retomada ocorra de forma mais lenta.

“Não temos um boom de empregos, mas um aumento de oportunidades para profissionais mais qualificados. As empresas têm olhado mais para a eficiência, buscando o profissional multifuncional, que mais possa agregar ao cargo. Elas procuram executivos de níveis altos, mas não há mais tantas cadeiras disponíveis. A indústria passou por uma otimização da gestão, onde havia 10 diretores, agora terá apenas três”, diz.

Para ele, as empresas têm procurado preencher cargos que mostram o interesse para investimentos novos e devem começar no próximo ano as contratações para níveis iniciais, como analistas e especialistas de engenharia e operação.

Confira a relação de cargos mais demandados, com os perfis e salários, da área em 2019, clicando aqui em texto na íntegra da Exame.

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Economia

MERCADO DE TRABALHO: Indústria foi o setor que mais abriu vagas, com 272 mil novos postos; ocupação também avançou na construção civil

Foto: Márcia Foletto / Agência O Globo

A indústria foi o setor com maior número de vagas abertas no trimestre encerrado em agosto: 272 mil postos de trabalho a mais, em relação a maio, mês que serve de referência para a pesquisa de emprego divulgada nesta sexta-feira pelo IBGE.

Assim, houve expansão de 2,3% no emprego industrial. A construção civil abriu 181 mil novas vagas e o serviço doméstico, 109 mil novos postos de trabalho.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Lá vem mais um esquerdinha se lamentando. A esquerda morreu!!!! Lula tá preso!!! O choro é livre!!! Aceita que dói menos!

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Economia

Construção civil dá sinal de recuperação e avança 0,8 pontos em agosto

Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

A construção civil continua a dar sinais de que está recuperando o vigor do período pré-crise econômica, informou nesta terça-feira(24) a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Em agosto, o índice de evolução da atividade do setor cresceu 0,8 ponto, alcançado 49,2 pontos.

O índice de evolução do número de empregados subiu 0,6, em comparação a julho, para 49,9 pontos. Embora ainda abaixo dos 50 pontos – patamar que indica que o setor ainda encolhe – os indicadores mostram melhora em todos os meses de 2019, acompanhado de otimismo dos empresários com o futuro próximo.

Os indicativos da recuperação gradual do setor estão na Sondagem Indústria da Construção, divulgada nesta terça-feira pela entidade.

Apesar da evolução dos indicadores, as empresas da construção civil permanecem com ociosidade elevada.

Em agosto, a utilização da capacidade operacional (UCO) ficou em 58%, acréscimo de 1 ponto percentual frente ao mês anterior e 2 pontos percentuais em relação ao nível de 12 meses atrás.

Investimento

Segundo a CNI, apesar dos sinais de recuperação, a intenção do investimento do empresário da construção civil mantém-se volátil. Em agosto, o indicador subiu para 37,2 pontos, segunda marca mais elevada de 2019 e acima da média histórica de 33,7 pontos. O indicador vai de 0 a 100 pontos e, quanto maior o valor, maior a disposição em fazer investimentos.

De acordo com a confederação, a pesquisa mostra que há otimismo em relação ao futuro próximo.

A sondagem apresenta expectativas positivas no setor em relação ao nível de atividade e à compra de insumos e matérias-primas, indicadores que chegaram a 54,8 pontos e 53,7 pontos, respectivamente, o que sinaliza expectativa de aumento de demanda nos próximos seis meses. Por outro lado, os indicadores de novos empreendimentos e serviços apresentaram leve recuo, de 0,6 ponto e de 0,2 ponto, respectivamente.

Índice de Confiança

Em setembro, o Índice de Confiança do Empresário da Indústria da Construção (ICEI-Construção) revela otimismo do setor com a conjuntura, sobretudo com o presente.

Com alta de 1,3 ponto frente a agosto, o Índice de Condições Atuais puxou o aumento de 0,4 ponto no ICEI-Construção, no comparativo. Na contramão, o Índice de Expectativas – que mensura o que o empresário espera para os próximos seis meses – caiu pelo segundo mês consecutivo, desta vez em 0,3 ponto, principalmente devido à piora nas expectativas em relação à economia.

A Sondagem Indústria da Construção ouviu 523 empresas do setor (181 de pequeno porte, 228 de médio porte e 114 de grande porte) entre 2 e 12 de setembro.

Agência Brasil

 

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Polícia

FOTO: Suspeito de ser um dos maiores receptadores de equipamentos utilizados na construção civil é preso em ação da Polícia Civil do RN e PE

Foto: Divulgação/Polícia Civil-RN

Uma ação conjunta da Divisão Especializada em Investigação e Combate ao Crime Organizado (Deicor) e da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) da Polícia Civil de Pernambuco prendeu em flagrante Francisco Adomilson de Oliveira, 37 anos, na tarde desta segunda-feira (03), em Natal.

Ele é suspeito de ser um dos maiores receptadores de equipamentos utilizados na construção civil. Investigações revelam que Francisco Adomilson é integrante de um grupo criminoso que furtou sete armazéns de construção, que tiveram um prejuízo de mais de R$ 3 milhões. Em Recife, duas pessoas foram presas.

Francisco Adomilson foi preso quando estava em uma residência localizada no bairro Pitimbu, em Natal, com materiais avaliados em quase R$ 90 mil. Com ele, os policiais da Deicor apreenderam cinco mateletes, uma serra circular, três makitas, duas lixadeiras, uma lixadeira treme-treme, uma furadeira e três lava jato. Ele foi autuado em flagrante pelo crime de receptação qualificada.

Opinião dos leitores

  1. Enquanto isso, o TJ está com pena dos presos, os quais, por mim, deveriam é morrer doente p/ esvaziar as cadeias p/ eles poderem receber mais delinquentes. E mesmo havendo coisas estatais mais importantes a se resolver neste momento (exemplo: colocar 3 juizes por vara para ver se os processos dos cidadãos de bem andam mais rapidos). Mais a prioridade é cuidar do cidadão que não é de bem (absurdo! Só no Brasil mesmo essa inversao de valores!) :

    http://www.tjrn.jus.br/index.php/comunicacao/noticias/15524-autoridades-discutem-situacao-de-presos-que-precisam-de-atendimento-hospitalar

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Política

Senadora Zenaide defende ensino integral para combater violência nas escolas e investimentos na construção civil

Nessa terça-feira (02), a senadora Zenaide Maia defendeu a escola de tempo integral, com ensino de qualidade, como a melhor solução para resolver os problemas da falta de segurança nos colégios. A parlamentar defendeu essa posição no debate promovido na Comissão de Constituição e Justiça – CCJ, sobre o problema da segurança nas escolas.

Segundo Zenaide: “Se a família, muitas vezes desagregada por problemas sociais, não consegue garantir um mínimo de motivação ao estudo e à convivência social, o ensino integral de qualidade, além de tirar esse jovem das ruas lhe acrescentará valores e melhor estabilidade emocional, desde que os professores sejam preparados e valorizados em seu trabalho e o Estado assuma isto com políticas públicas adequadas e que cheguem também às famílias e ao entorno das escolas”, defendeu a senadora.

Também nesta terça-feira, Zenaide Maia foi ao plenário cobrar do governo planos de desenvolvimento econômico que tirem o país da crise da falta de empregos e produção de renda. A senadora lembrou que os 5 bancos oficiais brasileiros registram altos lucros mas não tem nenhum plano de incentivo à economia, inclusive a Caixa Econômica, que lucrou R$ 18 bilhões de reais ano passado e tem a vocação de alavancar a construção civil, setor que mais gera empregos, mas está parada.

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Diversos

Construção Civil: Lampadinha promete novos investimentos no setor e aposta na retomada da economia do país

Os últimos anos têm apresentado grandes desafios para o empreendedor, sobretudo no ramo da construção civil. Com a crise econômica no país, o setor tem passado por momentos difíceis mas repletos de oportunidades segundo a direção da Lampadinha, empresa potiguar com mais de 30 anos no mercado e reconhecida pelos profissionais da área como referência no RN e PB no ramo de materiais elétricos e de construção.

Apesar dos 35 mil itens a disposição do cliente, a empresa mantém seu foco de trabalhar com aquilo que sabe e oferecer soluções nos setores de elétrica, hidráulica, iluminação, jardinagem, ferramentas, tintas e EPIs.

Apesar da crise, o grupo tem investido pesado na abertura de novas unidades, em 2017 foi a unidade Goianinha, gerando mais emprego e renda na região e atendendo o município, cidades vizinhas e claro, clientes da mais badalada praia do RN, Pipa. Em 2018, foi inaugurada a sétima do grupo, uma nova unidade no município de Parnamirim, maior e com mais opções para os parnamirinenses, a proposta foi de criar uma loja modelo e melhorar a experiencia de compra do cliente Lampadinha.

Para 2019 o grupo promete novos investimentos e aposta na retomada da economia do país, e claro, a retomada do setor da construção civil, sobretudo no Nordeste, região com ainda um dos maiores déficits de habitacional do Brasil.

Agora ficou mais fácil tirar suas dúvidas ou fazer o orçamento da sua obra! Fala com a gente pelo nosso WhatsApp (84) 99974-4373! https://www.instagram.com/alampadinha/

Opinião dos leitores

  1. Empresa cujo atendimento de seu Gerente na loja Matriz, o sr. Manoel Nonório merece a nota máxima.

  2. Excelente empresa com muitas opções e preço justo.Sou cliente desde a abertura e testemunha do sucesso dos que fazem a Lampadinha.Parabens.

  3. Loja em que o cliente encontra tudo o q procura com o menor preço em materiais elétricos e de construção em geral no RN e PB.

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Diversos

FOTO: Após demissão de 4 mil com paralisação do Minha Casa Minha Vida no RN, trabalhadores da construção civil protestam no Alecrim

52c622c487e87d3ccf897d4d42afea79Protesto no fim da manhã desta quinta-feira(30), na capital potiguar. Reprodução Instagram

Opinião dos leitores

  1. Vitor Retrovisor, aqui da pra te fazer um comentário, isso que esta acontecendo no alecrim é verdade ou é coisa da imprensa tendenciosa? Eu tô com o Augusto Maranhão, é reflexo do desgoverno Dilma mesmo.

  2. O cancão tá piando, estamos lascados, o efeito dominó vai atingir em cheio o comercio etc,etc…

  3. Não dá para entender, o PT disse, repetiu, afirmou e confirmou que estávamos num país em pleno crescimento, sem crise, sem problemas sociais, com oferta de emprego. O que é isso então, o governo mentiu? A propaganda veiculada na campanha presidencial era mentirosa? O PT aprovou o discurso mentiroso para iludir o povo e ficar no poder?
    Afinal o PT continua afirmando que não existe desemprego, não há crise econômica, não tem inflação, nunca existiu corrupção? Não entendo mais nada, a realidade é uma e o discurso do PT vai no sentido contrário?

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Diversos

CCJ da ALRN aprova projeto que reserva vagas para mulheres na construção civil

e98cf221-e0ea-4383-883a-991a5dff7e4aFoto: João Gilberto

A Comissão de Constituição, Justiça e Redação da Assembleia Legislativa, em reunião realizada na manhã desta terça-feira (14), aprovou, por unanimidade, três Projetos de Lei e fez a distribuição de 25 processos para os relatores. Entre as matérias aprovadas está o Projeto de Lei que do deputado George Soares (PR), que assegura reserva mínima de 5% de vagas para mulheres na área da construção civil, em editais de licitações e contratos diretos para obras públicas promovidas pelo Governo do Estado. O projeto agora pode ir a plenário para votação.

“Esse projeto é um avanço, uma abertura maior para as mulheres no mercado de trabalho. É um importante passo para que elas possam mostrar o seu talento, além de assegurarem condições financeiras para o sustento de suas famílias”, disse a presidente da CCJ, deputada Márcia Maia (PSB).

Os outros dois projetos aprovados são o de autoria do deputado Gustavo Fernandes (PMDB), que dispõe sobre a inclusão do Carnaval de Macau no Calendário Turístico do Estado e o de Márcia Maia (PSB) que institui o dia 25 de março como o Dia da Conscientização e Mobilização de Combate à Tuberculose. Esse projeto foi aprovado com uma emenda supressiva do relator, deputado Galeno Torquato (PSD) retirando a programação de ações para o dia, por considerar ser privativa do Governo do Estado.

Durante a reunião, a deputada Márcia Maia comunicou ao plenário que o governo do Estado solicitou da Comissão a devolução de dois Projetos de Lei que ainda não tinham sido analisados. Um dispõe sobre a contratação de pessoal por prazo determinado para atendimento de necessidade temporária da FUNDAC e o outro altera a Lei Complementar Estadual 308, que reestrutura o regime próprio da Previdência Social do Estado e reorganiza o Instituto de Previdência dos Servidores.

Ao final, foram distribuídas 25 matérias para os relatores. Participaram da reunião, os deputados Márcia Maia (PSB), Kelps Lima (SDD), José Adécio (DEM), Galeno Torquato (PSD) e Carlos Augusto (PTdoB).

Com informações da ALRN

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Política

Projeto de George Soares assegura 5% de vagas para mulheres na construção civil

8a53ada4-fe71-4c19-9216-7fc0a70a12f4Foto: João Gilberto

Projeto de Lei de autoria do deputado George Soares (PR) apresentado à Mesa Diretora da Assembleia Legislativa assegura reserva mínima percentual de 5% das vagas de trabalho na área da construção civil para as mulheres, em editais de licitação e contratos diretos para obras públicas.

“Atualmente, a mulher brasileira ocupa grande parcela do mercado de trabalho, sendo muitas vezes a provedora da família. Por conta disso é necessário que se aumentem as oportunidades de empregos onde as pessoas do sexo feminino possam atuar. Daí a necessidade de se reservar vagas para mulheres, aumentando a possibilidade de ocupação das mesmas, principalmente em áreas onde o emprego feminino é meramente residual”, argumenta o deputado.

George Soares justificou ainda que a construção civil ainda se configura como tabu, já que são poucas as mulheres empregadas na área que não fazem parte da equipe de limpeza ou administrativa. Por isso, o projeto prevê que o percentual exigido deva contemplar os cargos operacionais, evitando assim a alocação das mulheres para outras funções.

O paragrafo único do artigo 1º do projeto do deputado George Soares diz que “não se entendem como empregos na área de construção civil, para feitos desta lei, os cargos na área de limpeza, faxina e afins, bem como as vagas na área administrativa. Entendem-se sim, como empregos na área de construção civil, para efeitos desta lei, os cargos na área operacional”.

Com informações da ALRN

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Economia

Famílias buscam qualidade de vida e segurança em condomínios horizontais

Atualmente, qualidade de vida e segurança são pontos primordiais quando o assunto é casa nova. Esses dois quesitos são fatores decisivos na escolha de um novo lar e ficam ainda mais importantes quando a família não é mais somente o casal e já tem a presença das crianças e adolescentes.

O objetivo das famílias é viver em um lugar mais tranquilo, com segurança, que preserve um pouco do que é a vida no campo. Mas sem deixar de lado uma boa estrutura de lazer, serviços e comércio que as capitais oferecem. Esta é a realidade de quem prima pela qualidade de vida e escolhe um condomínio horizontal para morar.

A tendência dos condomínios horizontais está refletindo em praticamente todo o território nacional. As famílias estão saindo dos centros das grandes cidades a procura de um lugar para os filhos brincarem a vontade, onde exista mais espaço para receber amigos e familiares e sem haver isolamento, com o convívio com os vizinhos.

Além disso, construir em um condomínio horizontal muitas vezes significa uma grande conquista, a realização de construir a casa dos sonhos. “É possível pegar aquele projeto tão idealizado e colocar em prática. A família não precisa se adequar a casa, pois ela será construída de acordo com as necessidades e gostos dos moradores”, explica Kerla Kramer, vice-diretora da Riomax, construtora responsável pelo Vitória Régia, condomínio horizontal em Cotovelo.

Visando a conciliação da vida na cidade, na praia a no campo, o Condomínio Vitória Régia oferece uma estrutura diferenciada, aliando lazer, segurança e conforto para oferecer melhor qualidade de vida. Um condomínio horizontal com 70 mil metros quadrados de área plana, localizado estrategicamente em Cotovelo, a 15 minutos de Natal, 5 minutos da praia, 15 minutos de Ponta Negra, 15 minutos de Parnamrim e 30 minutos do aeroporto.

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