Jornalismo

Folha de SP inventa “despiora” para dizer que os índices econômicos melhoraram no Brasil

Foto: Reprodução/Folha de São Paulo

 

O jornalismo brasileiro continua inovando. Após o Valor Econômico criticar o Banco Central por excesso de transparência, nesta quarta-feira(09) a Folha de São Paulo dá destaque ao colunista Vinicius Torres Freire, que diz que a economia brasileira “despiorou”, num texto claro de desejo que realmente dê tudo errado aqui. Segue abaixo o texto na íntegra.

Não se deu muita bola para as vendas do comércio em abril, divulgadas nesta terça-feira (8) pelo IBGE: cresceram além da conta de quase todo mundo. Sim, o comércio vem claudicando desde dezembro, com a seca dos auxílios emergenciais e repiques horrendos da epidemia. Abril teria outra baixa, pelos mesmos motivos, era o que se previa, como foi registrado nestas colunas. Só que não.

Receita de impostos, PIB trimestral e comércio tiveram desempenho acima do esperado. Nas entranhas desses indicadores há coisas feias: a inflação ajuda a engordar a arrecadação tributária, o consumo das famílias no PIB caiu. Ainda assim, houve despioras significativas.

O indicador de emprego formal dos economistas do Itaú teve alta em maio. A população ocupada cresceu 5,5%, voltando ao nível anterior ao da epidemia.

Antes de passar às más notícias, convém lembrar outras despioras relevantes. As taxas de juro de prazo mais longo (mais de dois anos) no atacadão de dinheiro andam caindo. Depois de tomar um calmante em meados de abril, o preço do dólar relaxou ainda mais, voltando à casa de R$ 5. O ingrediente mais importante desse calmante foi o fim das turbulências no mercado financeiro americano, com umas pitadas de juros mais altos por aqui e de indícios de que o teto de gastos não desabaria.

O resumo do primeiro ato desta ópera é: 1) a economia real não afundou com o morticínio e as restrições de março e abril; 2) houve um alívio das condições financeiras; 3) os donos do dinheiro grosso acham que a gambiarra fiscal brasileira é tolerável ou, pelo menos, deram fim ao faniquito do primeiro trimestre e, por fim: 4) continua razoável acreditar que o PIB cresça 5% neste ano.

Um crescimento de 5% neste 2021 apenas leva o PIB ao mesmo nível médio de 2019. Isto é, a uma economia ainda deprimida pela recessão de 2015-2016. Ainda pior, será uma economia com menos emprego e envenenada pelos efeitos da inflação sobre a renda, dos mais pobres em particular. Mas a despiora e o alívio em relação ao ano do tombo da epidemia, 2020, serão relevantes, embora desiguais.

Sim, há riscos de que a gente vá para o vinagre, crescentes a partir de 2022.

A ameaça mais óbvia é a de um repique ainda mais assassino da epidemia. No entanto, sem que apareça variante mais pestilenta, a epidemia tende a arrefecer ao longo do restante do ano, dado o número crescente de vacinados e de infectados (em tese imunizados). Como queria Jair Bolsonaro, a epidemia vai acabar de morte morrida, sem que a tenhamos um dia controlado.

Há algum risco de faltar energia, pontualmente, em novembro. Com algumas providências, é possível prevenir colapsos. Se houver inércia, a mera percepção do risco aumentado de apagões pode ser um problema. Isso quanto a 2021. Quanto a 2022, vamos depender da chuva que deveria cair entre novembro e abril.

Há uma inflação enorme nos preços do atacado (o IPA foi a quase 50% nos últimos 12 meses). Não se sabe bem quanto disso será repassado aos preços para o consumidor (IPCA). Se a carestia do IPCA não amainar a partir de junho, a perspectiva de alta de juros pode sabotar parte do crescimento de 2022, que já seria mixuruca.

Por fim, os americanos estão entretidos a discutir se a inflação deles vai voltar (a meros 2,5% ao ano). Caso achem que sim, pode haver algum sururu a partir do final do ano, com alta de juros na praça e fim do relaxamento monetário. Uma reviravolta dessas nos EUA pode nos machucar ou até nos quebrar as pernas. Em 2013, coisa parecida balançou as finanças por aqui e foi um dos fatores da derrocada.​

Folha de São Paulo

Opinião dos leitores

  1. O termo “despiora” realmente existe. Para os que têm dúvidas, procure no dicionário priberam, ou assistam ao vídeo do professor Pablo Jamilk que explica o uso desta palavra.

    1. A crítica não é se existe ou não o termo, mas pelo fato de poder ter apenas dito que “melhorou”.

  2. Que “despiora” que inventaram uma palavra? Meu deus este lugar está fadado ao fracasso mesmo!

  3. A Folha de São Paulo, outrora um jornal sério, que teve em seus articulistas o saudoso Paulo Francis – o primeiro jornalista brasileiro a ter coragem de denunciar as falcatruas na Petrobrás -, hoje não passa de um panfleto vagabundo de esquerda, tipo o GRANMA, que os cubanos usam para limpar a bunda, na falta de papel higiênico. Foi vergonhoso ler na Foice de São Paulo vários articulistas comemorando (subliminarmente) o fim da Operação Lava Jato. Ridículo.

    1. Exatamente, um jornal que até outrora tinha credibilidade e aceitação em massa no país, hoje não passa de um folhetim baixo e desprezível. É impressionante como quem não aceita as mudanças clamam para que o país piore, ( enquanto pior melhor, não é?! ). As “novidade” aparecem diuturnamente sem nenhum pudor ou vergonha, chega ser assustador brasileiros querendo a todo instante denegrir o próprio país. Parem o Brasil que eu quero descer, terei que tomar um remédio para cortar a ânsia de vômito.

  4. E esse tipo de gente faz escola, tem “seguidores”. É só ler os comentários por aqui e identificar uma porção deles. O cara torce e age contra o próprio país, se incomoda com as boas notícias e chega mesmo a NEGÁ-LAS (negacionistas de verdade). Juro que não consigo entender.

  5. Não estão mais sequer disfarçando. É a mesma cambada que torce pelo vírus, os “coronalovers”. A grande mídia brasileira, em sua maior parte, foi reduzida a isso.

  6. Hô desespero grande dessa imprensa imunda.
    Nunca vi tanta imundice junta, kkk kkk canalhas mil vezes canalhas.
    Vão ter que engolir o Véio Bolsonaro até 2026.

    1. Dá pra ver que pra pessoas que se bastam nas mentiras do grupin do zap do MINTOmaníaco, a ilusão de defender o corrupto das rachadinhas eh o suficiente pra alimentar um raciocínio limitado e idiotizado….

  7. Que bom que a economia está indo bem enquanto milhares morrem todos os dias nos hospitais por culpa do desgoverno negacionista e inepto. Ainda bem que 22 tá logo ali.

  8. Economia está tão bem que foi noticiado hj que a inflação obteve o mair alta dos últimos 25 anos. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk Despiora é uma visão muito otimista pq no nosso bolso, só piora.

  9. Aviso aos navegantes para refrescar a memória. Antes da pandemia a situação econômica do Brasil estava em pandarecos e já nessa época o Guedes pregava uma reação em V. Só se for o V de vai dar merda.

  10. A midia brasileira já está ficando sem terminologia escrita e falada na formação de termos e orações críticas em desfavor do ilustre presidente do Brasil,estão parecendo comentaristas e narradores de futebol e de formula 1 e outros esportes que já sem nenhum tipo de argumento e de assunto ficam inventando inexistes vocabulos e persistentes redundâncias.

  11. Inflação a 0,83% em maio, em 12 meses 8,06%, desemprego 15% recorde…realmente, está tudo melhorando de vento em popa!

    1. Mas pra que se importar com a realidade dos fatos e números, o que importa mesmo eh acompanhar as notícias pelo grupin do zap do MINTOmaníaco e acreditar cegamente no que ele fala…

    2. Sua conta esqueceu de incluir:
      Pandemia por 16 meses seguidos;
      Lockdown repetidos por governadores de oposição;
      Bares, restaurantes, área de laser, comércio, micro empresas FECHADAS;
      Turismo restrito a 20% das taxas anteriores;
      Tudo isso DETERMINADO pelos GOVERNADORES e PREFEITOS.
      Está desenhado, mas acho que nem assim você será capaz de entender, é zumbi ideologicamente comprometido

  12. BG, meu nobre, você é quem ainda repercute Folha de São Paulo, Estadão, IstoÉ e etc. ainda dando um crédito que esses órgãos não tem mais diante da sociedade. Seja o cidadão de esquerda, centro ou direita o que se quer é o mínimo de imparcialidade.

  13. Por isso quando leio matérias aqui e desconfio do seu texto, vou logo ao final saber a autoria, quando vejo folha de sao paulo já descarto logo tudo. Última vez que comentei isso aqui veio aquele esquerdeopata do Manoel F me criticar. Golpe ta ai, cai quem quer

    1. Kkkkkkkkk. Esquerdopata deve ser vc abestado que se acha diferente por defender o MINTOmaníaco das rachadinhas que de direita não tem NADA!

  14. Tem um jornal na 96fm as 7h da manhã, não vale nem apena escutar deixei de ouvir dão muito valor a folha!

  15. Fico pensando o que leva um ser abjeto desses a escrever tamanha aberração. Chega a ser bizarro um pseudo jornalista “criar” uma palavra só para não dizer que MELHOROU. Deve estar com defecção mental.

  16. Segundo o grande ‘jênio’ econômico Paulo Jegues, essa coisa de milhões de desempregados, de grande parte da população não ter acesso à carne, arroz, feijão e gás, do preço dos combustíveis está na estratosfera não importam! O importante que a bolsa de valores está batendo recordes diárias; portanto, está tudo muito bem!

    1. A gente bate palmas porque entende que isso é uma CONSTRUÇÃO. Realmente é pedir demais que você compreenda esse caminho, a julgar pelo nível dos comentários. Mas vamos combinar um seguinte: Foram quase 30 anos de políticas econômicas socialistas, dê 4 anos à liberdade econômica. Combinado? Se não ajuda, pelo menos não atrapalhe.

  17. Isso é infame, deselegante, injusto, babaca, infantil, produto de uma avaliação sebosa, tendenciosa, sacana, advinda de um profissional burro, em virtude de muitos motivos, inclusive os éticos, isso jamais poderia ser escrito em qualquer canto. Só certifica a certeza de que, parte te salutar da imprensa nacional, torce pelo mal do Brrasil.

    1. Kkkkkkkkk. Seus comentários que se limitam a somente apresentar adjetivos depreciativos em desfavor do colunista são tão pueris que me senti numa discussão de pátio escolar de quinta categoria… A folha de São Paulo tem sim um editorial de esquerda mas isso não invalida, de pronto, o jornal ou os argumentos do colunistas. Mas pra pessoas que se bastam nas mentiras do grupin do zap do MINTOmaníaco, a ilusão de defender o corrupto das rachadinhas eh o suficiente pra alimentar um raciocínio limitado e idiotizado….

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Geral

VÍDEO: Lagoa do Sarney transborda e invade casas após fortes chuvas em Natal

Vídeo: Via Certa Natal

As fortes chuvas que caem sobre Natal nesta quarta-feira (18) continuam provocando transtornos em diversas regiões da capital. Na Zona Norte, a Lagoa do José Sarney transbordou e a água invadiu casas próximas, deixando moradores em situação delicada.

O volume da chuva registrado nas primeiras horas do dia foi suficiente para encher a lagoa e causar o extravasamento, o que acabou comprometendo ruas e afetando o cotidiano de famílias que vivem no entorno.

Além do transbordamento, um grande alagamento foi registrado na Rua Gustavo José de Paula Gomes com a 5ª Travessa Votuporanga, no Loteamento José Sarney. A via ficou intransitável, e veículos que tentaram atravessar a área enfrentaram dificuldades, com alguns podendo ficar parcialmente submersos.

Vídeo: Via Certa Natal

A previsão do tempo aponta possibilidade de mais chuvas ao longo do dia em Natal.

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Geral

VÍDEO: Chuva causa alagamento na faixa de areia da engorda de Ponta Negra nesta quarta (18)

Vídeo: Via Certa Natal

Natal amanheceu sob forte chuva nesta quarta-feira (18), e um dos pontos mais afetados foi a faixa de areia da engorda da Praia de Ponta Negra, na Zona Sul da capital potiguar. O trecho registrou pontos de alagamento ainda nas primeiras horas do dia.

Imagens reproduzidas pelo Via Certa Natal mostram a água acumulada tomando parte da nova faixa de areia. Apesar da maré não estar em nível elevado, o volume de água da chuva foi suficiente para comprometer o uso da área.

A previsão do tempo aponta possibilidade de mais chuvas ao longo do dia em Natal.

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Mundo

Ataques aéreos israelenses atingem instalações de mísseis iranianos

Foto: Reuters

No mesmo momento em que milhares de pessoas fugiam de Teerã e de outras grandes cidades iranianas, Irã e Israel lançavam novos ataques de mísseis um contra o outro nesta quarta-feira (18).

O Exército israelense disse que mísseis iranianos foram lançados em direção a Israel nas primeiras horas da manhã. Explosões foram ouvidas sobre Tel Aviv.

Israel ordenou que residentes de uma área no sudoeste de Teerã saíssem de suas casas para que sua força aérea pudesse atacar instalações militares. Milhares de pessoas estão fugindo da capital e das principais cidades, com tráfego intenso congestionando estradas e algumas rotas suspensas, informou a mídia iraniana.

A agência de notícias iraniana Mehr relatou confrontos no início de quarta-feira entre forças de segurança e homens armados não identificados na cidade de Rey, ao sul de Teerã, acrescentando que os agressores podem estar ligados a Israel e pretendiam realizar “operações terroristas em áreas densamente povoadas da capital”.

Sites de notícias iranianos disseram que Israel também atacou uma universidade ligada à Guarda Revolucionária do Irã, no leste do país, e a instalação de mísseis balísticos de Khojir, perto de Teerã, que também foi alvo de ataques aéreos israelenses em outubro passado.

Um oficial militar israelense disse que 50 caças atacaram cerca de 20 alvos em Teerã durante a noite, incluindo locais que produzem matérias-primas, componentes e sistemas de fabricação de mísseis.

O Escritório do Diretor de Inteligência Nacional dos EUA afirma que o Irã está armado com o maior número de mísseis balísticos no Oriente Médio. O Irã disse que seus mísseis balísticos são uma importante força de dissuasão e retaliação contra os EUA, Israel e outros potenciais alvos regionais.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, advertiu nas redes sociais na terça-feira (17) que a paciência está se esgotando. Embora tenha dito que não tinha intenção de matar o líder do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, “por enquanto”, seus comentários sugeriram uma postura mais agressiva em relação ao Irã enquanto ele avalia se deve aprofundar o envolvimento dos EUA.

“Sabemos exatamente onde o chamado ‘líder supremo’ está se escondendo”, escreveu ele no Truth Social. “Não vamos eliminá-lo (matar!), pelo menos não por enquanto… Nossa paciência está se esgotando.”

As mensagens às vezes contraditórias e enigmáticas de Trump sobre o conflito entre Israel, aliado próximo dos EUA, e o Irã, inimigo de longa data, aprofundaram a incerteza em torno da crise. Seus comentários públicos variaram de ameaças militares a aberturas diplomáticas, algo não incomum para um presidente conhecido por uma abordagem frequentemente errática à política externa.

Folha de S.Paulo

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Geral

Derrota do Governo: Congresso derruba 12 vetos do presidente Lula

Foto: Lula Marques/Agência Brasil

Em sessão conjunta realizada nesta terça (17), o Congresso Nacional derrubou 12 vetos do presidente Lula (PT), restaurando dispositivos de leis que tratam de benefícios sociais, incentivos fiscais e investimentos em infraestrutura e energia.

A decisão dos parlamentares representa uma vitória da base aliada e da oposição em temas sensíveis, e impõe derrotas pontuais ao Planalto.

Entre os vetos derrubados, está o que impedia o pagamento de pensão vitalícia e indenização a crianças com microcefalia causada pelo vírus da zika. Também foi rejeitado o veto que autorizava a cobrança de novos tributos sobre fundos de investimento imobiliário (FII), Fiagro e fundos patrimoniais, mantendo esses instrumentos isentos da nova tributação.

Outros pontos retomados incluem a dispensa de registro de bioinsumos produzidos por agricultores para uso próprio, a liberação de licitações com base em orçamentos antigos e restos a pagar, e a dispensa de perícias periódicas para beneficiários do INSS com doenças graves, como Alzheimer, Parkinson e AIDS.

Além dos 12 vetos rejeitados, os parlamentares adiaram a análise de outros 30, incluindo temas como a renegociação da dívida dos estados, emendas orçamentárias e pontos específicos da reforma tributária.

InfoMoney

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Geral

Brasileiros irão trabalhar mais para pagar impostos com alta do IOF, aponta estudo

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Os brasileiros já precisaram trabalhar quase metade de um ano somente para pagar impostos, e agora com a alta do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) esse tempo dedicado aos tributos pode ficar maior.

Segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), a população necessitará de 151 dias neste ano para pagar os impostos em 2025, uma adição de 48 horas a essa jornada.

Antes da nova medida anunciada pelo governo e que vem sendo discutido no Congresso, esse tempo era de 149 dias, o equivalente de uma jornada desde o dia 1º de janeiro até 29 de maio.

Para 2026, IBPT estima que serão 4 dias a mais necessários para arcar com o tributos, ou 153 dias.

A conta inclui tributos federais, estaduais e municipais.

O maior patamar alcançado de tempo trabalhado para essa finalidade foi no período de 2017 a 2019, quando a população destinou 153 dias ao pagamento de impostos, o equivalente a cinco meses e dois dias.

Segundo João Eloi Olenike, presidente-executivo do IBPT, “o aumento do IOF é mais um retrocesso que recai sobre toda a sociedade. Enquanto o brasileiro já destina quase cinco meses do ano para sustentar o Estado, agora terá que sacrificar ainda mais dias de trabalho sem qualquer contrapartida em qualidade dos serviços públicos”.

O Instituto ressalta que o IOF tem um efeito cascata e está presente em quase todas as etapas da economia, como empréstimos, financiamentos, seguros, operações de câmbio, crédito rotativo de cartões e até remessas internacionais, o que impacta não só quem toma crédito, mas também a indústria que arca com mais custos.

CNN

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Geral

Governo quer controlar CPMI do INSS e aposta em Omar Aziz na presidência

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Após a leitura do requerimento de criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) na sessão do Congresso, na terça-feira (17), o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se mobiliza para assumir o controle de um dos principais cargos do colegiado, a presidência, e impedir que a oposição dite os rumos da investigação.

A estratégia do Planalto é garantir aliados nos postos-chave. O senador Omar Aziz (PSD-AM) é o nome cotado para presidir a comissão, enquanto há uma ofensiva para evitar que a relatoria fique sob o comando de um deputado bolsonarista.

Com Aziz praticamente assegurado na presidência, o foco agora é a definição do relator, cargo que cabe à Câmara dos Deputados.

A expectativa é que a relatoria fique com o PL, que ainda avalia se indicará o deputado Coronel Crisóstomo (PL-RO), responsável por organizar as primeiras assinaturas para a CPI na Câmara, ou a deputada Coronel Fernanda (PL-MT), que também mobilizou apoio para instalar a CPMI.

Governistas temem que o PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro e principal adversário do governo Lula, ao assumir a relatoria da CPMI, use o colegiado para desgastar o presidente.

O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), defendeu uma composição equilibrada. Para ele, a estratégia da ala aliada ao presidente Lula é revelar que as fraudes ocorreram durante o governo Bolsonaro e só foram descobertas na atual gestão.

Apesar da defesa por equilíbrio, Randolfe aposta no presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para conduzir a escolha do relator com isenção.

“Seria de bom-tom que a investigação não fosse conduzida nem por alguém do partido do presidente da República e nem pelo principal partido de oposição”, afirmou.

Nos bastidores, o Planalto articula com os partidos do chamado centrão para barrar a indicação de um relator bolsonarista e impedir que a CPMI seja transformada em palanque contra o governo.

CNN

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Geral

Lula acelerou reserva de emendas às vésperas de derrota na Câmara

Foto: Ricardo Stuckert/PR

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acelerou a reserva de emendas para deputados e senadores às vésperas da derrota sofrida na Câmara com a aprovação do requerimento de urgência do PDL (Projeto de Decreto Legislativo) 314 de 2025, que revoga o decreto de Fernando Haddad que aumentou o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).

De quinta-feira (12) até a segunda-feira (16), o valor empenhado para os congressistas mais que dobrou, chegando a R$ 256,2 milhões. Apesar do avanço, esse montante é menos de 1% dos R$ 50 bilhões previstos para serem liberados no ano, entre emendas individuais e de bancada. Não foi suficiente para dissipar a insatisfação no Legislativo.

A demora para liberação das emendas vem irritando os deputados e senadores. Esse foi um dos pontos centrais das discussões desta semana.

Empenhar as emendas significa reservar parte do Orçamento para assegurar que determinado gasto possa ser realizado futuramente. É diferente da etapa de pagamento, quando o dinheiro efetivamente sai dos cofres públicos.

Quando se trata só do pagamento, o valor liberado até agora em 2025 é muito menor que o empenhado: só R$ 5,1 milhões (0,01% do total), como mostra o quadro abaixo:

Foto: Poder 360

Os dados acima são do Siop (Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento) e podem ser ligeiramente diferentes das informações do Siga Brasil, do Senado.

Dos R$ 24,6 bilhões reservados no Orçamento para emendas individuais, só R$ 247,1 milhões foram empenhados até agora. Isso representa 1% do total.

A tendência é que nesta 2ª metade do ano haja um intensivo maior para o pagamento das emendas. Essa fisiologia (entenda o que significa clicando aqui) pode ajudar Lula a avançar com algumas pautas, diminuindo o mau-humor dos deputados.

Na 2ª feira (16.jun), o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), disse que a aprovação da urgência contra o decreto de Haddad foi um “recado” da sociedade, que “não aguenta mais aumento de imposto”.

Poder 360

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Geral

Justiça dos EUA expede nova citação contra Alexandre de Moraes após pedido da Trump Media e Rumble

Foto: Ton Molina/STF

O Tribunal do Distrito Médio da Flórida, nos Estados Unidos, expediu nesta terça-feira, 17, uma nova citação contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após um pedido das empresas Trump Media & Technology Group, ligada ao ex-presidente Donald Trump, e da plataforma de vídeos Rumble. As companhias, que movem uma ação contra o magistrado, o acusam de censurar conteúdos publicados dessas redes sociais no Brasil. A nova notificação foi determinada depois que a primeira tentativa de citação, feita em março, foi frustrada. Procurado por meio do STF para comentar o caso, Moraes não quis se manifestar.

Moraes terá um prazo de 21 dias para apresentar uma resposta formal à ação ou apresentar uma petição para contestar o processo, conforme as regras processuais federais dos Estados Unidos. Caso não se manifeste dentro desse período, a Justiça americana poderá declará-lo em revelia, permitindo que o caso avance com base apenas nas alegações apresentadas pelas empresas.

A solicitação da nova citação ocorreu após as duas companhias apresentarem, no dia 6 de junho, um aditamento à ação pedindo indenização por supostos prejuízos à reputação, perda de receita e oportunidades de negócio. O pedido foi protocolado no mesmo tribunal da Flórida, onde o caso tramita.

A Rumble e a Trump Media alegam que Moraes violou a Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos, que garante a liberdade de expressão, ao ordenar a remoção de contas de influenciadores brasileiros de direita na plataforma e por outras supostas “tentativas de censura”.

Na petição do início de junho, as empresas também citaram o inquérito aberto contra o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) como exemplo do que classificam como “abuso de autoridade” por parte de Moraes. A pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), Eduardo passou a ser investigado por supostamente buscar sanções internacionais contra o Brasil para pressionar o Supremo.

As empresas pedem que a Justiça americana declare as ordens de Moraes “inexequíveis” em território norte-americano, por violarem a Primeira Emenda. Também solicitam indenização financeira e a responsabilização pessoal do ministro brasileiro.

Estadão

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Mundo

Trump está cada vez mais inclinado a atacar o Irã, dizem fontes

Foto: Getty Images

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está cada vez mais inclinado a usar recursos militares dos EUA para atacar instalações nucleares iranianas e está se desanimando com a ideia de uma solução diplomática para acabar com o crescente conflito de Teerã com Israel, disseram à CNN duas autoridades familiarizadas com as discussões em andamento.

A nova postura mais agressiva representa uma mudança significativa no pensamento de Trump, embora as fontes tenham dito que presidente continua aberto a uma solução diplomática — se o Irã fizer concessões significativas.

No fim de semana e na segunda-feira (16), as discussões entre autoridades do governo Trump continuaram centradas na tentativa de encontrar uma solução diplomática, disseram fontes familiarizadas com as negociações.

Mas Trump sinalizou na manhã de terça-feira (17) que sua paciência com a diplomacia estava se esgotando. “Não estou muito a fim de negociar com o Irã”, disse ele a repórteres a bordo do Air Force One, retornando mais cedo da Cúpula do G7 no Canadá. Trump acrescentou que seu objetivo no Irã era “um fim, um fim real, não um cessar-fogo”, ou “desistir completamente”.

O líder americano disse esperar que as próximas 48 horas revelem mais sobre se Israel planeja desacelerar ou acelerar os ataques ao Irã.

“Vocês vão descobrir. Ninguém diminuiu o ritmo até agora”, disse.

Indagado se o envolvimento militar dos EUA garantiria a destruição do programa nuclear iraniano, como algumas autoridades israelenses afirmaram publicamente, o presidente disse a repórteres: “Espero que o programa deles seja eliminado muito antes disso. Eles não terão uma arma nuclear.”

CNN

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Brasil

Lula desmarca reunião com Zelensky no G7 e retorna ao Brasil

Foto:Arte/Metrópoles

O presidente Lula e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, desmarcaram a reunião bilateral que teriam durante a cúpula do G7, no Canadá, nesta terça-feira (17/6).

Segundo o governo brasileiro, o encontro entre os dois não aconteceu por problemas de “agenda”. Lula e Zelensky não teriam conseguido conciliar horários, após atrasos na programação do G7.

De acordo com a Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), com os atrasos, Lula não pode esperar para se reunir com Zelensky, pois tinha horário definido para decolar de volta ao Brasil.

O chefe do Palácio do Planalto deixou o resort onde ocorreu a cúpula do G7 por volta das 16h30, no horário local (19h30 no Brasil). O petista seguiu de carro até Calgary, de onde pegará o avião para retornar ao Brasil.

Essa foi a segunda vez que Lula desmarcou uma reunião bilateral com Zelensky. A primeira vez ocorreu durante a cúpula do G7 em Hiroshima, no Japão, em 2023, primeiro ano do terceiro mandato do petista.

Lula e Zelensky, entretanto, chegaram a se reunir em setembro de 2023 em Nova York, nos Estados Unidos, onde ambos estavam para participar da Assembleia-Geral da ONU.

Além do encontro com Zelensky, a reunião bilateral de Lula com o chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, também foi cancelada a pedido do alemão. Segundo o Planalto, Merz precisou voltar antes para a Europa.

Ao final, Lula teve apenas duas reuniões bilaterais durante a cúpula do G7. Uma com o primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, e outra com o presidente da Coreia do Sul, Lee Jae-myung.

Além disso, como noticiou a coluna, Lula teve conversas informais durante o G7 com os presidentes do México, Claudia Sheinbaum, e da África do Sul, Cyril Ramaphosa, e com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi.

Metrópoles

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