Educação

Greve dos professores do Município de São José de Mipibu é considerada ilegal

Os professores da rede pública do Município de São José de Mipibu devem retornar imediatamente às suas atividades, sob pena de multa diária no valor de R$ 20 mil em desfavor do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado do Rio Grande do Norte (Sinte) – Núcleo de São José de Mipibu, em caso de descumprimento da ordem judicial.

Foi o que decidiu liminarmente o desembargador Expedito Ferreira de Souza, na sessão desta quinta-feira (9) da 1ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça, quando reconheceu a ilegalidade da greve deflagrada por aquele Sindicato. Com isso, o magistrado determinou o imediato retorno dos professores da rede pública municipal às suas atividades.

Alegações do Município

A ação declaratória de ilegalidade de greve foi proposta pelo Município de São José de Mipibu contra o Sinte – Núcleo de São José de Mipibu, alegando que, em assembleia realizada em 16 de março de 2015, o ente sindical deflagrou greve geral dos educadores da rede pública municipal de ensino a partir do dia 19 de março de 2015.

De acordo com o Município, a greve se dá em função da vigência da Lei Complementar nº 040/2015, que criou uma vantagem remuneratória com o intuito de preservar os valores anteriormente pagos na forma de quinquênios previstos no Regime Jurídico Único e extinguindo este último, porquanto que os servidores da educação possuíam Plano de Cargos, Carreira e Salários próprios, com progressões verticais, fato este que produz duplicidade de progressões com o mesmo fundamento fático jurídico, o que se mostrava impróprio.

Destacou que o Sindicato exige a revogação de referida Lei Complementar e informa que ela veio corrigir uma irregularidade que existia no Município, a saber, a acumulação de progressões, que é ilegal. Ponderou que, dada a ilegalidade da acumulação, o Município poderia ter abolido o pagamento em duplicidade, porém optou em manter a remuneração e o direito adquirido para que não houvesse redução salarial.

Discorreu sobre a essencialidade da educação e, por conseguinte, a impossibilidade do direito de greve pelos professores da rede pública. Inferiu como necessário o reconhecimento da abusividade do movimento, tendo em vista que o calendário escolar já se encontra prejudicado, em virtude da paralisação que já atinge 21 dias.

Lei de Greve

Segundo o desembargador Expedito Ferreira, relator do processo, a edição da referida lei veio para corrigir a duplicidade de progressão que vinha sendo auferida pelos profissionais assistidos por aquele Sindicato. Por outro lado, ele observou que o ente sindical, quanto aos procedimentos para a instauração do movimento grevista observou as formalidades exigidas para tanto.

Isto porque houve a deliberação em assembleia geral da categoria, deu-se a definição da reivindicação e, por fim, a notificação prévia da greve preencheu o intervalo mínimo de 72 horas, por se tratar de serviço essencial. “Todavia, ao que parece, o movimento paredista ensejou a paralisação plena da prestação de serviço essencial, em desrespeito ao disposto no art. 11 da Lei nº nº 7.783/89”, percebeu o magistrado.

Para o desembargador, concretamente, se observa efetivo prejuízo ao calendário escolar, posto que a greve já tem duração de 21 dias. “Além disso, examinando a única reivindicação em que se pauta o referido movimento grevista em confronto com os direitos fundamentais que restam atingidos e a necessidade de manutenção de serviços essenciais e indispensáveis, e verificando que este já traz real prejuízo à formação dos estudantes da municipalidade, é forçoso reconhecer, mesmo liminarmente, o abuso ao direito de greve no caso concreto”, decidiu Expedito Ferreira, frisando que há no caso afronta a continuidade do serviço público.

(Ação Cível Originária n° 2015.004499-8)
TJRN

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Geral

IBAPE-RN promove I Seminário Regional de Perícias em Engenharia com Foco em Patologia das Edificações

O Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia do Rio Grande do Norte (IBAPE-RN) tem o prazer de anunciar a realização do I Seminário Regional de Perícias em Engenharia, que acontecerá nos próximos dias 20, 21 e 22 de agosto, no PraiaMar Hotel, localizado em Ponta Negra, Natal. O evento, que tem como tema central a Patologia das Edificações, promete ser um marco na qualificação e atualização profissional de engenheiros, arquitetos, especialistas e estudantes da área.

O seminário abordará questões cruciais e contemporâneas do setor, oferecendo um espaço robusto para a troca de conhecimentos e experiências. Para o presidente do IBAPE/RN, Cássio Freire, o evento representa uma oportunidade ímpar de aprimoramento: “Será uma grande oportunidade de atualização profissional, pois o evento conta com uma programação recheada de palestras e mesas redondas, que abordarão assuntos de extrema relevância, como Manutenção de Obras públicas e privadas, Consequências do aquecimento imobiliário de Natal após revisão do Plano Diretor, as nuances do Programa Minha Casa, Minha Vida, entre outros tópicos essenciais para o desenvolvimento de nossas cidades e a segurança de suas construções.”

O público-alvo inclui engenheiros civis, arquitetos, profissionais atuantes no segmento de perícias, vícios construtivos e engenharia diagnóstica, além de estudantes que buscam aprofundar seus conhecimentos em um campo técnico de crescente demanda.

O I Seminário Regional de Perícias em Engenharia conta com o apoio institucional e financeiro de importantes entidades do setor, demonstrando a relevância da iniciativa.

Patrocinadores confirmados: CONFEA, CREA-RN, MUTUA/RN, SINDUSCON/RN e SINDUSCON/Oeste. A união dessas forças garante um evento de alto nível técnico e organizacional.

As inscrições para o seminário já estão abertas e podem ser realizadas através do site oficial do evento: rnibape.com.br/seminario/. Recomenda-se que os interessados garantam suas vagas antecipadamente, dado o caráter limitado e a grande procura esperada.

Sobre o IBAPE/RN: O Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia do Rio Grande do Norte (IBAPE/RN) é a principal entidade técnica voltada para a qualificação, valorização e desenvolvimento dos profissionais que atuam com avaliações e perícias de engenharia no Estado. O Instituto desempenha um papel fundamental na promoção de boas práticas, ética e excelência técnica, contribuindo para a segurança e qualidade do ambiente construído.

Serviço:
Evento: I Seminário Regional de Perícias em Engenharia

Tema: Patologia das Edificações
Realização: IBAPE-RN

Datas: 20, 21 e 22 de agosto de 2025
Local: PraiaMar Hotel, Ponta Negra, Natal, RN

Público-alvo: Engenheiros, arquitetos, especialistas e estudantes.

Inscrições: http://rnibape.com.br/seminario/

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Brasil

Daniel Silveira coloca tornozeleira para fazer tratamento fora de presídio

Foto: reprodução

O ex-deputado federal Daniel Silveira está usando tornozeleira eletrônica para fazer o tratamento pós-operatório fora do presídio Colônia Agrícola de Magé, no Rio de Janeiro. A instalação do equipamento foi feita na quarta-feira (6) pela equipe da Coordenação de Monitoração Eletrônica.

A informação consta em um documento enviado ao ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Rio.

A saída do ex-parlamentar para realizar tratamento foi liberada por Moraes na última terça-feira (5), após um parecer favorável da PGR (Procuradoria-Geral da República).

Silveira fez uma cirurgia no joelho no dia 26 de julho e, de acordo com atestado médico, precisa de fisioterapia e cuidados diários na fase de recuperação. Segundo a determinação do ministro, todas as saídas devem ser comunicadas à Corte no prazo de 24 horas.

Desde a data da cirurgia, a defesa tem enviado diversos pedidos de conversão para prisão domiciliar ao ministro relator do caso — situação que não foi atendida pelo relator do caso.

Daniel Silveira foi condenado pelo STF em 2022 a oito anos e nove meses de prisão por ameaças ao Estado Democrático de Direito e tentativa de interferência em processo judicial.

CNN

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Brasil

Jornal demite fotógrafo que flagrou gesto obsceno de Moraes em estádio

Foto: ALEX SILVA/ESTADÃO CONTEÚDO

O jornal O Estado de S.Paulo demitiu, nessa quarta-feira (6/8), o fotógrafo Alex Silva, de 63 anos, autor da foto na qual o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aparece mostrando o dedo do meio a torcedores durante a primeira partida entre Corinthians e Palmeiras, pelas oitavas de final da Copa do Brasil, no dia 30 de julho, na NeoQuímica Arena, em São Paulo.

O flagrante do gesto obsceno ocorreu durante a primeira aparição de Moraes após o ministro receber sanções do governo dos Estados Unidos com base na Lei Magnitsky. No estádio, Moraes reagiu a xingamentos de um grupo de torcedores corintianos. A foto viralizou nas redes sociais e deu ensejo a uma série de críticas ao ministro do STF pelo comportamento em público.

Por meio de nota, o jornal afirmou que “o encerramento do vínculo profissional com o fotógrafo já estava planejado com antecedência e faz parte de uma redução de quadros da editoria de Fotografia, seguindo critérios exclusivamente administrativos” (leia a íntegra da nota no fim deste texto).

Especialista em coberturas esportivas, Alex Silva trabalhava no jornal havia 23 anos. Ao Metrópoles ele disse que a direção do veículo “não apresentou uma justificativa concreta” para o seu desligamento. Ele contou ter reclamado internamente que o jornal havia dado pouco destaque para a foto de Moraes e que acredita que a demissão esteja relacionada à repercussão política da imagem.

“Fico indignado, porque o jornal não apresentou uma justificativa concreta para a demissão, sobre o desempenho do meu trabalho. Simplesmente disseram que o RH pediu para me demitir, porque a empresa está passando por mudanças”, disse Alex Silva. “Acho que o jornal escondeu a foto. Eu reclamei isso com eles. Deram pouco espaço na home e não deram na capa”, completou.

Segundo o jornal, “não há lógica em associar tal decisão [demissão] à foto do ministro Alexandre de Moraes” feita pelo profissional. “A imagem em questão foi considerada de relevante valor jornalístico pelo Estadão. Não à toa, foi publicada como principal destaque na home do jornal ainda na noite da quarta-feira, dia do jogo”, diz a nota.

Alex Silva contou que fez o flagrante durante o aquecimento dos jogadores, antes do início da partida em Itaquera, após ter sido avisado por seu editor que o ministro do STF estava no estádio — Moraes é torcedor do Corinthians.

“Eu estava no meio do campo olhando para os camarotes. Daqui a pouco, ele [Moraes] aparece junto com algumas pessoas. Eu enquadrei ele [na câmera] e ouvi algumas vaias. Acho que alguém xingou naquela hora e daí ele mostrou o dedo do meio. Foram três fotogramas, nada mais. Quando vi a foto, saí correndo para transmitir para a redação”, lembra Silva.

Segundo ele, cerca de 70 fotógrafos estavam credenciados para cobrir o clássico paulista naquela noite. “Pensei que mais gente tinha feito essa mesma foto. Mas, durante o jogo, o pessoal começou a me dizer que a minha foto já estava em todos os lugares.”

Leia a íntegra da nota do jornal:

O encerramento do vínculo profissional com o fotógrafo já estava planejado com antecedência e faz parte de uma redução de quadros da editoria de Fotografia, seguindo critérios exclusivamente administrativos.

Não há lógica em associar tal decisão à foto do ministro Alexandre de Moraes feita pelo profissional durante uma partida do Corinthians. A imagem em questão foi considerada de relevante valor jornalístico pelo Estadão. Não à toa, foi publicada como principal destaque na home do jornal ainda na noite da quarta-feira, dia do jogo. Permaneceu na home durante toda o dia seguinte e também foi publicada em espaço importante na edição impressa. O jornal ainda pautou uma reportagem para informar ao público o contexto em que a imagem tinha sido obtida. Colunistas do jornal repercutiram a fotografia do ministro em textos e vídeos. Por meio do Estadão Conteúdo, a imagem foi vendida para inúmeros veículos.

O Estadão jamais abrirá mão de seu compromisso histórico com a liberdade de expressão e os mais altos padrões de independência editorial.

Metrópoles

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Geral

‘Nem com 81 assinaturas pauto o impeachment de um ministro do Supremo’, diz Alcolumbre a líderes

Foto: Andressa Anholete/Agência Senado

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), evitou entrelinhas. Numa reunião com os líderes partidários da base do governo Lula e da oposição, ele afirmou que não dará andamento ao pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de jeito nenhum. A Casa tem 81 senadores.

“Nem se tiver 81 assinaturas, ainda assim não pauto impeachment de ministro do STF para votar”, afirmou, de acordo com relatos feitos à Coluna do Estadão. Estavam na reunião os líderes governistas, além dos senadores Rogério Marinho (PL-RN), Tereza Cristina (PP-MS) e Marcos Rogério (PL-RO).

O senador deu a declaração em tom elevado. Tamanha a irritação, até se incluiu na conta para expor que, nem se o Senado inteiro pedisse a abertura do processo, ele daria andamento.

Os bolsonaristas que anunciaram nesta quinta-feira, 7, que conseguiram as 41 assinaturas. Esse é o número necessário para aprovar a admissibilidade do processo, caso o presidente do Senado desse andamento ao pedido.

“Um processo de impeachment não é fruto de vontade do presidente da Casa. É um movimento de maturação e tempo. O ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, também não ia votar o impeachment de Dilma Rousseff. Mas uma hora o vento muda”, rebateu o senador Carlos Portinho (PL-RJ).

“Uma coisa de cada vez. Agora tem 41 assinaturas. Depois conseguiremos apoio para ter 54 votos. Vamos comemorar a vitória de hoje”, continuou Portinho.

O rito do processo de impeachment de ministro do STF

Cabe ao presidente do Senado dar o aval para o início do processo.

Caso a denúncia seja aceita por ele, é lida no plenário da Casa na sessão seguinte. Depois é criada uma comissão especial, com 21 senadores, para avaliar o caso de forma preliminar. Esse colegiado tem dez dias para decidir se o processo segue adiante.

Se os parlamentares derem parecer favorável, o processo de instauração formal é votado em plenário por todos os senadores. É preciso obter maioria simples dos votos (41 dos 81 senadores), do contrário, o pedido é arquivado.

Sendo aprovado, o passo seguinte é a instauração formal do processo pela comissão especial. Novos prazos são cumpridos e o processo de impeachment precisa ser aprovado por maioria qualificada – ou seja, dois terços dos senadores (54 votos).

Embora a Constituição permita que o Senado Federal julgue e afaste membros do STF por cinco tipos de crime de responsabilidade, nunca ocorreu no Brasil o impeachment de ministros da Corte.

Em 134 anos, o STF só teve um integrante demovido do cargo por decisão do Poder Legislativo. Em 1894, o Senado negou a indicação de Cândido Barata Ribeiro para uma das cadeiras na Corte. Os senadores avaliaram que Barata Ribeiro, que era médico, não possuía o “notório saber” previsto na Constituição para o exercício do cargo de juiz da Suprema Corte.

Coluna do Estadão – Estadão Conteúdo

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Geral

Brasil tem 17 denúncias de violência contra mulher por hora, diz ministério

Foto: Reprodução/ PSD Mulher

Nos primeiros sete meses deste ano, a Central de Atendimento à Mulher, do Ministério da Mulher, contabilizou 86.025 denúncias de violência. Ou seja, 16,91 denúncias por hora de janeiro a julho, de acordo com os dados divulgados nesta quinta-feira (7), data em que a Lei Marinha da Penha completa 19 anos.

Em 47,6% dos casos, os suspeitos eram companheiro(as), esposos(as), e namorados(as), atuais ou ex-companheiros. A maior parte das vítimas é heterossexual (57,7%) e negra (44,3%).

Entre os principais grupos de violência relatados em contextos de violência doméstica e familiar e relações íntimas de afeto, estão:

  • Violência física (41,4%)
  • Psicológica (27,9%)
  • Sexual (3,6%)

Os dados mostram que o local de trabalho (1.354), casa de familiares (1.236) e estabelecimentos comerciais (1.164) são os locais mais denunciados como cenários de violência. A grande maior parte das denúncias acontece pela própria vítima (56 mil) e por pessoas anônimas (26.251).

São Paulo é o estado com maior número de denúncias, seguido pelo Rio de Janeiro e Minas Gerais.

Veja o ranking:

  • SP – 19.066

  • RJ – 13.022

  • MG – 7.624

  • DF – 7.577

  • BA – 4.754

  • RS – 3.428

  • PR – 3.428

  • PE – 2.882

  • GO – 2.883

  • SC – 2.218

  • CE – 2.120

  • ES – 1.675

  • PA – 1.070

  • MA – 1.059

  • AM – 1.598

  • *N/D – 1.590

  • AC – 1.357

  • MS – 1.253

  • PB – 1.138

  • AL – 1.147

  • RN – 1.114

  • PI – 956

  • MT – 846

  • SE – 624

  • TO – 467

  • RO – 324

  • AP – 189

  • RR – 100

O Ligue 180 é o canal oficial do Governo Federal para acolhimento, orientação e registro de denúncias, destinado às mulheres em situação de violência. Gratuito, sigiloso e disponível 24 horas por dia, todos os dias da semana, incluindo feriados — e também pode ser acionado por WhatsApp, pelo número (61) 9610-0180.

CNN Brasil

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Geral

Fala de Lula sobre humilhação em ligação a Trump repercute em TV dos EUA

Foto: Ricardo Stuckert /PR

A fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à agência de notícias Reuters na quarta-feira (6) de que não vai “se humilhar” ligando para Donald Trump repercutiu na imprensa dos Estados Unidos.

Em matéria publicada nesta quinta-feira (7), a Fox News afirmou que Lula permanece “firmemente contrário” a acordos com os EUA e tem criticado as tarifas americanas, as considerando uma tática de intimidação.

À Reuters, o presidente brasileiro pontuou que Trump não falou sobre negociação nas cartas e decisões, fazendo apenas novas ameaças.

Assim, a Fox relembrou que Lula afirmou anteriormente que as tarifas são uma “chantagem inaceitável”.

A TV dos EUA destacou ainda que Trump disse em 31 de julho, um dia após anunciar uma tarifa adicional de 40% sobre o Brasil, que o petista poderia falar com ele “quando quiser”.

Em aparente resposta a essa declaração, o chefe de Estado brasileiro escreveu no X que sempre esteve aberto ao diálogo, mas sem citar nominalmente o americano.

Por fim, a Fox destacou parte da publicação de Lula à época: “Quem define os rumos do Brasil são os brasileiros e suas instituições. Neste momento, estamos trabalhando para proteger a nossa economia, as empresas e nossos trabalhadores, e dar as respostas às medidas tarifárias do governo norte-americano”, escreveu Lula.

CNN Brasil

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Geral

Justiça determina que Unimed Natal forneça órtese craniana a bebê de 6 meses com plagiocefalia grave

Imagem: reprodução

A Justiça do Rio Grande do Norte concedeu liminar favorável em ação movida por uma família de Parnamirim contra a Unimed Natal, determinando que a operadora de plano de saúde forneça, no prazo de dois dias úteis, uma órtese craniana sob medida para um bebê de apenas 6 meses diagnosticado com plagiocefalia posterior postural de intensidade grave.

“O bebê já havia passado por medidas conservadoras de tratamento, sem sucesso. A órtese tem caráter terapêutico e preventivo, sendo fundamental para evitar sequelas neurológicas e futuras intervenções cirúrgicas invasivas. No próprio laudo médico anexado aos autos, consta que a eficácia do tratamento é potencializada entre os 3 e 12 meses de idade, faixa em que o bebê se encontra, o que justifica a urgência reconhecida pela Justiça.”, destaca o advogado Fábio Perruci, especialista em direito da saúde.

A decisão, da 3ª Vara Cível da Comarca de Parnamirim, foi proferida pela juíza Juliana de Oliveira Cartaxo Fernandes e destaca que a negativa da operadora em cobrir o dispositivo, prescrito por neurocirurgião pediátrico, configura conduta abusiva e fere o Código de Defesa do Consumidor.

“Estamos feliz por termos conseguido reverter essa decisão abusiva do plano, visto que a medida era de urgência e a criança poderia sofrer sequelas graves. Agora, o tratamento já foi iniciado e graças à medida judicial todo o tratamento neurológico será coberto pelo plano”, completa o advogado.

A magistrada também autorizou o bloqueio judicial de valores, caso a determinação não seja cumprida no prazo estipulado. A ação inclui ainda pedido de indenização por danos morais no valor de R$ 20 mil, devido ao sofrimento causado pela negativa do plano de saúde.

A decisão segue o entendimento consolidado do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que já reconheceu a obrigatoriedade de custeio de órteses cranianas por planos de saúde em casos semelhantes.

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Geral

Motta nega acordo com oposição por anistia em troca de retomada de plenário: ‘Não negocio prerrogativas’

Foto: Brenno Carvalho

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), negou que tenha feito um acordo com a oposição para o fim da obstrução e afirmou que não vai abrir mão de seu papel institucional na Câmara e que a presidência da Casa é ‘inegociável’.

— A presidência da Câmara é inegociável. A negociação feita pela retomada não está vinculada a nenhuma pauta. O presidente da Câmara não negocia prerrogativa com oposição, governo, ninguém — disse Motta ao chegar à Casa. — Conseguimos pautar a solução menos traumática. Demonstramos que não abriríamos mão de abrir os trabalhos ontem, respeitando todos os partidos e lideranças.

Após a sessão de quarta-feira, líderes afirmaram que o projeto que acaba com o foro privilegiado seria debatido na próxima reunião de líderes. De acordo com o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), o avanço desse debate abriu caminho para o fim da ocupação da mesa de trabalhos da Câmara, o que se arrastava desde terça-feira. O acordo prevê que a proposta pode ser levada à votação, desde que haja apoio suficiente entre os líderes da Casa.

Os debates sobre o tema têm apoio de líderes de partidos de Centro, como o PP e o União Brasil. O líder do PSD na Câmara, Antônio Britto (BA), confirmou que participará das articulações por matérias que garantam as prerrogativas parlamentares.

O projeto mais avançado sobre o fim do foro foi aprovado no Senado em 2017 e está pronto para ser analisado pelo plenário da Câmara, por já ter passado em comissões. O texto afirma que é “é vedada a instituição de foro especial por prerrogativa de função”. Hoje, por exemplo, deputados federais e senadores são julgados pelo STF. O projeto aprovado, no entanto, preserva o foro no Supremo para o presidente da República, o vice e os chefes de Câmara, Senado e do próprio STF.

Oposicionistas tentam usar essa PEC como atalho, fazendo uma mudança no texto original, para evitar o julgamento de Bolsonaro no STF — o caso dele corre na Corte por ter acontecido enquanto ele ocupava a Presidência e tem previsão de ser julgado em setembro.

Mesmo que haja acordo para que seja colocado em votação, líderes avaliam que não haverá tempo hábil de provocar qualquer mudança no julgamento do ex-presidente. Apesar de oposicionistas terem afirmado que o acordo incluía o andamento da anistia, líderes de partidos de centro negaram que Motta tenha dado esse aval.

Motta afirmou também que vai tomar “providências” até o fim do dia em relação aos deputados que resistiram a encerrar a obstrução e comentou a participação do ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) na negociação que encerrou a obstrução.

— O presidente Arthur é um amigo, que tem colaborado muito para o país. É natural que em momentos de tensão todos aqueles que querem o bem da casa se unam para construir um consenso. Ele participou como todos os líderes participaram. Foi uma tensão que a casa não viveu em sua história recente.

Na noite de quarta-feira, ele criticou a obstrução, disse que agressões não resolvem os problemas do país e que tampouco a democracia pode ser negociada. A sessão foi encerrada em menos de vinte minutos, com um discurso de Motta e sem votações.

A sessão foi convocada às 20h30, aberta às 22h24 e encerrada às 22h41. Deputados da oposição chegaram a resistir, e Motta ficou em pé ao lado da cadeira da presidência por cerca de dez minutos até conseguir ocupar o assento. Uma nova sessão foi convocada para quinta-feira.

Oposição resiste, mas Motta consegue ocupar cadeira da presidência da Câmara

— Não vai ser na agressão que vamos resolver. Eu peço para que todos deixem o espaço da Mesa, de forma educada — disse Motta ao assumir o microfone. — Durante todo o dia, dialogamos com todos os líderes dessa Casa e quero começar dizendo que a nossa presença hoje é para garantir a respeitabilidade inegociável desta mesa e para que esta Casa se fortaleça. Até para atravessar limites há limites. O que aconteceu aqui não foi bom. O que aconteceu, a obstrução, não fez bem a esta Casa. A oposição tem todo o direito de se manifestar, mas dentro do nosso regimento.

Sem citar diretamente a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, Motta afirmou que fatos recentes provocaram “ebulição”:

— Precisamos reafirmar nosso compromisso, mas uma série de acontecimentos recentes nos deu esse sentimento de ebulição. Não vivemos tempos normais, não podemos negociar nossa democracia. Não podemos deixar que projetos individuais possam estar à frente daquilo que une todos nós, que é o nosso povo e população. O compromisso que assumi com as lideranças era seguir com as pautas sem preconceito. Esta mesa não negocia a presidência. Não me distanciarem da serenidade, do equilíbrio, nem da firmeza necessária. Desta presidência, não terão omissão.

Houve bate-boca entre parlamentares da oposição e governistas assim que Motta assumiu os trabalhos.

Antes de abrir a sessão, Motta recebeu representantes do PP, União Brasil, PSD, MDB, Republicanos, PT, PSB, PDT na tarde de hoje e ficou decidido que teria sessão nesta terça-feira às 20h30 e quem insistisse na obstrução teria o mandato suspenso por seis meses e seria removido pela polícia legislativa.

Mesmo assim, bolsonaristas insistiram em ocupar o plenário, o que exigiu uma nova rodada de reuniões. O líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ), e o vice-presidente da Casa, Altineu Cortês (PL-RJ), foram ao gabinete do ex-presidente da Casa Arthur Lira (PP-AL), que tentou convencer a oposição a desistir da obstrução. Também participaram do encontro os líderes partidários Antônio Brito (PSD-BA) e Doutor Luizinho (PP-RJ).

Após o encontro com Lira, os deputados do PL e dos partidos de centro se dirigiram ao gabinete de Motta. O senador Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição na Casa, também participou. Depois da reunião, os líderes e o próprio Motta se dirigiram ao plenário para comunicar a saída dos deputados da Mesa, que inicialmente resistiram, mas depois cederam.

O Globo

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Geral

Motel vira ‘Hotel COP 30’ e aumenta diária em mais de 3.000%, em Belém-PA

Foto: Reprodução/ Redes sociais

Um motel em Belém (PA) mudou de nome — antes Hotel Nota 10 — para Hotel COP 30, em referência à 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), marcada para ocorrer em novembro na cidade, e aumentou a diária de R$ 70 em cerca de 3.150%. Na última semana, uma publicação na rede social X revelou que a reserva no hotel estava custando R$ 6,3 mil. Depois de viralizar, a diária no estabelecimento chegou a R$ 2.275 (US$ 394), de acordo com a plataforma Booking.

O post chamou a atenção na internet no momento em que pelo menos 25 países solicitaram a mudança do local do evento devido à disparada no preço das diárias de hotéis na capital paraense. André Corrêa do Lago, presidente da Conferência, chegou a afirmar que há casos de hotéis cobrando diárias até 10 vezes mais altas do que o normal.

A publicação mostra o antes e depois da fachada do estabelecimento, que fica a cerca de 30 minutos de carro do Parque do Povo, área onde vão ocorrer as principais negociações da COP30, com o print de uma reserva, recentemente disponibilizada na plataforma Booking, no valor de R$ 6,3 mil (imagem em destaque).

“2023 – Hotel Nota 10 custando R$70 a diária, em 2025 Hotel COP 30 custando R$6300 a diária. Criatividade e inflação freestyle total em Belém! Cada um coloca o preço que quiser, mas no geral o gringo não é idiota a esse ponto”, afirma o post.

Na imagem, é possível ver que a fachada do espaço foi alterada e pintada com a cor amarela.

O hotel compartilhou nas próprias redes sociais uma nota afim de “esclarecer informações que têm circulado recentemente”. De acordo com a gerência, o espaço passou por uma ampla reforma estrutural e administrativa para deixar de operar como hotel de hospedagem rotativa para se tornar um hotel de médio porte.

Com relação aos valores, o texto afirma que os preços anteriormente divulgados já foram reformulados, mas que, ainda assim, é importante destacar que devido a alta demanda gerada pelo evento internacional, houve uma elevação geral nas tarifas praticadas por toda a rede hoteleira da cidade, como e comum em qualquer cidade que recebe eventos de grande porte.

Metrópoles

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Geral

PRF fez duas maiores apreensões de ouro da história em menos de 48 horas

Foto: PRF

Em menos de 48 horas, a PRF (Polícia Rodoviária Federal) fez as duas maiores apreensões de ouro da história da corporação. Nas operações, cerca de 140 quilos de ouro foram apreendidos, cargas avaliadas em quase R$ 85 milhões.

A primeira apreensão, considerada como a maior de todos os tempos feitas pela corporação, ocorreu na segunda-feira (4), quando foram localizados cerca de 103 kg de barras de ouro dentro de uma picape na cidade de Boa Vista, em Roraima.

Já a segunda ocorreu na tarde de quarta-feira (6), com cerca de 40 kg de ouro apreendidos em abordagem na cidade de Altamira, no Pará.

Recém-nascido foi peça chave para a maior apreensão de ouro da história

Um fato curioso é que um recém-nascido foi peça determinante para a descoberta da maior apreensão de ouro da história. A abordagem ocorreu na BR-401, durante uma fiscalização de rotina. O motorista, que viajava com a esposa e o filho, demonstrou nervosismo e deu informações contraditórias.

Bruno Mendes de Jesus disse ser um “fiscal de obra”, mas não soube dar detalhes sobre a empresa ou o local do serviço. Os policiais também notaram marcas de manipulação recente no painel do veículo.

O ponto crucial da operação foi a presença da criança. Devido à falta de ferramentas e à “ausência de um local adequado para que se aguardasse o fim da diligência” com um bebê a bordo, a equipe da PRF optou por levar o veículo à sua sede operacional.

Na unidade, com equipamentos adequados, os agentes encontraram o fundo falso com 103 kg de ouro em barras. O material tem um valor de mercado que ultrapassa R$ 60 milhões.

O advogado de defesa informou que Bruno é um “trabalhador do setor mineral”, “primário, de bons antecedentes, pai de uma criança de apenas 9 meses de idade, e único responsável pelo sustento da família”.

CNN Brasil

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