Economia

Guedes pede ‘solidariedade’ para retomada rápida da economia e trégua entre poderes senão “o barco naufraga”

Foto: Anderson Riedel/ Presidência da República

O ministro da Economia, Paulo Guedes, pediu nesta sexta-feira (29) compreensão e solidariedade para que a retomada da economia, após a crise do coronavírus, seja mais rápida no país.

Guedes fez a declaração pouco depois de o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgar que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro caiu 1,5% no 1º trimestre, na comparação com os três últimos meses de 2019.

O resultado reflete apenas os primeiros impactos da pandemia do novo coronavírus, e coloca o país à beira de uma nova recessão, uma vez que a expectativa é de um tombo ainda maior no 2º trimestre.

“Precisamos de cooperação, colaboração, compreensão, solidariedade”, disse o ministro durante um seminário virtual.

Se referindo aos recentes conflitos do presidente Jair Bolsonaro com outros poderes, como o Judiciário, Guedes apontou que disputas são “naturais” nesse período, mas defendeu trégua neste momento de crise senão “o barco naufraga.”

“É natural que nessa ansiedade, cada um ao seu estilo, um pisa no pé do outro. E quem foi pisado vai empurrar de volta. Agora, acabou. Um deu o empurrão, tomou o empurrão de volta. Todo mundo remando para chegar na margem. Quando chegar na margem, começa a briga de novo. Pode brigar à vontade na margem. Se brigar a bordo do barco, o barco naufraga”, disse.

Nas últimas semanas, o presidente Jair Bolsonaro se envolveu em conflito com diversas autoridades e instituições do país. O presidente, por exemplo, criticou governadores por adotarem, seguindo recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS), medidas de isolamento e restrição para evitar o avanço rápido da covid-19. Bolsonaro defende a retomada de todas as atividades para evitar impactos negativos na economia e no emprego.

Mais recentemente, o presidente fez duras críticas a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) devido a decisões que o contrariaram, como a divulgação do vídeo da reunião ministerial de 22 de abril, apontada pelo ex-ministro da Justiça Sérgio Moro como prova da tentativa de Bolsonaro de interferir na Polícia Federal; e a ação de busca e apreensão, dentro do inquérito que apura ataques ao Supremo e divulgação de informações falsas na internet, que atingiu aliados do presidente e defensores do seu governo.

Reação em “V”, em “U” ou em “L”

De acordo com o ministro, “depende de nós mesmos” determinar como será a reação da economia no pós-pandemia.

Guedes apontou que há três opções: a chamada retomada em forma de “V”, que seria a mais rápida; a retomada em forma de “U”, um pouco mais lenta; ou então a economia pode se comportar como na forma da letra “L” que, segundo o ministro, significa “cair e virar depressão.

“Só depende de nós. Só depende de nós. Pela terceira vez, só depende de nós”, disse o ministro. “Prefiro ainda trabalhar com o ‘V’, pode ser um ‘V’ meio torto, caiu rápido e vai subir um pouco mais devagar, mas ainda é um ‘V’”, declarou.

Guedes acrescentou que, em sua visão, é preciso aperfeiçoar as instituições democráticas neste momento e disse ser “cretino” quem ataca o governo ao invés de ajudar nesse momento de crise.

“Se, em vez disso, nos jogarmos uns contra os outros, atrapalharmos uns o trabalho dos outros, incriminarmos uns aos outros em vez de entender que isso veio de fora, o vírus veio de fora e está atacando o mundo inteiro. É cretino você atacar o governo do próprio país em vez de ajudar em um momento desse”, afirmou.

Sobre o debate em torno da priorização da saúde, ou da economia, o ministro afirmou que é “natural” alguém achar que um aspecto é mais importante, mas avaliou que os dois são complementares.

“Alguém acha que a asa esquerda é mais importante, outro acha que é a asa direita. O pássaro não voa sem as duas asas. As pessoas não vão conseguir tocar uma economia preocupados com a saúde. As pessoas não vão conseguir salvar a saúde se também destruírem a economia. O pássaro, para voar, precisa das duas asas: da saúde e da economia”, disse.

Retorno ao trabalho

Na visão do ministro da Economia, está na hora de lançar o “sinal” de protocolos para um retorno seguro ao trabalho, que será feito “de forma segmentada, por unidades geográficas”, quando a questão de saúde permitir.

“No caso de indústrias que souberam se proteger, a construção civil está funcionando em 93% da capacidade produtiva, com 55 mil pessoas trabalhando nas obras e 10 mortes. Trágicas, porque cada morte é um universo que se extingue (…) Mas o fato é que, se 55 mil pessoas estão na construção civil e 10 vidas se apagaram, estão fazendo alguma coisa certa no protocolo de trabalho”, declarou.

De acordo com ele, esse retorno ao trabalho, de forma responsável, pode preservar vidas.

“Estão possivelmente até protegendo mais vidas do que está acontecendo em comunidades pobres, onde há o isolamento, distanciamento, mas 8, 9, 10 pessoas em uma casa só. Um sai para fazer uma coisa, outro sai para fazer outra, e no final podem até se contaminar com mais velocidade do que o trabalhador que está indo para um lugar que está tomando conta da saúde. É testado, monitorado, e tratado, só depois volta. Ele pode estar sendo bem tratado”, disse.

G1

Opinião dos leitores

  1. O ministro manda um recado nas entelinhas para o presidente, pois toda essa guerra foi iniciada por ele. Aliás, essa coisa de achar que estão sempre conspirando contra ele, o faz ver inimigos em toda parte. Bolsonaro não pensa nos brasileiros. Só tá preocupado em proteger os zeros e os amiguinhos dele.

  2. A Oposição mais a mídia mais o Congresso e o STF não gostam do Presidente e farão de tudo para inviabilizar o seu govermo. Não adianta esperar tregua. É partir com unhas e dentes para a proxima batalha.

  3. Bastou uma crise sanitária para mostrar a incompetência deste senhor. A Tchutchuca dos banqueiros só entende de entreguismo e privatização. Alguém sabe como anda a investigação contra ele por lucrar em cima do prejuízo de estatais e seus fundos próprios de aposentadoria complementar?

    1. BG
      No Brasil é difícil se administrar, uma pandemia dessa o governo Federal de pronto começou a atuar e minimizar os problemas, criou auxilio para a população, no entanto o sacrifício é mundial é inimaginável suas consequências, mais tem sempre ovelhas negras para criticar por criticar. Imagine se essa pandemia tivesse sido no governo da quadrilha como ficaria o Brasil?.

    2. Um ministro que considera servidor público como inimingo. Que diz " que não vai gastar dinheiro com as pequenas empresa" não podemos esperar nada de bom

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Tecnologia

VÍDEO: Influenciador utiliza inteligência artificial para avaliar produtos em tempo real

Um criador de conteúdo viralizou ao mostrar, na prática, como a inteligência artificial Gemini pode ser uma aliada nas compras do dia a dia.

No vídeo, gravado dentro de um supermercado, ele entra no corredor de cafés e pede para a IA avaliar qual produto oferece o melhor custo-benefício, além de comparar os preços com os de outros estabelecimentos.

Em questão de segundos, a ferramenta entrega uma resposta detalhada, surpreendendo pela eficiência e agilidade.

A demonstração impressionou internautas e reforçou o potencial da IA como ferramenta útil até nas tarefas mais cotidianas.

Canal do Paulo Mathias

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Geral

Gestão Jaime Calado firma convênio para garantir parceria com a Secretaria Estadual de Segurança Pública

Na manhã desta sexta-feira (27), o prefeito Jaime Calado se reuniu com o secretário de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social (SESED), coronel Araújo, na sede da secretaria, localizada no Centro Administrativo, em Natal, para assinatura de convênio com as forças de segurança do Governo do Estado.

Ao iniciar sua fala, o prefeito agradeceu o apoio recebido durante o Festival São Gonçalo Junino: “Quero agradecer ao apoio prestado no nosso Festival São Gonçalo Junino, que garantiu segurança efetiva no nosso evento”, afirmou Jaime Calado. Ele continuou: “Esse convênio que assinamos vai integrar os órgãos de segurança municipal, porque sem segurança nada funciona.”

“Dr. Jaime, essa é uma soma de esforços. Reconhecemos sua atuação pública e o compromisso em garantir uma segurança de qualidade para a população”, destacou o secretário estadual Coronel Araújo.

O convênio tem como objetivo reforçar a segurança pública em São Gonçalo do Amarante, promovendo a integração entre os órgãos estaduais e as estruturas municipais, como a Guarda Municipal, a Defesa Civil e a Secretaria de Defesa Social.

Também participaram da reunião: Carlos Leão (secretário municipal de Defesa Social) Mário David (secretário-chefe do Gabinete Civil), Ledson França (secretário de Comunicação), Osmir Monte (secretário adjunto da SESED), Marcos Vinícius (delegado da Polícia Civil da Grande Natal), Matheus Maicon (delegado da Polícia Civil de São Gonçalo do Amarante), comandante Alarico José (comandante-geral da PMRN) e comandante Monteiro Júnior (comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar do RN).

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Geral

Orçamento da UFRN cai 11% e universidade entra na lista de cortes mais severos no país

Foto: Igor Jácome/G1

A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) está entre as instituições de ensino superior com cortes relevantes no orçamento para 2025. A queda estimada é de 11% em relação ao ano anterior, segundo levantamento feito pela Gazeta do Povo, com base nos programas orçamentários federais voltados à manutenção do ensino superior.

Depois de um crescimento expressivo em 2023, impulsionado pela chamada “PEC da Transição”, os recursos voltados às universidades federais voltaram a apresentar retração. Em 2024, o orçamento atualizado sofreu uma queda real de 7,6%, e para 2025, a previsão inicial indica novo recuo de 4,9%.

Apesar do aumento de previsão no papel, apenas cerca de 70% do valor orçamentário é efetivamente executado a cada ano. Isso compromete o funcionamento das universidades, que acumulam aproximadamente R$ 3 bilhões anuais em valores não pagos. Entre os anos de 2021 e 2025, também houve um acréscimo de R$ 166 milhões em “Despesas de Exercícios Anteriores” — valores liquidados com atraso.

Os recursos são destinados a despesas que vão desde auxílio a estudantes e compra de materiais até obras, serviços de TI e pagamento de diárias. As chamadas “Despesas Correntes” envolvem o funcionamento cotidiano, enquanto as “Despesas de Capital” são voltadas a investimentos em infraestrutura. Entre os cortes mais significativos, além da UFRN, estão universidades como UniRio (menos 39%) e UFRRJ (menos 31%).

A UFRJ, maior orçamento entre as federais em 2021, também enfrentou quedas sucessivas. Já a UFDPar, no Piauí, teve o maior aumento percentual no período recente: 95%.

Em maio, após reunião com reitores, o governo federal anunciou a recomposição parcial dos valores e o desbloqueio de R$ 300 milhões, além da promessa de R$ 400 milhões adicionais via remanejamento no MEC.

Mesmo com os ajustes, a UFRN permanece no centro das atenções por conta da redução de 11% no orçamento, o que pode impactar diretamente a capacidade de operação da universidade nos próximos meses.

96 FM Natal

Opinião dos leitores

  1. Que besteirinha mais besta,os professores que sempre gostaram de fazer um L poderia fazer assim,ficariam com uma parte das despesas
    da universidade,tudo pelo amor 🥰.

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Geral

VÍDEO: Zema lança vídeo para rebater campanha do PT sobre disputa de pobres contra ricos

Foto: reprodução

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), compartilhou um vídeo neste sábado (28) no Instagram para rebater a campanha feita pelo PT (Partido dos Trabalhadores) sobre taxação de “BBBs”, bilionários, bancos e bets. Ele afirmou que é mais um “blá-blá-blá” do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que, segundo ele, mente para a população.

O vídeo que aparenta ter sido feito com inteligência artificial mostra uma balança gigante, símbolo da Justiça. De um lado, há uma barra de ouro escrita “governo” com 3 personagens próximos em referência a Lula, ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a primeira-dama Janja da Silva. Do outro lado, há pessoas que representam brasileiros e carregam 5 sacos escritos “impostos”. A balança desequilibra depois que são acrescentados os sacos escritos “Janja”, “roubo do INSS” e “IOF” do lado dos trabalhadores.

“O governo Lula diz que agora a balança é justa, que estão taxando os ricos. Mas a verdade é que, de um lado, Lula, Haddad, Janja, e, do outro, o povo sendo esmagado com as viagens milionárias de Janja, roubo do INSS, corrupção, IOF é o BBB. Mais um blá-blá-blá do governo Lula, sempre mentindo para você”, diz a narração.

O vídeo é uma resposta à campanha do Partido dos Trabalhadores pelas medidas que aumentam tributos. No vídeo compartilhado pela sigla do presidente Lula, também há uma balança gigante, que está desequilibrada: de um lado, há mais sacos de estopa com a inscrição “imposto”. Dezenas de trabalhadores seguram, com esforço, o prato mais pesado da balança, enquanto 3 homens de terno e gravata sustentam com facilidade o outro prato.

Uma mão surge no quadro e retira alguns dos sacos do lado mais pesado e move para o lado mais leve, no intuito de equilibrar a balança.

Ao final, a locução no vídeo faz referência a alguns dos segmentos que seriam mais taxados: “Taxação BBB: Bilionários, Bancos e Bets. Novo IR é justiça histórica. Justiça de verdade”.

Poder 360

 

Opinião dos leitores

  1. crie vergonha na cara Governador (MG)cuide de seu Estado que deve mais 165 bilhões a união e não queres pagar e não que negociar.

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Geral

VÍDEO: Léo Santana agita polo Zona Norte em uma das noites mais aguardadas do São João de Natal

Vídeo: Reprodução/Instagram

A segunda noite de shows no polo Zona Norte do São João de Natal foi marcada por um verdadeiro mar de pessoas e muita animação. Um dos momentos mais aguardados da programação aconteceu neste sábado (28), com o show de Léo Santana, que trouxe seu repertório especial para as festas juninas, o #SJDoGG.

A estrutura montada na Avenida da Alegria foi tomada por uma verdadeira onda de fãs do “Gigante”. No palco, Léo levantou o público com sucessos como “Zona de Perigo”, “Posturado e Calmo” e versões arrochadas de seus hits, embalando quem foi dançar forró com o tempero da Bahia.

Além de Léo Santana, o público da Zona Norte também curtiu os shows de Banda Feras, Raynel Guedes, Garanhões do Forró e Placillio, que agitaram a programação desde as primeiras horas da noite. Cada atração trouxe seu estilo e animou quem chegou cedo para aproveitar a festa do início ao fim.

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Mundo

Senado dos EUA aprova projeto de corte de impostos de Trump

Foto: Joe Raedle/Getty Images

O Senado dos Estados Unidos aprovou, na noite de sábado (28), horário local, o projeto de corte de impostos de Trump apelidado de “One Big Beautiful Bill” (Um Grande e Belo Projeto de Lei), em uma votação crucial, por 51 a 49, após uma longa discussão entre os líderes republicanos.

Agora, o partido de Trump precisa satisfazer os inúmeros opositores que ainda exigem mudanças no projeto. Com o resultado, os republicanos deram um passo importante na noite de sábado, embora o futuro da medida de cortes de impostos e gastos ainda esteja em questão, visto que outros obstáculos permanecem.

O projeto de lei de 940 páginas visa reduzir os impostos federais e injetar mais dinheiro nas principais prioridades de Trump em imigração, fronteiras, corte de impostos e questões militares, começou após horas de atraso.

A proposta estenderia os cortes de impostos de 2017, que foram a principal conquista legislativa de Trump durante seu primeiro mandato como presidente. Analistas apartidários estimam que uma versão do projeto adicionaria trilhões à dívida pública americana de US$ 36,2 trilhões.

Em publicação na rede social Truth Social, Trump disse que a votação foi uma “grande vitória”, e cumprimento os senadores que votaram a favor da medida.

O cronograma da medida é curto. Trump exigiu a assinatura do projeto de lei no dia 4 de julho, mas a medida ainda precisa retornar à Câmara após a aprovação do Senado.

A votação permite que o Senado comece a debater o projeto de lei de Trump, preparando uma votação final para sua aprovação naquela casa já na segunda-feira.

CNN

Opinião dos leitores

  1. Essa é a principal diferença entre um governo sério que pensa no povo e um governo perdulário que quer ver o povo cada vez mais lascado trabalhando para pagar imposto sem a devida contrapartida partida

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Geral

Pré-venda do Novo Nissan Kicks já começou na Redenção Nissan

A pré-venda do Novo Nissan Kicks já começou na Redenção Nissan! Taxa zero, bônus no usado e condições especiais nas primeiras unidades.

Motor turbo, painel digital de 24,6” e direção assistida com ProPilot. O SUV que vai mudar tudo já te espera. Mas corre, é por tempo limitado!

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Geral

Em meio a polêmica sobre IOF, Tebet é aguardada em Comissão de Orçamento

Foto: Washington Costa/MPO

A ministra do Planejamento, Simone Tebet, é aguardada em uma audiência da CMO (Comissão Mista de Orçamento) do Congresso Nacional na terça-feira (1º) para discutir o PLDO (Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2026.

A participação da ministra no colegiado ocorre em meio à discussão sobre a derrubada do decreto editado pelo governo federal para aumentar o Imposto sobre IOF (Operações Financeiras).

A LDO de 2026 será relatada pelo deputado Gervásio Maia (PSB-PB). A Constituição prevê que o projeto seja aprovado pelo Congresso Nacional até o dia 17 de julho, antes do recesso parlamentar.

O projeto foi enviado pelo Executivo ao Congresso em abril. A CMO previa analisar o relatório final até 9 de julho, mas o cenário de incertezas sobre o cenário econômico, impulsionado pela crise do IOF, pode atrasar o calendário.

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), é um dos críticos ao aumento do imposto. O parlamentar tem defendido “medidas estruturantes” para substituir o aumento de tributação, como a revisão de incentivos fiscais e a reforma administrativa.

IOF

Na última semana, o Congresso Nacional aprovou um projeto de decreto legislativo para sustar as decisões do Poder Executivo sobre o aumento no imposto. O movimento foi encarado pelo Palácio do Planalto como invasão de prerrogativas entre os Poderes.

Na sexta-feira (27), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deu aval para que a AGU (Advocacia-Geral da União) acione o STF (Supremo Tribunal Federal) e recorra da decisão do Congresso.

Além disso, o PSOL acionou a Suprema Corte, também na sexta-feira, pedindo a suspensão da medida aprovada pelo Congresso. O relator sorteado para o caso foi o ministro Gilmar Mendes. No entanto, o magistrado argumentou que o caso seja redistribuído ao ministro Alexandre de Moraes, já que ele relata outra ação sobre o tema.

CNN

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Geral

AGU pede à Justiça arquivamento de ação contra viagens internacionais de Janja

Foto: @hugobarretophoto / Metrópoles

A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu, nesta sexta-feira, 27, o arquivamento de uma ação popular que tenta impedir o uso de dinheiro público e aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) nas viagens internacionais da primeira-dama Janja. A ação tramita na Justiça Federal de Brasília.

A ação é do vereador de Curitiba Guilherme Kilter (Novo-PR) e do advogado Jeffrey Chiquini. Segundo a AGU, os autores tentam provocar o “ativismo judicial” e violar o princípio da separação entre os Poderes.

Kilter e Chiquini, no entanto, afirmam que os gastos públicos com as viagens de Janja ferem os princípios constitucionais da legalidade, moralidade, impessoalidade e eficiência. Eles alegam que a primeira-dama “não tem vínculo com o serviço público”.

AGU diz que não há ilegalidade nas viagens de Janja

Viagens da primeira-dama a países como Japão, Vietnã e Rússia, algumas realizadas antes da comitiva presidencial, geraram questionamentos da oposição. Na manifestação enviada à Justiça, a AGU sustenta que não há ilegalidade nos atos.

“A pretensão apresentada importa em ativismo judicial, haja vista que estaria o Poder Judiciário interferindo nas esferas do Poder Executivo e no próprio juízo de conveniência e oportunidade a ele conferido”, diz o parecer assinado pela advogada da União Camila Rocha Pachêco.

A AGU afirma ainda que a Justiça não pode avaliar o mérito dos atos administrativos nem determinar como devem ser executados, uma vez que cabe ao Executivo decidir sobre a conveniência e oportunidade das ações.

O juiz federal Leonardo Tavares Saraiva, da 9ª Vara Federal Cível da Seção Judiciária do Distrito Federal (SJDF), deu prazo de 20 dias para que Janja e a AGU prestem esclarecimentos.

Ele negou o pedido de liminar que buscava impedir o uso imediato de recursos públicos nas viagens da primeira-dama. Segundo o juiz, não há, por ora, provas de ilegalidade nos atos questionados.

No mês passado, o ministro-chefe da AGU, Jorge Messias, declarou que a ação contra Janja tem como objetivo “causar constrangimento ao Estado brasileiro”.

Revista Oeste

Opinião dos leitores

  1. Se tivéssemos justiça imparcial no nosso país ela teria que devolver toda grana gasta irregular nessas viagem, mas com certeza esse processo não vai dar em nada e ela ainda será liberada para sair torrando nosso dinheiro mundo a fora como bem quiser. O próprio Lula já disse que a mulher dele fará o que quiser e viajará para onde quiser

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Geral

Empoderado por Lula para embate com Congresso, Haddad adota novo tom

Foto: VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES

Cercado pelos principais líderes do Congresso Nacional, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, usava um tom de comemoração após reunião na noite do dia 8 de junho. Classificado como “histórico”, o encontro foi visto como um importante processo de diálogo entre parlamentares e área econômica, que vinha recebendo críticas intensas por conta do decreto inicial aumentando o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

A situação, no entanto, acabou se mostrando bem diferente do que era esperado pelo governo federal. Nos últimos dias, após semanas de tratativas, a Câmara e o Senado derrubaram o decreto do governo federal que contornava o primeiro texto e recalibrava o IOF, pegando a equipe econômica de surpresa. Haddad, inclusive, admitiu que não conseguiu compreender a mudança de postura do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB).

Empoderado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no decorrer da semana, que defendeu a atuação de Haddad, o ministro já dá sinais de mudança no tom de negociação. Durante palestra na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), nessa sexta-feira (27/6), ele expressou que este “não é um momento político para se recolher”.

“Não é hora de se recolher (…). Agora é hora de vestir o uniforme do embate, do bom debate público, do debate político, da disputa por ideias, por futuro, com as nossas armas, que é o conhecimento, a empatia, o bom senso (…)”, disse Haddad.

Haddad também afirmou que já conversou com o presidente Lula (PT) sobre a sua posição a respeito do reajuste do IOF, derrubado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado na quarta-feira (25/6), e vem defendendo a judicialização do caso.

O governo vem estudando três possibilidades para responder à derrubada do IOF: buscar uma nova fonte de receita, fazer um novo corte no Orçamento, ou recorrer à judicialização – a última é a opção que vem sendo defendida pelo ministro.

Mudança no ambiente de negociação

O ambiente se tornou outro e ficou ainda mais evidente um embate direto entre o Executivo e o Legislativo. O tom de diálogo “histórico”, que passou pela “prudência” necessária, deu lugar à promessa de um conflito entre os poderes no STF.

Em nota divulgada na manhã dessa sexta, a Advocacia-Geral da União (AGU) informou que, a pedido do presidente Lula, iniciou “uma avaliação técnica sobre as medidas jurídicas a serem adotadas para preservar a vigência” do decreto.

O órgão adiantou que “solicitou informações ao Ministério da Fazenda para embasar os estudos” e que, “assim que a análise jurídica for finalizada, a AGU divulgará a decisão adotada”. Haddad seguiu a nova perspectiva e deixou claro que o governo deve recorrer ao STF para preservar o decreto do IOF.

Metrópoles

Opinião dos leitores

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