Diversos

INSS: veja quanto ficarão contribuições de MEIs, autônomos e donas de casa a partir de março

Foto: Jorge William / Agência O Globo

A partir do salário de março (com pagamento em abril), mudarão as alíquotas de contribuição ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) de empregados, empregados domésticos e trabalhadores avulsos. Por conta da reforma da Previdência, haverá percentuais diferentes para faixas salariais distintas. No entanto, quem não tiver um vínculo empregatício formal continuará podendo, como antes, se encaixar nas alíquotas de 5%, 11% e 20%.

A quantia paga mudará apenas por conta do novo salário mínimo, fixado em R$ 1.045. Mas, neste caso, o novo valor já será recolhido em março (referente ao rendimento de fevereiro). O EXTRA mostra, a seguir, como ficarão as parcelas.

Donas de casa, desempregados, estudantes bolsistas e outros perfis que contribuem com 5%, por exemplo, passarão a desembolsar R$ 52,25. O mesmo acontece com a contribuição mensal dos microempreendedores individuais, que é paga por meio da DAS.

Ainda há para os MEIs, no entanto, acréscimo de Imposto sobre Serviço (ISS), de R$ 5, e/ou de Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), de R$ 1, dependendo das atividades desempenhadas por eles. As guias poderão chegar a custar, portanto, R$ 58,25.

O contribuinte que escolhe a alíquota de 11%, para garantir um salário mínimo como benefício previdenciário, passará a pagar R$ 114,95. Já os que optam por calcular 20% sobre o salário pretendido no momento da aposentadoria ou do pagamento de benefícios de risco, deverá arcar com valor entre R$ 209 (para o mínimo) e R$ 1.220,20 (para o teto).

Aqueles com registro formal

Os empregados, empregados domésticos e trabalhadores avulsos serão divididos desta forma: os que receberam salário até R$ 1.045 pagarão alíquota de 7,5%; para remunerados em R$ 1.045,01 a R$ 2.089,60, a alíquota será de 9%; os que ganham entre R$ 2.089,61 até R$ 3.134,40 pagarão 12%; e os contribuintes com salários entre R$ 3.134,41 e R$ 6.101,06 arcarão com 14%.

1. Descubra seu perfil

Quem quer contribuir, sem um vínculo empregatício formal, precisa entender em que categoria pode se encaixar: contribuinte individual ou segurado facultativo.

Contribuinte individual: Aquele que trabalha por conta própria (de forma autônoma) ou que presta serviços de natureza eventual a empresas, sem vínculo empregatício. Pode ser, por exemplo, um sacerdote, um síndico remunerado, um motorista de táxi, um vendedor ambulante, uma diarista, um pintor, um eletricista.

Segurado facultativos: Pessoa com mais de 16 anos, que não tem renda própria, mas decide contribuir para a Previdência Social. Pode ser uma dona de casa, um desempregado, um estudante bolsista, dentre outros perfis.

2. Escolha sua alíquota

– 5% sobre o salário mínimo (Ou seja, R$ 52,25)

Esta possibilidade é reservada a dois perfis principais: facultativo de baixa renda e Microempreendedor Individual (MEI). Garante todos os benefícios (como aposentadoria invalidez, auxílio-doença, auxílio-reclusão e salário-maternidade), exceto aposentadoria por contribuição.

Facultativo de baixa renda: Dona de casa que se dedica exclusivamente a esse trabalho e, portanto, não tem renda própria, sendo necessário também possuir renda familiar de até dois salários mínimos (Bolsa Família não entra para o cálculo) e estar inscrita no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico), com situação atualizada nos últimos dois anos. A inscrição é feita junto ao Centro de Referência e Assistência Social (CRAS) do município.

Microempreendedor Individual (MEI): Pessoa que trabalha por conta própria (a lista de atividades que permitem essa classificação está no (www.portaldoempreendedor.gov.br) e que se legaliza como pequeno empresário. Também são requisitos faturar, no máximo, R$ 81 mil por ano, não ter participação em outra empresa como sócio ou titular e ter, no máximo, um empregado contratado que receba o salário mínimo ou o piso da categoria.

– 11% sobre o salário mínimo

Ou seja, R$ 114,95

Pode aderir o contribuinte individual ou o facultativo que não preste serviço nem tenha relação de emprego com pessoa jurídica (empresa). O segurado, neste caso, só pode contribuir com valor calculado sobre o salário mínimo e, portanto, terá o piso nacional como benefício previdenciário. Neste caso, também são garantidos todos os benefícios, exceto aposentadoria por tempo de contribuição.

– 20% sobre o salário de contribuição

Ou seja, de R$ 209 (baseado no salário mínimo) a R$ 1.220,20 (referente ao teto, de R$ 5.839,45)

O indivíduo deve pagar o valor da alíquota multiplicada pelo salário pretendido no momento da aposentadoria ou do pagamento de benefícios de risco. Os recolhimentos efetuados neste plano servem também para requerer todos os tipos de aposentadoria, além dos outros benefícios.

Comece a pagar

– Quem paga sobre o valor de um salário mínimo também pode realizar pagamentos trimestrais, contribuindo com a taxa mensal multiplicada por três e preenchendo o campo “competência” da guia de recolhimento, obedecendo aos trimestres civis.

– Há códigos de contribuição para enquadrar cada perfil de segurado (individual ou facultativo), de acordo com o plano de contribuição (normal ou simplificado) e a periodicidade de pagamento (mensal ou trimestral). Por isso, é importante checar no site do INSS (www.inss.gov.br) o código correspondente às suas escolhas e preencher a guia de recolhimento corretamente.

– A guia pode ser gerada por meio do site do INSS ou comprando um carnê em papelaria e preenchendo-o manualmente.

– Apenas no caso de Microempreendedor Individual, a guia, chamada de DAS-MEI, é gerada no próprio Portal do Empreendedor.

E se quiser mudar?

– O contribuinte individual e o facultativo que pagam o INSS por meio do plano normal de contribuição (alíquota de 20%) podem, a qualquer momento, optar pelo pagamento no plano simplificado (alíquota de 11%), bastando alterar o código na guia de recolhimento.

– A mesma situação se aplica ao que estiver recolhendo no plano simplificado e quiser voltar para o plano normal.

– Se o contribuinte aderir ao plano simplificado, de alíquota 5% ou 11%, mas posteriormente quiser contar com recolhimentos maiores, deverá ser feita a complementação dos pagamentos para os valores referentes à alíquota de 20%. A agência da Previdência Social aplicará ainda juros moratórios.

Como funcionam alguns benefícios?

– Auxílio-doença

É um benefício por incapacidade devido ao segurado do INSS que comprove, em perícia médica, estar temporariamente incapaz para o trabalho em decorrência de doença ou acidente. Para requerer o direito, é necessário ter 12 contribuições mensais, com algumas exceções para doenças profissionais, acidentes de trabalho e acidentes de qualquer natureza ou causa.

– Pensão por morte urbana

É um benefício destinado aos dependentes (cônjuge, companheiro, filhos e enteados menores de 21 anos ou inválidos) de beneficiário que era aposentado ou trabalhador que exercia sua atividade no perímetro urbano. A duração dos pagamentos será variável conforme o número de contribuições feitas pela vítima e do tempo de união com o dependente ou idade, por exemplo.

– Salário-maternidade urbano

É um benefício devido a uma pessoa que se afaste de sua atividade, por motivo de nascimento de filho, aborto não criminoso, adoção ou guarda judicial para fins de adoção. A duração do benefício depende do motivo que deu origem: 120 dias no caso de parto; 120 dias no caso de adoção; 120 dias, no caso de natimorto; 14 dias, no caso de aborto espontâneo ou previstos em lei (como estupro ou risco de vida para a mãe), a critério médico.

Para requerer o direito, é necessário ter dez meses de contribuição, no caso do contribuinte individual (que trabalha por conta própria), facultativo e segurado especial (rural). O desempregado precisa comprovar que é segurado do INSS e, conforme o caso, cumprir carência de dez meses trabalhados.

O Globo

 

Opinião dos leitores

  1. BG gostaria que vc tentasse descobrir se existe alguém aposentado que pagava esses 5% ,pois trabalhei mais de trinta anos no INSS e tds que vi dar entrada na aposentadoria foram negadas.

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Brasil

Pantanal teve 10.825 hectares queimados em janeiro de 2025

O Pantanal teve 10.825 hectares de área queimada em janeiro de 2025, segundo dados do Lasa (Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais), da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).

Em 2024, foram 2,6 milhões de hectares queimados no bioma –valor que corresponde a 17% da área total do Pantanal, estimada em cerca de 15 milhões de hectares. Na série histórica do Lasa, iniciada em 2012, o ano passado foi o 2º em tamanho de área atingida por incêndios. Perde para 2020, quando foram queimados 3,6 milhões hectares.

A área queimada no Pantanal em janeiro de 2025 é inferior aos 23.675 hectares queimados no mesmo mês de 2024, mas superior aos 3.350 de 2023.

O território devastado por queimadas no Brasil cresceu 79% em 2024 com relação a 2023, segundo dados do Monitor do Fogo, do MapBiomas. Foram queimados 30.867.676 hectares no ano passado –uma área maior que todo o território da Itália.

Desses mais de 30 milhões de hectares, 73% foram de vegetação nativa, sendo 25% em formações florestais. Os fogos em áreas de pastagens somaram 21,9% do total de 2024. Eis a íntegra dos dados (PDF – 4 MB).

FOCOS DE INCÊNDIO

O Brasil encerrou o ano de 2024 com 278.299 focos de incêndio –um aumento de 46,5% em relação a 2023, quando foram registradas 189.901 ocorrências do tipo. Os dados são do sistema BDQueimadas do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

A quantidade de incêndios em 2024 foi a mais elevada desde 2010. Na série histórica, o ano de 2007 continua como o pior.

A Amazônia foi o bioma que mais registrou focos de incêndio em 2024. Foram 140.346 de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2024, o que corresponde a 50,4% do total. É seguido por:

Cerrado, com 81.468 focos (29,3%);
Mata Atlântica, com 21.328 focos (7,7%);
Caatinga, com 20.235 focos (7,3%);
Pantanal, com 14.498 focos (5,2%);
Pampa, com 424 focos (0,2%).
Em janeiro, o país registrou 3.137 focos de incêndio. A Amazônia concentra a maior parcela dos focos de incêndio, com 1.219 –ou 38,9%. O Pantanal teve 34 ocorrências do tipo.

Poder 360

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Geral

VÍDEO: Veja o momento da confusão com agressão por equipamento de academia na zona sul de Natal

Veja o momento da confusão que terminou com agressão por causa de um equipamento de exercício em Academia na zona sul de Natal.

O incidente aconteceu na manhã de terça-feira (11) e uma das mulheres foi atingida na cabeça.

Vídeo: SOS Policial

Relembre o caso:

https://www.blogdobg.com.br/mulher-que-agrediu-outra-na-academia-em-natal-hoje-11-foi-presa-e-respondera-por-lesao-corporal-grave/

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Geral

Médico é demitido por vazar raio-x de paciente com desodorante no ânus

A Prefeitura de Ingá demitiu, nesta quarta-feira (12), um médico da UPA do município após o profissional divulgar uma imagem de um raio-X de um paciente que inseriu um desodorante no ânus.

De acordo com o médico, ele não enxergou problema na publicação e ainda marcou a localização da Unidade de Saúde. No entanto, a repercussão do caso levou à sua dispensa imediata por parte da Prefeitura de Ingá.

Em entrevista ao Portal MaisPB e Programa Hora H, a secretária de Saúde do município, Ezilãene Chaves, afirmou que a prefeitura enxergou o caso como uma “infantilidade” e total falta de ética.

“É falta de ética profissional, a postagem na verdade foi hoje, mas o ocorrido não foi hoje, mas a postagem sim. Mesmo não sendo um acontecimento hoje, mas uma postagem que além de não poder ser feita, ainda marcou o local que foi a UPA de Ingá. Isso é uma falta de ética profissional não aceitamos de maneira alguma de nenhum profissional de nenhum funcionário então desligamos o médico do município. Ele não tem mais nenhum vínculo com o município. Não podemos deixar isso acontecer, não sei nem dizer se foi maldade, infantilidade dele, mas em resumo falta de ética profissional”, concluiu.

Mais PB

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Esporte

Copa do Nordeste: Bahia goleia o América por 5 a 1 na Fonte Nova

Foto: Gabriel Leite/América FC

O América jogou mal e acabou sendo goleado por 5 a 1 pelo Bahia, na noite desta quarta-feira (12), pela Copa do Nordeste, na Arena Fonte Nova. O Alvirrubro fica com quatro pontos e joga na próxima terça em Natal, contra o Confiança/SE.

O Alvirrubro entrou em campo mal posicionado taticamente e pagou caro pelo erro inicial. A última linha de defesa rubra contava com quatro jogadores contra cinco do adversário, que chegava como queria. Com três minutos de bola rolando o Tricolor já havia criado duas chances claras de gol.

Outro erro crasso da equipe potiguar foi não ter dado a atenção merecida ao principal jogador do time baiano. O meia Everton Ribeiro “deitou e rolou” pelo lado direito ofensivo do Bahia, esquerda da defesa do América.

Jogando assim o Bahia não demorou a iniciar a goleada na Arena Fonte Nova. Aos 12 minutos Éverton Ribeiro cruzou e achou Lucho Rodrigues para abrir o marcador. Quatro minutos depois saiu o segundo tento dos donos da casa. Ademir recebeu e marcou com facilidade.

A essa altura o time de Natal já não encontrava os jogadores de meio e ataque do Bahia. Aos 24 veio o terceiro gol. Escanteio cobrado pela direita. A troca de passes chegou até o Erick Pulga que chutou firme para ampliar.

Antes do fim do primeiro o Bahia anotou o quarto gol praticamente definindo o marcador. Erick Pulga recebeu o passe na saída errada do América e não tomou conhecimento da marcação para fazer 4 a 0 aos 31 minutos. Antes de acabar a etapa, percebendo a desvantagem, Leston Júnior tirou um jogador de meio campo e colocou um terceiro zagueiro.

Na volta para o segundo tempo o domínio do Bahia continuou. No entanto, a combinação da melhora da marcação alvirrubra com a diminuição do ritmo do Tricolor fez o jogo cair num certo “marasmo”. As alterações de Ceni ajudaram o jogo a cair de produção, poupando titulares.

Apesar disso, o Bahia ainda chegou ao quinto gol. Aos 33 minutos, num lançamento pela esquerda o time avançou. A bola foi cruzada para a área e encontrou Everaldo, que tinha acabado de entrar. Ele pegou de primeira e marcou.

Antes do apito final, o América fez o chamado “gol de honra”. Numa roubada no meio de campo, Henrique, jovem talento que tinha acabado de entrar, recebeu na frente e chutou de primeira para colocar números finais. Bahia 5 x 1 América.

Tribuna do Norte

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Brasil

Crime organizado no Brasil já ganha mais com combustível do que com o tráfico de cocaína, aponta estudo

Reprodução

O crime organizado no Brasil lucra mais com a venda de combustíveis e outros produtos, como ouro, cigarro e bebidas, do que com o tráfico de cocaína. É o que aponta um relatório do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) divulgado nesta terça-feira. Segundo o estudo, a receita anual do comércio paralelo destes mercados para as facções é de aproximadamente R$ 147 bilhões, enquanto a venda da droga gera cerca de R$ 15 bilhões aos criminosos.

Entre os quatro mercados, o setor de combustíveis e lubrificantes aparece à frente, com um total estimado de R$ 61,5 bilhões — 41,8% da receita deste grupo. O de bebidas aparece em seguida com R$56,9 bilhões. Na sequência aparecem os mercados de extração e produção de ouro, com R$ 18,2 bilhões, e de tabaco e cigarros, com R$ 10,3 bilhões.

— A alta circulação e demanda destes setores, atrelado ao baixo controle estatal e de circulação, explica o interesse das facções em atuar neles. Mas, os mercados de drogas e armas continuam sendo atividades centrais para o crime organizado — avalia Nívio Nascimento, assessor de relações internacionais do FBSP.

Segundo o pesquisador, o interesse dos criminosos nos quatros mercados se explica por penas mais brandas do que para tráfico de drogas. Este cenário propicia a atuação das facções nestes setores de “alta rentabilidade”.

“Apesar de avanços, o setor de combustíveis carece de um sistema nacional integrado de rastreamento, dificultando o combate à ilegalidade. Práticas como adulteração, contrabando, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro são amplamente utilizadas por organizações criminosas, exigindo uma resposta integrada do Estado e do setor produtivo para enfrentar os amplos impactos econômicos, sociais e ambientais dessas atividades ilícitas”, aponta o relatório.

Dados disponíveis no relatório demonstram o crescimento destes quatro mercados paralelos nos últimos anos:

Cerca de 38% da produção nacional de ouro entre 2015 e 2020 tem indícios de ilegalidade, movimentando R$ 40 bilhões com forte impacto na Amazônia;

A comercialização ilegal de combustíveis alcança 13 bilhões de litros anuais, com perdas fiscais de R$ 23 bilhões;

O mercado ilegal de tabaco representa 40% do consumo nacional, acumulando prejuízos fiscais de R$ 94,4 bilhões nos últimos 11 anos;

A falsificação e o contrabando de bebidas geraram perdas tributárias de R$ 72 bilhões somente em 2022.

Já o setor de crimes virtuais e os furtos de celulares geraram uma receita ainda maior para o crime organizado: foram R$ 186 bilhões de julho de 2023 até o mesmo mês de 2024. De acordo com os pesquisadores, o avanço das facções nos outros setores é um “exemplo da capacidade de adaptação do crime às evoluções tecnológicas”.

“A alta taxa de furtos de celulares facilita essas mudanças, uma vez que os equipamentos eletrônicos, e os celulares em especial, se tornaram portões de entrada para crimes digitais”, diz o documento.

O relatório destaca como as “atividades ilícitas se entrelaçam e formam um ecossistema que ultrapassa o narcotráfico e contrabando tradicionais”. Neste cenário, os grupos criminosos exploram brechas institucionais e regulatórias para lavar dinheiro e ocultar ganhos ilícitos, como tráfico de drogas e extorsões.

Os pesquisadores apontam que o cenário é agravado por uma “falta de integração de dados e informações sobre produção, rastreamento, tributação e segurança entre órgãos como Receita Federal, Polícia Federal e agências reguladoras prejudica o enfrentamento ao crime organizado”.

Para combater o crescimento destes mercados clandestinos, o Fórum aponta a “necessidade de incorporação de dados sobre controle de produção e rastreamento às iniciativas de inteligência financeira, como as conduzidas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf)”.

O objetivo da proposta é fortalecer a capacidade do Estado e dos órgãos de segurança de mapear fluxos financeiros ilícitos e redes de comércio ilegal de produtos.

— É necessário complementar a dinâmica de atuação das forças de segurança para frear estas potencialidades de novas fronteiras do crime organizado. Para além de monitorar o dinheiro, é preciso complementar a estratégia aumentando o nível de controle e rastreamento de produtos — aponta Eduardo Pazinato, coordenador do estudo.

O Globo

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Judiciário

Que assuntos o STF tem para tratar com Lula e seus ministros no escurinho de um jantar?

Foto: WILTON JUNIOR

O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luís Roberto Barroso, convidou o presidente da República e seu governo para um jantar entre eles. Nenhum membro do Congresso Nacional foi convidado. Você, então, nem pensar – seu papel se limita, como sempre, a pagar a conta.

Tudo bem: o ministro Barroso não é obrigado, legalmente, a incluir nenhum deputado em seus convites, e muito menos o pagador da conta. Mas a partir do minuto em que o STF anuncia esse jantar como um evento de alta importância pública, equivalente à assinatura do Tratado de Versalhes ou coisa parecida, passa a ser a sua obrigação, sim, explicar o que está fazendo. Aí fica tudo errado.

O convite, para começar, é impróprio – para usar uma palavra que os analistas políticos gostam de escrever quando, com todo o respeito, pedem vênia ao Excelso Pretório para discordar, civilizadamente, de alguma coisa que os ministros fazem.

O STF não tem nada de convidar um dos poderes, e não o outro, para festejos a portas fechadas – ou abertas. Não vivem dizendo que “isso aqui não é a casa da Maria Joana”? Então: se vamos para um incesto público entre Poder Judiciário e Poder Executivo, a própria Maria Joana pensaria duas vezes antes de abrir a sua casa para um negócio desses.

A finalidade do jantar, segundo se anunciou, é tratar de assuntos de Estado entre o STF e o governo Lula. Mas não existe rigorosamente nenhum assunto de Estado, um único que seja, para ser tratado em particular entre o comando do Poder Judiciário e o comando do Poder Executivo.

Alguém é capaz de sugerir alguma questão que o STF e Lula tenham de tratar entre si? No tempo em que o Brasil tinha juízes de verdade, um magistrado não ia jantar com os paxás do governo. “Se o senhor tem algum assunto a discutir, por favor venha aqui ao Fórum”, dizia o juiz, “e fale o que quiser, na frente do escrivão”. Ponto final.

O STF atual dá a impressão de achar incompreensível este tipo de conduta – que fazia parte do código de ética mais elementar de um integrante do sistema de justiça. “Como assim? Qual é o problema da gente se trancar com o presidente da República e a turma dele para tratar das nossas coisas? Ninguém tem nada a ver com isso”. É o que estão dizendo os ministros do STF – é este, hoje em dia, o seu procedimento operacional padrão.

Não há, como se constata pela aplicação dos princípios básicos da lógica, nenhum assunto de interesse público que possa ser tratado no escurinho de um jantar desses. Há, do lado de Lula, assuntos que são do interesse direto de Lula. Do lado dos ministros, os assuntos são do interesse direto dos ministros. O resto é conversa jogada fora.

Que assuntos poderiam ser esses? Muitos, mas uma coisa é 100% certa: nada do que eles conversarem entre si, nada de nada, poderia ser dito em público. Se não fosse assim, por que a conversa fechada, sem o testemunho de nenhum parlamentar?

O STF formou maioria, e há muito tempo, para banir a moral da vida pública brasileira. Um cidadão decente, no Brasil de hoje, é uma ameaça à “democracia”; não pode ouvir o que eles dizem, porque se souber o que estão dizendo vai fazer “ataques” ao “Poder Judiciário”. Transparência nos atos do governo tornou-se uma agressão às instituições.

OPINIAO | Estadão

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Geral

Golpistas usam IA para enganar quem busca relacionamento na internet, diz Meta

Logo da Meta – Julien de Rosa/AFP

A Meta alertou, nesta quarta-feira (12), para as falsas promessas de relacionamento na internet, já que os golpistas estão utilizando personalidades falsas para se aproveitar de quem está em busca do amor.

“Esta é uma nova ferramenta no arsenal dos golpistas”, disse aos jornalistas o diretor de políticas de interrupção de ameaças globais da Meta, David Agranovich.

“Esses golpistas estão em constante evolução; nós precisamos evoluir para manter as coisas sob controle”, acrescentou.

Os sistemas de detecção da família de aplicativos da Meta, que inclui Instagram e WhatsApp, se baseiam amplamente em padrões de comportamento e sinais técnicos, em vez de imagens, o que significa que eles espionam a atividade dos golpistas, apesar dos truques de inteligência artificial (IA), segundo Agranovich.

“Isso torna nossa detecção e aplicação mais resistentes à IA generativa”, afirmou Agranovich. Para ilustrar, ele deu o exemplo de um golpe recentemente desmantelado que, aparentemente, se originou no Camboja e estava direcionado a pessoas que falavam chinês e japonês.

Pesquisadores da OpenAI determinaram que o “composto de golpes” parecia estar utilizando as ferramentas da empresa de inteligência artificial de San Francisco para gerar e traduzir conteúdo, segundo a Meta.

A tecnologia de IA generativa existe há mais de um ano, mas, nos últimos meses, seu uso por golpistas se fortaleceu, disse durante a reunião informativa a “hacker ética” e diretora executiva da SocialProof Security, Rachel Tobac.

As ferramentas GenAI, disponíveis gratuitamente nas principais empresas, permitem que os golpistas alterem seus rostos e vozes nas videochamadas para se passarem por outra pessoa.

“Também podem usar bots falsos que permitem criar um personagem ou realizar chamadas telefônicas utilizando um clone de voz, sem a necessidade de intervenção humana”, disse Tobac.

“Eles os chamam de agentes, mas não são usados para trabalho de atendimento ao cliente. São usados para fraudes de forma automatizada.”

O isolamento e a tristeza que podem acompanhar o clima de inverno no hemisfério norte, junto com a celebração do Dia de São Valentim (Dia dos Namorados), em 14 de fevereiro, são considerados um momento oportuno pelos golpistas.

“Definitivamente vemos um aumento de golpistas se aproveitando dessa solidão no inverno”, disse Tobac.

O objetivo principal do golpista é o dinheiro, com a tática de gerar confiança rapidamente e, em seguida, inventar uma razão para pedir dinheiro ou dados pessoais que possam ser usados para acessar contas bancárias, segundo Tobac.

“Ser educadamente paranoico ajuda muito, assim como verificar se as pessoas são realmente quem dizem ser”, apontou Tobac.

Segundo Agranovich, os golpistas atuam em toda a gama de aplicativos sociais, e a Meta monitora apenas uma parte da atividade.

No ano passado, a empresa removeu mais de 408 mil contas de países da África Ocidental que os golpistas usavam para se passar por militares ou empresários e cortejar pessoas na Austrália, Reino Unido, Europa, Estados Unidos e outros lugares.

Além de desmantelar redes de golpistas, a Meta está testando tecnologia de reconhecimento facial para verificar possíveis impostores online detectados por seus sistemas ou denunciados pelos usuários.

Folha de São Paulo

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Geral

Sergio Moro e Mario Frias discutem nas redes sociais: “Palhaço” e “cretino covarde”

Reprodução

O senador Sergio Moro (União-PR) e o deputado federal Mário Frias (PL-SP) discutiram no X, antigo Twitter, nesta quarta-feira (12).

A discussão começou quando o senador repostou um tweet feito por Frias no dia 10 de fevereiro, em que o deputado federal criticava a Lava Jato.

No repost, Moro chama o deputado federal de “palhaço” e diz que a Operação Lava Jato foi a responsável por prender, na época, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Mas a réplica sofreu uma tréplica de Frias. O deputado federal proferiu diversas ofensas contra o senador, bem como disse que o ex-juiz federal não defendeu o ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Novo) durante o processo de cassação.

Frias ainda postou outro tweet em que acusa o senador de defender uma suposta censura do Judiciário nacional.

Moro admite candidatura antes de briga com Frias

Antes da discussão com Frias nas redes sociais, Moro admitiu em entrevista o jornalista Reinaldo Bessa, que deseja disputar o cargo de governador do Paraná nas Eleições de 2026.

“Sim, até porque meu nome está bem nas pesquisas e não podemos deixar que o PT assuma o estado ou alguém que mesmo não sendo do partido, mas tem simpatia”, disse.

A expectativa é que a pré-candidatura de Moro seja anunciada ainda neste ano.

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Saúde

Anvisa pede esclarecimentos para aprovar vacina do Butantan contra a dengue

Foto: Freepik

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) solicitou mais informações e dados complementares sobre a vacina contra a dengue desenvolvida pelo Instituto Butantan. Em nota, ela informou que concluiu, de forma antecipada, a análise de dados de qualidade, segurança e eficácia apresentados.

“A equipe técnica da agência solicitou informações e dados complementares necessários para o seguimento da análise. Os questionamentos enviados contemplam dúvidas relacionadas aos três pacotes de dados apresentados pelo Instituto Butantan”, destacou a Anvisa.

Ainda de acordo com o comunicado, por se tratar de um processo de submissão contínua, não há prazo definido para que o Butantan apresente as respostas solicitadas à agência reguladora. “Neste momento, a Anvisa aguarda o protocolo do pedido de registro da vacina”.

Entenda

A Anvisa recebeu, até o momento, três pacotes de dados referentes à vacina contra a dengue desenvolvida pelo Instituto Butantan, distribuídos da seguinte forma:

do primeiro pacote, constam documentos administrativos e informações gerais sobre os estudos não clínicos e clínicos;
no segundo pacote, foram apresentadas informações sobre bula e rotulagem, visão geral clínica, relatório da análise de benefício-risco e relatórios de estudos clínicos controlados;
o terceiro pacote contempla a atualização de documentos entregues nos pacotes anteriores, além de resumos de qualidade e de dados não clínicos e clínicos em formato adequado.
O procedimento de submissão contínua – criado pela agência em meio à pandemia de covid-19 – permite que o Instituto Butantan apresente dados e documentos em etapas, à medida que o trabalho de pesquisa e desenvolvimento for realizado.

Vacinação em massa

Em janeiro, o centro bioindustrial do Instituto Butantan anunciou o início da produção da vacina contra a dengue.

Apesar da iniciativa, a população brasileira não será vacinada em massa contra a doença este ano. A dificuldade é fazer com que a fabricação ganhe escala de produção para chegar a uma centena de milhões de doses.

“O Butantan está produzindo, mas não há previsão de uma vacinação em massa neste ano de 2025, isso é muito importante colocar, independente da Anvisa, porque é preciso ter escala nessa produção”, afirmou, à época, a ministra da Saúde, Nísia Trindade.

A previsão do Butantan é fornecer um milhão de doses este ano e totalizar 100 milhões em 2027. A entrega, entretanto, só poderá ocorrer após a liberação da Anvisa.

Posteriormente, a vacina deverá ser submetida à Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) para incorporação ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Novo Noticias

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Brasil

TCU libera recursos do Pé-de-Meia e dá 120 dias de adequação a governo

Felipe Menezes/Metrópoles

O Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu derrubar a decisão liminar que bloqueou R$ 6 bilhões no orçamento do programa Pé-de-Meia. Por unanimidade, os ministros da Corte de Contas entenderam que, apesar da falta de previsão orçamentária, o programa, uma das principais bandeiras deste terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é importante para estudantes brasileiros.

A Corte ainda atendeu o pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) para que o governo tenha 120 dias para elaborar e encaminhar ao Congresso Nacional projeto de lei visando à abertura de crédito suplementar, ou outro expediente legal que respeite o regime constitucional do orçamento público, destinado ao financiamento do Programa Pé-de-Meia.

A medida foi deliberada pela Corte de Contas após semanas de negociações de ministros de Estado e do TCU. O ministro relator Augusto Nardes votou, primeiramente, pela suspensão da cautelar que bloqueou a verba com 90 dias de prazo para o Executivo alcançar uma solução para a regularização orçamentária e fiscal do programa e enviá-la ao Congresso Nacional.

Após voto do ministro Bruno Dantas, a Corte iniciou uma discussão sobre mudar o entendimento e não suspender a cautelar, mas, sim, derrubar. Para atender ao pedido do governo, também ficou estipulado o prazo de 120 dias, mas não como determinação. O prazo de 120 dias ficou fixado como recomendação.

“Foi uma convergência de sugestões para chegarmos ao resultado final e não provocar suspensão do programa”, afirmou Nardes no término do julgamento. Nardes mudou seu voto e o entendimento do TCU terminou com unanimidade.

Recursos

Nos 120 dias, ficará permitido o uso de R$ 6 bilhões em recursos de fundos para custear o programa. Esses estavam bloqueados. Segundo Nardes argumentou em seu voto, os recursos que vêm do Fundo Garantidor de Operações (FGO) e do Fundo de Garantia de Operações de Crédito Educativo (Fgeduc) precisam estar previstos no orçamento antes de serem destinados ao Pé-de-Meia.

Nardes criticou com veemência a atuação do governo Lula na organização do Pé-de-Meia: “Faltou um bom centro de governo com capacidade de avaliar para evitar que o caso viesse para cá com essas invalidades. Sugiro que o governo analise melhor”, disse.

O ministro ainda completou: “No programa Pé-de-Meia, a falta de uma coordenação estratégica adequada pode comprometer um programa de combate à evasão escolar e incentivo à educação. Trago aqui uma proposta de conciliação para que a gente possa continuar com ele”, completou.

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